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Cristiana Caramona
Márcia Ribeiro
CLE 2019/2023
ÍNDICE
2
Conceitos estruturantes de Apreciação em Enfermagem
CONHECER O CLIENTE
O que é o cliente?
Necessidades da Pessoa
Desenvolvimento
Autorrealização
Fisiológicas (alimentar/respire/eliminar)
Sobrevivência
Dimensões da Pessoa
Atividades de
NHF – V.H. Vida Diária – N.R.
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PROCESSO DE CUIDADOS
O que faz a
apreciação em
enfermagem
6
O processo de cuidados é uma ciência e uma arte que exige conhecimentos
múltiplos (Ciência). É um modo de agir com intencionalidade e um processo de
construção partilhado. É um ato criativo – porque que se “cria a partir do que
se descobre (Arte).
Etapas da apreciação
Preparação da Apreciação:
• Preparar material;
7
• Informar o cliente sobre os objetivos da apreciação;
• Estabelecer regras.
Avaliar:
• Queixas atuais;
Avaliar:
• Estado de orientação;
• Estado de consciência;
• Sinais vitais
• Peso e IMC
• Dados laboratoriais
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Validação da Apreciação
Enf. - pessoa
Partilha de Processo de
Enfermagem é um processo de informação interação
ação, reação e interação com
partilha de informação contínua.
9
Conceitos Estruturantes
Etapas da entrevista
Perceção
10
Representação da realidade elaborada por
cada ser humano; Consciência sobre as
pessoas, objetos e acontecimentos.
Os seres humanos diferem nos interesses,
expectativas e nos significativo que atribuem
às situações.
CONCEITO Os instrumentos percetuais: sensoriais (órgãos
sentido) e intelectuais (processos mentais)
variam de pessoa para pessoa e ao longo
da vida
A perceção relaciona-se com experiências
passadas, com o autoconceito, com a
herança biológica, com os antecedentes
educativos e com os grupos
socioeconómicos.
Universal: Todas as pessoas percecionam os
outros indivíduos e objetos no meio
ambiente. Essas experiências proporcionam
informação acerca do mundo.
11
Intencionalidade
Funcionalidade:
Dependência:
12
Conceitos da Classificação Internacional de Funcionalidade (CIF)
Avaliação da funcionalidade:
Índice de Katz
Índice de Lawton
+ ética
Como me Educação,
vou orientação e ensino.
comportar
com
aquela
pessoa em
específico?
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PADRÃO/ESTILOS DE VIDA
Observação: o que sabe fazer sozinho? O que saber fazer com ajuda? O que
não sabe fazer e porquê? – Autocuidados e necessidades.
Entrevista: o que pode fazer sozinho? O que pode fazer com ajuda? O que não
pode fazer?
Avaliação do VH NR
padrão de vida:
Não são
independentes
da pessoa
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Necessidades Aspetos a analisar
15
16
17
Instrumentos básicos de enfermagem: “são o conjunto de conhecimentos e
habilidades fundamentais para o exercício de todas as atividades profissionais,
como condição fundamental para o agir profissional (…). São recursos
fundamentais para permitir ao enfermeiro a execução do cuidado de
enfermagem através duma interação pessoal e de uma ação integrada ao
meio”.
18
A entrevista é uma “técnica para a obtenção de informação específica (…)”.
19
Entrevista de Apreciação
IBE Entrevista
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Exige uma atitude de respeito, simpatia, controle das reações externas,
paciência e atenção. Durante a entrevista o enfermeiro deve estar disponível,
recetível, ser congruente e autêntico no respeito pela autonomia da
pessoa/cliente.
Empatia
Simpatia
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Objetivo: Recolher informação precisa e ampla, tanto quanto possível,
organizando-a com a finalidade de orientar o pensamento para identificar
problemas e definir um diagnóstico de enfermagem e, posteriormente, planear
a intervenção.
Estrutura/Etapas:
Fase I – Preparação
Fase II – Orientação
• Acolher o cliente
• Garantir confidencialidade
22
Fase III – Exploração
• Usar partes do discurso do cliente para fazer transições suaves entre as áreas
a “percorrer” na entrevista.
Colheita de informação
• Usar partes do discurso do cliente para fazer transições suaves entre as áreas
a “percorrer” na entrevista.
Seguir a estrutura:
23
• Observar o comportamento do cliente e perceber se é coerente com o que
está a dizer;
Evitar:
• Aconselhar (não devemos de afirmar “devia de fazer assim…”, mas sim dar
receitas – couching).
• Agradecimento
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Entrevista de Apreciação versus Análise da interação
25
Entrevista de Apreciação Compreensiva VS Focalizada
♦ Dados biográficos
♦ Padrão de vida
♦ Estádio desenvolvimental
♦ Antecedentes de saúde
♦ Perfil psicossocial
♦ Ambiente familiar
♦ Habitação
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Forma possível de como podemos organizar os dados:
A Que outros sintomas se ASSOCIAM a este? Como isto o AFETA? – Em que é que
isso altera e afeta a sua vida no dia-a-dia.
28
Registo dos dados da entrevista de apreciação
29
Métodos e instrumentos de observação física
• Avaliação da aparência.
Preparando-se a si próprio
30
Exame geral
• A “primeira impressão”.
• Humor.
• Discurso.
• Estado mental.
- Os sentidos -
• De vidro com metal líquido (liga de gálio, estanho e índio, mas antigamente
com mercúrio);
• Eletrónico digital;
• Timpânico;
➢ Oral
➢ Axilar
➢ Retal
➢ Timpânica
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ESFIGMOMANÓMETRO – tensão arterial
• Manómetro de mercúrio
• Manómetro aneroide
• Eletrónico
ESTÉTOSCÓPIO – auscultação
• Pulmonar
• Cardíaca
• Abdominal
32
RELÓGIO COM MARCADOR DE SEGUNDOS
• Algaliações
• Intubações GI
• Toque retal/vaginal
33
3. Percussão: Para aceder à densidade e sensibilidade de determinadas
estruturas, bem como à sua forma/posicionamento. Técnica e espessura dos
tecidos influenciam resultado. Percussão direta e indireta.
34
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Grávida e consulta pré-concecional
Teoria
Circulação fetal
Ducto venoso – leva o sangue do fígado para a veia cava inferior – encerra e
origina o ligamento venoso.
Fossa oval – une a aurícula direita da esquerda – fecha devido à pressão sentida
pela aurícula esquerda.
Veia umbilical
Artérias umbilicais
Circulação neonatal
Nota: conhecimento dos ciclos da mulher – mínimo 6 meses, ideal 1 ano; menor
ciclo - =18 e maior ciclo =11.
37
Desenvolvimento embrionário:
38
5) Fase embrionária: morfogénese e organogénese; No final desta fase o
embrião tem aparência externa do corpo humano; Período de grande
vulnerabilidade a agentes teratogénicos; Auscultação dos batimentos
cardíacos através de ultrassonografia [à 4ª semana ou 6ª (contabilizada da
DUM)].
Anomalias congénitas
39
Líquido amniótico:
Anomalias:
Volume:
30ml – 10 semanas
350ml – 20 semanas
500ml – 40 semanas
Placenta
Espessura: não superior a 2 cm até a 10ª semana, 3 cm até a 20ª semana e 4,5
cm até a 40ª semana; a espessura era tanto maior quanto menor a área de
implantação, e tanto mais fina quanto maior a área de implantação
demonstrando que o volume tende a ser mantido.
40
Peso: ± 500 gr. (1/6 do feto)
Cotiledones
Placenta e cordão
umbilical – asseguram a
nutrição, oxigenação fetal
e excreção dos produtos
do metabolismo fetal.
2 faces: fetal (lisa, brilhante, recoberta com âmnio) e materna (rugosa, irregular,
aderente à cavidade uterina)
41
Hormonas
Apreciar:
42
Funções membranas fetais: contêm o líquido amniótico, funcionam como
barreira a bactérias, infeções e outras substâncias nocivas, previnem o prolapso
do cordão umbilical e evitam a adesão de partes fetais à parede uterina.
→ Rotura espontânea – RPM > 6h que pode resultar em infeção fetal (Infeção
se rotura prematura de membranas) ou do córion e âmnio ao mesmo tempo
– corionamnionite. Após dequitadura (expulsão espontânea da placenta e
das membranas após a saída do feto) verificar se as membranas estão
completas e se saíram por completo – Sub-involução uterina (útero não vai
completamente ao sítio) ou infeção puerperal.
43
Ecografias na gravidez
44
→ No RN: cordão umbilical (zona de inserção da pele – umbigo - do
embrião/feto até à placenta (mesogástrio/umbilical); composto por uma
veia e uma artéria; Comprimento ± 50 cm; Espessura entre 1 – 2,5 cm;
Rodeado de Geleia de WHARTON - protege os vasos sanguíneos de
compressão ou estrangulamento).
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encerramento do canal arterial implica diminuição do fluxo sanguíneo
sistémico com congestão pulmonar e choque por baixo débito.
Entrevista de Apreciação
Notas
Determinar:
Efetuar:
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Discutir:
Recomendar:
• Suplementação com ácido fólico: O ácido fólico é uma vitamina B9, crucial
para o desenvolvimento do ADN, uma vez que desempenha um papel
fundamental no crescimento da placenta e do feto, assim como a
formação dos tecidos. Por esse motivo, é muito recomendável para as
mulheres que desejem ser mães a curto prazo e durante a gravidez, uma vez
que tomá-lo de forma adequada previne as doenças no futuro bebé, assim
como outro tipo de complicações relacionadas com a gestação, como o
parto prematuro.
Programar:
Informar:
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Guião da Entrevista
Identificação/Dados sociodemográficos
• Estado civil
• Religião
Perguntar se é a 1ª consulta
• Diabetes
• HTA
• História de partos
• Outras doenças
• Transfusões de sangue
• Outros
• Perguntar terapêutica
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Estilo de vida
• Hábitos alimentares
• Exercício Físico
• Dificuldade na mobilidade
• Padrão do eliminar
• Padrão de sono
• Alergias
• Existe algum aspeto da sua vida que sinta que não está a ser completo
Estado geral: consciência (a pessoa que está à minha frente está consciente?
Responde adequadamente?), orientação (orientada no tempo, espaço?),
hidratação (pelo que vejo da pele parece seca, os lábios estão secos ou
gretados?), estado nutricional (a pessoa parece-me muito magra, parece-me
bem ou muito gorda?), aparência e higiene (a pessoa apresenta-se cuidada,
penteada, bem vestida, roupas limpas e corpo limpo, odores?).
Perguntar se tem as vacinas em dia ou se tem consigo o boletim (se não tiver
tem de ser vacinada o mais rápido possível)
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• Menorragia (Menstruação abundante);
• Tensão pré- menstrual (sintomas físicos e psicológicos que surgem vários dias
antes e geralmente acabam algumas horas após o início da menstruação.)
História Obstétrica
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Utilização anterior de métodos contracetivos
Apreciação pré-concecional
• Risco concecional
o História reprodutiva
o História familiar
• Vacinação antitetânica
• Exame ginecológico
• Estilo de vida
• (intervalo mais curto)- 18 (diz nos o 1º dia do período fértil) e (intervalo mais
longo) - 11 ( indica o último dia do período fértil)
51
Caso PL
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Crescimento e desenvolvimento da criança e adolescente
Teoria
DESENVOLVIMENTO
Evolução;
Em consequência de:
▪ Aprendizagem
Conduz a:
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• Mudança na complexidade.
APRENDIZAGEM:
Através de:
• Experiência;
• Educação e treino;
• Mudança de comportamento.
Classificação Adotada
Grupos Etários:
RN (até 28 dias); lactente (29 dias-12 meses); toddler (1-3 anos); pré-escolar (3-6
anos); escolar (6-12 anos); adolescente (12-18 anos)
Padrão de desenvolvimento:
INFLUÊNCIAS:
✓ Estimulação
✓ Esforço
✓ Motivação
o Perda de neurónios
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Fatores que influenciam o desenvolvimento:
• Genética
Linhas Mestras:
Cuidados antecipatórios.
Trabalho em equipa.
PERMITE:
A avaliação clínica informal deteta menos de 30% das crianças com problemas
de desenvolvimento. - O uso de instrumentos de rastreio têm sensibilidade e
especificidade entre os 70 e 90% na identificação destas situações.
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✓ Escala de avaliação de desenvolvimento Mary Sheridan modificada (0-5
Anos)*
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ÁREAS DE COMPETÊNCIA QUE AVALIA: Função Motora Grosseira e Postura, Função
Motora Fina, Visão, Audição, Fala e Linguagem, Desenvolvimento Social, Autonomia
Pessoal
Visão:
Desenvolvimento Social:
Autonomia Pessoal:
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* AAP (2006) recomenda a aplicação de testes de rastreio globais nas idades-
chave (9, 18 e 30 meses); é a mais usada em Portugal – ACES.
** DGS recomenda a sua aplicação entre os 16-30 meses (Portugal, DGS, 2013)
Escolares
ANEXOS
60
61
62
Apreciação do crescimento infantil
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Seja flexível na avaliação das áreas de competência, mas tente que o
exame físico tenha sequência organizada;
Perímetro cefálico: Até aos 2 anos, sendo que podemos estender este marco
caso ainda haja alterações na consulta dos 2 anos. Mede-se normalmente
até aos 2 anos, porque depois dá-se o encerramento das fontanelas e o
crescimento do cérebro é acentuado até aos 2/3 anos
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Dentição: idade de início , n.º de dentes e sintomas durante a dentição.
Norma
Informações Gerais
- a sala deve estar com temperatura amena (22 a 25º C) e possuir condições de
conforto para a realização dos procedimentos.
- deve ter presente que a avaliação do crescimento, embora não seja dolorosa,
pode ser desagradável para a criança.
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- sempre que houver necessidade de retirar a roupa à criança, deve ser pedido
o seu consentimento, feito por partes e, se possível, ser o adulto de referência a
retirar.
Equipamentos e Materiais
Princípios a adotar: criança deve estar confortável, deve estar uma pessoa
significativa presente e o procedimento deve ser explicado ao pai e à criança.
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PROCEDIMENTO:
Comprimento/Altura
• Altura: Diferença do nível que há entre um ponto e outro (temos de ter uma
referência)
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12. Utilize uma régua antropométrica (craveira móvel) para as crianças até 2 a
3 anos (< 1 metro) ou uma régua vertical fixa (antropómetro) acoplada à
balança, para crianças acima desta idade (> 1 m). A régua pode ser substituída,
fixando uma fita métrica na parede sem rodapé.
14. Deite a criança em decúbito dorsal sobre uma superfície dura, descalça e
sem fralda.
18. Neste momento leia o valor situado sobre a régua, na altura do calcanhar e
na base da extremidade móvel da craveira.
20. Em crianças com idade superior a 2 – 3 anos (> 1 m), peça à criança que tire
os sapatos e que fique com pouca roupa, para que seja visível a
posição/alinhamento do corpo.
22. Peça à criança para unir os calcanhares, afastando a extremidade dos pés
cerca de 60 °, tendo o cuidado para que o peso esteja distribuído sobre os 2
pés.
23. Ajude a criança a adotar uma posição ereta, fazendo uma ligeira pressão
lombar com a mão direita e apoiando a mão esquerda na região esternal.
Simultaneamente, tracione ligeiramente a região cervical.
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Peso (num ano vai ser o dobro do peso de quando nasce, perguntar à mãe
hora da última refeição)
27. Utilize de preferência sempre a mesma balança, cuja escala deve registar
variações de 10g para lactentes e 100g para crianças maiores.
28. Sobre a balança podem existir brinquedos de peso conhecido, para distrair
a criança, que se desconta do valor obtido.
32. Se a criança for pesada com roupa, o peso da roupa deve ser subtraído ao
peso final.
33. Se a criança ficar muito chorosa ou agitada sobre a balança, deve ser
pesada ao colo da mãe e subtrair ao resultado final o peso do adulto.
Avaliação do IMC
Registo
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• Tabela de percentil: É uma curva com dados estatísticos que me vai dizer
em qual ponto cada criança se deve encontrar, em termos de fatores acima
descritos. Temos de ter em atenção às passagens abruptas e repentinas de
percentis pela criança. Quando a criança sobe ou desce 2 percentis entre
consultas pode indicar patologia ou distúrbio no desenvolvimento.
Diagnósticos de Enfermagem
Presença de obesidade;
Crescimento normal;
Caso PL
70
o Por exemplo se a criança tiver um percentil baixo no comprimento e tiver
um percentil muito alto no que toca ao peso pode ter problemas de
obesidade
Perguntas Possíveis
6) Que condições devem ser respeitadas para avaliar o peso? Avaliar pela
mesma pessoa, durante a manhã e fora das refeições
71
Adulto e Idoso
IDADE CRONOLÓGICA
Demografia do envelhecimento
- 1/3 da população
Segundo relatório da ONU Pela 1ª vez, mundo tem 'mais avós do que netos’
Teorias Estocásticas
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Tipos de envelhecimento
• Evitar a doença
DESAFIOS…….
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DETERMINANTES DO ENVELHECIMENTO ATIVO
• Cultura e Género
75
APRECIAÇÃO GERIÁTRICA ABRANGENTE (AGA)
Desenvolvida por Marjory Warren, uma médica geriatra, no Reino Unido, final da
década de 30
Síndrome de Fragilidade
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Modelo integral da abordagem da fragilidade na Pessoa Idosa Abordagem
Holística da pessoa- Segundo o modelo integral a condição de fragilidade
deriva de alterações em:
• polimedicação
• utilização de contenções
• incontinência
Conhecer:
• A pessoa idosa;
• Contexto sociofamiliar;
• História de doença;
• Estilos de vida
Função cognitiva
Condições emocionais
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Deficiências sensoriais:
Estima-se que 50% dos indivíduos idosos tenham deficiência auditiva e/ou visual
que comprometem a sua capacidade para as atividades da vida diária e
aumentam o risco de declínio funcional. Importante fator de risco para
confusão mental e quedas.
