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EPIDEMIOLOGIA
• DEFINIÇÃO
• OBJETIVOS
• METODOLOGIA
NÍVEIS DE PREVENÇÃO:
O objetivo é antecipar o nível de detecção e intervenção sobre os precursores e
fatores de risco da doença. Colocando a medicina preventiva em destaque contra a cu-
rativa.
Conceitos de prevenção: Significa inibir o desenvolvimento de uma doença antes
que ela ocorra.
O significado foi alargado para incluir medidas que interrompam ou atrasem o
progresso da doença.
Tipos de prevenção:
1. Prevenção primária: (Aplicável no estado de suscetibilidade) é a prevenção da
doença através da alteração da susceptibilidade ou da redução da exposição
dos indivíduos susceptíveis;
2. Prevenção secundária: (Aplicada no início da doença, isto é, nos estados pré-
clínico e clínico) é a detecção e tratamento precoce da doença;
3. Prevenção terciária: (Indicada para o estado de doença avançada ou incapaci-
dade) é a diminuição da incapacidade resultante da doença e as tentativas para
restabelecer uma função eficaz.
TEORIAS DE POPULAÇÃO:
ASPECTOS HISTÓRICOS E IDEOLÓGICOS
Taxa geral de N.º de natos vivos numa área durante o ano X 1000
fecundidade População a meio do ano de mulheres com 14-
= 44 (ou 14-49) anos na mesma área e mesmo
ano
5. População Mundial
Thomas Malthus considerou que “a produção de comida apenas pode crescer a-
ritmeticamente enquanto que a população crescia geometricamente”.
A sua visão básica do desfasamento entre recursos e população está correta.
O fator mais importante para o recente aumento da população mundial tem sido o
declínio de taxas de mortalidade, especialmente na infância.
6. Transição demográfica
É a expressão usada para descrever as principais evoluções demográficas nos úl-
timos 2 séculos. Caracteriza-se por diminuição dos índices de natalidade e mortalidade.
7. Momentum populacional
O período no qual as tendências verificadas no passado repercutirão no futuro
apresentando grande importância.
• Uma taxa é uma forma especial de proporção que inclui a especifidade no tempo; é a
medida básica de ocorrência da doença, porque é a medida que mais claramente ex-
prime a probabilidade ou risco de doença numa população determinada e num espaço
de tempo definido; são assim determinadas:
N.º de acontecimentos num dado espaço de tempo X K
População em risco durante este espaço de tempo
• As taxas de prevalência medem o n.º de certa população que, num determinado mo-
mento, tem uma certa doença.
Taxa de prevalência N.º casos de doenças existentes X Em momento
=
população total determinado
• A Incidência diz-nos a que taxa ocorrem novas doenças num grupo de indivíduos
sãos.
• A Prevalência mede a probabilidade de haver pessoas a sofrer da doença num dado
momento (Designada por Prevalência pontual). Depende de 2 fatores:
• O n.º de pessoas que adoeceram anteriormente (isto é, a incidência anterior);
• A duração das respectivas enfermidades.
• Relação entre Prevalência (P) e Incidência (I) versus doença (D):
P~I x D
P=IxD
Vantagens Desvantagens
Taxas Brutas Taxas sintéticas atuais. As diferenças das taxas
Cálculo fácil para compa- brutas são difíceis de in-
rações internacionais (lar- terpretar devido as varia-
gamente usadas apesar das ções de composição popu-
limitações) lacional (idade,raça,etc.)
Taxas Específi- Subgrupos homogêneos. Trabalhosas se quer se
cas Taxas detalhadas, úteis comparar muitos subgru-
para fins epidemiológicos pos de duas ou mais popu-
e de saúde pública lações.
Taxas Ajustadas Afirmações condensadas. Taxas fictícias. O valor
As diferenças nos grupos absoluto depende da po-
são “removidas”, o que pulação padrão escolhida.
permite comparações sem Mascaram as tendências
desvios. opostas existentes nos
grupos.
