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Liu Tosto e Raphaela Cabral | TUT 14|16 1

Entrevista e Anamnese
Psiquiátrica
 Atenção a singularidade, respeito ao
paciente,
 Perguntas
INDICE:
 As perguntas devem ser direcionadas no
 Entrevista em Psiquiatria foco da entrevista para se ter uma consulta
de qualidade
 Roteiro básico do exame  O profissional deve saber colher diferentes
 Exame Psíquico informações. A entrevista não deve ser um
 Súmula Psicopatológica funil único de perguntas abertas no início e
perguntas fechadas no fim, mas, em vez
 Comunicação não verbal
disso, uma série de funis, cada um
começando com perguntas abertas.

 Na transmissão temos uma comunicação que se


dá além do conteúdo
Entrevista e Anamnese Psiquiatra  Objetivos da entrevista
 Colher a história do paciente
 Motivo da consulta
 Estar atento aos sofrimentos que ele
 Entrevista apresenta
 Anamnese psiquiátrica  Colher sintomas do passado que podem
 Exame psíquico interferir no tempo atual
 Súmula psicopatológica o É essencial elencar todos os sintomas
 Registro escrito que afetam o paciente no momento da
consulta
ENTREVI STA PSI QUI ATR A  Estilos de entrevistar
 Depende da sensibilidade, experiência e
tempo do entrevistador
 Antes da entrevista
 Subjetivo e pessoal de cada entrevistador
 Para pacientes ambulatoriais, o primeiro
 O estilo de entrevista não é inflexível nem
contato com o consultório do psiquiatra
igual para todos os profissionais
costuma ser um telefonema. É importante
 Flexibilidade
que a pessoa que está recebendo a ligação
 A flexibilidade é importante para se
saiba como proceder se o indivíduo estiver
adequar a cada paciente e sua
agudamente perturbado, confuso ou
comorbidade.
expressar intenção suicida ou homicida.
 Relação com o paciente: transferência e
 Entrevista: Técnica ou arte?
contratransferência
 É uma consulta médica
 Transferência: É aquilo que o paciente
 Não se deve julgar o paciente
coloca no médico
 É essencial estar atento a singularidade do
 É a expectativa do paciente perante ao
paciente.
médico, ou até mesmo ao tratamento
 O principal objetivo da coleta de dados da
 Atitudes, percepções, pensamentos e
entrevista, extrair a história do paciente
sentimentos cuja origem é basicamente
sobre sua saúde e doença.
inconsciente para o indivíduo.
 Instrumento: entrevistador
 Contratransferência: É aquilo que você
 Ouvir o paciente é indispensável e
(médico) sente na presença do paciente.
fundamental
 Exemplo: Raiva ou rejeição que a equipe
 A pergunta fechada, em última análise,
médica sente pelo paciente
leva a respostas de “sim” ou “não”. Na
 A dimensão temporal das consultas
porção inicial da entrevista, as perguntas
psiquiatras interferem no vínculo da relação
devem ser principalmente abertas. médico-paciente
 Habilidades  Ao identificar tais reações
 Atitude contratransferenciais e conscientizar-se de
 Quem fomos reflete nossa atitude. Exemplo: que elas têm a ver com seus próprios
timidez, extroversão.

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conflitos, o profissional poderá lidar de  Nise da Silveira: “Não deixar de se