VISÃO:
AUDIÇÃO
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Capacidade funcional
SISTEMA MUSCULO-ESQUELÉTICO
SISTEMA TEGUMENTAR
80
SISTEMA RENAL/URINÁRIO E GASTROINTESTINAL
• FALTA DE INFORMAÇÃO
• ERROS
• SOBRECONSUMO DE MEDICAMNETOS
• ACONDICIONAMENTO DE MEDICAMENTOS
• AUTOMEDICAÇÃO
ANTROPOMETRIA
*Bem nutrido;
*Desnutrido
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Disponibilidade e adequação de suporte
• Fonte de rendimento
• Apoio Social
O agir fica em quem faz e o fazer fica em quem se faz: o "agir" obriga a uma
"intencionalidade", e pressupõe sempre um fazer. No entanto, um "fazer" não
implica sempre um "agir".
Condições ambientais
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Hoje em dia, as pessoas idosos não são como eram antes. Antes, quando
chegavam aos 50 anos já pareciam mais idosas. Atualmente, o espírito das
pessoas é mais jovens, em parte por haver uma vida mais dinâmica e ativa até
mais tarde.
- Desenvolvida por Marjory Warren, uma médica geriatra, no Reino Unido, final
da década de 30.
1. Imobilidade
2. Dependência
3. Queda
4. Feridas
6. Défices sensoriais
8. Incontinência
9. Hospitalização
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AVALIAÇÃO FUNCIONAL
AVD - Englobam todas as tarefas que uma pessoa precisa realizar para cuidar
de si próprio. A incapacidade de executá-las implica alto grau de
dependência.
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Avaliação funcional
Ex.: Um idoso que nunca lavou a roupa (também tem a ver com valores sociais
e culturais). O idoso pode fazer, tem capacidades para isso, mas pode não o
saber fazer.
Funcionalidade
• sabe fazer: sozinha, o que sabe fazer com ajuda, o que não sabe fazer.
• Índice de Barthel
• Índice de Katz
• Índice de Lawton
85
Avaliação e monitorização dos Sinais Vitais
Teoria
Objetivos:
Identificar problemas.
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Estado geral/ Observação:
TEMPERATURA
Diminui:
- Ingestão de alimentos ou líquidos gelados; Exposição ao frio; Irradiação,
convecção, condução e evaporação.
Terminologia Eutermia/normotermica– temperatura normal – 3637,5ºC.
87
*Temperaturas mais próximas da temperatura central do corpo – avaliação
dentro das mucosas.
Locais:
▪ Até 2 anos – axilar, rectal, timpânica
(Rectal - acima do 1º mês de vida só se necessário, porque pode provocar
alterações a nível do sistema cardíaco e nervoso)
▪ Dos 2 aos 5 anos – axilar, timpânica
▪ Acima dos 6 anos - oral, axilar, timpânica
Idade >>>>>> T
RN 37-37.7
3 36.9-37.5
10 36.3-37
16 36.4-37.1
Adulto 36-37.5
PI 35.9-36.3
Vantagens/Desvantagens Retal: muito preciso, rápido e reflete temperatura real; CI em RN, ou em
doentes com diarreia, cirurgia retal…, requer posicionamento, CI em
doentes cardíacos, embaraçoso, risco de exposição a fluídos.
88
TENSÃO ARTERIAL
Definição É a pressão exercida pelo sangue nas paredes das artérias pelo pulsar do
coração.
Tensão Arterial Sistólica (TAS) – Máxima
Tensão Arterial Diastólica (TAD) – Mínima
Fatores que influenciam - Idade – resistência periférica no Idoso é diferente da resistência periférica
numa criança;
- Sexo;
- Peso – quanto maior o peso maior os níveis de TA;
- Raça/Grupo populacional (Etnia) – relacionada com os hábitos, o
peso…;
- Clima – no verão há menores valores de TA devido à vasodilatação
provocada pelo calor;
- Dieta – ingestão de sal, café…;
- Ritmo circadiano – horas de sono e altura do sono;
- Exercício (físico) – estabilizador da TA. Quanto maior o exercício físico,
menor a TA;
- Patologias;
- Fatores psicológicos – Stress;
- Resistência vascular periférica – influenciada por vários fatores, como a
gravidez;
- Fármacos;
- Posição em que é avaliada – e os esforços que fez anteriormente +
descanso;
- Fumo.
Terminologia Estadio >>>>>> Percentil
Normal <90
Pré – HTA >= 90 e <95
TA > 120/80
(em adolescentes)
HTA – Estadio 1 >= 95, <99 mais 5 mmHg
HTA – Estadio 2 >= 99 mais 5 mmHg
89
HTA
Ótima <120 <80
Normal 120/29 80/84
N – alta 130/39 85/89
Grau I 140/159 90/99
Grau II 160/179 100/109
Grau III >180 e/ou 110
Sist. Isolada >140 <90
Avaliação Aparelhos:
- Digital
- Esfigmomanómetro aneroide
(Pera de insuflação + Braçadeira + Estetoscópio associado)
- Esfigmomanómetro de coluna de mercúrio
(Pera de insuflação + Estetoscópio)
Locais:
- Membros superiores: braço - artéria braquial Antebraço: artéria radial
- Membros inferiores:
Perna: artéria pediosa
Coxa: artéria poplítea
90
RESPIRAÇÃO
Tipos:
Torácica (após os 7 anos), toraco-abdominal (pré-escolar), abdominal/
Diafragmática (lactente)
Fatores que influenciam Aumenta:
- Exercício físico (devido à necessidade de mais oxigénio); Ansiedade;
Choro; Dor; Tabaco; Anemia.
91
Tiragem - depressão inspiratória dos espaços intercostais e das regiões
supraesternal e supraclaviculares, pode ser unilateral ou bilateral (indica
dificuldade na expansão pulmonar).
Sons:
- vesiculares
- broncovesiculares
- bronquiais
- adventícios: crepitantes (passagem de ar através de fluidos ou de
humidade) ou sibilantes (passagem de ar por passagens estreitas. Poderá
indicar exsudação, inflamação, espasmo ou temor).
- reduzidos ou ausentes: poderá significar presença de secreções, ar ou
massas sólidas no espaço pleural.
SpO2: 95 – 100%
92
DOR
- Pré-escolar: choro forte e gritos; Expressões verbais como “Au”, “Ai”, Dói;
Batimentos com os membros superiores e inferiores; Tentativas de afastar
os estímulo antes que seja aplicado; Falta de cooperação, é necessário
contenção física; Exige o fim do procedimento; Agarra-se aos pais,
enfermeiros ou outras pessoas significativas; Solicita apoio emocional,
como abraços ou outras formas de conforto físico; Pode ficar agitado e
irritável com a continuação da dor.
93
um minuto”; ou “Não estou pronto”; Rigidez muscular; punhos fechados;
nós dos dedos esbranquiçados, dentes cerrados; membros contraídos,
rigidez corporal, olhos fechados, testa enrugada.
Localização da dor
94
95
96
PULSO
Definição É a força contrátil do coração e traduz o volume de sangue que sai do coração.
Fatores que Aumenta:
influenciam - Exercício físico; Febre; Emoções; Fármacos (epinefrina); Hemorragias; Doenças
pulmonares (Exemplo: asma; DPOC)
Diminui:
- Exercício físico por períodos prolongados (numa pessoa que já esteja habituada a fazer
exercício físico há muito tempo); Hipotermia; Dor intensa; Relaxamento; Fármacos
(digitálicos e beta-bloqueantes).
Terminologia Taquicardia – frequência cardíaca >100p/min
Arritmia sinusal – alteração do ritmo pela respiração que ocorre frequentemente nas
crianças.
Ritmo –intervalo de tempo entre cada batimento. Pode ser Regular ou Irregular (Ritmo +
frequência = atividade elétrica)
Elasticidade – a artéria pode ser sentida como suave, em linha reta e resistente. Nos idosos
pode sentir-se rígida.
Amplitude + elasticidade = função VE
97
Guião de Apreciação dos Sinais Vitais
Finalidade:
O registo de sinais vitais faz-se em folha de registo sistemático que deve incluir
um espaço para cada um dos sinais, incluindo para o registo da intensidade da
dor e o seu registo deve seguir as diferentes cores com vista obtenção de
diferentes gráficos: 1) pulso – vermelho; 2) TA – azul; 3) respiração - verde; 4)
temperatura – preto; e 5) dor – azul ou preto. As cores utilizadas para o registo
dos sinais vitais nos gráficos podem variar em função do autor e ou do serviço.
Material:
98
AVALIAR / MONITORIZAR A TENSÃO ARTERIAL
Orientações Gerais
1) Pesquise o consumo de medicamentos ou medidas terapêuticas que interferem nos
valores dos sinais vitais – os medicamentos antiarrítmicos, cardiotónicos,
antihipertensores, vasodilatadores e constritores afetam a TA e a frequência do
pulso.
12) Para avaliação da TA coloque sempre o membro a nível do eixo fleboestático que
corresponde à linha imaginária entre o 4º espaço intercostal e a linha média axilar
(que se encontra ao nível da aurícula). Caso o membro seja colocado acima ou
abaixo deste nível os resultados são incorretos.
Classificação da Pressão Arterial Pressão Sistólica (mm Hg) Pressão Diastólica (mm Hg)
Ótima < 120 e < 80
Normal 120 – 129 e/ou 80 – 84
Normal – Alta 130 – 139 e/ou 85 – 89
Hipertensão – grau I 140 – 159 e/ou 90 – 99
Hipertensão - grau II 160 – 179 e/ou 100 – 109
Hipertensão - grau III > 180 e/ou 110
Hipertensão sistólica isolada > 140 e < 90
100
Procedimento
3. Preparar o material.
4. Assegurar privacidade.
- Desinsufle a manga.
101
12. Insufle a manga até 30 mmHg acima do valor de referência do valor de
onde se deixou de palpar o pulso radial.
16. Ausculte durante 20 a 30 mmHg após o último som e, em seguida, deixar sair
o ar remanescente.
17. Caso não seja possível ouvir corretamente os sons de Korotkoff, esperar
cerca de 2 minutos antes de proceder a nova avaliação.
18. Se não medir a PA por os sons serem demasiado fracos, eleve o membro
superior da pessoa/cliente e insufle, então a braçadeira. Depois baixe o
braço, desinsufle a braçadeira e escute.
19. Se ainda assim, não conseguir ouvir, determine a pressão sistólica por
palpação sentindo o reaparecimento do pulso radial - método palpatório.
24. Higiene das mãos. Registe em folha própria a cor azul e documente os
resultados em notas de evolução, especificando a hora da avaliação, a
descrição da situação e intervenções e valores obtidos em reavaliações
posteriores.
102
AVALIAR / MONITORIZAR O PULSO PERIFÉRICO
Orientações Gerais
Procedimento
1. Explique o procedimento à pessoa e solicite a sua colaboração, caso se encontre
consciente.
103
5. Palpe o pulso com os dedos indicador e médio da sua mão na região anterior do
punho da pessoa cuidada, junto à raiz do polegar - permite sentir a pulsação – a
pulsação é sentida sobre uma proeminência óssea e é devida ao impulso sistólico
do ventrículo esquerdo.
6. Evite fazer pressão com o polegar no lado oposto ao pulso da pessoa enquanto
palpa a artéria. Permite evitar que confunda o pulso da pessoa com o pulso do seu
polegar pois este tem circulação própria que iria interferir com a avaliação.
7. Oblitere a pulsação aliviando depois gradualmente a pressão até que o pulso seja
novamente palpável - possibilita que se palpe adequadamente a pulsação – uma
pressão moderada é a melhor; uma pressão muito forte provoca oclusão do pulso;
uma pressão muito leve impede-o de sentir o pulso.
11. Se o pulso for arrítmico, conte a frequência durante um minuto completo. Se o pulso
for arrítmico, utilize o estetoscópio para auscultar o pulso apical.
Orientações Gerais
1. Pesquise o consumo de medicamentos ou medidas terapêuticas que interferem nos
valores dos sinais vitais – os medicamentos anti-arrítmicos, cardiotónicos, anti-
hipertensores, vasodilatadores e constritores afectam a PA e a frequência do pulso.
4. Existem dois sons durante a avaliação do pulso apical o som “Lub” e um segundo
som “dup” que correspondem respectivamente ao encerramento da válvula mitral
e da válvula semilunar.
104
5. A avaliação do pulso apical deve ser sempre realizada quando o pulso radial for
arrítmico. Nesta situação pretende-se avaliar o deficit de pulso. Um deficit de pulso
superior a 5 é revelador de alterações hemodinâmicas.
Procedimento
Orientações Gerais
1. Identifique na pessoa factores que possam influenciar os sinais vitais - o exercício
aumenta o metabolismo e a produção de calor, resultando no aumento da
temperatura, pulso, respiração e PA. A ansiedade e a dor (5.º sinal vital), pode
aumentar os restantes sinais vitais por estimulação hormonal e nervosa; a PA e o
pulso podem ser alterados pela cafeína e nicotina - esperar 30 minutos após o seu
consumo, para proceder à avaliação dos sinais vitais. Se a pessoa tiver feito algum
tipo de exercício físico ou a aparentar sinais de ansiedade ou stress, aguarde 10
minutos para proceder à avaliação dos sinais vitais.
105
4. Na avaliação da respiração mantenha a posição da avaliação do pulso evitando
que a pessoa perceba que se está a proceder à contagem dos ciclos respiratórios
impedindo que altere conscientemente a frequência e amplitude respiratórias.
Procedimento
1. Explique o procedimento à pessoa e solicite a sua colaboração, caso se encontre
consciente.
2. Depois de avaliar o pulso, continue a segurar com uma mão no relógio e com a
outra a exercer pressão sobre a artéria.
Orientações Gerais
• A monitorização da saturação de oxigénio representa-se por SpO2 e realiza-se com
um saturómetro ou oxímetro de pulso, cujo nome se deve ao facto de também pos-
sibilitar a vigilância do pulso periférico.
• Não coloque o sensor do saturómetro em dedos com verniz ou unhas artificiais pois
impedem o sensor de detectar a luz emitida e produzem falsos resultados elevados
de saturação periférica de oxigénio.
• O sensor descartável pode ser aplicado nos locais referidos. Este está disponível em
vários tamanhos e permite maior amplitude de movimentos para uma avaliação
contínua. O sensor reutilizável pode ser utilizado nos dedos e lobos das orelhas, é de
fácil aplicação e tem maior fiabilidade em saturações baixas.
106
• Verificar o repreenchimento capilar: apertar a ponta do dedo da pessoa assistida,
observando a cor do leito ungeal. À descompressão, a circulação é restabelecida
e voltar a ter a cor rosada em menos de 3 segundos – se o tempo de repreenhimento
for superior a 3 segundos, coloque o sensor preferencialmente no lobo das orelhas
da pessoa – esta situação pode surgir em situações que diminuem o aporte da cir-
culação sanguínea às zonas periféricas, como nos casos de hipoperfusão, pressões
sistólicas abaixo dos 80 mmHg, débito cardíaco diminuído, hipotermia, extremidades
frias ou vasoconstrição periférica (promover o aquecimento), edema ou congestão
venosa do membro, bradicardia, disritmias e alterações da hemoglobina.
Procedimento
107
8. Programe o limite dos alarmes, se estiver planeada uma avaliação contínua,
que habitualmente estão pré-definidas pelo fabricante para um mínimo de
85% e máximo de 100%; os limites de SpO2 e a frequência de pulso devem
ser pré-definidos de acordo com a situação da pessoa; confirme no
mostrador do oxímetro se os alarmes estão ligados.
Orientações Gerais
Procedimento
4. Assegurar privacidade.
Orientações Gerais
109
Procedimento
4. Assegurar privacidade.
7. Puxe ligeiramente a orelha da pessoa para trás e para cima e insira a parte
terminal do termómetro no canal auditivo externo.
Orientações Gerais
110
Procedimento
4. Assegurar privacidade.
7. Lubrifique a ponta do termómetro com gel hidrossolúvel, que deve estar livre
de antisséptico. Posicione a pessoa em decúbito lateral com os membros
inferiores fletidos. Afaste a roupa de modo a expor a região anal. Tape o
tronco e os membros inferiores.
10. Limpe a região anal com toalhete para remover restos de lubrificante ou
fezes. Ajude a pessoa a colocar-se em posição confortável.
111
Em situações não urgentes:
- Demonstre num dos pais, num elemento da equipa ou num boneco como o
procedimento é realizado.
Procedimento:
Lavar as mãos.
112
Compare a pressão arterial da criança com as leituras anteriores e padrões
apropriados à criança.
Orientações gerais:
Orientações específicas:
História da dor:
113
e) Experiências anteriores traumatizantes e medos;
Recém-nascidos
b) NIPS (Neonatal Infant Pain Scale). Mais apropriada para prematuros e recém-
nascidos de termo;
d) N-PASS (Neonatal Pain, Agitation & Sedation Scale). Útil para recém-nascidos
em ventilação assistida.
Entre 4 e 6 anos
114
A partir de 6 anos
b) EN (Escala Numérica);
APARÊNCIA FÍSICA
1. Aparência geral
• Há deformidades visíveis?
3. Cor da pele
• Emagrecido ou obeso?
• O corpo é simétrico?
5. Comportamento
• O cliente é colaborante?
6. Expressão facial
• Faz caretas?