1. O CENSO
Definição: Deriva da palavra latina “para calcular e fixar” .
Planejamento & programação em saúde dependem:
• Do tamanho e composição de uma população;
• Das forças que determinam estas variáveis;
• E das modificações previstas para o futuro.
Os dados do censo são indispensáveis para uma descrição rigorosa do estado de
saúde de uma população, pois eles constituem a principal origem dos denominadores
das taxas de morbilidade e mortalidade.
Há dois métodos de censo:
• De fato: Localização no momento do censo;
• De jure: Local de residência habitual (Usado nos EUA).
2. ESTATÍSTICAS VITAIS
São os dados obtidos por todos os “acontecimentos vitais”:
• Nascimentos; • Mortes fetais; • Separações judi-
• Adoções; • Casamentos; ciais;
• Mortes; • Divórcios; • Anulações.
DADOS DE MORBILIDADE
CDC (Atlanta-EUA)
MORTALIDADE MATERNA
É uma medida que reflete não só os cuidados obstétricos mas o ní-
vel sócio-econômico. È de cerca de 1% da taxa de mortalidade infantil.
ESPERANÇA DE VIDA
É o n.º médio de anos que um indivíduo pode esperar viver, é uma
importante medida sintética para a comparação de taxas de mortalidade
dentro de um país ou entre países ao longo do tempo.
Tem aplicação prática para efeitos de seguro de vida.
MEDIÇÃO DA INCAPACIDADE
• Para efeitos de seguros, incapacidade pode ser normalmente defi-
nida como a impossibilidade de obter um emprego remunerado;
• Uma redução temporária ou prolongada da atividade de uma pes-
soa, em resultado de uma afecção aguda ou crônica. Define-se en-
tão 3 medidas da incapacidade:
• Dia de atividade restrita: Aquele em que uma pessoa reduz
a sua atividade habitual por força de uma doença ou trau-
matismo.
• Dias de perda de trabalho: Aquele em que uma pes-
soa perdeu um dia completo de trabalho por força de
uma doença ou traumatismo.
• Dia de incapacidade no leito: Aquele em que uma
pessoa permanece na cama toda ou maior parte do
dia. Os dias de Hospital são classificados como dia
de incapacidade no leito mesmo se a pessoa estiver
acamada.
EPIDEMIOLOGIA DESCRITIVA:
PESSOAS, LUGAR E TEMPO
PESSOAS
Nos estudos epidemiológicos é quase rotina especificar 3 caracterís-
ticas de qualquer pessoa:
• Idade: É a determinante mais importante entre as variáveis pessoais; As
taxas de mortalidade e morbilidade dependem desta variável.
• Sexo: As taxas de mortalidade são mais altas nos homens, e as de morbi-
lidade nas mulheres (visitam mais o médico, 5,2 versus 4,0 por pessoa
ao ano);
• Grupo Étnico & Raça: Câncer de colo uterino mais comum em negras e
de mama em brancas, P. Ex.
• Classe Social: Por razões de ordem prática, nos estudos epidemiológicos
é freqüente utilizar a ocupação como medida do estado sócio-
econômico.P. Ex. há uma forte concentração de esquizofrenias nas clas-
ses mais baixas das comunidades urbanas.
• Ocupação: As experiências relacionadas com ocupação possam exercer
profundo efeito sobre a saúde e modificar taxas de mortalidade e morbi-
lidade. Variedades de exposições: Condições físicas desfavoráveis (ca-
lor, frio, variações de pressão atmosférica), substâncias químicas, baru-
lho, stress ocupacional.
• Exemplos :
• Úlcera péptica, hipertensão e diabetes maiores controlado-
res aéreos que em grupos testemunha.
• Doença coronária mais baixa em cobradores do que moto-
ristas devido maior atividade física dos primeiros.
• Estado civil: P. Ex. Menor risco de câncer de mama quando 1ª gravidez
é precoce.
