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INTRODUÇÃO

Conjunto de processo interativos ( inter-relações do agente, do suscetível e do


meio ambiente que afetam o processo global e seu desenvolvimento), desde a
primeira forças que criam o estimulo patológico no meio ambiente ou em
qualquer outro, lugar, passando pela resposta do homem ao estimulo, até as
alterações que levam a um defeito invalidez, recuperação ou morte.
Todas as doenças têm um curso natural em que o equilíbrio entre o hospedeiro,
agente, etiológico e meio ambiente corresponde á saúde.
Havendo desequilíbrio, temos a doença que, se não tratar, pode levar á cura
espontânea, incapacidade ou morte.
Leavel&Clark, 1976

Estrutura epidemiológica é uma representação sistêmica dos elementos envolvidos


no processo saúde e doença, os fatores relacionados ao agente etiológico, ao
hospedeiro susceptível e ao ambiente que atua como o fulcro de uma balança
favorecendo a manifestação patológica do agente ou resistência á doença.

O conceito da Historia Natural da Doença, permite a distinção de dois períodos envolvidos


na gênese e desenvolvimento dos adoecimentos:

• Pré-Patogênico;
• Patogênico
PERIODO PRÉ-PATOGÊNICO
Refere-se aos determinantes que potencializam o surgimento da doença ( diz
respeito ás possíveis evoluções da doença em curso).
Distingue-se em 3 grupos de fatores determinantes em fatores relativos:
• Agente ou fatores etiológicos: São causadores das doenças;
• Hospedeiro: Ser vivo que oferece, em condições naturais, subsistência, ou
alojamento a um agente infeccioso;
• Meio ambiente: Conjunto de instancias e processos que mantêm relações
interativas com o agente etiológico e o suscetível, sem se confundir com os
mesmos ( reservatório, vetores e veículos).
Quanto melhor conhecermos esses três fatores, maior será a chance de intervenção
positiva, evitando a ocorrência de agravos e favorecendo modos de vida mais
saudáveis.

PERIODO PATOGÊNICO
Destacam-se quatro fases de evolução:
1- Patogenia Inicial;
2- Patologia Precoce: Após o aparecimento de sinais e sintomas perceptíveis;
3- Doença Avançada: Quando as alterações morfofuncionais que caracterizam
a doença já estão instaladas;
4- Desfecho: Como o processo de adoecimento se conduz-recuperação,
invalidez, cronicidade ou morte.

PREVENÇÃO
A prevenção de doenças exige uma ação antecipada, baseada no conhecimento da
historia natural da doença, a fim de evitar sua progressão ou promover seu controle.
Como?
• Educação em saúde;
• Mudança de hábitos e de vida;
• Minimizar fatores de risco, aconselhamento;
• Exames periódicos;
• Consulta de rotinas

NÍVEIS DE PREVENÇÃO

• Primária;
• Secundária;
• Terciária;
• Quaternária

Figura 3: Agrupagem de ações de prevenção seguindo três fases,


correspondentes a cada um período de evolução da doença, definida no
modelo de HND, conforme a imagem acima. Essas três fases de prevenção:
primária, secundária e terciária admitam-se a subdivisões internas, a partir
das quais definam-se em cinco níveis de prevenção

PREVENÇÃO PRIMÁRIA
Refere-se a ações relacionadas aos determinantes de adoecimentos ou agravos
que incidem sobre indivíduos e comunidades de modo a tentar impedir os
processos patogênicos antes que lhes se iniciam.
Ações voltadas á intervenção sobre os agentes patógenos e seus vetores, sobre os
hospedeiros ou indivíduos e comunidades, e sobre o meio que os expões a esses
patógenos ( período pré-patogênico).
São divididas em dois níveis:
• Promoção á Saúde;
• Proteção Específica.

PROMOÇÃO Á SAÚDE
Ações que incidem sobre melhorias gerais nas condições de vida de indivíduos,
famílias e comunidades, beneficiando a saúde e a qualidade de vida de modo
geral, obstaculizando um grande número de diferentes processos
patogênicos.
EXEMPLOS
1- Saneamento básico, com distribuição de água potável e esgotamento
sanitário.
2- Disposição e coleta de lixo adequada;
3- Boas condições de moradia, nutrição, trabalho e transporte;
4- Acesso a serviços, informações e insumos em educação, saúde, lazer e
cultura;
5- Controle de qualidade do ar, do nível de ruído, da radiação e de outras
fontes de poluição ambiental.

PROTEÇÃO ESPECÍFICA
Refere-se ás ações que incidem no período pré-patogênico, isto é , ações que
querem se antecipar a instalação dos processos patogênicos.
A diferença e que na proteção especifica as ações são divididas a grupos específicos
de processo saúde e doença ( as ações de proteção especifica também podem ser
divididas primordialmente ao agente, ao hospedeiro ou ao meio ambiente).
EXEMPLOS
1- Vacinação: Ação que imuniza os suscetíveis contra um agente infeccioso,
reduzindo chances de que, ao entrar em contato com esse agentes, os
indivíduos sejam infectados, adoeçam, ou desenvolvam formas graves da
doença;
2- Quimioprofilaxia: Prescrição de imunizantes a alguns contactantes de
pacientes com tuberculose pulmonar ou rifampicina para os contactantes de
doença meningocócica, ou AZT para recém nascidos de mães infectadas pelo
HIV;
3- Combate aos criadores domiciliares do Aedes Aegypti para o controle da
doença;
4- A fluoração da água para o combate á carie dentária;
5- Adição de iodo ao sal para combater ao bócio endêmico .