• Apresenta sudorese?
7. Estado Nutricional
116
ESTADO DE CONSCIÊNCIA
• Coerência
• Fluência
• Nível de instrução
• Velocidade do discurso
• Tom de voz
2. Orientação
MOBILIDADE
1. Postura
• Posição habitual
• Apresenta ortopneia?
2. Amplitude de Movimento
• Tem limitações?
3. Marcha
• Observar a marcha
• Coordenação de movimentos
• Paralisia ou paresia
117
Perguntas Possíveis
R.: adulto- 120/80 mmHg. A TA é influenciada por: idade, sexo, raça (negros têm
maior predisposição para HTA), medicação, estado emocional, cafeína,
nicotina, posição em que é feita a avaliação e hora (ciclo circadiano).
118
14.O que influência a temperatura?
18.O que significa uma temperatura axilar de 35.6 C num cliente de 80 anos?
R.: Normotermico.
119
Apreciação dos Sistemas Cardiorrespiratório, vascular periférico e linfático
Teoria – S. Cardiovascular
5 – VE: depois vai para o ventrículo esquerdo que expulsa o sangue para a
artéria aorta
Nódulo sinusal (AD) - marca o ritmo cardíaco (se não tiver a trabalhar bem pode
tornar o ritmo cardíaco irregular (arritmia) - muito acelerado - pode ser
necessário pacemaker).
120
Interações com outros sistemas
Cardíaco Se não for bem irrigado, o débito cardíaco diminui e Dor, alteração no pulso, arrit-
ocorrem diversas falhas. mias, alteração da quantidade
de sangue em circulação
Respiratório Se o coração não funciona bem não manda san- ICC
gue suficiente para os pulmões (dificuldade nas tro-
cas gasosas) - dispneia.
Tegumentar Falência coração do lado direito - edema MI e pés Cianose (alteração da cor),
(desde o maléolo - tornozelo - à ponta dos dedos) edema
Neurológico Acumulação ao nível do sangue: cefaleias e regur- - Confusão mental, hipoxia,
gitamento das jugulares. tonturas, desmaio
- receber más notícias - ficar
Formação de coágulos/trombos, prejudicando a cir- nervosa
culação - Possibilidade de microtrombos, que levam - hipoglicemia
a prejuízo a nível cerebral e cognitivo, devido á - síndrome vagal
pouca oxigenação do cérebro.
Muscular Muito exercício faz aumentar a
frequência cardíaca
Digestivo Pouca quantidade de sangue ao nível GI: Sistema GI Depois de uma grande refeição:
trabalha mais lentamente. menos volemia (porque alimen-
tos vão ser processados a nível
Quando somos jovens, os sistemas de compensação químico), vasoconstrição e so-
são mais eficazes. Idosos ficam enfartados. nolência.
121
Modificáveis (Hábitos Tabágicos, Colesterol,
HTA, Atividade física, Obesidade, Diabetes)
Fatores de Risco
Terapêutica medicamentosa:
122
• Antianginosos
o BCC (NDHP), BB: ↓ NECESSIDADES DO CORAÇÃO (↓ frequência ; ↓ força
de contração; vasodilatação)
o BCC (DHP) e Nitratos: ↑ APORTE DE O2 AO CORAÇÃO, promovem a
Vasodilatação - baixam a dor cardíaca (Ex.: enfarte)
▪ M.A: Diminuição da resistência vascular periférica que promove
vasodilatação e diminuição da PA, bem como diminui o tónus das
arteríolas.
• Fármacos não diretamente relacionados com o sistema cardíaco (baixam
TA)- Sedativos; Hipnóticos; Ansiolíticos; Antidepressivos. Medicação não
prescrita.
1. Precordialgia
Início; Manifestação; Tipo; Duração; Intensidade; Localização; Irradiação;
Fatores precipitantes; Cronologia e frequência; Sintomas associados; Fatores de
agravamento; Fatores de alívio. Sinal de falência cardíaca. (COLDSPA)
A dor acontece quando se liberta um conjunto de enzimas (CPK), devido a
hipóxia. Todas as células que têm falta de oxigénio libertam enzimas - dão dor.
Em caso de enfarte –
a) a aorta e carótida vão receber menos sangue
b) acontece hipóxia - dá dor (de início súbita, retrosternal, opressiva,
intensa, sensação de morte iminente (Incapacidade funcional total), da
aorta para o braço e região inguinal)
Nota:
Ângor - aperto do coração - situação crónica, via e vem várias vezes, tende a
desaparecer com o repouso, aparece muitas vezes associado a um esforço,
quando estamos irritados ou stressados.
Angina de peito - Dor opressiva, associada a determinado esforço; Menos
intensa e passa espontaneamente.
123
3. Dispneia/Dispneia paroxística noturna
A pessoa está em repouso e acorda com dificuldade respiratória e falta de ar.
Circulação de retorno aumenta - coração tem mais dificuldade em gerir esse
retorno de sangue ao VE - provocando acumulação de secreções e dificuldade
respiratória por insuficiência cardíaca.
7. Síncope
Espasmo/privação de circulação para o cérebro: desmaio (faz com que o san-
gue não vá para outra parte do corpo que o coração e o cérebro).
Nota: ICC esquerda e direita - edema nos membros - durante o dia mete as
meias elásticas - bebe menos água - toma medicação - mas dorme deitado -
aumenta a volemia - pré edema pulmonar porque não consegue lidar com
tanta volemia (não estava pronto para trabalhar tanto) - dispneia paroxística
noturna.
124
A síncope não é uma doença, é um sintoma de alguma doença. A causa mais
comum é a chamada reação vagal ou síncope vasovagal, relacionada à ati-
vação inapropriada do nervo vago.
→ Se tem quadros de tonturas, sensação de que vai cair por perda da força,
mas em momento algum perde a consciência, isso é chamado de pré-
síncope.
Notas:
125
Síncope vasovagal
A síncope vasovagal pode ser induzida por dor intensa, calor forte, por ficar em
pé durante muito tempo, por medo ou estados de ansiedade intensa. É a causa
de desmaios naqueles que tem pavor de agulha e precisam colher sangue, dos
jovens em shows de música, ou de cirurgiões ou guardas que ficam muito tempo
em pé sem se movimentar. Em muitos casos, o estímulo vagal pode não ser
suficiente para causar desmaios, levando apenas à mal estar, tonturas, enjoos
e vômitos. O paciente senta-se ou deita-se e depois de alguns minutos sente-se
melhor.
126
A síncope vagal pode ser causada por:
Exposição ao calor;
Alterações da temperatura;
Enfarte
Sintomas:
127
Outra conclusão: No caso do enfarte, o aparecimento de sintomas como os
suores, as náuseas e os vómitos estão relacionados com a estimulação
inapropriada do nervo vago, uma vez que no caso desta patologia o coração
não se consegue contrair e relaxar porque não está a ser irrigado e o organismo
estimula o reflexo vagal para diminuir a carga de trabalho do corpo,
desacelerando os batimentos cardíacos. Como dito anteriormente, a
estimulação do nervo vago influencia a produção de suor, a frequência
cardíaca, a pressão arterial, movimentos dos intestinos e a musculatura do
pescoço e da boca, resultando nos sintomas do enfarte.
Dados sociodemográficos
• Idade;
• Sexo;
• População;
• Estado civil;
• Nacionalidade;
• Condições de residência.
• Seguro de Saúde
• Motivo da procura: O que a traz por cá? Em que posso ajudar? Qual o motivo
que o fez vir ao hospital/centro de saúde? Qual o motivo de procura dos
serviços de saúde? Quando começaram os seus sintomas?
• COLDSPA:
O – quando começou?
128
L – onde lhe doi? Irradia para algum lado (esquerdo ou direito)?
P – o que faz com a sua dor melhore ou piore? Já tentou algum tratamento?
A – tem outros sintomas que ocorrem com a dor? Afeta as suas AVD? O que
acha que causa a dor e o que acha que a inicia? Tem mais algum problema
que parece estar relacionado com a dor?
a) Pratica exercício físico com que frequência? Consegue mover-se bem? A sua
mobilidade (ou falta dela) influencia a prática física ou outro aspeto da sua
vida? Tem problemas ao caminhar ou ao realizar atividades de vida diária?
Quais? Tem falta de força, adormecimento, ou paralisias nos MS ou MI?
129
d) Tem hábitos tabágicos? Quanto fuma por dia? Em que ocasiões? (avaliar
suscetibilidade ao tabagismo: contexto familiar, laboral)
• Estado;
• Orientação;
• Hidratação;
• Nutrição;
• Higiene.
Sinais Vitais
• Tensão Arterial (perguntar quais os valores que costuma ter permite saber
até onde insuflar a braçadeira), Temperatura, Dor (escala numérica quando
é capaz de responder sozinho) - Exemplo: Enfarte agudo do miocárdio
130
Observação física (inspeção, palpação, percussão, auscultação)
O que observar ?
o Carotídeo, Braquial (o mais fácil nas crianças, Radial (Nunca deve ser o
próprio a fazer, porque descontrolamos o nosso ritmo cardíaco),
Femoral, Popliteu, Tibial, Pedioso
131
Exames auxiliares de diagnóstico
132
Teoria – S. Respiratório
Pleura: forra os pulmões; tem um líquido que impede o ruído e fricção aquando
da respiração. Tem uma pressão negativa, que faz com que os pulmões tenham
tendência para se abrir, sem esforço e naturalmente.
133
Tabagismo; Poluição ambiental; Alérgenos - reações
ao nível da glote e dos brônquios, que provocam
Fatores de risco muco e secreções; Agentes ocupacionais; Patologia
respiratória prévia (Tuberculose, pneumonia, Enfisema,
tuberculose, DPOC…).
Terapêutica medicamentosa
• Anti hipertensores,
• Antiasmáticos:
134
Tipos de dispneia
2. Embolia;
5. Pneumotórax
7. Falência Cardíaca
2. Tosse
Tipo: Seca- Pleura, ICC, Corpo estranho/ produtiva- Bronquite, pneumonia,
bronquiectasia
Frequência
• Aguda: < 3 semana
• Subaguda: 3 a 6 semanas
• Crónica: > 6 semanas
Intensidade;
Fatores despoletantes (frio, alérgenos);
Ruídos associados à tosse - Adventícios: Crepitantes ("panela de pressão") ou
Sibilantes (passagem de ar por passagem estreita);
135
Características da expetoração (fluido, espesso, odor, cor (hemática, serosa...).
• Serosa- Edema
• Hemoptóica- Trombo
Taquipneia/Polipneia (>20)
- Doença polumonar restritiva
- Elevação do diafragma
- Dor torácica pleurítica
Bradipneia
- Depressão respiratória
- HT Craniana
Apneia
136
Cheyne-Stokes - Respiração dispneica e superficial, seguida de momentos de apneia.
Verifica-se quando a pessoa está bastante mal (a morrer)
- ICC, lesão cortical difusa
Dados sóciodemográficos
• Nome (verdadeiro e pelo que gosta de ser chamado);
• Idade (FR, FC e outros oscilam consoante a idade e, por isso, é importante
saber. Por exemplo, a PI tem uma FR aumentada em relação ao adulto, de-
vido à ineficácia da musculatura e da compliance – grande extensão dos
pulmões para cada aumento da pressão Intra alveolar e pleural);
• Sexo (mulheres têm uma respiração predominantemente torácica);
• Ocupação (que teve ou têm,)- ver se está exposto a vírus, a produtos quími-
cos, tintas ou até mesmo poeiras
• Poluição (importante porque pode viver numa região poluída e, por isso,
prejudicial ao organismo);
• Possibilidade de apanhar infeções respiratórias (Exemplo: enfermeiros),
• Suporte financeiro
• Condições habitacionais
• Seguro de saúde
Dados Subjetivos: Dimensão social, psicológica e cultural
• Motivo da procura: O que a traz por cá? Em que posso ajudar? Qual o motivo
que o fez vir ao hospital/centro de saúde? Qual o motivo de procura dos
serviços de saúde? Quando começaram os seus sintomas?
137
• COLDSPA:
O – quando começou?
P – o que faz com a sua dor melhore ou piore? Já tentou algum tratamento?
A – tem outros sintomas que ocorrem com a dor? Afeta as suas AVD? O que
acha que causa a dor e o que acha que a inicia? Tem mais algum problema
que parece estar relacionado com a dor?
• Alergias
• Alergias;
• Hábitos tabágicos;
138
Suscetibilidade ao Tabagismo
Tabagismo
• UMA (Unidades Maço Ano = nº cigarros fumados por dia / 20 x nº anos; por
exemplo o consumo de. 1 maço/dia durante 25 anos é igual a 25 UMA)
a) Pratica exercício físico com que frequência? Consegue mover-se bem? A sua
mobilidade (ou falta dela) influencia a prática física ou outro aspeto da sua
vida? Tem problemas ao caminhar ou ao realizar atividades de vida diária?
Quais? Tem falta de força, adormecimento, ou paralisias nos MS ou MI?
d) Tem hábitos tabágicos? Quanto fuma por dia? Em que ocasiões? (avaliar
suscetibilidade ao tabagismo: contexto familiar, laboral)
139
i) Existe algum aspeto da sua vida que sinta que não está a ser completo? Por
exemplo a satisfação da outras necessidades humanas como o urinar,
eliminar…
• Estado;
• Orientação;
• Hidratação;
• Nutrição;
• Higiene.
Sinais Vitais
Observação física
• Inspeção do tórax, mucosas e membros
• Observação do padrão respiratório
• Palpação- gânglios linfáticos, supraclaviculares e axilares
• Percussão
o Hipersonoridade: Pneumotórax, enfisema
o Submacicez: Derrame, pneumonia
o Timpanismo: PneumotóraX HIPERTENSIVO
140
Exames auxiliares de diagnóstico
Análise de expetoração
Veias dilatam-se mais que as artérias (porque as veias apresentam mais fibras).
Interações com outros sistemas
Cardíaco aumento de edemas;
Urinário retenção de líquidos (edemas)
Tegumentar pele mais fina, tensa e brilhante (edema);
Neurológico aumento da pressão intracraniana, perturbações neurológicas, perturbação e confusão
mental;
Muscular sensação de peso e cansaço fácil;
Digestivo
▪ Perdas hemorrágicas pelo fim do intestino (reto) de sangue que já foi digerido (sangue
escuro) - Melenas
▪ Sangue vomitado, de cor mais brilhante e vermelha viva - Hematémese
▪ Saída de sangue pelos pulmões - Hemoptise
▪ Saíde de sangue pelo reto de um tumor/traumatismo (como hemorroidas), e de cor
vermelho viva - Hematoquézias (uretrorragias)
141
Criança Idoso Grávida Cultura étnica
Devido às diferentes Aumento da espessura e Diminuição da re- Estilo de vida tem impacto na
exigências da grande rigidez da parede vascu- sistência vascular competência do sistema
circulação / pe- lar - Acumulação da sistémica ao vascular periférico.
quena circulação, os placa de ateroma. Au- longo da gravi-
ventrículos sofrem al- mento do desenvolvi- dez - aumento da Exemplo: tatuagens;
terações desde o mento de varizes e de probabilidade de
nascimento. Varia- placas ateroscleróticas - surgimento de População negra tem maior
ções nos valores dos Risco de varizes rompe- varizes. incidência de HTA.
Sinais vitais. rem.
Variações nos va-
lores dos Sinais vi-
tais.
Terapêutica medicamentosa
1. Edema
Tem se em conta quanto milímetros o edema
desce e quanto tempo demora a pele a
restaurar-se.
Grau 1 - Depressão de 2mm
Grau 2 - Depressão até 4mm
Grau 3 - Depressão até 6mm
Grau 4 - Depressão até 8mm
142
3. Varizes
Dor na região popliteia que se pode estender à região dos gémeos - processo
inflamatório local nas veias
Teoria – S. Linfático
Criança Idoso
6 e 10 anos: tecido linfático está bastante desenvol- Número de nódulos linfáticos diminuído e com mais pro-
vido, regredindo para os níveis do adulto pela puber- babilidade de fibrose e quantidade de gordura (resul-
dade. tando em menor capacidade de responder à infeção).
Rede linfática exuberante - porque não conhece do- Menos compromissos, por estarem mais vacinados.
enças nenhumas e não apresenta muitos anticorpos.
2. Adenopatias
143
Características nódulos linfáticos:
Para termos uma certeza e fazermos uma análise mais a fundo pode-se fazer uma biópsia.
Dados sóciodemográficos
• Motivo da procura: O que a traz por cá? Em que posso ajudar? Qual o motivo
que o fez vir ao hospital/centro de saúde? Qual o motivo de procura dos
serviços de saúde? Quando começaram os seus sintomas?- Procurar dor nas
extremidades, fadiga, febre, adenopatias (nódulos exacerbados e com dor)
ou edema.
• COLDSPA:
O – quando começou?
144
L – onde lhe doi? Irradia para algum lado (esquerdo ou direito)?
P – o que faz com a sua dor melhore ou piore? Já tentou algum tratamento?
A – tem outros sintomas que ocorrem com a dor? Afeta as suas AVD? O que
acha que causa a dor e o que acha que a inicia? Tem mais algum problema
que parece estar relacionado com a dor?
• Alergia
• Imunizações
• Transfusões
• Alergias;
• Hábitos tabágicos;
Pedir ao cliente para descrever um dia típico e ocupações de tempos livres para
avaliar a fadiga (Sintoma associado a leucemias)
a) Pratica exercício físico com que frequência? Consegue mover-se bem? A sua
mobilidade (ou falta dela) influencia a prática física ou outro aspeto da sua
vida? Tem problemas ao caminhar ou ao realizar atividades de vida diária?
