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História natural da doença – tríade (interação entre hospedeiro,

ambiente e doença)

A doença não pode ser compreendida apenas por meio das medições fisiopatológicas pois
quem estabelece o estado da doença é o sofrimento a dor o prazer os valores e sentimentos
expresso pelo corpo que adoece.

 A saúde é silenciosa na maioria das vezes apenas percebemos quando adoecemos


 Ouvir o próprio corpo é uma boa estratégia para o limite preciso entre a saúde e a
doença, mas uma relação de reciprocidade entre ambas entre a normalidade e a
patologia na qual os mesmos fatores que permitem ao homem viver como (alimento
água a clima habitação trabalho tecnologia e relações familiares e sociais)
 A relação de saúde e doença é demarcada pela forma de vida dos seres humanos pelos
determinantes biológicos psicológicos e sociais
 Segundo canguilhem – Para a saúde é necessário partir da dimensão do ser pois é nele
que ocorre a definições do normal patológico. O Considerado normal em um indivíduo
pode não ser em outro, Sendo assim pode se deduzir que o ser humano precisa
conhecer-se necessita saber avaliar as transformações sofridas pelo seu corpo e
identificar os sinais expressos por ele.

O conceito de saúde está relacionado à qualidade de vida não podendo pensar em saúde sem
entender o conjunto de fatores que determina e condiciona A saúde.

A primeira camada refere ás características individuais como idade, sexo e fatores genéticos,
pontos que são impossíveis de serem alterados.

Na segunda camada tem o estilo de vida dos indivíduos, nesse quesito já podemos
realizar uma proposta terapêutica, aconselhamento em relação a melhor alimentação, praticar
atividades físicas...
Terceira Camada introduz as redes sociais e comunitárias, todo individuo faz parte de um
grupo social, seja familiar, seja na escola, serviço ou na própria comunidade onde está inserido,
então preservar os vínculos entre essas relações faz parte do determinante de saúde, uma vez
que ter apoio ajuda a diminuir os riscos sociais e de vulnerabilidade desse indivíduo.

Última Camada são as condições socioeconômicas, culturais e ambientais gerais, são


aspectos relacionados à disponibilidade de alimentos e acesso a ambientes e serviços
essenciais, como trabalho e educação, indicando que as pessoas em desvantagem social
correm um risco diferenciado, criado por condições habitacionais mais humildes, exposição a
condições mais perigosas, como o risco de desenvolver doenças como toxoplasmose,
leptospirose, parasitoses em geral, ou estressantes de trabalho e acesso menor aos serviços.

Saúde e a doença

 A saúde é definida como os indivíduos a percebem


 A doença é definida pelo sistema de assistência saúde

Os principais sistematizadores do modelo processual dos fenômenos patológicos foram Leavel


e Clark No ano de 1976 quando definiram a história natura da doença como conjunto de
processos interativos que cria o estímulo patológico no meio ambiente ou em outro lugar
passando da resposta do homem ao estímulo até as alterações que levam a um defeito
invalidez recuperação ou morte.

O modelo da história na toda da doença vai acompanhar o processo de saúde e doença em sua
regularidade vai compreender as interações do agente causando a doença do hospedeiro e do
meio ambiente e do processo do desenvolvimento da doença, ajudando a compreender os
diferentes métodos de prevenção e controle da doença.

Modelo processual histórico natural da doença

Ambiente externo ou meio ambiente

 São fatores físicos biológicos sociopolíticos e culturais

Ambiente interno

 São fatores hereditários congênitos defesas específicas ou alterações orgânicas já


existentes

A história natural da doença é o curso da doença desde o início até a sua resolução.

Fazes da história natural da doença

Período epidemiológica prepatogênico – Acontece antes do adoecimento

Período patogênico ou patologia – Doença instalada

Prevenção

Pré-patogênica (Vacina)

Patogênica pré-clínico, horizonte clinico e clinico (sinais e sintomas)

Prevenção primária fatores determinantes: Exercício físico alimentação educação


Prevenção secundária diagnóstico precoce: Teste rápido redução de danos e custos
tratamento

Prevenção terciária Reabilitação

Prevenção quaternária: Evitar iatrogenia, ou seja, erros cometidos evitar infecções

Prevenção quinquenária: Trabalhar nossa exaustão

Desenlace (Cura, morte, reabilitação)

Vigilância em saúde é o processo contínuo de sistemático de coleta consolidação análise de


dados e disseminação de informações sobre eventos relacionados à saúde com o intuito de
implementar e planejar medidas de saúde pública incluindo a regulação intervenção e atuação
em determinantes de saúde para a proteção e promoção da saúde da população.

