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UNIVERSIDADE ABERTA ISCED

Faculdade de Ciências de Educação

Curso de Licenciatura em Ensino de Biologia

2º Ano

Importância dos Microrganismos

Constância Januário Mazive Nhantumbo

Xai Xai, Março de 2023


UNIVERSIDADE ABERTA ISCED

Faculdade de Ciências de Educação

Curso de Licenciatura em Ensino de Biologia

Importância dos Microrganismos

Trabalho de Campo a ser


submetido na Coordenação do
Curso de Licenciatura em Ensino
de Biologia na UnISCED.
Tutora Msc Ludmith Zulmira
Joaquim

Constância Januário Mazive Nhantumbo

Xai Xai, Março de 2023


Índice
1.0 Introdução..............................................................................................................................................4
1.1.Objectivos..............................................................................................................................................5
1.1.1Objectivo geral....................................................................................................................................5
1.1.2.Objectivos Específicos........................................................................................................................5
1.2 Metodologia..........................................................................................................................................5
2.0 Revisão de literatura..............................................................................................................................6
2.1 Microrganismos.....................................................................................................................................6
2.2 Importância dos fungos.........................................................................................................................8
2.3 Microrganismos no ciclo do nitrogênio.................................................................................................9
2.3.1 Importância ambiental e económica do nitrogénio.............................................................................9
3.0 Conclusão............................................................................................................................................11
4.0 Referencias bibliografias.....................................................................................................................12
1.0 Introdução
Os microrganismos são organismos microscópicos, impossível de serem observados a olho nu
(vírus 1nn, bactérias 1µm, e fungos 100µm de diâmetro). Embora, alguns, em determinadas fases
de seu crescimento atingem tamanho macroscópico, a exemplo dos fungos conhecidos como
cogumelos, que chega a formar um falso tecido. Os mais estudados na Microbiologia são as
bactérias, fungos, vírus e algumas algas. Além destes, protozoários, helmintos, ácaros são
estudados em Parasitologia.

Os microrganismos habitam os mais diversos locais. Esta propriedade é denominada de


ubiquidade. Habitam os diferentes ecossistemas, fazem parte da microbiota normal do corpo
humano, dos animais e das plantas, aos milhões, em termos de quantidades. Entre estes
organismos são estabelecidas relações em diferentes graus de parasitismo, mutualismo e
comensalismos. São também patógenos causadores de doenças e deterioração de equipamentos e
alimentos, quando não devidamente limpos ou mal armazenados, respectivamente.

O presente trabalho de pesquisa tem como objectivo analisar a importância dos microrganismos.

O estudo foi desenvolvido através da pesquisa bibliográfica, de forma exploratória, através da


leitura de obras de vários autores relacionados ao tema.

No que tange a estrutura o presente trabalho encontra-se dividido em três partes (introdução,
desenvolvimento e conclusão). Na introdução são apresentados os objectivos, e a metodologia
usada ara a materialização do trabalho, no desenvolvimento apresenta-se o referencial teórico
que aborda a importância dos microrganismos. A terceira parte apresenta a conclusão e
referências bibliográficas.
1.1.Objectivos

1.1.1Objectivo geral
 Analisar a importância dos microrganismos

1.1.2.Objectivos Específicos
 Indicar a importância dos microrganismos;
 Descrever os microrganismos
 Evidenciar através de imagens a importância de microrganismos

1.2 Metodologia
A metodologia utilizada nesse trabalho foi a pesquisa bibliográfica que segundo Gil (GIL,
2002,p.44): “A pesquisa bibliográfica é desenvolvida com base em material já elaborado,
constituído principalmente de livros e artigos científicos.”

Efectuaram-se buscas no banco de dados Google Académico, e foi considerada a produção


académica baseada em trabalhos de conclusão de curso e artigos científicos para composição do
corpus de análise. Desta forma, a metodologia se estabelece de maneira exploratória e
qualitativa, tendo como base a análise de conteúdo de Bardin (BARDIN, 2011). A pesquisa se
deu por meio das seguintes etapas:

1) Levantamento sobre o tema na base electrónica Google Académico;

2) Leitura e selecção dos trabalhos para compor o corpus de análise;

3) Determinação de categorias para análise do conteúdo dos artigos seleccionados.


2.0 Revisão de literatura
Nesta secção, será fornecida a fundamentação teórica que embasará todo o assunto desse estudo,
que dará suporte e irá justificar a proposta desse estudo, além de definir, com mais precisão, os
objectivos de sua pesquisa, evitando a repetição, na íntegra, de estudos anteriores, já bem
estabelecidos pela comunidade científica (Fontelles et al, 2009).