Quais? Tem falta de força, adormecimento, ou paralisias nos MS ou MI?
145
b) Considera ter uma alimentação equilibrada? Porquê?
d) Tem hábitos tabágicos? Quanto fuma por dia? Em que ocasiões? (avaliar
suscetibilidade ao tabagismo: contexto familiar, laboral)
• Estado;
• Orientação;
• Hidratação;
• Nutrição;
• Higiene.
Sinais Vitais
146
Observação Física
Casos PL
Exercício A:
Recebe ao seu cuidado o Sr. João Alves, que tem 68 anos e refere ter uma dor
localizada na região esternal.
Estrutura:
Fase de Orientação – Acolher o cliente/ Explicar o que se vai passar/ Tirar notas/
Garantir a confidencialidade / Não focar na tarefa
Observação Geral
Identificar o cliente:
• População: Pode viver numa região poluída o que pode afetar parte
respiratória
o Localização especifica
o O que a começou?
o Frequência?
o Sintomas associados
o Fatores de agravamento?
o Fatores de alívio
Antecedentes familiares:
Podemos ter ainda em conta doenças como a asma que afetam a imunidade,
como o HIV, a leucemia e o cancro.
148
3. Produzir informação sobre o sistema cardiovascular e vascular periférico da
pessoa.
• Padrão respiratório
• Coloração da pele
“Estivemos hoje aqui reunidos para avaliar os sintomas (…). Percebemos que (…)
e por isso de- cidimos (…). Obrigada por ter vindo”
149
Exercício B
1- Identificar o cliente
Nome (verdadeiro e pelo que gosta de ser chamado), Idade, Sexo, População,
Ocupação (que teve ou têm,), Estilo de vida- Fuma ou não fuma; Poluição;
Possibilidade de apanhar infeções respiratórias (Exemplo: enfermeiros), Suporte
financeiro (Dinheiro para medicamentos; Condições habitacionais)
150
5- Avaliar parâmetros da observação física (onde deverá incluir a avaliação
dos SV)
Perguntas Possíveis
151
10. Que antecedentes familiares avalia, relacionados com o sistema
respiratório? Défice de alfa 1 antitripsina; Alergias; Doença Respiratória;
Asma; Tuberculose Pulmonar; DPOC; enfisema; neoplasia do pulmão;
16. Que dados valoriza no exame físico relacionados com o sistema cardíaco?
Anasarca, ingurgitamento das jugulares, hemoptises, edema dos membros
inferiores, obesidade;
19. O que pode agravar a angina de peito estável? Doença cardíaca que pode
agravar com certas circunstâncias: stress; esforço físico, vasoconstrição
(incluindo nas coronárias), pico HTA, refeições pesadas.
20. Como se calcula a unidade de maços por ano? “UMA”= (nº cigarros por
dia/20) x nº de anos
152
Apreciação do Sistema Neurológico–Sensorial e do Estado Mental
Teoria
Considerações sobre o SN
Auto- estrada de informação do corpo - medula espinal (feixe de nervos de-
licados protegido por uma armadura - coluna vertebral). Se houver lesão na
medula podemos ter problemas de paresia (perda de parte da motrici-
dade), tetraplegia (paralisia que afeta as 4 extremidades), hemiparesia
(afeta um hemisfério) (A coluna vertebral protege a medula)
O cérebro e composto por milhões de mini células nervosas.
O sistema nervoso é das primeiras coisas a serem formadas na gravidez - o
cérebro vai produzir todas as células nervosas que vão fazer parte do orga-
nismo do feto.
À medida que aprendemos, modificamos a estrutura do cérebro - todas as
partes do cérebro são ligadas pelo conjunto das fibras nervosas, cada vez
que produzimos uma ação ou uma palavra a conexão que estamos a utilizar
torna-se mais forte.
Lobo frontal - parte do cérebro que pensa - atingiu a complexidade máxima
após anos biliões de anos de desenvolvimento.
Parte debaixo do cérebro - coloca o coração a bater e os pulmões a respi-
rarem – ENCÉFALO – centro do sistema nervoso.
Cerebelo - permite o equilíbrio - se não fosse ele, tínhamos de pensar e raci-
ocinar sobre cada passo que damos
Sinapses - conecta axônios através das dendrites. Existem muitas sinapses
que acontecem sem nós darmos por ela.
Aquilo que nos torna indivíduos concentra-se tudo no cérebro.
Células nervosas - neurónios (axónios).
O cérebro é dos órgãos que mais sofre com a falta de oxigénio, mais de 3
min sem O2 geralmente leva a morte cerebral.
153
Neurotransmissores que permitem o funcionamento do SN (EXEMPLOS)
→ Noradrenalina (vasoconstritor), Serotonina (alterações de humor), Adre-
nalina (vasodilatador brônquico, aumenta FC) e Dopamina (controlo da
PA, inibe a produção de prolactina): influenciam o humor, ansiedade,
Sono e a alimentação
Nota: Noradrenalina e adrenalina são catecolaminas que inibem a se-
creção de insulina.
→ Oxitocina: Promove contrações durante o parto, estimula libertação de
leite, reduz o sangramento durante o parto e estimula a vinculação e a
empatia entre as pessoas.
→ Cortisol: Hormona do stress que pode bloquear as sinapses (produzido nas
suprarrenais por ação do eixo hipotálamo-hipófise)
→ Acetilcolina: Envolvida na memória e na aprendizagem.
Princípios gerais:
Doença Neurológica
• Perdas de consciência (Quando ocorreu? Como foi? Fatores desencadean-
tes?)
• Estado de confusão;
• Perda de equilíbrio e coordenação motora;
154
• Tonturas; vertigens;
• Perda de memória – desorientação (enxaqueca-Neurovascular; inflamação
ou compressão de estruturas sensíveis à dor- HTI, hipertensão intraocular,
glaucoma, meningite; Tensional- Contração muscular muscular (ansiedade
e depressão)
• Cefaleias: enxaqueca (cefaleia neurovascular, sintomas mais frequentes em
termos de sistema neurológico sensorial), tensional (contração muscular - an-
siedade ou depressão), inflamação ou compressão das estruturas sensíveis à
dor (meninges (sistema de membranas que revestem e protegem o encé-
falo), HT intracraniana, e intraocular/glaucoma – dano no nervo ótico –
perda de visão); de causa não física;
• Convulsões (tónicas- rigidez, perda de consciência ou clónicas - menos
acentuadas, contrai e contorce-se perdendo a consciência) - epilepsia;
• Rigidez da nuca - meningite;
• Tremores das extremidades- Parkinson (hipertonia, tremores, bradicinesia)
• Parestesias ou formigueiro- AVC (sensações subcutâneas subjetivas com au-
sência de estimulo-reação)
• Alteração do tónus muscular e espasticidade (estímulos musculares involun-
tários; rigidez; incapacidade de controlo; aumento do tónus e tensão);(au-
mento do tónus basal- acontece em zonas de paralisia) Alteração a nível
dos órgãos dos sentidos – glaucoma;
• Alterações da fala - disartria, afasia
• Alteração a nível dos órgãos e sentidos
Convulsões:
Clónicas - convulsões ou movimentos involuntários na parte superior do corpo e
membros.
Tónica - contração súbita dos músculos - + comuns no sono.
Doença Mental
• Défice no autocuidado - NHF/AVD;
• Dificuldade Concentração/Atenção; Ansiedade, Stress → D. Psicossomá-
tica;
• Padrão sono alterado (Insónia /hipersónia);
• Alterações de Humor (sem evento explicativo - por exemplo pessoas bipola-
res);
• Alteração nas relações interpessoais;
• Alteração de Comportamentos [isolamento- sobretudo nas PI é uma causa
que pode causar grandes transtornos - pode ser estímulo para Alzheimer;
agressividade (auto/hétero)];
• Delírios (há um estímulo externo); Alucinações (não há um estímulo externo).
• Padrão de sono (insónia/hipersónia)
• Cefaleia (causa não física)
• Isolamento social
155
Patologias motoras
156
Variações na apreciação decorrentes do estádio de desenvolvimento do
cliente:
Recém-nascido:
157
Crianças
Adolescentes
Grávidas/puérperas
158
• No caso de a cliente ter patologia psiquiátrica, particularmente psicose,
avaliar se a criança não corre riscos de segurança e vida devido a delírios
da mãe. No caso de depressão avaliar a relação mãe-criança e como se
está a estabelecer a vinculação.
• Escala de Depressão Pós-parto de Edimburgo (EPDS) versão portuguesa
(DGS, 2005)
Pessoa Idosa
159
Sistema Neurológico-Sensorial
Doença mental
160
Instrumentos de Apreciação e Diagnóstico
Testes e escalas
SONO
O sono é um estado transitório e reversível, que se alterna com a vigília (estado
desperto). Processo ativo envolvendo múltiplos e complexos mecanismos
fisiológicos e comportamentais em vários sistemas e regiões do sistema nervoso
central.
O sono é reparador
Sono pode ser medido através do tipo de ondas cerebrais nas suas várias
fases
161
Funções do sono:
4. Consolidação da memória,
Luz solar e outros sinais do tempo como idade ajudam a definir nossos ciclos
circadianos de modo que eles são consistentes no dia a dia
Durante sono, com base nos ritmos /ciclos naturais de atividade cerebral, oscila-
se entre sono REM e NREM (estádios 1-4). O ciclo de sono inicia-se tipicamente
com um período de sono NREM alternando com um curto período de sono REM
(sonhos). Estes 2 estádios agem em conjunto para alternar entre vigília e sono.
162
CICLO DO SONO
a) Cada ciclo do sono completo dura entre 70 a 100 minutos no inicio da noite
e entre 90 a 120 minutos no final.
d) A distribuição dos ciclos do sono durante a noite pode ser alterada por vários
fatores, como: idade, ritmo circadiano, temperatura ambiente, ingestão de
drogas ou por determinadas doenças.
- Pequeno (4-5horas)
f) Os ciclos das crianças até aos 10 anos são mais curtos – o de um bebé de 1
ano pode durar 45 minutos.
N-REM REM
concentra-se na primeira parte da noite, → Predomina na 2ª parte ciclo.
ocupa cerca de 75% do sono total → Ocupa cerca de 25% do sono
composto por 3 fases progressivamente mais profundas: total
Fase 1 (N1) / Estádio I → Atividade cerebral intensa de
Fase da sonolência, onde começa a sentir as primeiras sensações baixa amplitude e mais
de sono, dura 10 minutos ou menos. Nesta fase o sono é leve, um rápida.
pequeno ruído ou toque podem facilmente acordá-lo. → Episódios de movimentos
Fase 2 (N2) Estádio II oculares rápidos e de
Nesta fase perde a consciência do que o rodeia. Os seus olhos relaxamento muscular
param de mexer e os seus músculos relaxam. A atividade cardíaca máximo.
e a respiração abrandam e a temperatura do corpo diminui. Nesta → Fase onde ocorrem os sonhos.
fase é mais difícil acordar. → A respiração e os batimentos
Fase 3 (N3) Estádio III cardíacos são muito
Caracteriza-se pelo sono profundo. variáveis.
Há quem considere que esta fase se divide em duas (3 e 4). → Nesta fase muitos músculos
Totalmente inconsciente e é muito difícil acordar. ficam imobilizados para que
Ocorrem os processos de crescimento e de recuperação de não possa ‘agir’ nos seus
celular, tecidos e órgãos. sonhos.
Nas perturbações sono não se entra na fase IV.
163
Perturbações do sono
Tipo insónias:
164
Apreciação do sono:
1. Observação do sono
→ Antiepiléticos e anticonvulsionantes:
165
→ Psicofármacos
- Lítio
166
→ Analgésicos e antipiréticos – paracetamol = “Ben-u-ron” – alívio sintomático
das dores de intensidade ligeira moderada e/ou febre. CI: insuficiência
hepática, renal e dependência alcoólica. Inibe a COX a nível central,
embora possua pouco efeito na COX dos tecidos periféricos e não afete a
função plaquetária (pois não tem atividade anti-inflamatória). RA: doenças
hematológicas, rash e pancreatite. Sobredosagem: insuficiência hepática,
necrose, acidose metabólica e encefalopatia, coma e morte.
Patologias:
Perturbações depressivas
Quadro Clínico
Tríade de Beck
167
→ Pelo menos 1 dos sintomas é o humor depressivo ou perda do prazer ou do
interesse
o Anedonia
o Insónia ou Hipersónia
Perturbação depressiva
Preditores da cronicidade
• Idade de início
• Perturbação da personalidade
168
• Situações conflituais persistentes
Hipomania
Mania
• Não tem sono; Grandiosidade própria; Intrusivos; Falam muito rápido; Muito
eufóricos; Brincadeiras inapropriadas; Agressivos; Delírios e ideias paranoicas.
BP –I: Episódios maníacos (1ou + ep. Maníacos existe sempre e ep. depressivos),
seguidos ou não por um episódio, Mania seguida de depressão.
Perturbação de ansiedade
→ Marcada co morbilidade.
169
Critérios Diagnóstico – DSM IV – TR
→ Não é provocada por uma substância, estado físico geral e não ocorre
exclusivamente durante uma P. do humor, psicótica ou global do
desenvolvimento.
Perturbações de Pânico
Agorafobia
• Ansiedade antecipatória.
Delírios
• Seu conteúdo pode incluir uma variedade de temas (p. ex., persecutório, de
referência, somático, religioso, de grandeza).
170
→ Delírios persecutórios, i.e., crença de que o indivíduo irá ser prejudicado,
assediado, e assim por diante, por outra pessoa, organização ou grupo.
→ Delírios de grandeza, i.e., quando uma pessoa crê que tem habilidades
excecionais, riqueza ou fama;
Alucinações
Perturbações Obsessivo-compulsivas
171
Perturbações alimentares
Anorexia Bulimia
- 1/3 recuperação completa - frequentemente com perturbações
- 1/3 mantém peso razoável, mas de personalidade graves associadas
continua com preocupações com o
peso e dificuldades de relação
- 1/3 nunca atinge peso satisfatório e
mantém graves perturbações da
personalidade
Esquizofrenia
→ Esquizofrenia
• Delírios, alucinações;
172
Acidente Vascular Cerebral (AVC)
Arterial
AVC
o Parenquimatosa
AVC isquémico
• Tumor
• Gordura
173
• Impedem circulação a jusante
AVC hemorrágico
Intraparenquimatosa
→ Profunda
- Etiologia: hipertensiva.
→ Lobar / cortical
→ Subaracnoideia
- Traumatismo craniano
- Idiopática
174
Fatores de risco para AVC
Manifestações clínicas
• Confusão aguda
Tratamento
Prognóstico
Cerca de 25% dos pacientes podem piorar nas primeiras 48 horas após o AVC.
175
Demências
→ Alteração da personalidade.
Critérios de Diagnóstico
• Compromisso da memória
Fatores risco:
176
Avaliação
Doença de Parkinson:
Questões chave:
Aparência geral: idade real e idade aparente, nutrição, modo de andar, o tipo
vestuário e roupas (adequadas à estação ano), adornos, maquilhagem, higiene
pessoal (corpo, cabelos, roupa).
• Padrão ventilatório
• Respostas motoras
178
Exame clínico funções mentais:
Score:
15 = Normal (máximo)
179
Flexão
extensão
Flexão
extensão
• Coma irreversível
180
2) Atenção: capacidade para se centrar numa atividade. O exame envolve
observar: a vigilância, a tenacidade e a concentração do cliente.
- Memória Sensorial: recebe informação dos órgãos dos sentidos retém por
breve período de tempo (0,5 seg).
- Raciocínio lógico;
- Dificuldades em estudar;
Nota: Por norma, se a pessoa tem juízo crítico, não tem a necessidade de insight.
- Obsessões;
182
- Paranoia/desconfiança
- Fobias
- Pobreza de pensamento
Inclui linguagem verbal (léxico) e a não verbal (gestos, olhar, expressão facial)
e a escrita. A linguagem falada é o principal ponto de observação.
183
Sensoperceção:
• Umas vão ter mais facilidade a falar, outras não: “Como se tem sentido
ultimamente?”.
Avaliar:
184
Psicomotricidade
Avaliar:
Funções Psicofisiológicas
Sono
Alterações de sono:
185
Apetite: Perda ou ganho de apetite (Tem prazer em comer?)
a. Anorexia
b. Bulimia
c. Obesidade
186
Exame da função sensitiva:
Regras Gerais:
187
Reflexos:
Avaliação pupilar:
Diâmetro: Escala: 1 a 9 mm
• Normal – 2 a 6 mm
• Média 3,5 mm
Simetria
1º fechar um olho
• Reflexos cutâneos:
188
Os reflexos são simétricos e são graduados numa escala:
0 - Nenhuma resposta
Casos PL
Exercício A
o 5 F´S: Falta de força, alteração na fala, forte cefaleia súbita, falta de visão
súbita, face assimétrica (canto da boca ou pálpebra descaídas)
Exercício B
A Srª. D. Mariana Silva, tem 54 anos, recorreu ao Centro de Saúde por insónia,
perda de apetite e sem de vontade de viver.
• Identificar o cliente
189
Guia entrevista:
Dados Sociodemográficos
• Escolaridade
• Contexto familiar
• Condições habitacionais
• Motivo da procura: O que a traz por cá? Em que posso ajudar? Qual o
motivo que o fez vir ao hospital/centro de saúde? Qual o motivo de procura
dos serviços de saúde? Quando começaram os seus sintomas?
• COLDSPA:
O – quando começou?
P – o que faz com a sua dor melhore ou piore? Já tentou algum tratamento?
A – tem outros sintomas que ocorrem com a dor? Afeta as suas AVD? O que
acha que causa a dor e o que acha que a inicia? Tem mais algum problema
que parece estar relacionado com a dor?