Hanseníase

Resumo: Doença dermatoneurológica, infectocontagiosa por bacilos BAAR (bacilo álcool


resistentes) tem uma menor patogenicidade (poucos adoecem) e uma maior infectividade
(infecta grande número de indivíduos). PGL1 (antígeno)

É uma bactéria intracelular antes conhecida como lepra

Forma de contágio: vias aéreas contato íntimo e prolongado

Sinais e sintomas

 lesões cutâneas hipopigmentadas ou avermelhados com perca de sensibilidade


 Envolvimento de nervos periféricos (Espessamento e perda da de sensibilidade)
 Esfregaço positivo para bacilos.
 Manchas mais frequentes nas extremidades das mãos e dos pés rostos orelhas pernas
e nádegas

As lesões sempre apresentam alteração da sensibilidade

 Hipoestesia (sensibilidade diminuída)


 Anestesia (sensibilidade ausente)
 Hiperestesia (sensibilizade aumentada)

Período de incubação: De 2 a 7 anos

Menos comum nas crianças

Palbacillar - Até 5 lesões

Multibacilares (MB): casos com mais de 5 lesões de pele.

Tipos de hanseníase

Hanseníase indeterminada

 manchas brancas, mais claras que o tom da pele.


 As lesões são planas e as bordas na maioria das vezes são imprecisas.
 Pode ocorrer apenas a alteração da sensibilidade termica preservando a dolorosa e a
tátil. Baciloscopia negativa

Hanseníase tuberculoide – palcibacilar (menos de 5 lesoes) alteração de sensibilidade


termicca, dolorosa e tátil, apresentam como poucas pápulas ou placas bem delimitadas, de
tamanho e forma variada, com bordas infiltradas nítidas, de coloração eritemato-acastanhada.
Pode haver comprometimento de troncos nervosos. Baciloscopia negativa.

Hanseníase dimorfa - são grupos instáveis, atinge nervos periféricos e o indivíduo pode
apresentar lesões de diferentes aspectos, ora se parece com o polo tuberculoide, ora com
manifestações do polo virchowiano, depende do sistema imune. Pode atingir troncos nervosos.
Baciloscopia pode ser positiva ou negativa. (multibacilar)

Hanseníase virchowiana – forma mais contagiosa da doença. A anamnese e o exame físico são
fundamentais para sua suspeita, uma vez que os sinais e sintomas podem ser discretos. ocorre
multiplocaçao bacilar, As lesões são difusas e, em geral, simétricas, lesões em placas, pápulas,
tubérculos ou nódulos. Alterações de sensibilidade e acometimento de troncos nervosos. Em
caso avançado paciente apresenta FACIE LEONINA.

indeterminado Manchas brancas

H. tuberculoide H. dimorfa H. virchowiana

Manchas Forma instável Facie leonina

Diagnóstico: Baciloscopia e biopsia

Tratamento: Patiquimioterapico. Para palcibacilar é feito durante 6 meses e para multi é feito
em 12 meses podendo se prolongar. (rifampicina, clofazimina, dapsona)

Teste de sensibilidade: dor, tatil e térmica.

Tuberculose – núcleo de weels (partículas menores de bacilos que podem ficar


suspensas no ar por horas)

Doença infectocontagiosa aerossóis, alta infectividade, media patogenicidade, transmitida por


aerossóis.

Contagio: depende da imunidade do indivíduo, vias aéreas superiores. Contato com o indivíduo
bacilifero pulmonar.

Bacilo BAAR – baciliferas = maior risco - pulmonar e laríngea, intracelular facultativo

Sintomas: febre vespertina, sudorese noturna, tosse persistente 3 ou + semanas produtiva ou


seca, caquexia (magreza extrema), astenia (molesa), anorexia.