forma mais racional e objetiva com o que surpreender com o humano”. Opinião da
está ocorrendo na relação com o professora: O significado de tal frase é
paciente. importante para mantermos a humanidade
durante o atendimento.
 Conteúdo e forma de falar
 Não deve aceitar jargões fornecidos pelos
pacientes, como “nervoso”, “deprimido”, Roteiro básico do exame
“tenho pânico”: pedir que ele explique o
que quer dizer com essas palavras.
 A entrevista não é um inquérito policial, não é
 O que é relevante na entrevista? uma atitude detetivesca de perseguir uma
 O que é relevante termos da colheita da suposta verdade que esta escondida
história e da psicopatologia,
 É essencial conhecermos a pessoa EXAME CLÍNICO
atendida, sua subjetividade, vivencias
psíquicas e quais os valores e prioridades do 1. Anamnese
paciente  É o instrumento mais importante dessas
 O que pode ser irrelevante? ciências
 Observar com atenção aqueles pacientes  É a colheita da história
que se prendem a falar fatos irrelevantes
2. Revisão dos sistemas orgânicos
para não falar o que é necessário,
 Perguntar sobre todos os sistemas
escondendo vivências importantes
 Pacientes prolixos, que são pura metonímia,  Questionar se o paciente é hipertenso,
e que conversam muito, é necessário focar diabéticos, se tem algum problema de
a entrevista para não dar espaço a uma tireoide, de fígado...
exposição de fatos desnecessários que não  Se eventualmente toma alguma
acrescentam para história da moléstia dele medicação
 Essa habilidade vem com a prática e o
 Não se deve esquecer que o paciente
conhecimento dos conceitos
 Diferenças socioculturais psiquiátrico tem um corpo que também
 Quem somos é determinado pelo ambiente adoece
em que viemos, nascemos, pela 3. Exame físico
escolaridade, etc. Além de valores  A depender da história se aprofundar no
familiares, ambientais e culturais (regionais exame físico neurológico
e nacionais)  Porém, pelo menos princípios básicos de
 É necessário valorizar e reconhecer as
neurologia são importantes
diferenças econômicas e escolares para
melhorar adaptação durante a 4. Exames complementares
abordagem ao paciente, como o linguajar  Só quando forem necessários,
do médico diferenciado para cada um.
 Na dúvida sobre determinado simbolismo EXAME PSÍQUICO
dito na entrevista pergunte ao paciente o 1. Entrevista padronizadas
que significa
2. Diagnóstico não faz parte do exame
 Familiaridade com conflitos humanos
 As diferentes formas do ser humano psicopatológico
apresentar conflitos  Já é a conclusão da consulta como um
 Os grandes mestres da psicopatologia todo
sempre nos incentivaram a importância de
conhecermos mitologia, literatura, cultura ANAMNESE
em geral, pois é isso que nos familiariza com
o que é humano 1. Identificação do paciente
 Partir do princípio de que nada do que é  Nome
humano nos deveria ser desconhecido,  Idade
entretanto tem algumas vivências que não  Sexo (eventualmente*)
são desconhecidas. Reconhecer vivências  Grupo étnico (eventualmente*)
diferentes.  Estado civil (e outros relacionamentos
 Anna Karenina “Todas as famílias felizes são
significativos)
muito parecidas, as infelizes são infelizes a
sua própria maneira”  Ocupação
 Trabalho (é muito importante, pois pode ser
uma fonte de conflitos)

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 Grau de instrução  Falecimento dos pais de forma precoce?


