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Humanização da saúde e do cuidado

Sensibilidade para o cuidado versus atitudes


Sensibilidade para o cuidado
desumanas na Saúde

versus atitudes desumanas na


FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE
FEDERAL DE RONDÔNIA

Saúde NÚCLEO DE SAÚDE


CURSO DE MEDICINA
DISCIPLINA DE FILOSOFIA

Professor: Clarides

Alana Sperandio Porto


Caroline Moreira Nicochelli
Matheus Duque Bessa
Raimundo Pereira Cardoso Júnior
Welliton Fontana
Humanização
• Humanizar a assistência significa agregar, às
eficiências técnicas e científicas, valores éticos,
respeito e solidariedade ao ser humano. A
humanização deve ser pautada no contato
humano, de forma acolhedora, sem juízo de
valores e deve também contemplar a
integralidade do ser humano.
 
Conceito de Saú de
• OMS – 1947: “estado de completo bem-estar físico,
mental e social e não consistindo somente da ausência
de uma doença.”
• VIII Conferencia Nacional de Saúde – 1986: ““ ... o
resultado das condições de alimentação, habitação,
educação, renda, meio ambiente, trabalho, transporte,
emprego, lazer, liberdade, acesso e posse de terra e
acesso aos serviços de saúde. E assim antes de tudo, o
resultado das formas de organização social da produção,
as quais podem gerar grandes desigualdades nos níveis
de vida.”
Humanização
• O profissional de saúde se insere de forma muito
participativa na saúde ou doença de qualquer
indivíduo e a melhor forma do profissional atuar
é baseado na democratização da relação entre
ambos e a humanização dos serviços.
• Sem comunicação não há humanização. 
Cuidado
• Nem todas as palavras são ditas.
• Cuidado: atenção no que faz, cautela, zelo e responsabilidade,
é um modo de ser.
• Cura.
Cuidado
• Sorrir, tocar nos ombros, apertar a mão são gestos que trazem
segurança e conforto.
Humanização na saú de

• Cuidar implicar reconhecer a essência do outro como ela


é e está no mundo *

• Perceber o imperceptível.

• Cuidar é ir além de uma ação mecânica ou automatizada.


Humanização na saú de
• Necessidade de ouvir o paciente e estimulá-lo a expressar
sentimentos , expectativas e experiências.

" Essa postura profissional humanizada pode levar as pessoas em


sofrimento a terem a sensação de compreendidas e receber o
suporte devido no enfrentamento de situações difíceis."

• Para o filosofo Morais no ser vivente não existe separação


estanque entre o material e o espiritual.
Humanização na saú de
• Até poucos tempo atrás, o cuidado do enfermeiro consistia em
conhecer e desempenhar técnicas;
• Privilegiava objetos, instrumentos e materiais utilizados em
algum ponto do corpo do paciente;
• O paciente, raras vezes, era visto como um ser humano e, por
isso, era tratado com distanciamento;
• Enfermeiros apenas realizavam procedimentos, mas não
cuidavam de fato.
Humanização na saú de
• Na atualidade há o surgimento de um novo paradigma: o
humanista;
• Esse respaldo tem levado muitos enfermeiros e suas
categorias parceiras a refletirem sobre a internalização do
cuidado, que se propõe prestar sob o ponto de vista
humanístico;
• Prioriza a expressão do sentimento, as ações simples em
contraposição ao paradigma dominante que valoriza o aspecto
biológico, a tecnologia e a produtividade.
Humanização na saú de
• A valorização da dimensão espiritual do paciente, juntamente
com o maior grau de sensibilidade dos profissionais, ao
cuidarem de pessoas doentes, favorecem melhor captação das
necessidades subjetivas dos clientes. Tendendo a um
atendimento integral deles, os quais se encontram,
naturalmente, mais susceptíveis em muitos aspectos.
Humanização na saú de
• Ao serem tratados de forma competente e amável pelos
enfermeiros, os pacientes se sentem seguros;
• Relaxam, sentem-se a vontade pelo clima ameno e pelo
tratamento carinhoso, assim como pela confiança em estarem
sendo cuidados por profissionais habilidosos e experientes;
• A afetividade entre o enfermeiro e o paciente colabora na
conquista da cura;
• Portanto, os pacientes não estão interessados em receber
apenas carinho, tampouco receber apenas atenção à
dimensão física sem nenhuma afetividade.
Tocar: Um objeto de Humanização
→ Passa a superficialidade de apenas olhar.
→ É acima de tudo, dizer: “Eu estou aqui e estou lhe ouvindo”.

- UTIs: locais onde os aparelhos e tecnologias contribuem muito para a


despersonalização da pessoa.
- Tocar o ombro ou as mãos de quem precisa de ajuda é um ato multicultural, que
não se resume a um contato físico, mas também ao cuidado emocional.