• Variáveis familiares:
• Dimensão da família;
• Ordem de nascimento;
• Idade da mãe;
• Privação de progenitores.
• Outras variáveis pessoais:
• Grupos Sangüíneos:
• Grupo Sangüíneo “A” maior risco de câncer de estômago;
• Grupo Sangüíneo “O” maior risco de úlcera duodenal.
• Exposição ao ambiente
• Personalidade: A X B.
LUGAR
A frequencia das doenças pode ser relacionada com o local de ocor-
rência em termos de áreas definidas, ou por barreiras naturais, como cadei-
as de montanhas, rios ou desertos, ou por fronteiras políticas.
• Limites naturais: Doenças geográficas, P. Ex.:
• Linfoma de Burkitt;
• Esclerose múltipla.
• Subdivisões políticas.
• Mapas de fatores ambientais.
• Diferenças urbano rurais.
• Comparações internacionais.
• Estudo de emigrantes.
TEMPO
O estudo da ocorrência das doenças ao longo do tempo é um aspecto
básico da análise epidemiológica; os anos decenais são particularmente ú-
teis para o cálculo de taxas por contagem do censo e não uma estimativa da
população.
• Tendências seculares: Aplica-se nas variações ocorridas durante longos
períodos como anos ou décadas.
• Variações cíclicas: São alterações nas freqüências das doenças; podem
ser anuais (estacionais), ocorrer de 2 em2, 3 em 3, 6 em 6 anos, etc.
• Aglomerações no tempo e no espaço.
EPIDEMIOLOGIA ANALÍTICA: ASPECTOS GERAIS
CICLO DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS
Identificar uma
A partir de re- coorte definida
gistros exis- no passado
tentes classifi-
car os mem- Prospectivo Determinar se a
bros da coorte Histórico doença se desen-
segundo a ex- volve
posição ao fa- ?
tor a estudar
Estudos retrospectivos
• Casos: São preferíveis casos novos (incidentes) aos prevalentes;
• Testemunhas: A randomização costuma ser a regra na seleção de teste-
munhas específicas;
• O problema das variáveis de confusão:
• Planejar o estudo por emparelhamento; (variáveis mais usadas :
sexo, idade e raça semelhantes)
• Técnicas estatísticas como estratificação ou regressão.
Estudos prospectivos
• Seleção do grupo a estudar ou Coorte: Coorte são pessoas saudáveis
que compartilham uma experiência em comum durante um período de
tempo limitado. Uma coorte ocupacional incluiria P. Ex. todas as pes-
soas empregadas num estaleiro naval num dado período de tempo e por
um mínimo especificado de tempo.
* Os estudos analíticos objetivam determinar se existe associação entre fa-
tor ou exposição e uma doença, e caso positivo, a intensidade desta asso-
ciação.
*Uma importante medida de associação que relaciona as taxas de incidên-
cia da doença em estudo entre os que tem e os que não tem o fator ou ex-
posição, chama-se risco relativo.
Definição: Risco relativo é a relação entre a taxa de incidência nas pessoas
expostas a um fator e a taxa de incidência nas pessoas não expostas:
Risco Relativo Taxa de incidência entre os expostos
=
Taxa de incidência entre os não expostos
__P1__ __P1__
P1 + P2 P1 + P2
ESTUDOS TRANSVERSAIS
VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
Situação desejável
Auto apresentação Tratamento das
doenças crônicas
DIAGNÓSTICO
Vigilância
Cura
1. Febre amarela
2. Peste
3. Cólera
4. Varíola
5. Hanseníase
6. Tuberculose
7. Poliomielite
8. Tétano
9. Doenças meningocócicas
10.Outras meningites
11.Raiva humana
12.Febre tifóide
13.Sarampo (só casos internados em hospital)
14.Leishmaniose visceral
15.Leishmaniose cutâneo-mucosa
16.AIDS (SIDA).