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ALUNO(A): THÁVIA THALIANNE CRUZ GALVÃO

DIETA CETOGÊNICA: UMA DIETA RICA EM GORDURAS E BAIXA EM


CAIBOIDRATOS AJUDANDO A REDUZIR CONVULÇÕES EM EPLEPSIA.

A epilepsia é um dos transtornos neurológicos mais comuns, sendo definido como uma
condição de crises recorrentes espontâneas. Existe uma importante relação entre radicais livres
e enzimas antioxidantes no fenômeno epiléptico, e as espécies reativas de oxigênio (EROs) têm
sido implicadas na neurodegeneração induzida pelas crises. A dieta cetogênica é uma
abordagem não farmacológica para a epilepsia refratária, usada quando há falta de resposta ao
tratamento com dois ou mais medicamentos antiepilépticos para controlar as crises.
A dieta cetogênica é uma alternativa eficaz de tratamento para a epilepsia, desde que
seguida corretamente. Ela é caracterizada pela alta concentração de lipídios e restrição de
proteínas e carboidratos. Esta dieta pode ser um grande desafio para o nutricionista, pois precisa
ser adequada às necessidades nutricionais de cada paciente, permitindo maior cooperação e
adesão ao tratamento por parte do paciente e dos seus familiares.
Além disso, a dieta cetogênica tem sido usada por mais de oito décadas para o
tratamento de epilepsia refratária, especialmente em crianças. Ela modula a bioenergética
mitocondrial, diminui a formação de espécies reativas de oxigênio (EROs), aumenta a
capacidade antioxidante celular e ainda previne alterações do DNA mitocondrial.
No entanto, é importante ressaltar que mais pesquisas são necessárias para fornecer
um maior entendimento sobre a influência do consumo da dieta cetogênica no controle do
quadro de estresse oxidativo cerebral, que acontece na epilepsia.
A dieta cetogênica é um plano alimentar que tem sido utilizado como terapia auxiliar
no tratamento da epilepsia, especialmente em crianças que não respondem bem aos
medicamentos convencionais. Essa dieta é rica em gorduras saudáveis, moderada em proteínas
e pobre em carboidratos.
A ideia por trás da dieta cetogênica é fazer com que o corpo entre em um estado
metabólico chamado cetose, no qual ele passa a utilizar a gordura como fonte de energia em
vez dos carboidratos. Essa mudança metabólica pode ajudar a reduzir a frequência e a gravidade
das crises epilépticas.
Existem diferentes variações da dieta cetogênica, como a dieta de Atkins modificada,
a dieta cetogênica de baixa proporção de gordura e a dieta cetogênica de média cadeia
triglicerídeos (MCT). A proporção de gorduras, proteínas e carboidratos nessas dietas pode
variar, mas geralmente a ingestão de carboidratos é bastante restrita.
A dieta cetogênica é um tratamento médico supervisionado que requer
acompanhamento de profissionais de saúde, como neurologistas e nutricionistas especializados.
Eles ajudam a calcular as necessidades nutricionais de cada pessoa e desenvolver um plano
alimentar personalizado.
Embora a dieta cetogênica possa ser uma opção eficaz para algumas pessoas com
epilepsia, não é adequada para todos. Seu uso deve ser discutido com um médico, levando em
consideração fatores como a idade da pessoa, o tipo e a gravidade das crises epilépticas e a
presença de outras condições de saúde.
É importante ressaltar que a dieta cetogênica pode causar efeitos colaterais e requer
um comprometimento rigoroso, pois é restritiva e pode ser difícil de seguir. Além disso, é
importante lembrar que a dieta cetogênica não substitui o tratamento medicamentoso
convencional, mas pode complementá-lo em alguns casos.

REFERÊCIAS

ALINE; AMANDA ARAGÃO RUIZ; GUILHERME LUIS MORAES; DE, A. Dieta


Cetogênica no Tratamento da Epilepsia Infantil – Uma Revisão Bibliográfica. Revista de
Medicina e Saúde de Brasília, v. 9, n. 1, 2020. Disponível em:
<https://portalrevistas.ucb.br/index.php/rmsbr/article/view/9707>.
GOMES, T. K. DE C. et al. O papel da dieta cetogênica no estresse oxidativo presente na
epilepsia experimental. Journal of Epilepsy and Clinical Neurophysiology, v. 17, n. 2, p. 54–
64, 2011.

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