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NÚCLEO DE SAÚDE
CURSO DE MEDICINA
Porto Velho – RO
2014
Métodos imunocromatográficos (teste rápido) X ELISA ou IMUNOFLUORESCENCIA
Por
Trabalho apresentado em
cumprimento à exigência e avaliação
da disciplina de Métodos Diagnóstico
ministrado pela Profa. Eulália Aquino
da Fundação Universidade Federal de
Rondônia no período de 2014/2.
Porto Velho - RO
2014
INTRODUÇÃO
TESTE DE ELISA
Os métodos imunológicos desenvolvidos para quantificar a concentração de antígenos
e anticorpos, apresentam grande sensibilidade e especificidade e tornaram-se técnicas
padronizadas para pesquisa e aplicações clínicas. Entre esses métodos, um dos mais usados é
o ELISA (Enzyme-linked immuno sorbent assay). Trata-se de um método eficiente que
permite detectar quantidades de proteína da ordem de nanogramas (10-9 g).
Dentre os diversos tipos de ELISA, destaca-se o ELISA SANDUÍCHE. Nesse método, o
anticorpo de um antígeno particular é, inicialmente, adsorvido no “poço” (well). Depois, o
antígeno (soro, urina ou outra solução contendo o antígeno) é adicionado e se liga ao
anticorpo. Finalmente, um segundo e diferente anticorpo ligado à enzima é adicionado. Nesse
caso, a intensidade da reação é proporcional à quantidade de antígeno.
Quanto ao método de revelação, pode ser direto ou indireto. No primeiro, a enzima
reveladora encontra-se ligada diretamente ao segundo anticorpo, enquanto no indireto, a
enzima apresenta-se ligada a um anti-anticorpo. O ELISA constitui a base do teste para
infecção por HIV. Nesse teste, proteínas virais (os antígenos) adsorvem nos “poços” (wells)
da placa de ELISA. Em seguida, é adicionado soro do paciente contendo anticorpos que se
ligam aos antígenos. Finalmente, anticorpos ligados à enzima ligam-se aos anticorpos
humanos, propiciando a reação enzimática com mudança de cor.
Procedimento para ELISA SANDUICHE: Coloca-se, na placa de ELISA, solução
tampão contendo o primeiro anticorpo com concentração conhecida e suficiente para adsorver
nos “poços” (“wells”) da placa. Em geral, a solução é saturada. Lavam-se os “poços” com
tampão de lavagem, de forma a retirar o tampão, mas deixar o anticorpo aderido à placa.
Incubação com as amostras (soluções teste com antígenos em concentração
desconhecida devem ser adicionadas à placa). Nova lavagem e o antígeno que reagiu com o
anticorpo previamente aderido à placa também permanecerá aderido. Por outro lado, os
antígenos não ligados serão removidos. Incubação com segundo anticorpo, seguida de
lavagem. Incubação com terceiro anticorpo anti-espécie conjugado a uma enzima, como a
peroxidase. Segue-se outra lavagem. Adiciona-se um substrato incolor para revelação
que quando ativado pela porção enzimática do ligante, produz um produto final corado. A
mudança de cor pode ser lida diretamente em aparelho apropriado. Em geral, bloqueia-se a
reação para evitar que o produto final fique muito escuro e atrapalhe a leitura do teste. Além
de bloquear a reação, é possível adicionar um ácido que provoque mudança para uma cor cuja
absorbância é melhor detectada pelo leitor de ELISA.
Interpretação dos resultados: a intensidade da cor é diretamente proporcional a
concentração de antígeno da amostra pesquisada, no ELISA DIRETO e a intensidade da cor é
diretamente proporcional a concentração de anticorpos específicos no ELISA INDIRETO.
Vantagens da técnica: teste de alta sensibilidade, portanto menor risco de falsos-
negativos. Teste de alta especificidade, menor risco de falsos-positivos.
Permite que várias amostras sejam testadas ao mesmo tempo. Realização
relativamente rápida, simples e de custo baixo a médio em comparação com outras técnicas de
imunodiagnóstico.
