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Psicofármacos Estimulantes

Índice

 História do psicofármaco
 Tipos de psicofármacos Estimulantes
 Como e onde agem
 Usados em quais doenças
 Formas de Administração
 Tempo de Efeito e recomendações de uso
 Efeitos Colaterais
 Contraindicações
História do Psicofármaco

Em 1929, o químico Gordon Alles descobriu os efeitos psicológicos de um composto


muito interessante durante sua busca por um anti-histamínico para tratamento de
alergias e congestão nasal. Esse composto era a anfetamina. Após suas anotações
preciosas, não demorou muito para que a indústria farmacêutica a introduzisse no
mercado, inicialmente sob o nome comercial de benzedrina.
A benzedrina, até então um descongestionante nasal, rapidamente se
popularizou em decorrência dos seus efeitos colaterais, relacionados ao aumento
da disposição e resistência ao sono . Poucos anos depois, já era usada para tratar
narcolepsia e depressão.
Na década de 1990 um novo fármaco à base de sais de anfetamina, o Adderall, foi
introduzido no mercado para tratamento do Transtorno de Déficit de Atenção e
Hiperatividade (TDAH)
Tipos de psicofármacos estimulantes

Existem duas principais classes de psicoestimulantes: as anfetaminas,


principal constituinte do Adderall, e o metilfenidato, principal
constituinte dos medicamentos Ritalina e Concerta. A Ritalina entrou no
mercado também para tratamento de TDAH, prometendo menos efeitos
colaterais que o Adderall.
Como e onde agem

Acredita-se que esses estimulantes atuam no sistema nervoso central


(SNC), aumentando os níveis de dopamina e noradrenalina, dois
neurotransmissores.
A atividade aumentada desses neurotransmissores melhora as
respostas do SNC em pacientes com TDAH.
Em indivíduos saudáveis, estuda-se que haja aumento das sinapses
neuronais, mais prolongadas, levando a um “não-desligamento” do
cérebro.
Usados em quais doenças

Apesar da principal indicação do metilfenidato ser para TDAH, não é somente


para esse fim que o estimulante é indicado.

Por seus efeitos estimulantes, o metilfenidato é usado para tratar os seguintes


transtornos:

 TDAH (tanto em crianças como em adultos);


 Narcolepsia;
 Hipersonia idiopática do Sistema Nervoso Central (SNC).
Formas de Administração

cloridrato de metilfenidato é comercializado nas seguintes formas:


• Concerta: comprimidos de 18 mg, 27 mg, 36 mg e 54 mg.
• Ritalina: comprimidos de 10 mg.
• Ritalina LA: Comprimidos de 10 mg, 20 mg, 30 mg e 40 mg.
A dose inicial da Ritalina nas crianças costuma ser de 5 mg a 10 mg, e nos
adultos de 10 mg a 20 mg. A dose pode ser aumentado ao longo das semanas
conforme a resposta clínica.
A dose diária do Concerta pode variar de 18 a 72 mg.
O medicamento deve ser tomado uma ou duas vezes por dia, sendo indicado
não administrar a segunda dose depois das 18 horas, para diminuir o risco do
paciente ter insônia.
Nas crianças, a dose diária máxima é de 60 mg, enquanto nos adultos é de 80
mg.
Tempo de efeito e recomendações de
uso

O tempo para o início dos efeitos varia de 20 a 60 minutos, com pico


de ação por volta de 2 horas. A duração da ação é de três a cinco horas.
Nos comprimidos de liberação prolongada (Ritalina LA) o tempo
de ação pode durar até 12 horas.
De acordo com as necessidades de cada pessoa, o médico realizará a
prescrição a fim que os efeitos desejados ocorram nos momentos em que
há maior necessidade de atenção, foco e energia.
Efeitos colaterais

Os efeitos colaterais mais comuns que podem ser causados pelo tratamento
com Ritalina incluem nasofaringite, diminuição do apetite, desconforto
abdominal, náusea, azia, nervosismo, insônia, desmaios, dor de cabeça,
sonolência, tontura, alterações nos batimentos cardíacos, febre, reações
alérgicas e diminuição de apetite que pode resultar em perda de peso ou
atraso de crescimento em crianças.
Além disso, por ser uma anfetamina, o Metilfenidato pode causar
dependência, se usado de forma inadequada.
Contra Indicações

A Ritalina é contraindicada em pessoas com hipersensibilidade ao metilfenidato


ou a qualquer excipiente, pessoas que sofram de ansiedade, tensão, agitação,
hipertireoidismo, distúrbios cardiovasculares pré-existentes incluindo
hipertensão grave, angina, doença arterial oclusiva, insuficiência cardíaca,
doença cardíaca congênita hemodinamicamente significativa, cardiomiopatias,
infarto do miocárdio, arritmias que potencialmente ameaçam a vida e distúrbios
causados por disfunção dos canais iônicos.

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