Hoga, 2004: afirma que é preciso que haja interação para o completo suporte físico
e emocional, junto a todos os clientes em estado grave ou não.

Pesquisas indicaram:

1. Entre os tipos de toques aplicados por auxiliares de Enfermagem, mais da


metade consistiram em toques instrumentais (procedimentos ou técnicas).
2. A menor parte foi de toques expressivos (demonstração de atenção, interesse
ou sentimentos). Devem incorporar o gesto ao seu trabalho de assistência para
que haja melhor interação, como forma de comunicação não-verbal.
O papel da família para o cuidado do paciente:

Waldow, 2004: entrevistou doentes que afirmaram que a família é fundamental para a
recuperação, pois ela é fonte de segurança, carinho e auxílio no cuidado.

Parentes como “cuidadores”:

Quando o parente permanece muito tempo ao lado do doente portador de doença


crônica ou doença que requer longo período de internação, o acompanhante faz
companhia ao cliente, auxiliando-o em refeições e cuidados higiênicos, etc.

É orientado pela equipe de Enfermagem para colaborar e pode ser um importante


aliado na prática de humanização.

Parentes como “cuidados”:

Quando precisa de apoio e compreensão da equipe de saúde, principalmente no curso


de longos dias de permanência fora de casa e com inúmeras preocupações.
Bloqueio da comunicação

- Dentro da equipe de enfermagem e dela com o cliente

- Em relação à prevenção, à profilaxia, ao tratamento e à recuperação da


saúde

- Dificulta a adesão a tratamento, muitas vezes por aspectos culturais ou


crenças religiosas

- A interação vem se tornando cada vez mais impessoal e formal,


levando à realização de procedimentos mecanizados e rotineiros,
desconsiderando a individualidade e intimidade do cliente.
Bittes Jr., 2004: mostrou que pacientes entrevistados em um hospital
brasileiro valorizam muito atitudes comunicativas da equipe de saúde para
com eles, pois isto os deixa mais motivados e estimulados à melhoria do seu
estado de saúde, do que ingerir remédios. Dessa forma, estes pacientes se
sentem cuidados.

Relação médico-cliente
Apesar de essa relação subentender o estabelecimento de um diálogo, o
mais frequente é o o monólogo, situação na qual o médico é o que mais fala,
o que determina, diagnostica, prescreve e comunica (ou não) ao paciente,
que deve receber as “ordens” e de preferência sem questionamentos. O
médico, na maioria das vezes, se mostra sem habilidade de interação com o
cliente e familiares.

.
Grosseman & Patrício, 2004: em quase todos os cursos de medicina do país,
o acadêmico é preparado para “catequizar” o cliente no sentido de ele
acatar ordens médicas como mandamentos de uma religião à qual devesse
aderir simplesmente pela fé no “possuidor do saber”. O comportamento
exageradamente técnico e focado na doença tem início na universidade.

Outras pesquisas afirmam que os futuros médicos desse período sentem


falta de abordagens que estimulem o seu potencial para se relacionarem um
com o outro

Morais, 2006: impõem-se aos estudantes de Medicina métodos que os faz


aceitarem ser “mecânicos de órgãos e sistemas”. A medicina moderna
baseia-se Modelo Newtoniano de realidade, no qual os médicos vêem o
corpo humano como uma máquina controlada pelo cérebro e pelo sistema
nervoso autônomo: o supremo computador biológico.
Martins, 2003, menciona três paradigmas:

Paradigma tecnocientífico do hospital: tecnologia médica de alto custo,


sendo a doença e sua cura o principal alvo de atenção.

Paradigma comercial-empresarial do hospital: perda gradual da


medicina em relação ao sacerdócio e rumo ao negócio. Aí a doença é
priorizada em nome da geração de lucro.

Paradigma benigno-humanitário do hospital: a medicina desenvolvida


guarda renovada preocupação com a humanização do ambiente
hospitalar, e tem como valor funcional a dignidade da pessoa e o respeito
aos direitos humanos.
MECANIZAÇÃ O DA PRÁTICA MEDICA

POR QUE SERÁ QUE É DESSE


JEITO?

FALTA DE HUMANIDADE

O PROBLEMA NÃO ESTÁ APENAS


NO PROFISSIONAL DE SAÚDE.
O QUE PODE SER FEITO PRA MUDAR ESSA SITUAÇAO?

ESTRUTURA HOSPITALAR

VALORIZAÇÃO DO TRABALHO
E DO TRABALHADOR

RELAÇÃO
PROFISSIONAL/USUÁRIO
OBRIGADA!!!

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