Desvantagens do teste: necessidade de mão de obra especializada deve-se tomar
cuidado com reagentes que podem sofre alteração quando expostos a elevadas temperaturas e
luz solar e por se tratar de uma técnica altamente sensível e específica, é muito suscetível a
erros de pipetagem, variações nos tempos de incubação e lavagens, e alterações nos reagentes.
O genoma do HIV inclui três principais genes que codificam as proteínas estruturais e
enzimas virais: gag, env e pol. A nomenclatura das proteínas virais utiliza a abreviação “gp”
para glicoproteína ou “p” para proteína, seguida de um número que indica o peso molecular
em kilodaltons (kd). O gene gag codifica a p55, a partir da qual quatro proteínas estruturais do
capsídeo são formadas: p6, p9, p17 e p24. O capsídeo que circunda o ácido nucleico viral
contém p24, p6 e p9, enquanto a p17 se encontra em uma camada entre o núcleo proteico e o
invólucro, denominada matriz proteica, a qual reveste a superfície interna da membrana viral
(Figura 1).
Figura 3- Estrutura do vírus HIV
CONCLUSÃO
Para o diagnóstico de gravidez, a maioria dos testes emprega um anticorpo
monoclonal, que é específico para a subunidade do β-HCG. Este procedimento é empregado
para garantir que os testes não resultem em falsos positivos confundindo o HCG com FSH ou
LH. (Os dois últimos são sempre presente em diferentes níveis no corpo, enquanto que a
presença de HCG quase sempre indica a gravidez).
É importante frisar que, tanto para o ministério da saúde, quanto para a FEBRASGO,
o diagnóstico para gravidez não se dá através da positividade dos testes, seja por meio de soro
ou ensaio imunocromatográfico pela urina. Exames que identifiquem a movimentação fetal, a
presença de batimentos cardíacos fetais e a visualização do feto são necessários, uma vez que
pode ocorrer a liberação de HCG em gravidez ectópicas, ou em gestações anembrionárias.
Entretanto, o exame quantitativo de HCG é útil, não só no diagnóstico de gravidez,
como no acompanhamento de células germinativas trofoblásticas e tumorações, cuidados após
o aborto e gravidez ectópica.
As desvantagens gerais de testes quantificadores de HCG é que os mesmos não
diagnostica gestações múltiplas, não afere idade gestacional, não identifica gestação ectópica
e sua localização e não identifica gestação anembrionada.
Os testes rápidos no diagnóstico da dengue, apesar de proporcionarem um rápido e
eficaz tratamento clínico dos pacientes e um oportuno controle etiológico da doença pelos
profissionais de prevenção nas áreas atingidas, não são suficientes para o diagnóstico, podem
gerar resultados falsos negativos e devem ser complementados com a clínica e outros métodos
diagnósticos.
Por fim, o teste rápido faz uma verdadeira revolução diagnóstica, facilitando o acesso
do paciente a um teste de triagem bastante confiável, bem como prevenindo agravos na saúde,
na medida em que o diagnóstico se torna cada vez mais acessível.
Essa revolução permite que mais pessoas tenham acesso ao diagnóstico de HIV, que é
uma doença de alta prevalência e que quanto mais rápido o diagnóstico, melhor o prognóstico
do paciente, isso reflete o aumento de um dos princípios filosóficos do SUS que é a
acessibilidade. Os testes rápidos estão disponíveis em várias unidades de saúde e podem ser
solicitados quando as pessoas fizeram relações sexuais sem uso de preservativo e com pessoas
suspeitas.
Entretanto, deve-se lembrar de que o diagnóstico deve ser realizado de acordo com as
diretrizes do Ministério da Saúde, para que minimize ao máximo os falsos negativos e
positivos devido ao operador dos testes. Para maior sucesso dos diagnósticos de pacientes
HIV deve-se conhecer e sempre que possível acessar os do Manual para o Diagnóstico da
Infecção pelo HIV.
REFERÊNCIAS
AOKI V, Sousa JX Jr, Fukumori LM, Perigo AM, Freitas EL, Oliveira ZNP.
Imunofluorescência direta e indireta. An Bras Dermatol. 2010;85(4):490-500.
REY, L. Bases da Parasitologia Médica. 2 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002.