Extrapulmonar –
 via – hematogênica
 Cavitalico – tamanho maior (forma buracos)
 Miliar – manor capacidade de contaminação (maior infecção)

Epidemiologia = maior em homens, residência em centros urbanos, portadores de HIV,


indivíduos em situação de rua, prisioneiros, indigegas.

Diagnostico – baciloscopia, cultura, PPD maior ou igual que 5mm. Clinico = historia de
adoecimento da pessoa, teste de mantoux

Tratamento –

 15 primeiros dias usar máscara de isolamento.


 Vacina BCG (ate 5 anos de idade).
 são de 6 meses, 2 primeiros meses ataque, 4 meses depois a manutenção

HIV

O que são vírus? Eles não possuem organização celular, são parasitas intracelulares
obrigatórios.

Como funcionam? Partículas pequenas que não possuem ferramentas para fabricar ou
degradar substancias e ao invadirem as células de outros seres vivos, vao utilizar da
ferramentas já existentes ali.

HIV é um tipo de retrovírus (RNA) - é um parasita que ataca as células dos humanos os
linfócitos TCD4+

HIV 1 (comum no brasil) e HIV 2 (comum na africa)

Necessita de uma enzima para de multiplicas: enzina transcriptase reversa transformando o


RNA em DNA (DNA pro viral integra o genoma humano)

Transmissão: sanguínea (seringas ou instrumentos que furem se não estiver esterilizados),


vertical (de mae para o bebe) e sexual (sexo vaginal, anal, oral sem preservativo)

Prevenção: sexual – preservativos, lubrificantes . Vertical – testes rápidos. Uso de EPI, seringas,
transfusão de sangue.

PEP (uso de medicamento anti-HIV em urgência) – acidentes, estupro, camisinha estourou,


sexo de risco.

Oncogênica: causa o favorecimento do acontecimento do câncer de colo de útero por que


pode levar ao aumento de gânglios linfáticos e infecções.

História natural da doença:

1ª fase (aguda) logo após a infecção e varia de três a seis semanas (sintomas parecidos com
gripe incluindo febre e mal estar). 3 a 4 semanas

2ª fase período assintomáticos onde os vírus interagem com as células e não há


necessariamente um enfraquecimento do organismo. Febre, diarreia, suores noturnos e
emagrecimento. 1 a 3 semanas (incubação)
3ª fase: a aids se caracteriza pelo aparecimentos de doenças oportunistas aproveitando da
fragilidade do sistema imunológico.

AIDS – doença clinica, síndrome, que compromete o sistema imunológico em função da


infecção pelo HIV

manifestação das neoplasias (sarcoma de kaposi, linfoma não hodiking, CA colo de útero)

Janela diagnóstica: É algo mais amplo do que a janela imunológica. Tempo entre a infecção e o
aparecimento ou detecção de um marcador de infecção seja ele RNA viral, DNA proviral,
antígeno e presença de anticorpos

Janela imunológica: Duração do período entre a infecção pelo HIV até a primeira detecção de
anticorpos anti HIV. A qual inclui a fase aguda e eclipse.

Tratamento: inibidor de transcriptase reserva (Lamivudina e tenofovir), inibidor de integrasse


(enzima que insere DNA viral no DNA humano) Dolutegavir.

Testagem HIV – teste rápido, tratamento gratuito, PEP, testes clínicos

Tratamento AIDS: antirretroviral.

Hepatites
Fígado um dos maiores órgãos do corpo desempenha mais de 500 funções metaboliza os
carboidratos sintetiza ao colesterol produção de triglicerídeos

células de fígado: hepatócitos

Sintomas gerais: mal estar, náuseas vômitos, febres, dores no corpo, falta de apetite e icterícia.

A hepatite é causada por um picornavirus, gênero hepatovírus.

HEPATITE A

Transmissão (fecal-oral) : alimentos mal preparados e agua contaminada por fezes, frutos do
mae e pessoa para pessoa.