 Residência  Foi criado pelos avós?
 Naturalidade  Casamento? Casou com qual idade?
 Nacionalidade, Língua de origem (especificar a relação do casamento, se tem
 Religião (eventualmente*) filhos e quantos, se houve divórcios, e
 Tradição cultural que seja importante especificar sempre a temporalidade desses
eventos)
*Eventualmente: perguntar quando durante a
5. História social
entrevista isso se revele significativo para o paciente
 Qual idade foi para a escola? Teve alguma
e seu diagnóstico. Por exemplo, se mostrar um ponto
dificuldade de aprendizado?
conflituoso na vida do paciente
 Nível educacional
*Entretanto, para o exercício acadêmico é sempre  Condições de vida
bom colocar todas as informações para um melhor  Especificar de acordo com sinais do
treinamento e preparo* paciente, caso ele tenha retardo é
importante ter um grau de detalhamento
2. Queixa principal ou motivo da internação
maior, mas se, por exemplo, for um paciente
 Bem sucinta e com as palavras do paciente.
com pós-doutorado, não é necessário
 Importante estabelecer á quanto tempo.
especificar muito o desenvolvimento
 Caso o paciente não formule nenhuma
neuropsicomotor, a não ser que ele tenha um
queixa, isso também tem que ser apontado
problema neurológico ou genético
3. História da doença atual
 Questionário neuropsicomotor (se necessário
 Quando iniciou
a depender da clínica do paciente): com
 A quanto tempo
qual idade ele engatinhou, falou, controle de
 Como foi a apresentação inicial
esfíncter, deu um laço no sapato, come
 Foi usada medicação? Quais? Foi bem
sozinho, se banha sozinho, precisa de
sucedido? Eventuais efeitos colaterais
supervisão para higiene?
apresentados durante o tratamento
 Se for uma entrevista que tenha alguma
 O tratamento obteve sucesso?
questão trabalhista envolvida questionar
 Já ficou hospitalizada pela doença?
sobre a função que o paciente
 Questionar e entender a evolução da
desempenho, o que a função exige,
doença
exposição a substancias possíveis de
 A doença trouxe alguma incapacidade,
provocar intoxicação, investigar doenças
restrição?
que tenham a ver com a postura
 Episódios psiquiátricos anteriores devem ser
ergonômica, se tem conflitos no ambiente de
relatados também aqui, já que estes devem
trabalho, se há situações de assédio moral,
estar relacionados ao atual.
sexual
 Em casos de transtorno da personalidade ou
 Vínculo com o sistema de saúde
de retardo mental, será impossível separar
 Atividades religiosas e políticas
HDA e história pessoal, que podem ser
 Antecedentes criminais.
fundidas. são, em geral, crônicos.
6. História pessoal
 Teve intercorrências na gestação ou no parto
4. História familiar e conjugal
 Se o paciente foi a termo
 O detalhamento dessa parte é
 Ter sido a gravidez desejada ou não pelos
extremamente importante
pais do paciente
 Qual a história familiar da pessoa
 Separação dos pais
 Quantos filhos são (e especificar quantidade
 Ordem de nascimento entre os irmãos
de irmãos, mortes, e qual posição o paciente
 Diferenças de idade
estar no nascimento (primogênito, filho do
 O relacionamento entre estes e destes com o
meio, último filho))
paciente
 Características de personalidade dos
 Relacionamentos sociais e afetivos
familiares
 O paciente tem amigos? Já namorou? É
muito promíscuo
 Atitude da família diante da doença do
 Tem histórico de violência na família
paciente
 Alguma situação traumática vivida?

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 Tentativas de suicídio pessoal ou familiar


 Perdas de parentes significativos?
 Acidentes graves?
Exame Psíquico
 Uso de drogas, bebidas, substâncias ilícitas,
tóxicas
A inclusão e a extensão do exame físico
Outra forma de montar a HISTORIA PESSOAL é:
dependerão da natureza e do local da entrevista
 Infância: personalidade, socialização, jogos
psiquiátrica. Com pacientes ambulatoriais, pouco
e brincadeiras, aproveitamento escolar,
ou nenhum exame físico pode ser realizado
ansiedade de separação
rotineiramente, enquanto no pronto-socorro ou em
 Adolescência: desempenho escolar, uso de
pacientes hospitalizados, um exame físico mais
álcool e drogas, delinquência,
completo é justificado.
relacionamentos interpessoais
 Sexualidade: iniciação, preferência, 1. Estado de consciência (lucidez)
orientação, número de parceiros,  Níveis da consciência: Alerta, sonolência,
frequência torpor, coma
 Vida profissional: vocações; estabilidade  Lucidez na psicopatologia: a pessoa não
nos empregos; relacionamento com chefes, apresenta nenhuma turvação da
subordinados e colegas; desempenho consciência. No entanto, pode estar
 Personalidade pré-mórbida (Esquizofrenia): lúcido, desorientado, e não ter nexo no
relacionamentos sociais, interesses, hábitos diálogo que apresenta
de lazer e culturais, padrão de humor, 2. Atenção (vigilância e tenacidade)
agressividade, introversão/extroversão,  Hipoprosexia: Quando o paciente estar
egoísmo/altruísmo, com tudo rebaixado. Dificuldade em
independência/dependência, manter a concentração.
atividade/passividade, valores, adaptação  Disprosexia: Todas as disfunções. Todas as
ao ambiente. alterações da Vigilância e da tenacidade.
7. História patológica pregressa Exautaçao da atenção espontânea com
 Levantamento de todas as doenças debilidade da atenção reflexa.
importantes que o paciente tenha tido  A atenção voluntária (ou ativa) está
 Em geral não psiquiátricos, que não mostrem relacionada a um esforço intencional,
possuir relação direta ou indireta de causa e consciente, por parte do indivíduo na
efeito com a moléstia atual. Se existir essa direção do objeto.
relação, eles são incluídos na HDA  A atenção espontânea (ou passiva,
 São investigadas principalmente as seguintes involuntária) consiste numa reação
ocorrências: enurese, sonilóquio, pesadelos automática, não consciente e não
frequentes, terror noturno, sonambulismo, intencional, do indivíduo aos estímulos, a
asma, tartamudez, fobia escolar, na infância; qual é determinada basicamente pelas
convulsões ou desmaios; doenças venéreas; características destes.
outras doenças infecciosas, tóxicas ou 3. Aspecto geral
degenerativas; traumatismos cranianos;  Cabelo, Unha, Marcha, Postura, Higiene
alergia; intervenções cirúrgicas adequada.
 Eventuais quadros de dependência química  Hiper maquiada, roupa colorida demais
(diferenciar se é um estilo ou algum
psicopatológico)
4. Atitude em relação ao entrevistador
 Se o paciente é colaborativo ou não
 Se é desconfiado, resistente, desconfiado,
caloroso, receptivo?
 Você pode observar isso no aperto de
mão, no abraço e no diálogo do paciente
5. Comportamento e psicomotricidade
 Agitação, Inquietude
6. Linguagem

