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INSTITUTO FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO CURSO TÉCNICO EM

BIOTECNOLOGIA INTEGRADO AO ENSINO MEDIO

LUANA SOUZA DOS SANTOS

LUIZA PEDROSA SARCINELLI

MARCOS EDUARDO STOCCO DOS SANTOS

VÍRUS

Formas de multiplicação dos vírus

Vila Velha

2023
LUANA SOUZA DOS SANTOS

LUIZA PEDROSA SARCINELLI

MARCOS EDUARDO STOCCO DOS SANTOS

VÍRUS

Forma de multiplicação dos vírus

Trabalho apresentado ao curso de


Técnico em Biotecnologia Integrado
ao ensino médio, no Instituto Federal
de Ciências e Tecnologia do Espírito
Santo IFES – Campus Vila Velha

Professor: André Assis Pires

Vila Velha

2023
Introdução

Os vírus, seres diminutos formados por acido nucleico podendo ser RNA ou
DNA envolvidos por capsídeo (um complexo proteico), são considerados parasitas
intracelular obrigatórios, portanto suas atividades ocorrem dentro da célula
hospedeira, se aproveitando do material genético e organelas, para sua
propagação.

A multiplicação viral ocorre dentro das células graça a inserção do seu


material genético na célula hospedeira. A reprodução geral dos vírus acontece por
meio do processo de replicação, contudo cada vírus possui sua forma de
multiplicação. Nessa pesquisa foi usada a forma geral e de exemplo a dos
bacteriófagos (infecta as bactérias).

1. Ciclo viral

A replicação viral geral dos vírus ocorre dentro das células seguindo
respectivamente as etapas de adsorção, penetração, desnudamento, transcrição e
tradução, maturação e liberação.

1.1 Adsorção

De modo geral, nessa primeira etapa o vírus e a célula se ligam, através de


um grupo polipeptídios estruturais do vírus capaz de reconhecer um receptor
específico presente na célula. Nos vírus envelopados as estruturas de ligação
geralmente se apresentam sob a forma de espículas. Essa interação diz a gama de
hospedeiros que pode ser infectada por um vírus. Um fator importante é o
reconhecimento dos receptores, o tropismo (predileção por células de alguns
tecidos), ou seja o vírus pode ter preferência pelas células específicas a serem
infectadas. Para a etapa de adsorção ser realizada é fundamental a formação de
uma ponte entre as proteínas mediadas por elétrons livres de cálcio e magnésio,
dado que as proteínas apresentam carga negativa. Outros fatores que vão infundir
na adsorção célula- vírus, são temperatura, PH e envoltório com glicoproteína

1.2 Penetração
Em seguida a etapa de adsorção, vem à penetração, a inserção do vírus na
célula que pode ocorre por endocitose, usada pelos vírus não envelopados, onde a
proteína viral se liga membrana plasmática, envolve o vírus e em seguida passa pelo
interior da célula. A entrada por fusão ocorre nos vírus envelopados, que vai fazer a
fusão diretamente do envelope com a membrana plasmática, permitindo assim a
entrada no citosol da célula. Ainda há vírus que fazem também a entrada por
viropexia é uma invaginação da membrana celular mediada por receptores e por
proteínas, que revestem a membrana internamente. A translocação também é outro
método que consiste na injeção do material genético na célula hospedeira. Muitos
são capazes de utilizar várias vias de captação, simultaneamente ou dependendo do
tipo de célula hospedeira alvo.

1.3 Desnudamento

Após a penetração, o capsídeo é liberado pelas enzimas celulares,


lisossomos, ficando assim exposto o genoma viral, pronto para começar a produzir
as proteínas. De acordo com o professor Armando Ventura “ O tipo de mecanismo
vai depender da natureza do ácido nucléico que compõe o genoma e da família a
que pertence o vírus.”

Pode haver uma desintegração do capsídeo com a


liberação do ácido nucléico viral no
citoplasma, processo em que alguma proteína
viral estará garantindo a estabilidade desse
ácido nucléico, como no caso dos enterovírus
(ex.: hepatite A, poliomielite, com genoma de
RNA simples fita positivo). Outra alternativa é
o transporte para o núcleo, em que o
capsídeo é levado para junto da membrana
nuclear através de interação com elementos
do citoesqueleto, como os microtúbulos.
( Armando Ventura)

Passando pela fase de eclipse, quando o ácido nuclêico estiver desencapado,


partículas virais infecciosas não podem ser recuperadas da célula – isso é o início
da fase de eclipse – que dura até quando novos virions infecciosos forem
produzidos.

