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SAÚDE COLETIVA

Níveis de Prevenção
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NÍVEIS DE PREVENÇÃO

FASES DA HISTÓRIA NATURAL DA DOENÇA

A história natural da doença possui dois períodos, que acontecem de forma subsequente:
1. Período epidemiológico (pré-patogênico).
2. Período patogênico.

Durante a fase da susceptibilidade no período epidemiológico ou pré-patogênico, são


apresentadas condições que podem desencadear a doença. Nesse período, é possível evitar
o prosseguimento do processo patogênico por meio da identificação e quebra da cadeia de
transmissão, empregando as devidas prevenções primárias.
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A prevenção primária classifica-se em duas ações fundamentais:
1. Promoção da saúde: ação ampla intersetorial de embasamento para evitar o adoeci-
mento da população.
2. Proteção específica: ações inerentes como, por exemplo, a vacinação.
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Na fase pré-clínica do período patogênico, os determinados sintomas da doença ainda não


se manifestaram e não há possibilidade de visualização das interações bioquímicas, sendo
necessário recorrer à prevenção secundária para que possa ser feito o rastreamento do pro-
blema em estágio inicial, apresentando diagnóstico precoce, limitação do dano e possível cura.
Na fase clínica, ocorre o acompanhamento do indivíduo, evitando a viabilidade da evolução
para condição de complicação ou morte. Em caso de doença avançada, ocasionada devido ao
tratamento tardio ou falha de rastreamento do sistema, é preciso atuar em nível de prevenção
terciária, tentando recuperação e reabilitação do indivíduo após prejuízo funcional.

PERÍODO PRÉ–PATOGÊNICO

A patologia ainda não está manifesta e os determinantes intrínsecos ao sujeito estrutu-


ram disposições ao adoecimento.

Fatores que influenciam o período pré-patogênico

1. Os agentes físicos e químicos.


2. Agentes nutricionais.
3. Determinantes econômicos.
4. Biopatógenos.
5. Agentes genéticos.
6. Determinantes culturais.
7. Determinantes psicossociais.
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Obs.: o período pré-patogênico também é conhecido como pré-patológico ou vertente epi-


demiológica.

Esse período etiológico está designado no nível de atenção primária, devido à possível
atuação coletiva por meio de ações de prevenção, promovendo a saúde (com educação, por
exemplo) e fazendo a proteção específica da saúde (com vacinas, por exemplo).
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PERÍODO PATOGÊNICO

No período patogênico, o processo patológico já se encontra ativo e a doença empreen-


de-se naturalmente no corpo do ser humano, iniciando as primeiras alterações no estado de
normalidade através da atuação de agentes patogênicos.

PROMOÇÃO DA SAÚDE E PREVENÇÃO DE DOENÇAS

A promoção se vale de conceitos clássicos que orientam a produção do conhecimento na


área de saúde, especialmente da medicina. Historicamente, a promoção da saúde foi referida
pelo sanitarista Henry Sigerist, em 1946, como uma das quatro funções da medicina, ao lado
da prevenção de doenças, do tratamento e da reabilitação de doentes.
Nos anos de 1960, ganha destaque o preventivismo apresentado no modelo de História
Natural da Doença, de Leavell e Clark, que introduziu a discussão da doença como um pro-
cesso e sua múltipla causalidade.
e acordo com Leavell e Clark, os principais objetivos da atividade médica, odontológica
e de saúde são:
1. A promoção da saúde.
2. A prevenção de doenças.
3. O prolongamento da vida.
A promoção da saúde está localizada no primeiro nível das medidas preventivas, por-
tanto, antes da instalação da doença no indivíduo. No Sistema Único de Saúde (SUS), é
considerada uma estratégia conceitual e prática para a mudança no modelo de organização
dos serviços de saúde.
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Obs.: é importante lembrar que a promoção da saúde é uma ampla ação intersetorial.

NÍVEIS DE PREVENÇÃO

1. Prevenção Primária: ação tomada para remover causas e fatores de risco de um


problema de saúde individual ou populacional antes do desenvolvimento de uma condição
clínica. Inclui promoção da saúde e proteção específica (BRASIL, 2013).
Exemplos: imunização (proteção específica) e orientação de atividade física para diminuir
chance de desenvolvimento de obesidade (promoção da saúde).
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2. Prevenção Secundária: ação realizada para detectar problemas de saúde em estágio


inicial, muitas vezes em estágio subclínico, no indivíduo ou na população, facilitando o diag-
nóstico definitivo, o tratamento e reduzindo ou prevenindo sua disseminação e os efeitos de
longo prazo (BRASIL, 2013).
Exemplos: rastreamento, diagnóstico precoce e limitação da invalidez.
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3. Prevenção Terciária: ação implementada para reduzir, em indivíduo ou população,
prejuízos funcionais consequentes de um problema agudo ou crônico, incluindo reabilitação.
Exemplos: prevenir complicações do diabetes, reabilitar paciente pós-infarto ou acidente
vascular cerebral.
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�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula
preparada e ministrada pelo professor Natale Oliveira de Souza.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.
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