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 A expressão oral e a compreensão auditivo- 11. Pensamento


verbal são avaliadas de forma informal  Conteúdo
durante toda a entrevista. Todavia, alguns  Forma
testes podem ser necessários.  Curso do pensamento
 A compreensão pode ser avaliada através
É necessário saber a diferença entre pensamento e
de ordens transmitidas oralmente ao
sensopercepção, o delírio é um distúrbio do
paciente:
 Como “Toque sua orelha direita com
sua mão esquerda”; perguntas simples
 Como “Os bairros são maiores do que
as cidades?”; ou ordens por escrito
 Como “Feche os olhos”. Capacidade
de nomeação: mostra-se ao paciente
uma caneta e um relógio, por exemplo,
e pede-se que diga como se chamam
esses objetos.
 Ou então pede-se que ele, em um
minuto, cite todos os nomes de animais
que puder.

Capacidade de repetição: pede-se ao


paciente que repita frases como “Nem aqui,
nem ali, nem lá.”, ou “Sem quês, nem mas,
nem porquês”. pensamento, já a alucinação é um distúrbio da
sensopercepção
Expressão: solicita-se ao paciente que
escreva uma frase (com sujeito, verbo e A sensopercepção constitui a primeira etapa da
objeto). cognição, ou seja, do conhecimento do mundo
externo. Este se refere aos objetos reais, isto é,
7. Orientação: alopsíquica e autopsíquica àqueles que estão fora de nossa consciência, que
 Alopsíquica: Tempo e espaço resulta das alterações produzidas por estímulos
 Autopsíquica: Consciência de si própria externos sobre os órgãos sensoriais. Através da
8. Afetividade sensação, podemos distinguir as qualidades mais
 Vinculação: A pessoa estabelece elementares dos objetos: cor, forma, peso,
vínculos? temperatura, consistência, textura, timbre, sabor etc.
 Estabilidade
 Humor 12. Memória
 Equilíbrio afetivo
9. Vontade e pragmatismo
 O pragmatismo serve como uma medida do
grau de eficácia das funções psíquicas em seu
conjunto.
 O exame do pragmatismo implica, em primeiro
lugar, identificar os interesses e objetivos do
paciente, e, em segundo, avaliar a adequação
do comportamento quanto à realização de tais
objetivos.
10. Sensopercepção
 Visual
 Tátil
 Auditivo
 Sinestésico
 Cenestésico
13. Inteligência
 Uma simples conversa com o paciente
permite uma impressão geral sobre o nível