1.4 Síntese proteica viral


Esta etapa envolve copiar o genoma viral e fazer mais proteínas para que
novas partículas virais possam ser montadas, a partir do processo de tradução e
transcrição. Em algum momento o vírus vai precisar de RNAm para produzir sua
proteínas independente da natureza do genoma.

Na generalidade , os genomas virais DNA fita dupla devem estar dentro do


núcleo para que seus genes possam ser expressos, como é o caso dos adenovírus.
No núcleo o genoma viral estará relacionado com fatores que fomentam a
transcrição dos genes celulares. Nos genomas virais são encontradas sequências
que correspondem a sinais de estímulo à transcrição, tal como, para ativação por
hormônios. Sucede então a expressão de um conjunto inicial de genes virais,
transcrição precoce. Os genes virais dessa fase, cujas proteínas são produzidas na
tradução precoce, são tipicamente regulatórios coordenando a expressão dos genes
virais e tendo potencial de interferir no padrão de expressão gênica das células. As
células são então preparadas para a próxima fase em que decorre a transcrição e
traduções tardias. Por conseguinte temos a replicação do genoma viral e a síntese
das proteínas estruturais dos vírus.

1.5 Maturação

Depois do acúmulo de proteínas estruturais e genomas virais em quantidade


suficiente, ocorre a montagem e maturação, nessa fase as proteínas se agregam ao
genoma formando o nucleocapsideo, consiste em forma partículas virais completas.
Esse processo depende tanto da célula hospedeira quando do vírus, podendo
acontecer no núcleo da célula ou no citoplasma. Por via de regra, os vírus que
possuem genoma constituído de DNA condensam as suas partes no núcleo,
enquanto os de RNA, no citoplasma.

1.6 Liberação

A liberação das novas partículas virais criada na célula hospedeira podem


ocorrer de duas formas, os vírus não envelopados saem por lise celular. E os
envelopados por brotamento, onde os nucleocapsideo migram para a face interna
da membrana celular, levando parte da membrana.
2. Replicação dos bacteriófagos

Os bacteriófagos são vírus que só infecta bactérias. Os fagos são os vírus


mais abundantes e ubíquos na terra. Com o advento da engenharia genética pode-
se considerar os bacteriófagos como sendo ferramenta de grande importância no
estabelecimento do equilíbrio ecológico.

As fases de replicação dos bacteriófagos são ciclo lítico é lisogênico, são


quase iguais. Contudo no ciclo lítico a célula hospedeira é rompida, por causa da
grande produção viral, nesse ciclo há replicação do genoma viral, Montagem e
liberação através da lise celular. Já no ciclo lisogênico a célula hospedeira é mantida
ao mesmo tempo que parte do seu DNA é infectado, e continua suas funções
normalmente. Logo, a célula infectada transmitir· as informações genéricas virais
sempre que passar por mitose e todas as células estarão infectadas também.

Referências

STEPHENS, Paulo Roberto Soares et al. Virologia. In: MOLINARO, Etelcia Moraes;
CAPUTO, Luzia Fátima Gonçalves; AMENDOEIRA, Maria Regina Reis
(Org). Conceitos e métodos para a formação de profissionais em laboratórios
de saúde, v. 4. Rio de Janeiro: EPSJV, IOC, 2009. Cap. 2. p. 125-220. Disponível
em: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/8661. Acesso em 11 de março de 2023
VENTURA, Armando. BMM 160 – Microbiologia Básica para Farmácia.
Replicação viral. Apostila de virologia. Disponível em: https://www.google.com/url?
sa=t&source=web&rct=j&url=https://edisciplinas.usp.br/mod/resource/view.php%3Fid
%3D2387840&ved=2ahUKEwiVktqut9T9AhWKpZUCHfDxDZEQFnoECBYQAQ&usg
=AOvVaw0ZycAOYStb3cUAPFXEX0xF. Acesso em 11 de março de 2023
SOUSA, Antonio Manuel. Bacteriófagos: características gerais, utilidades e
aplicações biotecnológicas (Monografia de Especialização) Instituto de Ciências
Biológicas (ICB) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Belo Horizonte.
2012. Disponível em: http://hdl.handle.net/1843/BUOS-99UJCW. Acesso em: 11 de março
de 2023

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