O que é psicologia médica...
 É importante desenvolver esses mecanismos de
 Baseada em um modelo biopsicossocial do ser e do
adoecer, entende que o profissional da saúde precisa
de uma formação que proporcione educação
emocional, ética e estética, a fim de conhecer as
pessoas.
 Atuação que contemple a
integralidade do adoecer e do
ser.
 ”Bons médicos são aqueles que
Psicologia
Médica – B1
conseguem ouvir seus pacientes
e acionar todos os recursos
disponíveis capazes de
contribuir para seu bem-estar”.
 Psicologia médica é a preparação do médico para
enxergar o paciente em sua totalidade como pessoa e
não como doença.
Habilidades de comunicação em
saúde...
entrevista para passar segurança e acolhimento aos
pacientes.
 No modelo biomédico foca-se nos conhecimentos de
anatomia, fisiologia, fisiopatologia e da pessoa do
paciente para fazer uma boa entrevista.
 Já no modelo biopsicossocial busca-se conhecer as
dimensões biológica, psicológica e social e suas
interações.
 Observar e não deixar que
imagens e preconceitos definam o
julgamento/análise de um
paciente/pessoa.
 Respeitar e entender que o
paciente tem perspectivas diferentes,
que não necessariamente são erradas.
 A continência é de extrema importância, visto que, é
a capacidade de permanecer com aquilo que é, sem
tentativas prematuras de se “resolver” ou de se
“livrar”.
 A empatia é um sentimento que visa compreender e
se simpatizar pelas vivências do outro. Assim, a
perspectiva a autoconsciência, a consciência do
 outro, a flexibilidade e a reavaliação da emoção,
além da possibilidade de expressão verbal e não
verbal, as quais são aspectos importantes para que o
médico consiga diferenciar os problemas do
paciente dos seus.
 As linguagens verbal e corporal devem ser
analisadas, de modo que, uma complemente ou não
a outra.
Linguagem cinésica é a de gestos e
movimentos corporais, contato visual, gestos,
expressões faciais, postura e movimentos da
cabeça.
Linguagem proxêmica é o uso do espaço,
envolvendo as dimensões de distância,
território e ordem na comunicação humana (a
distância espacial, a orientação do corpo e do
rosto, a forma como se tocam ou se evitam o
modo como se posicionam e dispõem objetos
e espaços).
Anamnese...
 Deve ser feita de modo que abrange o princípio da
integralidade, promovendo não só o diagnóstico de
uma doença, mas fazendo a promoção, prevenção e
recuperação da saúde.
 A continuidade dos cuidados é imprescindível para
que os pacientes e seus familiares estabeleçam um
relacionamento de confiança com o médico, tendo
disponibilidade de informações, constância da
equipe, constância dos locais de atendimento,
acompanhamento e cuidado com a transmissão dos
dados e das orientações na transição de um lugar
para outro.
 O registro das informações de um paciente é dever
de toda a equipe multiprofissional que prestar
alguma assistência, pois é por meio deste documento
que outros profissionais irão guiar suas decisões.
 Fase de Recepção: é o primeiro contato entre
paciente e médico.
O ambiente, a forma como o médico está
vestido, sua cor de pele, sexo, cultura, corpo,
tudo impacta num primeiro momento.
 Consultar o prontuário do paciente, chamar
pelo nome, cumprimentar e apresentar-se,
esclarecer seu papel e sua função, informar
sobre o tempo que será necessário para a
entrevista, manter contato visual, demonstrar
interesse e respeito e cuidar do conforto físico
dele, são atitudes que auxiliam para que nesse
primeiro contato haja um bom
recepcionamento por parte do paciente.
 Fase de Exploração da Entrevista: é o
modo como a anamnese será conduzida, podendo
ser estruturada/dirigida (o profissional que guia o
que será abordado), semiestruturada/semidirigida (é
parcialmente guiada pelo profissional, tendo espaço
para que o paciente possa narrar) e aberta (o
entrevistado tem liberdade total para escolher os
temas abordados).
Delimitar o motivo da consulta; obter os
dados necessários para estabelecer a natureza
do problema, as crenças e as expectativas do
paciente; e incorporar à exploração o contexto
familiar, social e laboral; são atitudes que irão
complementar a entrevista.
Baixa reatividade; silêncio funcional;
aceitação; facilitação; empatia; frases por
repetição; sumarização; assinalamento; e
legitimação; são técnicas que permitem a
fluidez da anamnese.
 Fase da Resolução da Entrevista: éa
parte que se faz as comunicações necessárias ao
paciente e seus familiares. É dividida em
informativa (passando as informações necessárias
para haver adesão ao tratamento, solucionar dúvidas
e abordar expectativas) e negociadora (em que o
médico traz o paciente como uma peça participativa
no processo e não um mero espectador, respeitando
as escolhas do paciente).