• Genograma, ecomapa
Estilos de vida
a) Pratica exercício físico com que frequência? Consegue mover-se bem? A sua
mobilidade (ou falta dela) influencia a prática física ou outro aspeto da sua
vida? Tem problemas ao caminhar ou ao realizar atividades de vida diária?
Quais? Tem falta de força, adormecimento, ou paralisias nos MS ou MI?
d) Tem hábitos tabágicos? Quanto fuma por dia? Em que ocasiões? (avaliar
suscetibilidade ao tabagismo: contexto familiar, laboral)
j) Existe algum aspeto da sua vida que sinta que não está a ser completo? Por
exemplo a satisfação da outras necessidades humanas como o urinar,
eliminar…
Dados objetivos
192
o Tem Juízo crítico? Tem capacidade de INSIGHT (“O que o leva a pensar
que não vai tomar a medicação prescrita?”; “O que faria se
subitamente adoecesse em casa?”) Nota: Por norma, se a pessoa tem
juízo crítico, não tem a necessidade de insight.
• Défice no autocuidado
• Dificuldade na concentração/Atenção
• Cefaleia
• Alteração no humor
193
Fase de separação (Relembrar os objetivos atingidos e o caminho percorrido,
avaliar as expectativas dos interlocutores, sintetizar o encontro e preparar o
seguinte + validar, Agradecimento)
Perguntas Possíveis
1. O que avalia nos dados sociodemográficos do cliente? Nome, idade, género, estado
civil, escolaridade, ocupação, religião, cultura, agregado familiar, pessoa significativa,
suporte financeiro
10. Métodos analise estado neurológico/ estado mental? EEG, angiopatia cerebral,
punção lombar, TAC, RM…, escala curvas de Glasgow, mini mental state examination
(MMSE), escala pupilar, escala depressão pós-parto Edimburgo; escala depressão
geriátrica yesavage
194
11. Como avalia o estado mental?
16. Classificação comas? Escala Glasgow – coma leve, moderado, profundo, irreversível
17. Sinais descorticação? Flexão cotovelo e mãos, adução braço, flexão pleural,
rotação interna MI
18. Sinais de descerebração? Adução braço, extensão MS, pronação antebraço, flexão
plantar
20. Scores R escala Glasgow? 15 máximo (normal); 13-15 lesão mínima; 9-12 moderada;
3-8 grave; =3 coma profundo
21. Avaliação pupilar? Diâmetro: <3.5 miótica; >> midríase; << puntiforme; Forma;
Simetria: isocóricas, anisocóricas (D>E); Reação a luz: reativa, não reativa
23. O que caracteriza o delírio? Ser uma falsa crença; não ceder à argumentação; é
vivido com convicção; os conteúdos não são partilhados pelos outros; o cliente não tem
critica para tais pensamentos.
26. O que distingue as ilusões (normal) das alucinações (patogénico)? As ilusões são
falsas perceções da realidade a partir de estímulos reais. As alucinações são perceções
na ausência de estímulos externos.
27. Identifique 3 tipos de humor: Eutímico, depressivo, eufórico, irritado, ansioso, apático.
29. Que tipo de nervos cranianos se avaliam através dos reflexos pupilares? Nervo ótico
(II) e oculomotor (III).
195
30. Que material usa para avaliar o reflexo corneano e que nervo avalia? Algodão;
nervo trigémio (V).
31. A capacidade de olhar para dentro e para baixo avalia que nervo? Patético ou
troclear (IV).
32. Não conseguir fazer caretas ou sorrir traduz alteração de que nervo? Facial (VII).
33. O doente tem diplopia e não conseguir olhar para fora. Que nervo está afetado?
Abdutor ou abducente (VI).
34. O doente não consegue manter o equilíbrio com os olhos fechados e de pé. Que
nervo avalia? Vestibulococlear, acústico ou auditivo (VIII).
35. Como avalia o nervo glossofaríngeo? Par craniano IX. Pedir à pessoa para identificar
sabores na parte superior (ou posterior?) da língua.
36. Como avalia o nervo hipoglosso? Par XII. Pedir à pessoa para exteriorizar a língua e
avaliar o reflexo do vómito.
38. O doente apresenta pupilas de tamanhos diferentes. Como se define esta situação?
Anisocória.
39. O que avalia no reflexo pupilar? Diâmetro, forma, simetria, reação à luz, velocidade
de reação à luz.
196
Apreciação do Sistema Tegumentar
Teoria
197
Epiderme (+ exterior)- Queimaduras de 1º grau
1. Córnea (+ exterior)
2. Basal (a + interior- hiperativa - está sempre a produzir melanócitos (só existem
na epiderme e produzem melanina) - formados de baixo para cima e estão
maturados mais em cima (protegem contra radiação UV) andam entre a
camada espinhosa e a córnea
3. Granulosa: células achatadas, com grânulos de queratina proeminentes e
outros como substâncias outras proteínas (colagénios).
4. Lúcida: Libertam enzimas que as digerem. A maior parte já está morta (sem
núcleo). Estão presentes na pele sem folículos pilosos (pele glabra).
5. Espinhosa
Derme- Temos as glândulas sudoríparas e a sebáceas. (onde estão as glândulas)
Hipoderme (+ interior) - mais profunda e situa-se no tecido adiposo; pouco
vascularizada (daí dar menos dor).
A pele…
Notas:
• Diferentes tonalidades na pele podem dificultar a observação e a colheita
de dados. Cianose numa pessoa escura é mais fácil de ver nas mãos ou na
mucosa oral (pedir para pessoa abrir a boca e dobrar o lábio inferior para
baixo).
• É fácil de ver que numa pessoa clara a existência de anemia - através da
pele muito pálida. Nas pessoas escuras observa-se as conjuntivas (também
se pode ver nas claras).
• Icterícia - deposição de bilirrubina na derme- vê-se nas pessoas escuras mais
nos olhos.
• Pessoas escuras têm mais tendência a formar coloides (há uma hipertrofia
nos bordos da ferida - vê-se uma linha branca - fita de tecido fibrótico) -
maior dificuldade em cicatrização.
• Asiáticos têm sempre o cabelo preto e liso e também têm menos glândulas
sudoríparas - transpiram menos.
198
• Uma maior exposição à radiação
- envelhecimento cutâneo. I II
• Estrogénios + progesterona - III
quando estão em maior
quantidade são protetoras da
pele. Daí a mulher grávida sentir IV VI
que tem uma pele mais hidratada
e saudável.
• Na menopausa - perda de
elasticidade e hidratação; mais V
envelhecimento.
Fotótipos:
Variações de desenvolvimento
RN
Pele suave (menos tecido subcutâneo - hipotermia, menos exposição ao ambiente) – menos gordura.
Icterícia fisiológica (acaba por se resolver após uma semana (em alguns casos é necessário
fototerapia).
Pilosidade fina e sedosa = lânugo, mais intensa nos RN pré-termo. (Estes pelos estão em folículos pilosos
- todos os folículos pilosos têm um músculo que permite o movimento dos pelos - piloereção).
RN de termo: borda livre da unha. Ultrapassa o hiponíquio. RN pré-termo, pode não ocorrer.
Glândulas sudoríparas são imaturas - Se o bebé for muito aquecido há uma incapacidade do bebé
perder calor (má termorregulação, pele seca e sem odor). Bebé não transpira!
Acrocianose (Nas primeiras 48h é considerado normal. Sempre que há simetria é uma situação normal,
quando não há assimetria pode haver uma lesão vascular ou algo patológico).
Milia (pontinhos na asa do nariz).
Eritema tóxico (Pode ser normal; embora um eritema tenha de ser enquadrado no contexto do bebé.)
Manchas mongólicas (Têm dimensões variadas e podem persistir até aos 6 anos de idades).
Adolescente
- Mudanças hormonais rápidas.
- ↑ funcionamento das glândulas sudoríparas = mais odor.
- ↑ funcionamento das glândulas sebáceas = pele mais oleosa.
- Acne.
- Aparecimento de pelos púbicos e axilares.
Grávidas
-↑ Fluxo sanguíneo mãos e pés.
- ↑ Atividade das glândulas e sebáceas e sudoríparas = mais odor.
199
- Estrias (Há mulheres com pele mais elástica que acompanha o crescimento do feto e temos outras
mulheres em que isto já não é possível).
- Hiperpigmentação da pele na face (cloasma – melasma na gravidez/melasma – manchas ), linha
média, mamilos, axila e vulva - Mais melanócitos – células produtoras de melanina - em circulação;
grávidas ficam mais morenas.
Menopausa
- Flutuações hormonais: Proteção hormonal (estrogénios e progesterona) tende a desaparecer.
-↑ Sudorese e aumento de pigmentação transitórios.
- ↑ pelos faciais.
- Perda de cabelo do couro cabeludo e o aparecimento de cabelos brancos.
- Cloasma.
-↑ manchas na pele (essencialmente na pele e nas áreas expostas como as mãos/braços).
Idoso
- Atrofia da pele.
-↓ melanócitos = cabelos brancos, pele mais clara.
-↓ produção de sebo e suor - maior dificuldade em fazer a termorregulação.
- Pele seca e fina.
- ↑ pelos faciais (mulher), no nariz e pavilhão auricular (homens).
- ↓ pelos axilares, púbicos e ↓ cabelo do couro cabeludo.
- ↓ elasticidade = rugas.
- Cloasma e ↑ manchas na pele.
- Unhas crescem menos e são mais espessas e mais frágeis.
- Perda de tecido subcutâneo (menos gordura na pele) + tendência para hipotermia.
De que forma a pele pode ser afetada por alteração de outros sistemas:
200
→ alt. do sistema musculoesquelético - é o suporte da pele e quando há uma
alteração do seu funcionamento a pele é influenciada.
Características da pele
Quando se aperta
a pele e se observa
o tempo que ela
demora a voltar ao
normal.
Ex.: alterações
tiroideias.
Parâmetros a observar
201
Alterações na cor da pele:
Características da unha
- Sinal Schamroth positivo (angulo > 180º) -
Melanoma macular: Mácula – lesão plana, não palpável, < 1cm de diâmetro
máximo
Pápula – lesão saliente, palpável, superficial, < 1cm de diâmetro máximo
Queratoses seborreicas (lesão benigna da pele; acastanhada)
Epiderme: hiperplasia e edema | Derme: inflamação e
Edema
204
205
Lesões secundárias: etiologia exógena - Alteração da consistência, espessura
ou perda de substâncias.
Ex: úlceras por pressão, úlceras de estase, úlceras malignas, Lesões por humi-
dade
206
Neuropático Superfície plantar Geralmente redonda, espessura DM; deficiência de vitamina
(características dos do pé; áreas do completa; base vermelha; de B12 ou outra doença
diabéticos) – pé sapato em geralmente exsudativa; pode ou metabólica.
diabético. contacto com o não gerar dor;
pé, mas pode
ocorrer noutro sítio
forças
entre a
superfície
cutânea e
o próprio
osso.
Determinantes:
Forças de cisalhamento: vamos
escorregando na cama e deixando Pele sem muito acesso
os tecido no outro lado. a sangue, O2 e
nutrientes
+ sensível ao trauma –
Proliferação neuropatia – défices
de MICOO sensitivos e motores
Fatores de risco: uma pessoa com uma dermatite na zona sacrococcígea que Ajuda no
esteja em decúbito dorsal prolongado no leito vai mais facilmente fazer uma
ganho
upp na zona sacrococcígea. Pessoas com problemas de perfusão e vasculares;
de
problemas de hidratação ou alimentação (tecido menos saudáveis, sobretudo
massa
a falta proteínas); neuropatias (provocam redução da sensibilidade das
extremidades). muscular
207
- Se eu estou numa situação de saúde ótimo os meus mecanismos de defesa
vão atuar e impedir lesões (por exemplo eu sentir dor quando estou deitada e
mudar de posição).
DM
208
Categorias das UPP
Categoria I (eritema, edema Eritema não branqueável em pele intacta. Não há
branqueável, eritema não perda de integridade cutânea; só há um eritema.
branqueável) Podemos fazer uma pressão digital que fica branca e
depois fica logo vermelha -edema branqueável. Se
não for branqueável estou perante uma UPP -
influencia a epiderme.
Categoria II Perda parcial da espessura da pele ou Flictena.
Pode haver ou não perda de espessura da pele.
Começa a afetar a derme.
Instrumentos que podem causar UPP: Cateteres (pode acontecer que a tampa
do cateter se perca na cama, que faça pressão e que origine uma upp); a
roupa no fundo da cama (a prega que se faz para não se fazer pressão nos
dedos dos pés)
209
ESCALA DE BRADEN e BRADEN Q (Avaliação do risco de LPP): É constituída por
seis subescalas: Perceção sensorial, humidade da pele, atividade, mobilidade,
nutrição, fricção e forças de deslizamento.
1. Deve proceder-se à avaliação do risco de desenvolvimento de lesão por
pressão nos doentes, em todos os contextos assistenciais (…) nas primeiras
seis horas após a admissão do doente.
2. A aplicação da Escala de Braden no domicílio deve ser realizada durante a
primeira visita domiciliária.
3. Na criança é utilizada a Escala de Braden Q2 (Anexo III) e o instrumento de
avaliação da pele (Anexo II).
4. Os resultados obtidos através da aplicação da Escala devem ser registados
no processo clínico.
5. O risco de desenvolvimento de lesão por pressão deve ser reavaliado
periodicamente, de acordo com a seguinte tabela:
Recuperação
de vasos
naquele local
A elasticidade
da pele está
muito
associada ao
colagénio. 210
Nota: Recuperação de vasos – rica vascularização. Fibrina >>> proteína fibrose.
Fibronectina – glicoproteína presente no plasma e tecidos. Proliferação –
fibroblastos. Fibroplasia >>> produção de tecido fibroso. + colagénio >>> +
elasticidade. Remodelação do colagénio: realinhamento das fibras, aumento
da resistência tecidular, diminuição da densidade e da vascularização, ocorre
maturação das fibras de colagénio.
A inflamação limita a lesão tecidular; ativa sistema de coagulação sanguíneo
e liberta mediadores químicos (plaquetas, adrenalina, complemento…)
Macrófago – fagocita elementos estranhos e também tem função de defesa.
211
Caracterização das lesões da pele:
Tipo de tecido:
Fibrinoso: com este tipo de tecido não irá ocorrer cicatrização da ferida (tecido
não viável):
• Tecido amarelado - passamos a etapa da fase inflamatória para a frase de
proliferação de fibras. Enquanto estamos na fase inflamatória já começamos
a produzir tecido fibrinoso.
• A Ferida já está ao nível do músculo, ou seja, profundidade da ferida é maior
do que aquilo que aparenta-
• A nossa intervenção passa por otimizar a fase inflamatória para que passe
para a fase da proliferação. A primeira abordagem é identificar o tecido
fibrinoso.
• Tecido solto, de amarelo a acinzentado/esverdeado
– pode significar necrose da fáscia – tecido desvita-
lizado.
• Tecido firme, amarelo, aderente – pode significar co-
lagénio no leito da ferida.
Desvitalizado (tecido amarelo, húmido e viscoso) - não tem vida; barreira me-
cânica à regeneração e o ambiente perfeito para proliferação de bactérias.
Tecido não viável - tem de ser sempre removido. Tecido infetado – é sempre
removido.
212
Granulação – Apresenta cor vermelha e aspeto granular devido à presença de
nós capilares, formados na angiogénese.
• Tecido saudável e viável; Aspeto brilhante; vê-se algumas pontes de fibrina.
Os bordos podem começar a contrair - permite o encerramento da ferida.
OU
• Tecido de granulação não saudável (infeção ou gestão ineficaz da humi-
dade)
o Vermelho escuro; Sem brilho ou seco; Friável (facilmente hemorrá-
gica)
o Não é um tecido viável - não tem aspeto não rosado, não está hidra-
tado (seco) e vai sangrar (novos vasos criados não são tão viáveis e
vão estar sempre a libertar sangue)
213
2) Exsudado (líquido existente no espaço intersticial que é libertado pela lesão
da pele)
- Ou conseguimos passar da fase inflamatória para a fibrosa ou ficamos sempre
na exsudativa.
- Tudo o que tem pus é sinónimo de infeção.
Normais:
important
es no
processo
de
cicatrizaç
ão
Infeção
É preciso hidratar
Permite
proliferação e
regeneração Preciso conter
exsudado
Proliferação
bactérias
Odor do exsudado: com odor /sem odor Promove destruição de células da pele
que estão constantemente em contacto
com o líquido – por estar sempre muito
húmido.
214
3) Pele perilesional
Pé diabético
Hiperqueratoses
Eczema: prurido,
vermelhidão,
exsudação, secura.
215
4) Bordos: importante que estejam unidos para a cica-
trização, devem ter coloração pérola, Têm de estar
em boas condições e é suposto que estejam unidos
importante para a cicatrização da ferida!
• Formação de pele seca que deve ser destacada,
porque a ferida deve ir contraindo e os bordos de-
vem ir regredindo (da periferia para o centro, fi-
cando cada vez mais juntos);
• Bordos que não são adequados nunca vão deixar
que a ferida cicatrize – Bordo enrolado (enrola
para dentro), nunca ficando à mesma altura da
restante epiderme- Lesão não cicatriza
SINAIS DE ALERTA:
• Bordos enrolados e
• Bordos soltos
• Bordos arredondados
• Bordos com hiperqueratose – espessamento do estrato córneo - + exterior
(fase inflamatória prolongada colonização crítica / infeção; Pressão em
excesso)
216
Registos
217
Guia da Entrevista de Apreciação
Fotótipos:
III - castanho mele no cabelo, pele mais clara mas um pouco mais escura que
o II
VI - tudo escuro
• História de Xerose (pele seca - quando não é tratada pode dar prurido),
Prurido (sensação de irritação), Feridas, Erupções cutâneas, Alterações na
pigmentação /estrutura, Queda de cabelo;
218
Antecedentes pessoais e familiares de saúde (ver em cima):
• alt. tiroideias, alt. hormonas sexuais, alt. neurológicas, alt. sistema imunitário,
alt, alt. respiratórias, alt. Psiquiátricas, alt. do sistema musculoesquelético, alt.