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intelectivo: observam-se a sua capacidade se comporta como se estivesse entendendo


de usar e compreender conceitos, o que se passa à sua volta; e observar como
metáforas e analogias; a adequação de ele se relaciona com seus familiares, se
seus juízos e raciocínios; e a extensão de seu parece reconhecê-los como tais.
vocabulário. 19. Crítica em relação a sintomas e insight
 Informações sobre o seu desempenho  Tem consciência ou não do que se passa
escolar ou profissional, sobre como lida com consigo próprio
os problemas do dia a dia e sobre sua 20. Desejo de ajuda
conduta social podem ser mais importantes  Isso é fundamental para o sucesso do
do que qualquer teste. tratamento
14. Autoconsciência
15. Juízo de realidade
 Extremamente importante para saber se a
pessoa estar situada
 Caso o paciente tenha clareza que a voz
que ouve estar dentro da cabeça dele é
um indício que não se trata de uma
alucinação
16. Vida afetiva
 Aspectos coletivos
 Não é necessário que o paciente nos
conte como está se sentindo para
podermos avaliar a sua afetividade: o
afeto é expresso através da mímica, do
olhar, dos gestos, da postura e do tom de
voz.
17. Volição
18. Vivência do tempo e espaço
 Orientação temporal O fato de o paciente
conseguir ordenar cronologicamente as
informações que ele presta, especialmente
as mais recentes, indica uma preservação
da orientação no tempo. Um erro de um ou
dois dias quanto à data é considerado
normal. Mas um erro grosseiro ao informar a
Súmula Psicopatológica
própria idade pode significar uma
desorientação no tempo. Ao final da
 Escrita em separado
entrevista, pode-se pedir ao paciente que
 Resumo da avaliação psíquica
faça uma estimativa de quanto tempo se
 Os itens que compõem a súmula
passou desde o seu início.
psicopatológica são:
 Orientação espacial Para uma avaliação
 Aparência
mais precisa da orientação espacial, pode-
 Atitude
se perguntar, por exemplo, que caminho o
 Consciência
paciente faria para voltar do hospital para a
 Atenção
sua casa. Deve-se considerar se o local
 sensopercepção
onde se encontra o paciente era
 memória
previamente conhecido por ele. Estar
 fala e linguagem
espacialmente desorientado na própria
 pensamento
casa é bem mais grave do que numa
 inteligência
enfermaria em que ele está chegando pela
 imaginação
primeira vez.
 conação
 Orientação quanto à situação e às outras
 psicomotricidade
pessoas É importante observar se o paciente
 pragmatismo

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 humor e afetividade  Sempre ponderar a possibilidade de


 orientação simulação
 consciência do eu  Observar a coerência na
 prospecção apresentação dos sintomas
 consciência de morbidade.  Os sintomas não se apresentam
 Na súmula torna-se explícita a isoladamente, mas sim em conjunto
subdivisão das funções mentais e são  História clínica, a linguagem deve ser:
utilizados termos técnicos.  Simples
 Precisa
 Compreensível
Comunicação não verbal  Relato pormenorizado no que for
necessário, mas sem ser prolixo
 Detalhado no essencial, conciso no
 Ambiente da comunicação secundário
 Aparência física  Valor clínico e valor legal
 Proxêmica: Percepção e utilização dos  Evitar terminologia tecnicista e rebuscada
espaços que as pessoas estabelecem entre demais
si  Termos literais no paciente em aspas ou (sic)
 Por exemplo: Pessoas espaçosas que na história, conceito psicopatológico na
invadem o espaço do outro súmula
 Movimentos do corpo:  Evitar interpretação precoce dos dados
 Gestos relacionado à fala  O paciente pode ser confuso, o profissional,
 Gestos independentes da fala não
 Postura  Relato organizado e coerente
 Comportamento tátil: ao pegar em
demasiado no médico ou em objetos
dentro do consultório, por exemplo.
 Expressões faciais: se o paciente olha
ou não no olho da outra pessoa
 Comportamento ocular
 Paralinguagem: Maneira como se diz algo.
(Prefixo “para”: ao lado de)
 Se o paciente fala de forma doce,
rápida, devagar, agitada.
 A entonação ao dar ênfase em
determinada palavra ou sílaba que
pode direcionar para um sentido ou
para outro
 Expressão emocional
 Sensibilidade aos sinais não verbais
 Controle e monitoração de estados
emocionais
 Pode ter pessoas que aparentemente
são indiferentes, enquanto outras
 Manual de psicopatologia
podem apresentar uma vigilância
/ Elie Cheniaux.
excessiva  Compêndio de psiquiatria
 Paciente que monitora em demasiado / Benjamin J. Sadock,
gestos de outra pessoa.
 Por exemplo: o paciente pode
desconfiar do médico quando este
muda de posição abruptamente,
achando que ele faz parte de algum
complô contra ele
 Simulação

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