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Os vírus são estruturas subcelulares, com um ciclo de replicação exclusivamente intracelular, sem nenhum metabolismo ativo fora da
célula hospedeira, e devido a estas características não são considerados seres vivos por alguns autores.
Basicamente, uma partícula viral completa, ou vírion, é composta por uma molécula de ácido nucleico circundado por uma capa de
proteínas, podendo conter lipídios e açúcares. A função básica do vírion é carrear o genoma viral para dentro da célula, a fim de
envolvem o o ácido nucleico, podendo estes ser um RNA ou DNA, com Complexo
excessão dos vírus que possuem os dois. O capsídeo juntamente com
(Cabeça e
o ácido nucleico forma o que é chamado de nucleocapsídeo. Há
drico Cauda)
ainda, vírus que possuem uma proteção lipídica externa, chamada de é
Icos
envelope.
Filamentoso
Figura 3. Tipos de capsídeos. Fonte: Imagem modificada de "Non-enveloped icosahedral
virus," "Non-enveloped helical virus," e "Head-tail phage," by Anderson Brito, CC BY-SA 3,0.
Subunidade estrutural ou protômero: uma ou mais unidades proteicas, não idênticas, que se associam para formar estruturas
maiores, denominadas capsômeros;
Unidades morfológicas ou capsômeros: protuberâncias vistas nas superfícies dos vírus não envelopados, por meio da microscopia
eletrônica. Essas unidades morfológicas formam o capsídeo;
Core ou cerne: é formado pelo ácido nucleico viral mais as proteínas virais envolvidas na replicação e a ele associadas;
Matriz proteica: estrutura de proteínas não glicosadas existentes em alguns vírus, localizada entre o envelope e o capsídeo, que tem
como principais funções sustentar o envelope viral e servir de ancoragem para as proteínas virais de superfície;
Envelope: camada bilipídica proveniente da célula hospedeira, que envolve certas partículas virais em que se encontram inseridas as
glicoproteína;
tradução. Os vírus foram agrupados em sete classes propostas por Baltimore em 1971, de acordo com as características do ácido
- Classe VI: retrovírus. Estes vírus contém um genoma diplóide e, durante o ciclo de replicação, sintetizam um DNA intermediário
(transcrição reversa);
- Classe VII: vírus com genoma de DNAfd, com o envolvimento de um intermediário RNA no ciclo replicativo. Esses vírus apresentam
também uma transcriptase reversa codificada em seu genoma, mas a sua produção de RNAm é bastante similar à dos vírus DNAfd
nucleocapsídeo. A maturação consiste na formação de partículas virais completas, ou vírions, que, em alguns
casos, requerem a obtenção do envoltório lipídico ou envelope. Este processo, dependente de enzimas tanto
do vírus quanto da célula hospedeira, pode ocorrer no citoplasma ou no núcleo da célula. De uma forma
geral, os vírus que possuem genoma constituído de DNA condensam as suas partes no núcleo, enquanto os
de RNA, no citoplasma.
6. Liberação: consiste na saída do vírus da célula por lise celular ou brotamento. Na lise celular (ciclo lítico),
a quantidade de vírus produzida no interior da célula é tão grande que a mesma se rompe, liberando novas
partículas virais que vão entrar em outras células. Já no brotamento, os nucleocapsídeos migram para a face
Os coronavírus são classificados na ordem Nidovirales, cujos membros incluem 4 famílias: Coronaviridae, Arteriviridae
Gammacoronavirus. Nestes 2 últimos ainda não foram descritas espécies causando infecção em seres humanos. A
subfamília Torovirinae é subdividida nos gêneros Torovirus e Bafinivirus. No gênero Torovirus há 1 espécie que causa
O SARS-CoV-2 é um vírus de RNA fita simples envelopado com proteínas estruturais típicas → proteínas do envelope (proteína
E), membrana (proteína M), nucleocapsídeo (proteína N) e espícula (do inglês Spike, ou proteína S), responsáveis pela
O core dos vírus é envolvido por um envelope glicolipoproteico que é formado durante o brotamento a partir das membranas
As proteínas S na superfície do SARS-CoV-2 se ligam aos seus receptores humanos ECA2 (enzima conversora de angiotensina 2), com
auxílio de uma proteína transmembrana → transferência do material genético para dentro da célula para iniciar o processo de replicação.
A ECA2 é uma carboxipeptidase capaz de hidrolisar a angiotensina II em angiotensinas 1-7. Essa enzima é homóloga à enzima conversora de
Quando o vírus se liga ao receptor ECA2, reduz a produção de angiotensina 1-7, desencadeando uma série de complicações
- Pacientes com doenças cardiovasculares e metabólicas → defeitos no SRAA → aumento do estado inflamatório prévio = O grupo de maior
1.
Síndrome Respiratória do Oriente Médio (MERS) e a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS);
Estimula-se que 70-80% das doenças infecciosas emergentes e reemergentes tem origem zoonótica*, ou seja,
podem ser transmitidos entre animais e humanos (*Jones et al (2008)Nature). Entretanto, vários coronavírus
conhecidos circulam em animais e que ainda não infectaram humanos. Um evento de transpasso entre espécies
“spillover” ocorre quando se descobre que um vírus que normalmente circula nas espécies animais foi transmitido
aos humanos;
como a imigração aumentam o risco do surgimento, como também influenciam na disseminação de patógenos;
Em 31 de dezembro de 2019, a Organização Mundial da Saúde (OMS) foi alertada sobre vários casos de
pneumonia na cidade de Wuhan, província de Hubei, na República Popular da China. Tratava-se de uma nova
cepa (tipo) de coronavírus que não havia sido identificada antes em seres humanos;
Uma semana depois, em 7 de janeiro de 2020, as autoridades chinesas confirmaram que haviam identificado um
9 de fevereiro
.br/
Atualmente...
Casos confirmados:
Óbitos:
BLOCO DE
PERGUNTAS
BRANDÃO, S.C.S.; SILVA, E.T.A.G.B.B.; RAMOS, J.O.X.; MELO, L.M.M.P.; SARINHO,
BIBLIOGRÁFICAS THEY, N.H. VOCÊ SABE O QUE É UM VÍRUS? Universidade Federal do Rio Grande do
Sul, 2020.
SANTOS, N. et. al. Virologia Humana. 3 ª edição. Editora Guanabara Koogan LTDA,
2015.;
https://www.paho.org/bra/index.phpoption=com_content&view=article&id=6101:co
https://www.diabetes.org.br/covid-19/qual-a-relacao-entre-o-ibuprofeno-ieca-
21 de junho de 2020.