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ATIVIDADE SOBRE VÍRUS

Nomes: Gabriel Luiz, Emmily Vieira, Larissa Silveira, Otávio Oliveira, Tamires Cabral e Wevelly Ribeiro

Matrículas: 23056, 23024, 22624, 22783, 22936, 23088

1) Defina Vírus.

Os vírus são organismos bem pequenos, não podem ser visualizados nem mesmo no microscópio
óptico. São acelulares (não possuem célula), motivo pelo qual muitos pesquisadores não os
consideram seres vivos.

Além disso, são parasitas intracelulares obrigatórios, logo, só se reproduzem no interior de uma
célula (do hospedeiro). Eles não possuem ribossomos ou outras estruturas capazes de produzir suas
próprias proteínas, por isso não realizam nenhuma atividade metabólica fora do hospedeiro.

Estruturalmente, são formados por cápsulas proteicas -capsídeo- que envolvem o ácido nucleico,
que, por sua vez, pode ser um DNA ou um RNA, com exceção de poucos vírus que apresentam os
dois tipos. Alguns vírus, chamados de envelopados, apresentam ainda uma proteção lipídica externa,
o envelope viral. Esse envelope é derivado de membranas da célula hospedeira.

Ao parasitarem em uma célula, podem causar diversas doenças e infectar não apenas seres
humanos, como também plantas e até mesmo bactérias.

Como exemplos de doenças causadas por vírus (as viroses), destacam-se:

- Aids

- Caxumba

- Dengue

- Ebola

- Febre amarela

- Gripe

- Hepatites

- Herpes

- HPV

- Meningite

Fonte: https://m.biologianet.com/biodiversidade/virus.htm

2) Explique os tipos de vírus.

Os vírus são classificados de acordo com o tipo de ácido nucleico, de acordo com a forma do
capsídeo e também pelos organismos que eles são capazes de infectar. São eles:

• Adenovírus: formados por DNA, por exemplo o vírus da pneumonia.


• Retrovírus: formados por RNA, por exemplo o vírus HIV.
• Arbovírus: transmitidos por insetos, por exemplo o vírus da dengue.
• Bacteriófagos: vírus que infectam bactérias.
• Micófagos: vírus que infectam fungos

Uma informação importante sobre os vírus é que eles podem utilizar agentes transmissores em uma
infecção. Por exemplo, as plantas podem ser infectadas por vírus através de insetos ou outros
organismos que se alimentam delas.

Fonte: https://www.todamateria.com.br/virus/

3) Explique e ilustre as duas formas de reprodução dos vírus.

Embora a maneira pela qual um vírus penetra e é liberado da célula hospedeira possa variar, o
mecanismo básico de multiplicação viral é similar para todos os vírus. Os bacteriófagos podem
multiplicar-se por dois mecanismos alternativos: o ciclo lítico e o ciclo lisogênico. O ciclo lítico
termina com a lise e morte da célula hospedeira, ao passo que no ciclo lisogênico a célula
hospedeira permanece viva.

Bacteriófagos T-pares: o ciclo lítico

Os vírions dos bacteriófagos T-pares são grandes, complexos e não envelopados, e apresentam uma
estrutura característica de cabeça e cauda. O tamanho de seu DNA corresponde a apenas cerca de
6% do DNA de uma bactéria E. coli, ainda assim o fago possui DNA suficiente para codificar mais de
100 genes. O ciclo de multiplicação desses fagos, assim como o de todos os outros vírus, ocorre em
cinco etapas distintas: adsorção, penetração, biossíntese, maturação e liberação.