 Entre os requisitos obrigatórios que devem conter
em qualquer anamnese está: identificação do
paciente; queixa inicial; história da doença atual;
história familiar (da doença); história pessoal (de
doenças); exame físico; exame mental (para a
 psiquiatria e neurologia); exames complementares;
diagnóstico.
Identidade médica...
 “Bom médico” = conhecimentos + habilidades +
atitudes.
 A formação psicológica do médico baseia-se na
junção do temperamento, moral, personalidade,
ética, caráter, atributos do ego e identidade.
Temperamento são os impulsos e humores.
Moral é a manifestação do superego,
determinando seus costumes.
Personalidade é a imagem da pessoa.
Ética é a forma de agir da pessoa sem
prejudicar os demais.
Caráter é o que caracteriza a conduta de
alguém, sendo advindo do inconsciente.
Atributos do ego dizem respeito às funções e
capacidades, tais como as de percepção,
pensamento, atenção, memória, juízo crítico,
linguagem e ação.
Identidade é a capacidade do indivíduo se
manter fiel a si mesmo, sendo bem
estabelecida quando tem autonomia,
estabilidade e autenticidade.
 O médico pode ter as seguintes personalidades:
depressivo, maníaco, paranoide, obsessivo, fóbico,
histórico, esquizoide, psicopata e narcisista.
 Faz parte de sua identidade profissional que, para
assegurar em consistência e coerência profissional, o
médico tenha seu esquema referencial. Isso consiste
no conjunto de conhecimentos, afetos e
experiências, com os quais ele pensa, age e se
comunica. É importante que o médico seja
continente com o paciente e consigo, identificando
suas próprias angústias, dúvidas e o “não saber”.
Relação médico-paciente e a
transferência e
contratransferência...
 A relação médico-paciente pode ter algumas
classificações, como paternalista, centrada na
relação (mutualista), consumerista, atividade-
passividade (do tipo mãe lactante; desempenhada
nas situações de coma; intervenção cirúrgica; etc.),
direção-cooperação (do tipo pais e filhos, nas
doenças agudas) e participação mútua e recíproca
(se estabelece entre adultos, nas doenças crônicas e
nas readaptações).
Paternalista: os médicos dominam todo o
processo.
Mutualista: consiste em um balanceamento
respeitando o papel do médico e do paciente.
Consumerista: o paciente domina o processo.
 Não existe uma dinâmica vincular correta, pois
sempre deve levar em consideração as necessidades,
a situação e o estado do paciente. O que é
prejudicial para a relação é a rigidez e a estereotipia.
 A transferência e a contratransferência são projeções
(“colocar no outro” imagens e características ditadas
por nossas expectativas) do paciente no médico e do
médico sobre o paciente, respectivamente.
 O psiquismo é constituído por imagens sensoriais,
ideias e afetos, sendo formado a partir das interações
visuais, auditivas, olfativas, gustativas e táteis.
Mecanismos de defesa frente ao
processo de adoecimento...
 Mecanismo de defesa é um conjunto de operações
cuja finalidade é reduzir, suprimir qualquer
modificação suscetível de colocar em risco a
integridade e a constância do indivíduo
biopsicológico.
 Negação: evita o medo, o sofrimento e o
desespero. É muito relativo o modo como cada
pessoa vai entender o processo.
 Recalque: é quando o paciente transfere a dor e
sofrimento causado por um evento para outra área.
 Projeção: o sujeito coloca no outro o que está
dentro de si, qualidades, sentimentos e desejos que
ele desconhece ou nega.
 Racionalização: a pessoa passa a usar a  Isolamento: separa o fato ocorrido do
razão para justificar pensamentos e ações sentimento ligado a ele. Entretanto, essa energia
inaceitáveis, que causam angústia. Assim, nota-se retornará em diversas outras atitudes.
que a pessoa dá pouca importância a problemas
sérios.
 Formação reativa: o paciente passa a
substituir atitudes que eram esperadas diante da
situação por outras opostas ao desejo real, sendo
inconsciente do verdadeiro desejo.
 Repressão: afasta aquilo que incomoda do
consciente, mantendo-a no inconsciente. Mas esse
material reprimido ainda faz parte da psique.
 Regressão: é quando a pessoa retorna para
fases de sua vida em que tinha uma dependência,
podendo ser física ou emocional, com outro.
 Deslocamento: a pessoa redireciona um
sentimento ameaçador que sofreu para uma ação em
outro indivíduo ou coisa.
 Sublimação: é a transformação das emoções
que causam conflito em algo bom.