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2 GRUPO
SWED GABRIEL SOCA
FRANCISCO JOÃO BRITO
QUELIMANE
2022
2
2 GRUPO
SWED GABRIEL SOCA
FRANCISCO JOÃO BRITO
Quelimane
2022
Índice
Introdução........................................................................................................................................3
Objectivos........................................................................................................................................3
Metodologia.....................................................................................................................................3
Funções ecológicas..........................................................................................................................5
Terpenos..........................................................................................................................................7
Formação de Terpenos.....................................................................................................................7
Biossíntese de Terpenos..................................................................................................................8
Compostos Nitrogenados...............................................................................................................13
Conclusão......................................................................................................................................16
Bibliografia....................................................................................................................................17
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Introdução
Contudo importa referenciar que o presente trabalho tem como o principal foco compreender as
funções ecológicas que estes compostos desempenham no ambiente, sua classificação e
características. Assim, estes compostos actuam nos processos de fotossíntese, respiração,
transporte de soluto, translocação, síntese de proteínas, assimilação de nutrientes, na
diferenciação ou na produção de metabolitos primários.
Objectivos
Geral
Específicos
2. Identificar rotas da biossíntese de metabolitos secundários e suas inter-relações com
metabolismo primário.
3. Descrever os principais metabolitos secundários;
4. Identificar a função dos metabolitos secundários no processo de crescimento e
desenvolvimento das plantas;
5. Diferenciar os diversos tipos de metabolitos secundários.
Metodologia
Para a realização deste trabalho e sua consequente compilação guiou-se na base de uma
profunda e minuciosa revisão bibliográfica de vários manuais que tratam do tema em estudo,
sendo desta forma se censurado as informações de conceituados autores que oferecem um saber
digno de crédito científico.
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Segundo TAIZ & ZEIGER (2013), os metabolitos secundários também diferem dos
metabolitos primários (aminoácidos, nucleótideos, açucares e lipídeos) por apresentarem
distribuição restrita no reino vegetal, isto significa que certos metabolitos secundários são
restritos a uma espécie vegetal ou a um grupo de espécies relacionada, enquanto metabolitos
primários são encontrados em todo reino vegetal.
Funções Ecológicas
Segundo TAIZ & ZEIGER (2006) apud VIZZOTO & KROLOW (2010), os metabólitos têm
importantes funções ecológicas nas plantas:
1. Medicamentos;
2. Actividade farmacológica;
3. Alcalóides;
4. Antibiótica;
5. Acção alucinogénica;
6. Estimulante;
7. Utilização industria.
1. Terpenos
2. Compostos fenólicos;
3. Compostos nitrogenados.
Entretanto como mostra a figura acima, as vias de biossíntese da planta são responsáveis
pela formação de metabolitos primários e secundários.
As vias mais comuns para a biossíntese dos metabolitos secundários são realizadas
através das pentoses para os glícidos, do ácido chiquímico para os fenóis, taninos e alcalóides
aromáticos, do acetato-malonato para fenóis e alcalóides e do ácido mevalónico para os terpenos,
esteróides e alcaloides (DEWICK, 2002 apud ALMEIDA, 2017).
Terpenos
Formação de Terpenos
Uma única planta pode sintetizar muitos terpenóides diferentes, em distintas partes da
planta, para uma grande diversidade de propósitos e em épocas diferentes, ao longo do seu
desenvolvimento.
Os Terpenos são classificados pelo número de unidades de C5 que possuem, embora, algumas
vezes, extensas modificações metabólicas possam dificultar a identificação dos resíduos originais
de cinco Carbonos. Por exemplo:
Biossíntese de Terpenos
Os Terpenos são sintetizados a partir de metabolitos primários por, pelo menos, duas
rotas diferentes. Na rota do ácido mevalonico, três moléculas de acetil-CoA são ligadas, em uma
sequência de reacções, para formar o ácido mevalonico. Esse intermediário de seis carbonos é
então, o pirufosforilado, descarboxilado e desidratado, produzindo isopentinil difosfato (IPP). O
IPP é a unidade activada básica na formação do Terpenos.