1. Adsorção - Após uma colisão ao acaso entre as partículas do fago e da bactéria, ocorre a
adesão, ou adsorção. Durante esse processo, um sítio de adesão no vírus liga-se ao sítio do
receptor complementar na célula bacteriana. Essa ligação consiste em uma interação
química, na qual se formam ligações fracas entre o sítio de adsorção e o receptor celular. Os
bacteriófagos T-pares possuem fibras na extremidade da cauda, que atuam como sítios de
adesão. Os receptores complementares estão na parede da célula bacteriana.
2. Penetração - Após a adsorção, os bacteriófagos T-pares injetam seu DNA (ácido nucleico)
dentro da bactéria. Para isso, a cauda do bacteriófago libera uma enzima, a lisozima fágica,
que degrada uma porção da parede celular bacteriana. Durante o processo de penetração, a
bainha da cauda do fago se contrai, e o centro da cauda atravessa a parede da célula
bacteriana. Quando o centro da cauda alcança a membrana plasmática, o DNA da cabeça do
fago penetra na bactéria, atravessando o lúmen da cauda e da membrana plasmática. O
capsídeo permanece do lado de fora da célula bacteriana. Portanto, a partícula do fago
funciona como uma seringa hipodérmica, injetando o DNA dentro da célula bacteriana.
3. Biossíntese - Assim que o DNA do bacteriófago alcança o citoplasma da célula hospedeira,
ocorre a biossíntese do ácido nucleico e de proteínas virais. A síntese proteica do hospedeiro
é interrompida pela degradação do seu DNA induzida pelo vírus, pela ação de proteínas
virais que interferem com a transcrição, ou pela inibição da tradução. Inicialmente, o fago
utiliza os nucleotídeos e várias enzimas da célula hospedeira para sintetizar muitas cópias de
seu DNA. Logo em seguida, inicia-se a biossíntese das proteínas virais. Todo o RNA transcrito
na célula corresponde ao mRNA transcrito a partir do DNA do fago para a síntese de enzimas
virais e das proteínas do capsídeo viral. Os ribossomos, as enzimas e os aminoácidos da
célula hospedeira são usados na tradução. Durante o ciclo de multiplicação do fago,
controles gênicos regulam a transcrição de regiões diferentes do DNA. Por exemplo,
mensagens precoces são traduzidas em proteínas virais precoces, que são as enzimas usadas
na síntese do DNA do fago. Da mesma forma, mensagens tardias são traduzidas em
proteínas tardias, utilizadas na síntese do capsídeo viral. Durante vários minutos após a
infecção, os fagos completos não podem ser encontrados na célula hospedeira. Somente
componentes isolados – DNA e proteína – podem ser detectados. O período da
multiplicação viral no qual vírions completos e infecciosos ainda não são encontrados é
chamado de período de eclipse.
4. Maturação - A próxima sequência de eventos consiste na maturação. Durante esse processo,
vírions completos são formados a partir do DNA e dos capsídeos do bacteriófago. Os
componentes virais se organizam espontaneamente para formar a partícula viral,
eliminando, assim, a necessidade de muitos genes não estruturais e de outros produtos
gênicos. As cabeças e as caudas dos fagos são montadas separadamente a partir de
subunidades de proteínas: a cabeça recebe o DNA viral e se liga à cauda.
5. Liberação - O estágio final da multiplicação viral consiste na liberação dos vírions da célula
hospedeira. O termo lise geralmente é utilizado para essa etapa da multiplicação dos fagos
T-pares, pois, nesse caso, a membrana citoplasmática é rompida (lise). A lisozima, codificada
por um gene viral, é sintetizada dentro da célula. Essa enzima destrói a parede celular
bacteriana, liberando os novos bacteriófagos produzidos. Os bacteriófagos liberados
infectam outras células vizinhas suscetíveis, e o ciclo de multiplicação viral se repete nestas
células.