Digestivas.
Apreciar:
• Preferências
Nota: Se lesão por queda a NHF “Evitar perigos” está em causa; Se UPP a NHF
“Dormir” pode estar em causa.
Perfil Psicossocial
Estado Geral:
• Memoria (Há sempre uma memória associada à pele - conheci uma pessoa
à muitos anos e nunca mais a vi e agora ela mudou, está mais velha - Ex.:
cliente vem com 50 anos com uma doença oncológica que vai à urgência
com falta de ar - faz-se apreciação (tentamos ver se a idade real
corresponde à idade aparente); Estado de Orientação
• Aparência
• Unhas: CAFEC
• Exames de diagnóstico
221
Perguntas Possíveis
R.: Branca clara, branca, morena clara, morena moderada, morena escura,
negra.
R.: Atrofia da pele, diminuição dos melanócitos que vai fazer com que a pele
fique mais clara e os cabelos brancos, menor produção das glândulas
sudoríparas e sebáceas o que vai levar a uma diminuição da produção de suor
e sebo, pele é mais seca e fina, aumentos do pelos faciais na mulher e no
pavilhão auricular nos homens, menos pelos axilares e púbicos, menor
elasticidade da pele, rugas, cloasma e aumento das manchas na pele, unhas
crescem menos e são mais espessas e mais frágeis, nevus.
R.: Eritema das fraldas, lesões cutâneas da face interna da coxa e períneo nas
pessoas incontinentes.
222
10. Que alterações da cor pesquisa na pele?
R.: Mácula, pápula, nódulo, quisto, vesícula, flictena, pústula, nevus, fissura,
eritema.
R.: Assimetria, Bordos irregulares, Cor heterogénea, Diâmetro > 6mm, Evolução.
R.: PUSH Tool- Pressure Ulcer Scale Healing (área em cm2; quantidade de
exsudado; tipo de tecidos).
R.: Grau I- Eritema não branqueável em pele intacta; Grau II- Perda parcial da
espessura da pele ou flictena; Grau III- Perda total da espessura da pele (tecido
subcutâneo visível); Grau IV- Perda total da espessura dos tecidos (músculos e
ossos visíveis);
R.: Lesões vasculares, Úlceras por pressão, Úlceras por estase, Úlceras malignas,
Lesões por humidade.
223
Avaliação Nutricional e do Sistema Gastrointestinal
Teoria
AVALIAÇÃO NUTRICIONAL
5) Sais minerais (o sódio porque leva a uma maior ingestão de água; o cálcio
porque interfere na condução dos tecidos e despolarização dos músculos;
o potássio porque interfere com a condução de ondas elétricas cardíacas);
224
✓ Estado mental/psicológico- nestes casos a alimentação é um
comportamento aditivo em muitos casos de desgostos, anorexia, bulimia,
comer compulsivamente para se sentir melhor.
Peso (balança pediátrica até aos 2 anos e uma elétrica depois dos dois anos;
utilizar tabelas de percentis);
225
Perímetro da Cintura (avalia bem o risco de doença cardiovascular melhor
que o IMC; o método de Cameron avalia ao nível das cristas ilíacas e o
método da OMS avalia no ponto médio entre o fim da grelha costal e cristas
ilíacas- geralmente em cima da região umbilical);
IMC (IMC = Peso (Kg) / Altura 2 (metros); a curva IMC-OMS é a melhor para
lactentes e crianças até aos 59 meses; Curva de Cole-Informação sobre a
obesidade).
226
Avaliação nutricional sumária
Proteínas totais -
devem ser superiores a
5/6 g/dL
Terapêutica Medicamentosa:
Patologias
227
Avaliação Nutricional Global (engloba os parâmetros da entrevista de
apreciação)
• Glicémia normal
228
Que problemas podem ocorrer?
Outros:
229
Avaliar sinais vitais: TA (por causa do sal e da água); Dor (dificuldade na
ingestão e digestão); FR (retenção de líquidos); Pulso.
230
Hemoglobina Glicada (HbA1c) maior ou igual a 6,5% >>> sugere diabetes-
Glicose tende a ligar-se à Hemoglobina (Hemoglobina glicada), agregando e
saturando. Isto permite ver o nível médio de glicose de um indivíduo num
determinado período de tempo (um mês, por exemplo), e não apenas no
momento (o que só permite ver o nível de glicémia do sangue, que pode ser
influenciado por um conjunto de fatores, como a última refeição que a pessoa
fez).
Notas:
• Défice de Autocuidado;
• Amamentação ineficaz;
AVALIAÇÃO GASTROINTESTINAL
• Hábitos pessoais que melhoram para cada pessoa- p.e beber café- e têm
rituais específicos para eliminar-intestino é um órgão muito fácil de regular.
• Dor: Pode não ser ao nível GI, altera sempre a eliminação - p.e dor respiratória
associada a fratura da costela faz diminuir a eliminação
232
Nota: A alcolia é um termo médico para a ausência de bilirrubina. A sua característica
mais marcante é resultar em fezes brancas.
• Encovado
233
Percussão: Timpanismo (Barriga visivelmente inchada, som tipo tambor) ou
Macicez (corpo estranho ou massa)
Palpação
• Hérnias
Notas:A pessoa deve estar de bexiga vazia para estar relaxado e podemos
palpar melhor. Inspeção e auscultação primeiro, visto que a percussão e a
palpação podem alterar o peristaltismo.
234
Avaliação de um estoma
Um estoma é a saída do intestino para o exterior. Orifício pelo qual sai conteúdo
intestinal para o exterior. O ânus difere de um estoma porque este último não
apresenta controlo voluntário da saída das fezes. O ânus apresenta um esfíncter
passível de ser controlado. Pode ser temporário ou permanente.
Quando estão rosados e húmidos é bom sinal, não tem necrose, fimoses ou fis-
suras e há uma boa higiene
→ Estoma mais perto do intestino delgado Fezes mais líquidas (porque ainda
não ocorreu absorção da água no intestino);
235
Estado normal do Complicações
estoma
• Avermelhado ▪ Cianose
• Proeminente ▪ Lesão cutânea- vê-se uma aureola com várias coriações, para meter saco ou fazemos
uma proteção à volta para evitar maceração.
• Pele rosada e
íntegra- Sem ▪ Edema muito acentuado
necrose, fimoses ou
▪ Retração – “chupa” o estoma para dentro – é “sugado” para dentro- complica a
fissuras
adaptação do saco
• Húmida
▪ Prolapso – exteriorização de uma maior porção do estoma do que a suposta- sair a uma
• Bem delimitado e porção demasiado grande do intestino- correção cirúrgica
irrigado
▪ Estenose- As fezes não conseguem sair e nós não conseguimos introduzir nada- no máximo
metemos uma cânula para ver o que se passa
236
Dados laboratoriais
237
Exames auxiliares de diagnóstico
4. Solicitar o consentimento;
8. Pedir ao cliente que lave as mãos com água quente e sabão e secar (em
alternativa desinfetar com álcool a 70º deixar e secar
durante 2minutos)- se a pessoa tiver má circulação
periférica, lavar as mãos com água quente vai estimular a
vasodilatação e assim podemos formar uma gota de
sangue melhor;
11. Calibrar o aparelho cada vez que usa novas tiras teste;
238
12. Calçar luvas limpas;
14. Segurar o dedo em posição pendente- para fazer um maior fluxo de sangue
(ver qual o dedo que a pessoa prefere);
19. Comprimir o dedo a partir da base para obter uma gota de sangue de boa
dimensão;
20. Com o glicosímetro ligado, encostar a tira teste à gota para absorvê-la;
Clister Opaco (Com contraste. Exige limpeza intestinal e 8-10 horas de jejum)
– Enema.
239
Ecografia - Permite visualizar estruturas anatômicas abdominais. Utiliza a
transmissão e reflexão das ondas de ultrassom para visualizar os órgãos
internos através da parede abdominal.
• Diarreia
• Obstipação
Dados sociodemográficos
• Género?
• Rendimento
240
História de saúde atual
• O – quando começou?
• P – o que faz com a sua dor melhore ou piore? Já tentou algum tratamento?
• A – tem outros sintomas que ocorrem com a dor? Afeta as suas AVD? O que
acha que causa a dor e o que acha que a inicia? Tem mais algum problema
que parece estar relacionado com a dor?
• Alguma vez sofreu algum tipo de cirurgia ou passou por alguma doença
específica ao longo da sua via? Internamentos?
241
Estilo de vida
• Se sente que tem vindo a comer de outro modo, por exemplo a restringir a
alimentação, para poder vestir outro tipo de roupa?
• Se sente que tem comunicado bem com as pessoas à sua volta e se sente
que tem convivido socialmente? – Má hidratação causa confusão mental
• Costuma ter naturalmente apetite para comer? É algo que lhe dá prazer?
242
Perfil psicossocial:
• Costuma ser uma pessoa ativa? Que pratica exercício físico de forma
regular? Sente que existe um equilíbrio entre aquilo que come e aquilo que
gasta?- Exercicio físico intenso necessita de maior aporte calórico, mas se a
pessoa para temos de regular o aporte- risco de obesidade
Estado geral: consciência (a pessoa que está à minha frente está consciente?
Responde adequadamente?), orientação (orientada no tempo, espaço?),
hidratação (pelo que vejo da pele parece seca, os lábios estão secos ou
gretados?), estado nutricional (a pessoa parece-me muito magra, parece-me
bem ou muito gorda?), aparência e higiene (a pessoa apresenta-se cuidada,
penteada, bem vestida, roupas limpas e corpo limpo, odores?).
Observação física
243
Prega cutânea do trícepts (PCT)
244
Dados Laboratoriais: Urina II
Dados Sociodemográficos:
245
• C – quais são as características? O que sente? Consegue-me descrever a
sua dor?
• O – quando começou?
• P – o que faz com a sua dor melhore ou piore? Já tentou algum tratamento?
• A – tem outros sintomas que ocorrem com a dor? Afeta as suas AVD? O que
acha que causa a dor e o que acha que a inicia? Tem mais algum problema
que parece estar relacionado com a dor?
• Alguma vez sofreu algum tipo de cirurgia ou passou por alguma doença
específica ao longo da sua via? Internamentos?
Estilo de vida
• Quais as características habituais das fezes (escala de Bristol- 7 níveis dão nos
a entender a forma das fezes)?
246
• Tem dor habitualmente dor à defecação?
Perfil psicossocial
247
• Costuma ser uma pessoa
ativa? Que pratica exercício
físico de forma regular? Sente
que existe um equilíbrio entre
aquilo que come e aquilo que
gasta?
• Ultimamente fez alguma viagem a uma área afetada? Faz viagens de forma
regular?
Observação física
Observação do abdómen
• Hérnias
• Enterostomias
• Edema inicial ▪ Lesão cutânea- vê-se uma aureola com várias coriações, para meter saco
ou fazemos uma proteção à volta para evitar maceração.
• Proeminente
▪ Edema muito acentuado
• Pele rosada e íntegra- Sem
necrose, fimoses ou fissuras ▪ Retração – “chupa” o estoma para dentro – é “sugado” para dentro-
complica a adaptação do saco
• Húmida
▪ Prolapso – exteriorização de uma maior porção do estoma do que a
• Bem delimitado e irrigado
suposta- sair a uma porção demasiado grande do intestino- correção
cirúrgica
248
Dados laboratoriais
• Glicémia capilar
• Clister Opaco
• Colonoscopia/Sigmoidoscopia
• Ecografia
Situações PL
Exercício A:
O Sr. João Alves tem 65 anos e vem à consulta do centro de saúde para controlo
da sua Diabetes Mellitus tipo 2.
Exercício B:
249
Perguntas possíveis
1. Que dados bioquímicos ajudam a avaliar o estado nutricional?
R.: Ureia (15-45 mg/dL), Glicémia em jejum (80-110 mg/dL), Hemograma, Cretinina (?),
Ionograma(?), Proteínas totais (> 6 g/dL), Albumina (>3,2 g/dL), Colesterol Total (<200
mg/dL), LDL e HDL, Triglicéridos (?);
R.: Vitamina C, ácido fólico, ferro, cálcio, fluor, zinco e necessidade de mais 300 a 500
Kcal/dia;
4. Como se avalia o IMC das crianças entre os 0 e 5 anos e quais são os valores normais?
R.: Através dos percentis e da relação entre o peso e a altura. Valores normais entre 3 e
97;
R.: Peso corporal, altura/ estatura, IMC, perda de peso não desejada, albumina sérica,
história pessoal, défice nutricional (fadiga e défice de atenção), fatores associados
(baixo rendimento, vómitos e diarreia);
R.: Magreza Severa III (< 16kg/m2), Magreza média II (16-16,99kg/m2), Magreza mode-
rada I (17-18,49kg/m2), Normal (18,5-24,99kg/m2), Obesidade I (30,00-34,99 kg/m2),
Obesidade II (35-39,99kg/m2), Obesidade III (>40kg/m2);
250
12. Que condições favorecem a formação de uma boa gota de sangue para avaliar a
glicémia capilar?
R.: Lavagem das mãos com água quente, massagem do dedo com membro pendente,
garrotar o dedo;
R.: Cianose, necrose, edema, retração, prolapso, estenose, infeção, fístula, irritação cu-
tânea peri-estomal, hérnia e hemorragia;
R.: Ileostomia: Estoma que exterioriza o íleo (fim do intestino delgado) pela parede ab-
dominal. Emissão de fezes líquidas;
17. Esteatorreia?
251
Apreciação Sistema Músculo-esquelético
- Faz com que os rins excretem uma quantidade menor de cálcio na urina
- Faz com que os rins ativem a vitamina D, que permite que o trato digestivo
absorva mais cálcio.
252
Assim, podemos concluir que quando a tiroide funciona em demasia, vai haver
mais calcitonina na corrente sanguínea, o que provoca inibição da atividade
dos osteoclastos e a absorção de Ca+2 nos intestinos, inibição da reabsorção
de Ca+ pelas células dos túbulos renais e o aumenta a fixação de cálcio e
fosfato nos ossos - hipocalcemia.
Declínio do ponto
de vista da
mobilidade,
resistência...
Dados Sociodemográficos
Idade:
253
Género: mulheres com mais tendência para osteoporose e artrite reumatóide.
Religião
Nota: Tem filhos? - Importância de perceber como foi o parto, se foi eutócico
(normal) ou distócico. Se o bebé tiver peso muito baixo ou muito alto -
necessidade de maior manipulação e aumento do risco de fratura da clavícula
ou do úmero.
COLDSPA
254
Doente com afeção do sistema musculo esquelético pode-se queixar de dores
articulares, inflamação (+ em tornos das articulações), fraturas, alterações no
crescimento ou marcha, sarcoma (é um cancro (câncer)/neoplasia que atinge
células da mesoderme, em contraste com os cânceres mais comuns, que
atingem a parte mais superficial ou interna do tecido. Pode atingir osso,
cartilagem, gordura, músculo, vasos sanguíneos, ou tecidos moles).
Cariação hormonal
Complicações que podem não ter ficado bem resolvidas e dar sinais e sintomas
crónicos a longo prazo.
Suplementos alimentares
255
Estilos e padrão de vida
• Mover-se
▪ Alteração da marcha;
Necessidade de perceber:
257
Variações de desenvolvimento – Adulto e Idoso
▪ Menopausa
Idoso – perda progressiva da massa óssea total, marcha mais lenta, menos
coordenação, passos mais pequenos com os pés juntos, equilíbrio instável.
➢ Inspeção
➢ Palpação
258
INSPEÇÃO
➢ VER, SENTIR E CHEIRAR (Cheiro - indicador de que alguma coisa não está bem)
- A inspeção deve ser realizada pelo plano frontal (anterior e posterior) e sagital
(direito e esquerdo) do cliente, incidindo sobre:
• Tamanho;
• Contornos;
• Simetria;
- Observar:
➢ Postura
259
PALPAÇÃO
ARTICULAÇÕES
• Flexão/extensão;
• Rotação dta/esq
260
Escapulo-umeral – Inspeção e palpação
• Flexão/Extensão;
• Abdução/Adução;
• Elevação/depressão;
• Circundação
Cotovelo
• Flexão/ Extensão
Antebraço
• Pronação/ Supinação;
Punho
• Flexão/ Extensão;
• Hiperextensão;
➢ Palpar cada dedo da região distal para proximal, avaliando dor, edema,
proeminências ósseas, nódulos ou crepitações das articulações interfalangicas;
• Flexão/ Extensão;
• Adução/abdução;
• Flexão/ Extensão;
• Hiperextensão;
• Abdução/ Adução;
• Flexão/ Extensão
➢ Palpar cada dedo da região distal para proximal, avaliando dor, edema,
proeminências ósseas, nódulos ou crepitações (aquando da palpação, sente-
se a passagem de líquido sinovial) das articulações
interfalângicas;
• Flexão/Extensão (dorsiflexão);
Pé
• Inversão/ Eversão
Dedos
• Flexão/ Extensão
262
Lordose lombar – curvatura acentuada da região lombal (grávidas e obesos).