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Segundo GERSHENZON & CROTEAU (1992), os terpenos são também toxinas e inibidores
de forrageio para muitos insectos e mamíferos, assim, eles parecem exercer importantes funções
de defesa no reino vegetal tais como:
Piretroides -presentes em folhas e flores de crisântemo, têm enorme poder inseticida (ésteres de
monoterpenos); Piretroides naturais e sintéticos são usados na fabricação de inseticidas devido às
suas baixas persistências no ambiente e toxicidade para mamíferos;
Monoterpenos -presentes em ductos resiníferos de coníferas, como pinheiro e abeto, são tóxicos
para numerosos insetos. Muitas coníferas respondem à infestação do besouro da casca
produzindo mais monoterpenos.
Óleos essenciais presentes em várias espécies de plantas, dão um odor característico às suas
folhas, são repelentes de insetos (são misturas de mono e sesquiterpenos voláteis); Em milho,
algodão e outras espécies estes óleos essenciais são produzidos e evaporados após o ataque de
insetos, inibindo a ovoposição e atraindo os predadores e parasitas desses insetos. É um
promissor mecanismo ecológico no controle de pragas.
Limonóides- têm sabor amargo e actuam como antiherbívoros e são encontradas em citrus
(triterpenos não voláteis); A azadiraquitina (50 ppb) tem grande potencial comercial como agente
no controle de insetos devido sua baixa toxicidade em mamíferos.
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Cardenolídeos -têm sabor amargo e são extremamente tóxicos para animais superiores
(triterpenos glicosilados). São utilizados, em doses controladas, em humanos, no tratamento de
doenças cardíacas (diminuem e fortalecem os batimentos cardíacos);
De acordo com EVERT & EICHHORN (2014), os compostos fenólicos são sintetizados
por diferentes rotas, razão pela qual constituem um grupo bastante heterogéneo do ponto de vista
metabólico. Mas apresenta duas rotas metabólicas básicas que estão envolvidas na síntese destes
compostos:
Ligninas
Compostos Nitrogenados
Uma grande variedade de metabolitos secundários vegetais possui nitrogénio como parte
de sua estrutura, incluindo assim nessa categoria alguns compostos bem conhecidos na defesa
das plantas, contra herbivoria como os alcalóides e os glicosideos cianogenicos, os quais são de
considerável interesse devido ao seu efeito tóxico para humanos e as suas propriedades médicas
(TAIZ & ZEIGER, 2013).
Alcalóides
alguma acção fisiológica, geralmente no sistema nervoso central, o que tem sido utilizado para o
benefício do homem na produção de drogas medicinais, como, por exemplo, a morfina (Vickery
& Vickery, 1981 apud HARBORNE, 1982).
dos Andes da Bolívia e do Peru. O uso habitual da cocaína e seu derivado “crack” pode
Estupefacientes
São substâncias que causam estimulação do organismo e causam uma mania ou vício de
consumo destas substâncias excessivamente.
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Conclusão
Com base na abordagem referente ao tema metabolismo secundário das plantas, foi
possível desenvolver conhecimentos em relação a este tema, visto que, teoricamente, todas as
plantas são potencialmente capazes de sintetizar metabólitos secundários. No entanto, essa
característica é mais comum entre as plantas selvagens, que, ao longo do seu ciclo evolutivo,
desenvolveram mecanismos de adaptação para competir com outras, assegurando sua
sobrevivência quer pela formação de estandes puros, quer para se defender de seus inimigos
naturais
Desta maneira foi possível compreender que estes compostos são geralmente sintetizados
pelas plantas de acordo com as suas necessidades específicas, que incluem as condições
ambientais, as interações com outras plantas e a proteção contra predadores
Bibliografia
ALMEIDA, Diogo F. L. dos Santos. Estudo das Vias Metabólicas das Plantas na Síntese de
Pigmentos Naturais. Porto Universidade Fernando Pessoa, FCS, 2017.
EVERT, Ray F. & EICHHORN, Susan E. Biologia Vegetal. 8a ed., Rio de Janeiro, Guanabara
Koogan, 2014
TAIZ, Lincoln & ZEIGER, Eduardo. Fisiologia Vegetal.5a ed.,Porto Alegre, Artmed, 2013.
VIZZOTO, Marcia; KROLOW, Ana Cristina & WEBER, Gisele Eva Bruch. Metabólitos
secundários encontrados em plantas e sua importância. Brasil, Pelotas: Embrapa Clima
Temperado, 2010.