Bacteriófago Lambda (λ): o ciclo lisogênico


Em contraste aos bacteriófagos T-pares, alguns vírus não causam a lise e a morte da célula
hospedeira quando se multiplicam. Esses fagos lisogênicos (também denominados fagos
temperados) podem induzir um ciclo lítico, mas também são capazes de incorporar seu DNA
ao DNA da célula hospedeira para iniciar um ciclo lisogênico. Na lisogenia, o fago permanece
latente (inativo). As células bacterianas hospedeiras são conhecidas como células
lisogênicas. Utilizaremos o bacteriófago λ (lambda), um fago lisogênico bem estudado, como
exemplo de ciclo lisogênico.
1. Após a penetração em uma célula de E. coli,
2. o DNA do fago, originalmente linear, adota o formato de um círculo.
3. (a) Esse círculo pode se multiplicar e ser transcrito,
4. (a) levando à produção de novos fagos e à lise celular (ciclo lítico).
3. (b) Alternativamente, o círculo pode se recombinar com o DNA bacteriano circular e
se tornar parte dele (ciclo lisogênico). O DNA do fago inserido no cromossomo bacteriano
passa a ser chamado de prófago. A maioria dos genes do prófago é reprimida por duas
proteínas repressoras codificadas pelo genoma do prófago. Esses repressores interrompem
a transcrição de todos os outros genes do fago ao ligarem-se aos operadores. Dessa forma,
os genes fágicos que poderiam direcionar a síntese e a liberação de novos vírions são
desligados, da mesma forma que os genes do óperon lac de E. coli são desligados pelo
repressor lac . Sempre que a maquinaria celular replicar o cromossomo bacteriano,
4. (b) o DNA do prófago também será replicado. O prófago permanece latente na
progênie celular.
5. Entretanto, um evento espontâneo raro, ou mesmo a ação da luz UV ou de
determinadas substâncias químicas, pode levar à excisão (salto) do DNA do prófago e ao
início do ciclo lítico. A lisogenia apresenta três consequências importantes. Em primeiro
lugar, as células lisogênicas são imunes à reinfecção pelo mesmo fago. (Contudo, a célula
hospedeira não é imune à reinfecção por outros tipos de fagos.) A segunda consequência da
lisogenia é a conversão fágica; isto é, a célula hospedeira pode exibir novas propriedades.
Por exemplo, a bactéria Corynebacterium diphtheriae, que causa a difteria, é um patógeno
cujas características promotoras da doença são relacionadas à síntese de uma toxina. Essa
bactéria só pode produzir toxina quando carreia um fago temperado, pois o gene que
codifica a toxina está no prófago. Em outro exemplo, somente os estreptococos que
carreiam um fago lisogênico ou temperado são capazes de produzir a toxina relacionada à
síndrome do choque tóxico. A toxina produzida pelo Clostridium botulinum, a bactéria que
causa o botulismo, é codificada por um gene do prófago, assim como a toxina Shiga, que é
produzida por linhagens patogênicas de E. coli. A terceira consequência da lisogenia é que
ela torna possível a transdução especializada. Genes bacterianos podem ser empacotados
em um capsídeo fágico e transferidos para outra bactéria em um processo chamado de
transdução generalizada. Qualquer gene bacteriano pode ser transferido por esse processo,
uma vez que o cromossomo do hospedeiro está fragmentado em pedaços, que podem ser
empacotados em um capsídeo fágico. Entretanto, na transdução especializada, apenas
determinados genes bacterianos podem ser transferidos.
Fonte: Microbiologia – Tortora,Funke e Case (12° edição). 2016

4) Exemplifique e caracterize duas doenças causadas por vírus.

Doença 1

Febre amarela

A febre amarela (FA) é uma doença infecciosa febril aguda, não contagiosa, causada por um
arbovírus do gênero Flavivirus, família Flaviviridade. Epidemiologicamente, a doença pode se
apresentar sob duas formas distintas: febre amarela urbana (FAU) e febre amarela silvestre (FAS),
diferenciando-se uma da outra apenas pela localização geográfica, espécie vetorial e tipo de
hospedeiro.

A doença mantém-se endêmica e enzoótica em diversas regiões tropicais das Américas e da África, e
de modo esporádico, são registrados surtos e epidemias de magnitude variável.