Alterações músculo-esqueléticas
263
Alterações músculo-esqueléticas devidas à patologia endócrina
DOENÇAS DA HIPÓFISE
▪ Mãos e pés crescem (sapatos deixam de servir, anéis não entram nos dedos);
• Dados socio-biográficos
• Perfil Psicosocial
265
Questões para entrevista de Justificações
apreciação do sistema
músculo-esquelético
Dados Sociodemográficos: 1. Idade - A osteoporose afeta 55% das pessoas com mais de 50
anos. Fraturas devido a osteoporose ocorram uma vez na vida em
1. Idade 50% das mulheres. Osteoporose, osteoartrite, metástases ósseas,
mieloma múltiplo, afetam mais os idosos.
2. Género
2. Género - A artrite é 4 vezes mais provável de ocorrer nas
mulheres.
Perfil Psicossocial: 1. Habitação - comunidade rural ou urbana, vizinhança,
perceção de segurança, rede de transportes públicos,
1. Habitação acessibilidade aos diferentes serviços.
266
Antecedentes Pessoais: 1. Vacinação (Quando fez a sua última vacina de tétano ou
poliomielite?) - rigidez da articulação e outros sintomas músculo-
1. Vacinação esqueléticos podem ser um efeito transitório das vacinas.
4. Tabaco, álcool e bebidas 2. Atividade física (Que tipo de atividade faz para promover a
gaseificadas saúde dos músculos e ossos?) - O exercício regular promove a
flexibilidade, boa densidade óssea, tonicidade muscular e força.
5. Dieta Pode diminuir a degeneração muscular causada pela idade.
267
8. Aparelhos auxiliares de esqueléticos afetam as atividades da vida diária e as atividades
marcha sociais.
268
Apreciação do Sistema Reprodutor
Teoria
HEMORRAGIA
HEMORRAGIA INTERNA
TIPOS
INFEÇÃO
269
Anatomia Sistema Reprodutor Feminino
270
O útero é um órgão em formato
de pera que apresenta três partes
principais: o corpo, o fundo e o
colo uterino. Sua parede é
formada por três camadas: a mais
externa é uma camada delgada
serosa, a intermediária é o
miométrio, formado por músculo
liso, e a mais interna é o
endométrio. Essa última camada,
ricamente vascularizada, é
parcialmente eliminada na
menstruação. É nesse órgão que
o bebê se desenvolve.
271
Órgãos externos do sistema reprodutor masculino - pênis + saco escrotal.
Pênis: órgão responsável pela cópula, formado por tecido erétil envolvido
por pele. Esse tecido erétil forma três corpos cilíndricos, sendo dois corpos
cavernosos do pênis e um corpo cavernoso da uretra, também chamado
de corpo esponjoso. O tecido erétil possibilita a ereção, uma vez que se
enche de sangue nesse momento. Na extremidade do pênis, observa-se
uma dilatação, a qual constitui a glande. O interior do pênis é atravessado
pela uretra, estrutura que permite a eliminação do sêmen e também da
urina.
272
Glândulas acessórias:
Exame Ginecológico
273
3) A partir da adolescência focado no início das relações sexuais, rastreio de
ITS, contraceção, rastreio do cancro e diagnostico diferencial das alterações
menstruais;
Prolapso da bexiga,
que exterioriza pela
cavidade vaginal.
Associada a papilomas
incontinência urinária, vírus
maceração e cheiro
fétido.
Exteriorização e Herpes
prolapso do reto pela tipo II
cavidade vaginal.
274
Apreciação da mama
Nota: Não se pode fazer todos os dias mamografias, mas exames físicos à mama
sim.
Mamografia
Formas de avaliação e
palpação da mamã - dividi-la
em quatro quadrantes ou em
linhas verticais.
1) PÉNIS
2) Pele
3) Prepúcio
4) Glande
5) Uretra
6) Exsudado
7) ESCROTO
8) CORDÃO ESPERMÁTICO
9) HÉRNIA INGUINAL
276
Sistema Reprodutor Masculino: alterações
Buraco da uretra
junto ao escroto
(para baixo).
Abertura da
uretra acima do
pénis
São erros
genéticos.
papilomas
vírus - HPV
Herpes tipo II
277
Apreciação da mulher grávida
CONSULTA DE ENFERMAGEM
Intervenções/Apreciação:
278
Rastreio de Mutilação Genital Feminina
Principais países onde ocorre a mutilação genital feminina: Costa do Marfim, Egipto,
Gâmbia, Guiné-Bissau, Guiné Conacri, Nigéria, Senegal.
279
Consulta na Gravidez de Baixo Risco
Colheita de dados:
4. Antecedentes Ginecológicos;
5. Antecedentes Obstétricos;
Tabela de Goodwin
Modificada
280
Progressão ponderal na gravidez de acordo com o IMC e a Idade Gestacional
Progressão ponderal na
gravidez
Cálculo IMC:
281
Curva de IMC e Idade gestacional
o Tecido adiposo
o Útero
o Placenta
o Feto
Exames laboratoriais
282
Ganho ponderal da grávida de acordo com IMC pré-gestacional
Exames Complementares
b) atividade cardíaca;
283
c) movimentos fetais;
Gravidez atual
Apreciação global/NHF/Sistemas
Gravidez
284
• Teste diagnóstico gravidez - HCG Certeza
• Ultrassonografia;
Gravidez atual
Apreciação ginecológica
o Monte de Vénus
o Clítoris
o Meato urinário
o Introito vaginal
o Hímen
o Períneo
Observação ginecológica
o Malformações congénitas
o Traumatismo
o Inflamação
o Fistulas
o Neoplasias
Histórica obstétrica
o Idade Gestacional;
o Apreciação física;
o Sinais e Sintomas;
285
o Exames C. D. e seus resultados;
o Planeamento/Aceitação da gestação;
o Sinais Vitais
✓ Somar todos os dias até à data (dia da apreciação) e dividir por 7 (o 1º dia
do ciclo é contabilizado)
✓ DUM+7dias+9meses (ano???)
Útero
Vagina e Vulva
286
PH das secreções vaginais mais ácido – 3,5 a 6 (menos infeções bacterianas);
Mamas
Sistema Cardiovascular
287
Hemodiluição ou anemia fisiológica da gravidez (a produção de plasma é
maior do que a de eritrócitos: diminuição da Hemoglobina 11g/dl, e do
Hematócrito 35%)
Aparelho Respiratório
Aparelho Urinário
288
A reabsorção da glicose pode estar afetada podendo haver glicosúria;
Normalmente não existe proteinúria (se existe, pode ser sinal de que a mulher
está a desenvolver uma crise de pré-eclampsia).
Sistema Tegumentar
Sistema Músculo-esquelético
Sistema Nervoso
289
Sistema Digestivo
Sistema Endócrino
290
SINAIS VITAIS
✓ Temperatura
✓ Pressão arterial
✓ Frequência cardíaca
✓ Frequência respiratória
✓ Dor
• Estado geral;
• Sinais vitais;
292
Ducto obstruído > Estase do leite > mastite não
infeciosa > mastite infeciosa
➢ Mastite infeciosa
293
Amamentação:
294
Palpação do útero
➢ Cicatriz umbilical (após o parto vai mais ou menos até aqui. Pode
não lá chegar)
Lóquios; perdas uterinas (de líquidos: sangue, revestimento do útero, restos dos
líquidos amnióticos. Perdas mais sanguíneas e hemáticas nas primeiras horas),
por via vaginal, que se iniciam após a expulsão da placenta e que se prolongam
durante cerca de três semanas.
Características a apreciar:
• Cheiro (sui géneris- cheiro a sangue, fétido - Um odor fétido significa que a
dequitadura não foi completa ou que há presença de infeção. Depois tem
de se fazer uma curetagem (raspagem) para limpar o útero);
295
• Periodicidade regular de 5 em 5 anos.
COR
3. Lóquios serosos: 9º/10º dia até 3 semana pós parto; cor amarelada
(predomínio de exsudado seroso).
Nota: os lóquios uma vez que deixem de ser hemáticos nunca mais devem voltar a sê-
lo
Quantidade
• Os lóquios hemáticos não deem saturar mais que 4/5 pensos /dia
Cheiro
• Característico/”Suis generis”
Vagina:
296
o Edema dos tecidos;
Períneo:
→ Perineorrafia por:
Membros inferiores:
297
Durante o sono, a pessoa pode dormir em decúbito dorsal e o peso do útero
sobre os vasos, particularmente na aorta abdominal pode prejudicar a
circulação para os membros inferiores e a circulação de retorno para o
coração pela veia cava- grávida deve dormir em decúbito lateral.
→ Varizes
→ Edema
→ Dor
Eliminação vesical:
298
Nota: Tínhamos uma bexiga que sofria uma grande pressão do útero e que
aguentava pouca urina. De repente, a bexiga deixa de ter esta pressão e
começa a conseguir armazenar muito e a reter urina. Importante avaliar
quando ocorreu a primeira micção. Por outro lado, o trauma nos tecidos faz
com que a puérpera não queira fazer contração pélvica devido à dor.
Eliminação intestinal
• Hábitos intestinais (quantidade de vezes que vai à casa de banho, cor das
fezes - despistar hemorragias);
• Receios (stress a que a pessoa está sujeita- por exemplo pessoas que não
conseguem evacuar fora de casa);
Nota: Região perianal ficou lesada e torna-se difícil não existir dor ou
desconforto no esforço para a eliminação. Para ajudar nisto, podemos fazer
exercícios e levante precoce, ingerir fibras e águas, reduzir stress…
299
Pode ocorrer uma sensação de tristeza e grande melancolia - devido à
labilidade da mulher - deve-se a variações hormonais - grávida pode sentir que
não responde ao que esperava e que não consegue amamentar e que não
consegue fazer aquilo que os outros esperem dela - depressão pós parto (escala
pós-natal de Edimburgo).
1.4. Nunca
3.3. Raramente
300
5. Tenho-me sentido com medo, ou muito assustada, sem grande motivo
6.2. Sim, por vezes não tenho conseguido resolvê-las como dantes
7.3. Raramente
8.3. Raramente
9.3. Só às vezes
301
10. Tive ideias de fazer mal a mim mesma
10.4. Nunca
Grelha de avaliação
Apreciação
Casos PL
Exercício 1: A Sra. Diana Nunes tem 33 anos, pariu há 2 dias no Hospital. Parto
eutócico às 13:45, dequitadura natural aparentemente completa, apresenta
uma laceração de grau 1 no períneo. Realizada analgesia epidural 7h antes do
parto. Idade gestacional 39 semanas e 4 dias. RN sexo masculino, IA ao 1º min-
9 e 5º min- 10. Peso - 3280g. Sem alterações físicas aparentes. Reflexos
neurológicos sem alterações. Apresenta dificuldade na “pega”.
302
Guia da Entrevista
Dados Subjetivos
Dados sociodemográficos
• Estado civil
• Religião
• Motivo da procura: O que a traz por cá? Em que posso ajudar? Qual o motivo
que o fez vir ao hospital/centro de saúde? Qual o motivo de procura dos
serviços de saúde? Quando começaram os seus sintomas?
• COLDSPA:
O – quando começou?
P – o que faz com a sua dor melhore ou piore? Já tentou algum tratamento?
A – tem outros sintomas que ocorrem com a dor? A feta as suas AVD? O que
acha que causa a dor e o que acha que a inicia? Tem mais algum problema
que parece estar relacionado com a dor?
303
Antecedentes Pessoais
Estilo de Vida
d) Tem hábitos tabágicos? Quanto fuma por dia? Em que ocasiões? (avaliar
suscetibilidade ao tabagismo: contexto familiar, laboral)
j) Existe algum aspeto da sua vida que sinta que não está a ser completo? Por
exemplo a satisfação da outras necessidades humanas como o urinar,
eliminar…
304
Amamentação
Aparência geral
• Há deformidades visíveis?
305
• As unhas estão cuidadas e limpas?
Cor da pele
• Emagrecido ou obeso?
• O corpo é simétrico?
Comportamento
• O cliente é colaborante?
Expressão facial
• Faz caretas?
• Apresenta sudorese?
Estado Nutricional
306
ESTADO DE CONSCIÊNCIA
• Coerência e Fluência
• Nível de instrução
• Velocidade do discurso
• Tom de voz
MOBILIDADE
Postura
• Posição habitual
• Apresenta ortopneia?
Amplitude de Movimento
• Tem limitações?
Marcha
• Observar a marcha
• Coordenação de movimentos
• Paralisia ou paresia
307
Avaliação dos Sinais Vitais
• Temperatura
• Pressão arterial
• Frequência Cardíaca
• Frequência respiratória
• Dor
Dados Objetivos
• Inspeção dinâmica: Pedir à cliente que eleve os braços e que cruze as mãos
atrás da cabeça e de seguida levar as mãos até ao quadril, imprimindo
movimentos e contrações musculares, devemos estar atentos ao número,
simetria, volume, forma, consistência, contornos, modificações da pele e do
mamilo
• Pqlpação da mama- pedir à cliente para meter as mãos na nuca- fazer por
quadrantes (iniciar no quadrante superior externo e seguimos os ponteiros do
relógio)
Apreciação da pega
• Sinais de boa pega: queixo do bebe toca a mama; a boca do bebe está
bem aberta, o lábio inferior do bebé está virado para fora, visualiza-se mais
aréola acima do que abaixo da boca do bebé, as bochechas do bebé
estão arredondadas e conseguimos ver a deglutição.
Exercício 2: A Sra. Diana Nunes teve alta há 9 dias (11 dias após o parto). Hoje
vai à consulta no centro de saúde. Mantém dificuldade em gerir a amamenta-
ção, sente-se exausta, e culpada de tudo isto. Refere estar esgotada. Realize
uma entrevista de enfermagem focalizada à puérpera com apreciação do seu
estado mental.
308
Dados subjetivos
Identificar o cliente:
Motivo da procura: O que a traz por cá? Em que posso ajudar? Qual o motivo
que o fez vir ao hospital/centro de saúde? Qual o motivo de procura dos
serviços de saúde? Quando começaram os seus sintomas?
COLDSPA:
O – quando começou?
P – o que faz com a sua dor melhore ou piore? Já tentou algum tratamento?
A – tem outros sintomas que ocorrem com a dor? Afeta as suas AVD? O que
acha que causa a dor e o que acha que a inicia? Tem mais algum problema
que parece estar relacionado com a dor?
309
Antecedentes pessoais: já teve alguma doença no seu passado que o tenha
marcado e que considere relevante? Tem algum problema neurológico? Tem
algum outro problema médico? Explorar doenças como DM, HTA, colesterol e
outras doenças crónicas. Possíveis cirurgias ou tratamentos. Alguma vez fez
tratamento neurológico ou psiquiátrico? Toma ou já tomou algum fármaco?
Tem problemas de depressão ou alterações do humor frequentes? Tem história
de traumatismos, dores de cabeça, tonturas, convulsões?
Estilos de vida
a) Pratica exercício físico com que frequência? Consegue mover-se bem? A sua
mobilidade (ou falta dela) influencia a prática física ou outro aspeto da sua
vida? Tem problemas ao caminhar ou ao realizar atividades de vida diária?
Quais? Tem falta de força, adormecimento, ou paralisias nos MS ou MI?
d) Tem hábitos tabágicos? Quanto fuma por dia? Em que ocasiões? (avaliar
suscetibilidade ao tabagismo: contexto familiar, laboral)
j) Existe algum aspeto da sua vida que sinta que não está a ser completo? Por
exemplo a satisfação de outras necessidades humanas como o urinar,
eliminar…
Adaptação à maternidade
310
• Autocuidado (autossuficiente, dependente, conhecimentos, capacidades
e habilidades);
Dados objetivos
311
• Comportamento/atividade psicomotora (como a pessoa se mostra? Pode
mostrar um ar calmo, tranquilo ou inquieto, nervoso, ansioso, ou irritado,
agressivo, violento, com pouca tolerância às perguntas, medroso,
desinteressado); Calmo/inquieto, Agitado/inibido, lentificado (lento a andar,
comer e responder), Agressivo, Maneirismos; tiques.
Funções Psicofisiológicas
Apreciação do Sono
• Nº de horas/noite
• Hora de dormir/levantar
• Soniferos/indutores de sono
Perguntas Possíveis
1. Que dados colheria acerca da história obstétrica da puérpera?
R.: Estado geral, sinais vitais, mamas, mamilos, útero, lóquios, vagina, períneo, eliminação
vesical, amamentação.
312
4. Que aspetos avalia no útero da puérpera?
R.: O queixo do bebé toca na mama; a boca está bem aberta; as bochechas ficam
arredondadas; o lábio inferior está virado para fora; visualiza-se mais aréola acima do
que abaixo da boca do bebé; bochechas cheias; pausa do mento;
R.: Grande probabilidade: Sinal de Hegar- (6-12 SEM.) amolecimento do istmo; sinal de
Goodell- (6- 8 SEM.) amolecimento da cérvix e flexão do fundo uterino sobre a cérvix;
Ballotment (16-28 SEM.); teste diagnóstico de gravidez- HCG. Certeza: Ultrassonografia;
Batimentos cardíacos fetais; Visualização e palpação de movimentos fetais.
R.: <92 mg/dL (Normal), > ou = 92 mg/dL (Diabetes gestacional), > ou = 126 mg/dL ou
HbA1C > ou= 6,5% (Considerar Diabetes)
313
Apreciação do Sistema Urinário
Breve Revisão da Anatomia e Fisiologia do Sistema Urinário
RIM: existe uma área mais periférica (córtex) e uma mais interna (medula). Os rins
saudáveis têm a capacidade de produzir, por dia, cerca de 180L de filtrado
glomerular. No entanto, como o organismo não consegue expelir esta grande
quantidade de líquidos, a Ansa de Henle vai ser responsável por absorver estes
líquidos através de trocas químicas que ocorrem na Ansa de Henle ascendente e
descendente. O produto final (que já não é bem o filtrado glomerular = pró-urina)
vai entrar pelo tubo contornado distal onde vai sofrer ajustes mais finos.
