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ESCOLA TÉCNICA DE COMÉRCIO SANTA LUZIA

COORDENAÇÃO PEDAGOGICA DA ÁREA DE SAÚDE


COORDENAÇÃO DO CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM

ADRIANN KELLEN NUNES RIBEIRO

RELATÓRIO DE ESTÁGIO

SANTA INÊS- MA
2022
ADRIANN KELLEN NUNES RIBEIRO

RELATÓRIO DE ESTÁGIO

Relatório apresentado à Coordenação de


Estágio Supervisionado do Curso TÉCNICO
EM ENFERMAGEM, como requisito parcial
para obtenção da certificação em CURSO
TÉCNICO EM ENFERMAGEM.

SANTA INÊS-MA
2022
3

ADRIANN KELLEN NUNES RIBEIRO

RELATÓRIO DE ESTÁGIO

Relatório apresentado à Coordenação de


Estágio Supervisionado do Curso TÉCNICO
EM FERMAGEM, como requisito parcial
para obtenção da certificação em CURSO
TÉCNICO EM ENFERMAGEM.

Aprovado em:_____/______/______

Nota:________________________

______________________________
Visto da Coordenação Pedagógica
4

A HANSENÍASE

Carregada de preconceitos, essa doença cometeu milhares de pessoas ao


longo da história. Além de deixar sequelas terríveis em suas vítimas, acredita-se que
essa seja a doença mais antiga do mundo, já que os primeiros registros que se tem
dela é em 1300 a.c.

Os enfermos eram tratados como monstros e tinham seus


passadosapagados. Como já destacado, Eidt Letícia. M (2004) "mostra exatamente
que nos tempos antigos os "leprosos", eram considerados um perigo para a
sociedade,
descriminalizados da pior forma".

Apesar de hoje em dia ser diferente, ela ainda não foi erradicada, mas aos
poucos isso vai sendo mudado. No entanto ela traz o contexto muito importante para
a humanidade. A hanseníase é uma doença que era mais conhecida como "lepra",
mas esse nome foi alterado devido a sua alta carga de preconceitos. As vítimas
acometidas dessa doença eram chamadas de "leprosos" ou "leprosas", e eram
totalmente isoladas do resto da sociedade por serem consideradas aberrações,
impuras, pecadoras e etc.

Em 1873 o cientista norueguês Gerhard Armauer Hansen, foi o grande


cientista que descobriu o que realmente causa a lepra. É uma bactéria chamada
Mycobactérium Leprae, que também atende pelo nome de "Bacilo de Hansen" ou
"Hanseníase", são os nomes dados em homenagem ao seu descobridor, já o nome
"Mal de Lázaro", é em referência a uma parábola bíblica cujo o nome é "O rico e
Lázaro", como descrito em Lucas (16: 20-21) "Havia um homem pobre, chamado
Lázaro, que tinha o corpo coberto de feridas e que costumava vagar perto da casa
do rico. Lázaro ficava ali, procurando matar a fome com as migalhas que caiam da
mesa do rico, e até os cachorros vinham lamber suas feridas".

Os sintomas dessa doença não são tão perceptíveis no começo. Os nervos


inferiores, superiores a face vão sendo lentamente comprometidos, por isso, as
alterações podem passar despercebidas, em muitos casos só são detectados em
um estado crítico, como:

 Manchas com perda ou alteração da sensibilidade;


 Formigamentos, agulhadas, câimbras ou dormência em membros inferiores


ou
 superiores.
 Diminuição da força muscular, dificuldade para pegar ou segurar objetos ou
 manter calçados abertos nos pés;
 Nervos engrossados e doloridos, feridas difíceis de curar;
 Áreas da pele muito ressecadas, que não soam, com queda de pelos;
 Coceira ou irritação nos olhos;

Essa doença não é hereditária, ou seja, qualquer pessoa que tiver contato
próximo e prolongado pode ser acometida da doença. Se descoberta tardiamente,
pode comprometer alguns membros levando por exemplo, a cegueira e perda de
mobilidade já que é uma doença que atinge diretamente o sistema nervoso.

Um longo período de incubação caracteriza a infecção da hanseníase, antes


de aparecerem as manifestações clinicas próprias da doença, principalmente
na pele e nervos. Nesta fase de incubação ou parasitação, já começam
acontecer distúrbios e alterações neurológicas de leve intensidade. (DINIZ,
2009, p. 420-424).

A Hanseníase é uma doença que é transmitida através das vias aéreas


respiratórias superiores, ou seja, através de secreções nasais e gotículas de saliva.
A doença por sua vez é dotada de preconceitos, pela falta de informação em relação
a sua transmissão. Conforme explica Perneta (2021): P?