PREVENÇÃO SECUNDÁRIA
Atua no período patogênico, isto é, nas situações onde o processo saúde e doença já
está instaurado
Tem como dois principais objetivos:
1- Propiciar a melhor evolução clínica para os indivíduos afetados,
conduzindo o máximo o processo para os melhores desfechos, de
preferência para os melhores desfechos, de preferencia evitando a
transposição do horizonte clinico ou, pelo menos minimizando a
sintomatologia;
2- Interromper ou reduzir a disseminação do problemas a outras pessoas.
Observação: Para atingir esses dois objetivos, é necessário o diagnostico
precoce e o tratamento imediato.
Diagnostico precoce e tratamento imediato: O primeiro nível de prevenção
secundária está localizado no período anterior ao horizonte clínico, que se
caracteriza pela fase de incubação.
As medidas de diagnósticos precoce e tratamento imediato, como o próprio nome
indica, devem detectar o mais rapidamente possível processos patogênicos já
instalados.
Assim, mesmos antes de um agravo em curso cruzado horizonte clínico, já é possível,
em muitos casos, diagnostica-lo e adotar medidas protetoras para os indivíduos
afetados e para terceiros
Exemplos:
1- Rastreamento ou Screenings;
2- Busca ativa de contactantes ou suscetíveis a partir de um diagnostico
de doença infecciosa;
3- Exame de Papanicolau entre mulheres sexualmente ativas;
4- Mamografias em mulheres acima de 50 anos ou de alto risco ( historia
previa ou familiar próxima)
5- Dosagem de glicemia e colesterol em indivíduos obesos ou com história
de riso aumentado para doenças cardiovasculares e diabetes
6- Aferição da pressão arterial em adultos.
Objetivo
Cuidar dos casos com os mais eficazes e adequados recursos para que o curso
clínico possa ter, com foco para a cura total ou com poucas sequelas, ou
reduzir e retardar ao máximo as complicações clínicas, nos casos de condições
crônicas ( como hipertensão primária) ou cornificadas com recursos a
suportes terapêuticos ( HIV)
PREVENÇÃO TERCIÁRIA
Refere-se ao momento em que o processo saúde e doença alcançou um terno final
ou uma forma estável de longo prazo, a cura com sequelas ou a cronificação,
as quais também reclamam cuidados preventivos e específicos.
O objetivo é conseguir que as limitações impostas pela condições provocadas
pelo adoecimento ou agravo prejudiquem o mínimo possível o cotidiano e a
qualidade de vida das pessoas, famílias e comunidade afetadas.
Para atingir esse objetivo, é necessário reabilitação física, apoio psicoemocional
e apoio social.
Não relacionada ao risco de doenças, e sim ao risco de adoecimento iatrogênico,
ao excessivo intervencionismo diagnósticos e terapêutico e a medicalização
desnecessária. Pode ser resumida como a prevenção de iatrogenias.
Exemplos:
1. Excesso de rastreamento;
2. Medicalização de fatores de risco;
3. Solicitação de exames complementares em demasia;
4. Excesso de diagnósticos, com rotulagem de quadros inexplicáveis ou
não enquadráveis na nosografia biomédica.
5. Medicalização desnecessárias de eventos vitais ou adoecimentos
benignos autolimitados ( resfriados e partos)
6. Pedidos de exames e ou tratamento de vida ao medo ou pressão de
paciente.

PREVENÇÃO QUARTENÁRIA
Quando você faz educação em saúde e vacinação com pertinência, propões medidas
de rastreamento apenas se houver evidencias cientificas e custo- benificiário
comprovados, preocupa-se com a comunicação e com a individualização do cuidado,
esta fazendo prevenção quartenária.
Importante estudar isso para prova também!

Pandemia
É a disseminação mundial de uma nova doença e o termo passa a ser usado quando
uma epidemia, surto que afeta uma região, se espalha por diferentes
continentes com transmissão sustentada de pessoa para pessoa.

Endemia
É a ocorrência de determinada doença que acomete sistematicamente as
populações em espaços característicos e determinados, no decorrer de um
longo período ( temporalmente ilimitada), e que mantém uma incidência
relativamente constante, permitindo variações cíclicas e sazonais.

Epidemia
É a ocorrência em uma comunidade ou região de casos de natureza semelhante,
claramente excessiva em relação ao esperado.

Prevalência
Refere-se ao número total de casos de uma doença em um período de tempo, a
incidência refere-se apenas aos novos casos.

Período de incubação
É o intervalo de tempo que decorre desde a penetração de agente etiológico no
hospedeiro ( indivíduo já esta infectado), até o aparecimento dos sinais e sintomas
da doença, variando de acordo com a doença considerada.

Período de transmissibilidade
É aquele em que o indivíduo é capaz de transmitir a doença que esteja ou não com
sintomas

Virulência ( Questão de M2)


É a capacidade que um agente biológico tem em produzir efeitos graves ou fatais.
Está relacionada com a sua capacidade de multiplicação no organismo
infectado, produção de toxinas, entre outros fatores.
A virulência de um determinado agente pode ser determinada pelos coeficientes de
letalidade e gravidade:
• Coeficiente de letalidade: Indica a percentagem de casos mortais da
doença;
• Coeficiente de gravidade: Indica a percentagem de casos considerados
graves, de acordo com critérios pré estabelecidos.

Alta Virulência
Significa uma proporção elevada de casos graves ou fatais, como acontece na
raiva, por exemplo, em que todo caso é fatal.
Por outro lado, o vírus do sarampo, apesar da sua alta infectividade e
patogenicidade, possui baixa virulência, uma vez que o número de óbitos por
sarampo no meio urbano é baixo.

Patogenicidade
É a capacidade que o agente infeccioso tem de produzir sintomas em maior ou
menor proporção entre os hospedeiros infectados.

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