R.: reabsorção do filtrado glomerular. A parte que não for absorvida dá origem
à urina.
314
A pressão interna elevada de um lado da membrana que é semipermeável
(membrana dos capilares) encontra do lado oposto (do outro lado da
membrana) um espaço virtual sem nada cuja pressão hidrostática é muito
baixa. Portanto, dentro da cápsula de Bowman temos fora dos capilares uma
pressão hidrostática muito baixa e dentro dos capilares uma pressão
hidrostática elevada. Como os capilares são porosos, facilitam a transudação
de plasma de dentro dos capilares para fora dos capilares – isto ajuda a formar
o filtrado glomerular.
R.: Vai depender dos poros dos capilares. Os poros destes capilares são muito
pequenos logo, tudo o quanto é água pode passar mas proteínas que têm um
peso molecular muito elevado não passam (normalmente – só passam em
ambientes fortes violentos como por exemplo, correr uma maratona, fazer
exercícios físicos violentos…; na gravidez também pode ocorrer proteinúria). A
proteinúria é normalmente negativa. A glicose passa por esses poros para o
filtrado glomerular.
Nota: existe medicação (ex.: furosemida – diurético) que tenha um efeito neste
local e que impeça a reabsorção de sódio ou potássio, por exemplo. Estes
elementos são iões que atraem água logo, se não houver a reabsorção destes
iões não ocorrerá reabsorção de água aumentando a diurese (indivíduo elimina
mais água).
Assim, é mais comum prescrever diuréticos da Ansa aos mais jovens e diuréticos
como as tiazidas e os análogos a pessoas mais velhas, sobretudo idosos.
315
Percurso:
Nota: tubo contornado distal passa junto da arteríola aferente (que leva o
sangue para o glomérulo – a que sai do glomérulo e leva sangue venoso
chama-se arteríola eferente).
316
BEXIGA: reservatório da urina que é
composto por dois orifícios uretrais e pelo
colo – base da bexiga onde se localizam as
células barorrecetores que são sensíveis à
pressão – daí ser importante quando a
pessoa não consegue urinar colocar a
pessoa sentada ou em pé para exercer mais
pressão sobre a bexiga.
Esfíncter urinário
externo – controlado
por nós.
317
Fatores que influenciam a eliminação urinária
Recém-Nascido/Criança:
• Urina concentrada (uratos) – pelo menos mais no início, nos primeiros dias;
• Fimose (impossibilidade de retrair o prepúcio);
• Criptorquidia (falta de um testículo na bolsa escrotal);
• Grandes lábios edemaciados (devido à grande dose de progesterona que
existe e que passa para a criança);
• Enurese noturna (perda de líquidos).
318
Grávida e Puérpera
Idoso
319
Assim, sempre que ocorra uma pressão da uretra prostática e uma,
consequente, retenção urinária e sempre que a bexiga encha de tal modo que
supera a pressão exercida pela próstata, vai haver perda involuntária de urina
mas por transbordamento = INCONTINÊNCIA POR TRANSBORDAMENTO
(também conhecida por incontinência paradoxal).
Por vezes não é possível que o indivíduo urine pelo meato urinário, por exemplo
quando a pessoa tem um tumor da bexiga e necessita de fazer uma
vesicotomia (remoção da bexiga), sendo assim necessário ocorrer uma
derivação urinária, em que a urina não sai pela uretra.
321
Nefrostomia: sonda entra diretamente no rim e recolhe a urina diretamente da
área pielocalicial.
322
Nota: as nefrostomias costumam ser sempre realizadas na região dorsal, uma
vez que os rins se encontram mais próximo desta zona. Aliás, quando se
pretende averiguar se o rim está afetado ou em processo inflamatório (nestes
casos o rim aumenta de volume), encosta-se um punho e com a outra mão
bate-se ligeiramente. Se realmente o rim estiver afetado, esta batida produz um
estímulo no indivíduo que provoca intensa dor – Sinal de Murphy renal positivo.
Dados sociodemográficos
• Como se chama? Como gosta de ser tratada?
• Género? (para o risco de infeção urinária)
• Que idade tem? - para ver o ciclo etário e ver o controlo dos esfincteres
• Estado civil? Agregado familiar?
• Posso-lhe perguntar que profissão ocupa de momento? E também as que
exerceu ao longo da vida? - se for um individuo muito ativo é muito rele-
vante, será que a pessoa não bebe ou não come por falta de tempo ou
stress causado por este.
• Qual o seu nível de escolaridade? - Nível de instrução para perceber o que
estamos a dizer
• Mora aqui perto? Em que zona?
• Considera que o seu rendimento e o rendimento familiar é o suficiente para
sustentar a sua família?
• Cultura (exemplo: privacidade, alimentação…) e religião (por hábitos que
a pessoa possa ter)? Tem alguma restrição alimentar associada à sua cul-
tura e religião que seja importante para si seguir?
• Rendimento (compras de medicação ou de dispositivos de ostomias - pro-
cedimento cirúrgico que consiste na abertura de um órgão oco, de pen-
sos…)
• Já esteve grávida ? Como foi o parto e o pós parto ? Teve algum tipo de
complicações ? (averiguar glicosúria)
323
P – o que faz com a sua dor melhore ou piore? Já tentou algum tratamento?
A – tem outros sintomas que ocorrem com a dor? Afeta as suas AVD? O que
acha que causa a dor e o que acha que a inicia? Tem mais algum problema
que parece estar relacionado com a dor?
• Consegue-me dizer se teve, recentemente, alguma alteração do seu estado
de saúde?
• Tem algum tipo de doença crónica, como diabetes(principal) ou HTA ou
AVC?
• Cólica renal, Ardor à micção, Anúria, Retenção Urinária, Incontinência Uri-
nária, Infeção Urinária, Edema escrotal.
→ Sinais e sintomas:
1. Urgência urinária – vontade imperiosa do indivíduo urinar que não pode es-
perar mais tempo. É diferente de incontinência;
2. Disúria – dificuldade em urinar (é muitas vezes tomada como infeção uriná-
ria, mas não é a mesma coisa – infeção urinária pressupõe a identificação
de um agente infecioso e a disúria não, podendo na mesma ser acompa-
nhada de ardor ao urinar);
3. Hesitância – dificuldade em iniciar a micção; Exemplo: indivíduo com hiper-
trofia prostática que à noite produzia bastante urina mas que não a conse-
guia expulsar por não conseguir fazer face à resistência prostática. Neste
caso, enquanto o individuo não consegue começar a urinar e até que haja
uma força suficiente para superar o garrote da próstata ele vai ter Hesitân-
cia.
4. Noctúria – presença de micções durante a noite;
5. Nictúria – se o nº de micções durante a noite for maior do que durante o dia;
6. Hematúria (presença de sangue na urina);
7. Retenção; Incontinência;
8. Dor – pode ser de vários tipos, como o ardo à micção ou a cólica renal;
9. Derivação urinária;
10. Alterações relacionadas com a quantidade de urina: Poliúria (diurese au-
mentada); Oligúria (diurese diminuída - abaixo dos 600/400 ml/dia); Anúria
(quando individuo deixa de produzir urina – é diferente de não conseguir
eliminar – nestes casos algalia-se o individuo para perceber se ele produz ou
não urina);
Um doente renal que tem falência/disfunção nos nefrónios (não deixando todos
de funcionar ao mesmo tempo – é um processo gradual) vai ter uma oligúria
progressiva.
Quando uma pessoa tem uma infeção urinária tem ardo à micção e basta ter
uma gotinha de urina para sentir logo vontade de urinar. No entanto, esta gota
não é considerada uma micção normal = tenesmo vesical.
324
Durante o trabalho de parto, o feto ao passar pelo canal vaginal vai fazer uma
grande pressão sobre as estruturas envolvente, nomeadamente sobre o reto
que, sentindo esta pressão, aumenta o peristaltismo – pessoa sente vontade de
evacuar mas não tem nada para evacuar – TENESMO INTESTINAL (pode ser um
sinal que indica que a criança está pronta para o nascimento).
Antecedentes Pessoais:
• Alguma vez sofreu algum tipo de cirurgia ou passou por alguma doença es-
pecífica ao longo da sua via? Internamentos?
• Doenças intercorrentes (Infeção urinária frequente (se ocorrerem muitas ve-
zes podem ascender e atingir o rim); Diabetes Mellitus (produz polaquiúria e
poliúria ); Doença de Parkinson (impede chegar à casa de banho rapida-
mente – incontinência funcional); Insuficiência Cardíaca Congestiva (origina
edemas nos MI ou nos pulmões. Quem tem esta doença o coração não
bombeia tanto sangue para a circulação periférica para todos os órgãos e
portanto o abastecimento renal é em menor quantidade – se o rim recebe
menos sangue também filtra menos sangue); Doença Renal Crónica (é uma
doença com várias fases ao longo da vida e que vai produzindo cada vez
mais urina ); Litíase renal; HTA).
• Cirurgias anteriores (derivações urinárias, ostomias)
• Alterações congénitas
• Cateterização vesical (ter sido várias vezes algaliado pode provocar trau-
matismos na uretra)
• Medicação habitual (Diuréticos; analgésicos; anticolinérgicos – interferem
na enervação dos esfíncteres; antiespasmódicos – exemplo: buscopan - in-
dicadas para indivíduos com uma cólica renal para impedir o peristaltismo
do ureter e relaxá-lo. Este medicamento não se pode dar muitas vezes por-
que pode relaxar outros órgãos como o coração que é necessário que se
contraiam).
325
Antecedentes Familiares
Quem tem DM e HTA vai, a médio prazo, ter problemas renais. As pessoas com
DM ao fim de 20 anos têm forçosamente obstrução dos pequenos vasos que
existem, por exemplo, no rim ou na retina do olho (nefropatia diabética e a
retinopatia diabética).
ATENÇÃO: a doença renal crónica não significa que o individuo deixa logo de
produzir urina, é um processo gradual.
a) Pratica exercício físico com que frequência? Consegue mover-se bem? A sua
mobilidade (ou falta dela) influencia a prática física ou outro aspeto da sua
vida? Tem problemas ao caminhar ou ao realizar atividades de vida diária?
Quais? Tem falta de força, adormecimento, ou paralisias nos MS ou MI?
d) Tem hábitos tabágicos? Quanto fuma por dia? Em que ocasiões? (avaliar
suscetibilidade ao tabagismo: contexto familiar, laboral)
j) Existe algum aspeto da sua vida que sinta que não está a ser completo? Por
exemplo a satisfação da outras necessidades humanas como o urinar,
eliminar…
326
• Consumo de água;
• Consumo de álcool;
• Religião (jejuns pronlongados);
• Trabalho (motoristas - horas sem poder beber ou eliminar); Ter em atenção
se é uma pessoa que passa grande parte do tempo sem urinar ou beber
líquidos, como os motoristas de longo curso, e que leva a uma distensão da
bexiga e à estase de urina com risco de infeção.
• Exercício;
• Expetativa em relação ao tratamento – por exemplo, uma pessoa que tenha
uma hipertrofia prostática ou uma neoplasia cuja única solução é a remo-
ção da próstata, pode acontecer que essa pessoa fique impotente e muito
homens preferem ficar impotentes do que morrer de forma precoce;
• Tipo de líquidos ingeridos (água, sumos, álcool, café) – por causa da hidra-
tação.
• Alimentos e condimentos consumidos (salgados, doces, picantes) – o sal e o
açúcar atraem água. Se comer muitos açucares ou alimentos muito salga-
dos é natural que faça retenção hídrica e crie edemas. Estas comidas têm
a função contrária aos diuréticos e aumentam a HTA precisamente porque
aumentam a retenção de líquidos e consequentemente a volemia.
• Quantidade de líquidos ingeridos Longos períodos sem beber.
• Características da urina (cor, quantidade, frequência urinária). (normal-
mente as pessoas sem qualquer problema renal não prestam atenção à
quantidade de urina que eliminam)
• Número de vezes que acorda para urinar (se a pessoa acordar muitas vezes
para urinar, pode significar que tem uma obstrução urinária ou que melhora
a circulação de retorno quando está deitada, porque tem edemas ou vari-
zes nos MI) / urina durante a noite
• Dificuldade em deslocar-se ao WC (pode justificar a colocação de um urinol
junto do doente)
327
Quantidade da A diurese varia com a idade, volume de líquidos ingeridos e perdas insensíveis.
urina Primeira semana de vida (200-300 ml);
Latentes (+/- 60ml/Kg/dia);
Pré-escolares ((+/- 48ml/Kg/dia);
Escolares (+/- 35ml/Kg/dia);
Adolescentes (+/- 18ml/Kg/dia);
Adultos (1000-1500ml).
Isto depende muito da quantidade de líquidos que são ingeridos pela pessoa.
A diurese é sempre calculado de acordo com o contexto do indivíduo. (sem
esquecer de que também perdemos água por transpiração)
No adulto, a oligúria (<400-500ml) reflete défice de líquidos, doença renal ou
obstrução urinária. Anúria indica insuficiência renal, enquanto poliúria pode
dever-se a doença renal ou diabetes.
Cor Reflete a concentração da urina. Se estiver muito diluída pode ser quase
transparente.
É normal variar de amarelo pálido a âmbar.
A urina exposta ao ar tende a escurecer.
Urina rosada ou vermelha sugere hematúria.
A beterraba e os corantes também podem tingir a urina de vermelho.
O caroteno toma a urina alaranjada (caroteno = derivado da cenoura).
Medicamentos também alteram a cor da urina. (A rifampicina antibiótico
bactericida que pode tingir a urina de laranja escuro e quase avermelhado).
Urina escura/cor de azeite: presença de mioglobina que ocorre nos
queimados e que resulta da presença de células musculares resultantes da
destruição dos tecidos musculares.
Aspeto A urina normal é transparente.
Quando é turva (pus) sugere infeção urinária, presença de tecidos em
suspensão ou proteinúria.
Presença de pus na urina = piúria.
Perdas proteicas – aspeto da urina menos transparente.
Cheiro A urina recente tem um odor amoniacal (sui géneris).
O odor mais intenso sugere estase e infeção urinário.
Um odor adocicado sugere cetonúria.
328
Observação física:
Exames
• Provas Laboratoriais: Urina Simples, Urina Tipo II, Urina de 24 horas, Clearan-
ces.
329
Parâmetro Normal Observações
Cor Amarelo pálido A cor pode ser avaliada por comparação com uma escala de cor.
Uma cor alaranjada sugere urina concentrada. A hematúria
microscópica (não se vê diretamente pela cor da urina) pode ser
detetada mediante tira reativa.
Odor Leve odor Odor intenso sugere infeção ou desidratação.
amoniacal
Existem 3 exames que podem ser feitos à urina:
- Exame da urina tipo I: só avaliava a cor o aspeto e o cheiro da
urina. Já não se faz porque não nos diz muito.
- Exame da urina tipo II: é mais avançada que a urina tipo I e avalia
a urina através da densidade o grau de desidratação, através dos
leucócitos avalia a presença de infeção. Abrange muita coisa.
- A urocultura pede-se quando já existe provável infeção e se quer
descobrir o agente.
pH 4,5-7 Alterado por medicação, dieta, infeção ou doença renal.
(se a urina começar a ficar alcalina significa que as bactérias têm
mais possibilidade de se desenvolverem)
Densidade 1010-1025 Aumentada por desidratação, falência renal ou alteração da
hormona antidiurética; diminuída pelos diuréticos
Proteínas Negativo A proteinuria sugere esforço intenso, infeção ou lesão renal. (pode
surgir no caso da gravidez ou em pessoas com doenças renais)
Glicose 0-15 mg/dL A glicosúria corresponde a uma glicemia de pelo menos 180 mg/dL.
Presente na hiperglicemia, diabetes ou gravidez.
Corpos Negativo Cetonúria sugere metabolismo dos ácidos gordos por diabetes ou
cetónicos jejum equilibrado.
Os corpos cetónicos aparecem como um traço que resulta da
combustão da gordura para produzir calorias/energia. Sempre que
o nosso organismo não conseguir utilizar de forma eficiente a
glicose, passa a utilizar as gorduras como fonte de energia.
Resultado deste acontecimento é o aparecimento de corpos
cetónicos na urina. Os corpos cetónicos podem também ser
eliminados através da respiração, uma vez que têm uma
componente alcoólica que os permite serem evaporados – hálito
cetónico (parecido com maças rainetas).
Urobilinogénio Negativo Positivo na doença hepática ou biliar.
Cilindros Negativo Presentes na infeção ou lesão renal, proteinuria ou litíase.
330
Urina Simples
Urina Tipo II
Urocultura
Ensinar o cliente a:
331
Urina de 24h
Clearance de creatinina
Casos PL
Exercícios
1. Em que medida a gravidez e o parto influenciam a eliminação urinária?
R.: É uma falsa incontinência urinária, pois só ocorre em certos momentos do dia. Está
associada ao stress.
332
5. Identifique 3 tipos de derivações urinárias.
R.: Hesitância.
10.O escroto é uma região onde podem ocorrer problemas urológicos. Quais?
R.: HTA, Diabetes, AVC, Infeção urinária, litíase renal, Insuficiência cardíaca, Tumor da
bexiga/rim/testículo, Doença de Parkinson, Cirurgia do sistema renal ou urinário, Lúpus
eritematoso disseminado.
16.O que sugere uma urina com densidade que se aproxima de 1000?
333