Existe a forma contagiosa e a não contagiosa da hanseníase, ambas


causadas por uma bactéria. A transmissão acontece em geral pelo ar,
principalmente em situações de contato próximo. É preciso lembrar, no
entanto, que após o início do tratamento, logo na primeira dose, o paciente
deixa de transmitir a doença, assim, não é necessário separar talheres e
fazer o isolamento do infectado quando este está fazendo acompanhamento
médico.

Para haver uma transmissão da doença, é necessário que haja um contato


íntimo e prolongado com o doente, dessa forma, é descartado o mito de que a
doença é transmitida pelo toque imediato, mito que foi muito considerado durante
décadas
pela falta de informação. Ainda hoje existe esse preconceito, no entanto, aos poucos
isso vai sendo erradicado através das informações corretas acerca do assunto.

O diagnóstico da doença é clínico, ou seja, feito através de exames


dermatoneurológicos, com o objetivo de identificar lesões nas áreas da pele, com
alterações da sensibilidade ou comprometimento de nervos periféricos. É importante
lesões e territórios de nervos afetados. Por meio de pesquisas feitas por, Filho
Bernardes (2019) "A estesiometria por monofilamentos, da semmes-weistein, foi
demonstrado que a estesiometria de mãos e pés por meio dos monofilamentos, foi
eficaz no estabelecimento do padrão neuropático sensitivo assimétrico".
A doença evolui de forma lenta e progressiva podendo ocasionar
incapacidades físicas, atingindo qualquer pessoa. As formas de tratamentos
disponíveis para a hanseníase do adulto são realizadas uma revisão integrativa,
buscando os principais resultados de estudos. De acordo com Prospércio. Et al.
(2021, p.8101 8076) "O tratamento é preconizado para a hanseníase, consiste na
associação de medicamentos nas chamadas poliquimioterapias (PQT)".

Conclui-se que a hanseníase é uma doença negligenciada, que se


diagnosticada e tratada precocemente, possibilita uma vida com pouca ou nenhuma
interrupção das atividades diárias. É de suma importância as campanhas de
informação e prevenção da doença.

Com a finalidade de informar a população no combate e prevenção da


hanseníase, surge em 2016 no último dia do mês, o janeiro roxo. Segundo o
Brandão (2021) "Nesse dia é celebrado o dia mundial de combate e prevenção da
hanseníase. São trinta mil novos casos da doença por ano no Brasil, que é o país
com o segundo maior número de casos, perdendo apenas para a índia".

Essa patologia já trouxe muito sofrimento as suas vítimas no passado, com a


prevenção e o tratamento precoce, o que antes era impossível, hoje em dia é feito.
Apesar de toda a carga que essa doença levou ao longo da história, aos poucos o
preconceito é disseminado, e com a informação os indivíduos são orientados á
procurar um especialista o quanto antes, para assim viverem uma vida digna sem o
"medo" da sociedade.
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REFERÊNCIAS

A BÍBLIA. A parábola do Rico e Lázaro. 1° Ed. São Paulo: Mundo Cristão, 2009.
1343p. A Biblia da Mulher Que Ora.

BRANDÃO, M. Janeiro é mês de conscientização sobre a Hanseníase. net, Brasilia,

jan. 2021. Agência Brasil Brasil. Disponível em:

<https://agenciabrasil.ebc.com.br/saude/noticia/2021-01/janeiro-e-mes-de-
conscientizacao-sobre-hanseniase> Acesso em: 31 de mar. 2022.

DINIZ, L. M. et al. Estudo retrospectivo de recidiva da hanseniase não é estado do


Espírito Santo, Rev. Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, V. 42, p. 420-424.
2009.

EIDT, L. M, Breve história da hanseníase: sua expansão do mundo para as


Américas,
o Rio Grande do Sul e sua trajetória na Saúde Pública Brasileira, Rev. Saúde e
Sociedade, v. 13, n. 2, p. 76-88, 2004

FILHO, B.F. Políticas públicas referentes as incapacidades físicas em hanseniase na


virada do século: uma década de (des) controle?.
Rev. Saúde Coletiva, São Paulo, v.29, n. 1, p.290 - 105, 2019

PERNETA, J. Preconceito Histórico: mitos e verdades sobre a Hanseniase. net,


Curitiba, jan. 2021. Nossa Saúde. Disponível em:
<https://www.nossasaude.com.br/dicas-de-saude/preconceito-historico-mitos-e-
verdades-sobre-a-hanseniase/> Acesso em 31 de mar. 2022

RIVERA, J. G. A. et al. Efeitos tóxicos do tratamento farmacológico de primeira linha


para hanseniase toxi affctes of first-line pharmacological treatment for loprosy, Rev.
Brazilian of Health Review, Curitiba, V. 4, n. 3 p. 11269-11282, Mai / Jun. 2021.

RODRIGUES, B. 1 Video (27:30). O que foi lepra? Publicado pelo canal Teoria Das
Coisas, 2020 Disponível em: <https://youtube/UbQaza2_9gc>. Acesso em: 31 e mar
2022.

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