Atualmente, nas Américas, são conhecidos dois ciclos de transmissão do vírus da FA: um urbano, do
tipo homem-mosquito-homem, no qual o Aedes aegypti é o principal vetor; e o outro silvestre,
complexo, no qual diferentes espécies de mosquitos (Haemagogus spp. e Sabethes spp.) atuam
como vetores e primatas não humanos (PNH) participam como hospedeiros, amplificando o vírus
durante a fase virêmica.

No humano a Febre Amarela possui rápida evolução, com cerca de 10% dos casos, evoluindo para
formas graves com icterícia (amarelão da pele), dor abdominal intensa, sangramentos em sistema
digestivo (vômitos ou fezes com sangue), pele ou urina e falência renal. Por isso a importância de
identificar a doença precocemente para realizar os cuidados médicos necessários.

Fonte: https://www.saude.pr.gov.br/Pagina/Febre-amarela
Doença 2

Hepatite

As hepatites virais são um grave problema de saúde pública no Brasil e no mundo. É uma infecção
que atinge o fígado, causando alterações leves, moderadas ou graves. Na maioria das vezes são
infecções silenciosas, ou seja, não apresentam sintomas. Entretanto, quando presentes, podem se
manifestar como: cansaço, febre, mal-estar, tontura, enjoo, vômitos, dor abdominal, pele e olhos
amarelados, urina escura e fezes claras.

No Brasil, as hepatites virais mais comuns são causadas pelos vírus A, B e C. Existem ainda, com
menor frequência, o vírus da hepatite D (mais comum na região Norte do país) e o vírus da hepatite
E, que é menos frequente no Brasil, sendo encontrado com maior facilidade na África e na Ásia.

As infecções causadas pelos vírus das hepatites B ou C frequentemente se tornam crônicas.


Contudo, por nem sempre apresentarem sintomas, grande parte das pessoas desconhecem ter a
infecção. Isso faz com que a doença possa evoluir por décadas sem o devido diagnóstico. O avanço
da infecção compromete o fígado sendo causa de fibrose avançada ou de cirrose, que podem levar
ao desenvolvimento de câncer e necessidade de transplante do órgão.

O impacto dessas infecções acarreta em aproximadamente 1,4 milhões de mortes anualmente no


mundo, seja por infecção aguda, câncer hepático ou cirrose associada as hepatites. A taxa de
mortalidade da hepatite C, por exemplo, pode ser comparada ao HIV e tuberculose.

Fonte: https://www.saude.pr.gov.br/Pagina/Hepatites-virais

5) Exemplifique e caracterize duas pandemias causadas por vírus.

A pandemia mais recente é a de COVID-19, a qual foi declarada pela Organização Mundial da Sáude
(OMS) em 11 de março de 2020. Essa doença é causada por um novo tipo de coronavírus, o SARS-
CoV-2, o qual desencadeia sintomas respiratórios. Os principais sintomas dela são: febre, tosse e
dificuldade respiratória. A doença pode levar à morte, sendo especialmente preocupante ao atingir
idosos e pessoas com problemas de saúde, como problemas cardíacos e diabetes. Até o dia 23 de
março de 2020, foram confirmados, no mundo, 332.930 casos de COVID-19 e 14.510 mortes.

Além da COVID-19, outra pandemia recente foi a gripe H1N1. Essa pandemia, que ocorreu em 2009,
levou várias pessoas à morte em virtude do avanço relativamente rápido do vírus da gripe
A(H1N1)pdm09, que surgiu em porcos. De acordo com a OMS, em apenas oito semanas, o vírus da
gripe H1N1alcançou cerca de 120 territórios. No Brasil, a pandemia, que se finalizou em 2010, levou
duas mil pessoas à morte. Vale destacar que, atualmente, existe vacina contra a gripe H1N1, liberada
gratuitamente para alguns grupos, como idosos e pessoas com doenças crônicas.

Fonte: https://brasilescola.uol.com.br/doencas/pandemia.htm

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