Características

 Período de incubação 3 a 5 semanas. Mais e leve que a hepatite B. infecções


assintomáticas comuns em crianças. Em adultos (particular em gestantes) doença
severa. Não há casos crônicos. Complicações para hepatite fulminante é rara de 0,1%
 Existe cura e o vírus é eliminado nas fezes durante duas semanas ao aparecimento dos
sinais clínicos.
 Alta incidência em populações economicamente mais pobres e esta associada a baixas
condições de sanitarismo

O diagnóstico da infecção atual ou recente é realizado por exame de sangue, no qual se


pesquisa a presença de anticorpos anti-HAV IgM (infecção inicial), que podem permanecer
detectáveis por cerca de seis meses.
Prevenção: Vacinação, saneamento básico, lavar bem as mãos.

Não há tratamentos

Hepatite B – vírus da família hepadnaviridae

 Fita dupla parcial de DNA, envelopado e oncogênico

Período de incubação 45-100 dias (media 70)

Hepatite aguda: crianças e adultos

Sintomas: anorexia, náuseas, vômitos, dores abdominais, icterícia, febre leve ou ausente.

Hepatite crônica: infecção perinatal e em crianças de ate 4 anos

 Hepatite B não tem cura, porem pode viver com o vírus


 3% desenvolvem a hepatite crônica ativa: cirrose e carcinoma hepático

Diagnostico: clinico + provas de função hepatica e laboratoriais: ELISAs anti-proteinas virais -


anti-HBcAg, anti-HBsAg, antiHBeAG

Prevenção e controle

 Vacinação
 Pessoas de alto risco: áreas de saúde, parceiros sexuais de portadores, atividade sexual
anal...
 Uso de preservativos, transfusões a partir de soronegativos.
 Tratamento intérferon, lamivudina, adefovir, entecavir e telbivudina.

Hepatite c – família Flaviviridae, tipos de 1 a 6

Incubação: media de 6-7 semanas

Hepatite crônica: 70 % cirrose e carcinoma hepatocelular

Predomínio: Infecção persistente

Imunidade: Sem indução de anticorpos protetores

Sinais

Agudas começo insidioso: Anorexia, dores abdominais, náusea, vómitos, icterícia

A ausência de marcadores para outras hepatites

Transmissão: Transfusão ou transplante de doador infectado, Uso de drogas injetáveis,


Hemodiálise, Acidente com agulhas e frascos quebrados, Pato de mãe infectada.

Diagnóstico: Anticorpos anti-HCV, Detecção do genoma por RT-PCR

Tratamento: alfa interferon PEG + ribavirina + telaprevir ou bocepravir.

Prevenção: Triagem de sangue órgãos doadores, Modificação de comportamento de alto risco,


Precauções com sangue e líquidos corporais.

Hepatite D – RNA
Se faz necessário utilizar proteína do vírus da hepatite b

Doenças severa aguda, usualmente desenvolve HD crônica, alto risco de doença crônica severa,
pode se apresentar como hepatite aguda

Diagnóstico: Anticorpos IgM anti-Delta no soro, Ag Delta no soro ou fígado (biopsia)

Prevenção

 Coinfecção por Hepatite b viral e hepatite de viral


 Educação para reduzir comportamento de risco entre portadores crônicos de hepatite
b viral
 Vacina para a hepatite b

Hepatite E - Transmissão fecal-oral

Características clínicas:

 Período de incubação de 30 a 40 dias


 Aguda e auto limitante
 Geralmente em adultos de 15 a 40 anos

Complicações:

Hepatite fulminante em gestantes (Mortalidade de até 40 %)

Patogenia:

 Similar à hepatite A
 Replicação inicial no intestino seguida de replicação no fígado
 Viremia passageira
 Grande quantidade de vírus necessária para estabelecer a infecção

Taxa de mortalidade: geral 1% a 3%, gestante 15% a 25%

Gravidade da doença: aumenta com a idade

Sequelas crônicas: nenhuma

Epidemiologia: pouco conhecida, surtos na china, México e norte da África, usualmente grande
contaminação de agua com fezes.

Outras hepatites virais: Hepatire G. HSV, EBV, CMV, febre amarela e rubéola.
Prevençao geral:

 Hepatite A, B e D - Vacina
 Hepatites B, C e D - Uso de preservativo biossegurança
 Hepatite A e E – Saneamento básico e cuidados com alimento e água

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