2.1 Microrganismos
Os microrganismos, também chamados de micróbios, são seres vivos que possuem um tamanho
muito pequeno para serem vistos a olho nu. São encontrados em praticamente todos os lugares,
onde muitas vezes sua presença não é percebida (Tortora et al., 2005).

Estas formas de vida foram as primeiras a surgir no planeta, bilhões de anos antes de plantas e
animais (Madigan et al., 2010). A ideia geral sobre os microrganismos nos leva a pensar em
doenças graves que os mesmos podem causar. Porém, a maioria dos microrganismos possui
extrema importância para a manutenção do equilíbrio do planeta e para o bem-estar da
humanidade (Madigan et al., 2010; Tortora et al., 2005). “Nenhuma outra forma de vida é tão
importante para a sustentação e manutenção da vida na Terra quanto os micro-organismos”
(Madigan et al., 2010, p.3).

Apesar de serem as menores formas de vida existentes, os microrganismos representam a maior


parte da biomassa do planeta (Madigan et al., 2010). Microrganismos presentes em ambientes
aquáticos assumem a base da cadeia alimentar desses ecossistemas, além de suprir grande parte
do oxigénio disponível na atmosfera para respiração dos seres vivos macroscópicos. Outros
microrganismos, presentes principalmente nos solos, são responsáveis pela decomposição da
matéria orgânica e reciclagem dos elementos, possuindo papel fundamental nos ciclos
biogeoquímicos (Tortora et al., 2005).

Existem também microrganismos que possuem grande importância para o homem. Dentro do
tubo digestório humano, assim como em de outros animais, existem microrganismos que atuam
na digestão dos alimentos e produção de substâncias necessárias ao organismo, além da proteção
que oferecem contra outros organismos potencialmente patogênicos (Tortora et al., 2005).
Alguns microrganismos são também importantes na produção de alimentos, como laticínios,
pães e bebidas, através de reações químicas que ocorrem no processo de fermentação (Madigan
et al., 2010; Tortora et al., 2005).
Além disso, os microrganismos também são importantes no avanço da ciência, sendo utilizados
para remover diversos poluentes do ambiente e também na biotecnologia, especialmente na
tecnologia do DNA recombinante, amplamente utilizada na engenharia genética (Tortora et al.,
2005).

De fato, a grande maioria dos microrganismos não é maléfica ao ser humano. No entanto, é
importante conhecer, dentro do tratado da microbiologia, o estudo prático dos microrganismos
(Tortora et al., 2005).

Os microrganismos podem estar presentes em qualquer lugar e estes, algumas vezes, são os que
trazem prejuízos ao homem, estragando alimentos, causado doenças e contaminando o ambiente.
Assim, o conhecimento sobre estes microrganismos proporciona uma ação sobre as patologias
causadas por eles (Madigan et al., 2010), controlando sua transmissão e viabilizando a cura de
doenças.

Os microrganismos são representados por diversos tipos de seres vivos, apresentando estruturas
diferenciadas. Esses organismos podem ser células simples ou estas podem possuir uma estrutura
mais complexa. Há também microrganismos ditos especiais, pois estes não são formados por
células e possuem propriedades peculiares. As bactérias são microrganismos unicelulares, de
estrutura relativamente simples. Podem ser autotróficos ou heterotróficos. Esses organismos não
possuem, em sua célula, o material genético envolto por uma membrana (núcleo) e, por esse
motivo, são chamadas de organismos procariotos (Madigan et al., 2010; Tortora et al., 2005;
Trabulsi e Alterthum, 2005).

Os organismos procariotos estão presentes em praticamente todos os habitats do planeta e


acredita-se que foram os primeiros seres vivos a existir na Terra (Gentile, 2005), devido à sua
estrutura simples e a presença relatada em habitats considerados extremos. As chamadas
arquibactérias, que estão presentes nesses habitats, não possuem parede celular de
peptidioglicanos e, pelo que se conhece até então, não causam doenças nos seres humanos
(Tortora et al, 2005).

As características inerentes à forma celular e à parede celular permitem a classificação


morfológica das bactérias, de acordo com a técnica de coloração de Gram (Trabulsi e Alterthum,
2005). Esta técnica permite a observação dessas características sob microscópio de luz. As
células desses organismos possuem diversas formas, sendo, em geral, esféricas (cocos), em
forma de bastão (bacilos) ou espiraladas (espirilos e espiroquetas), podendo também formar
pares ou grupos (Tortora et al., 2005; Trabulsi e Alterthum, 2005).

As células bacterianas geralmente são envoltas por uma parede celular composta de
peptidioglicanos (Madigan et al., 2010; Tortora et al., 2005), podendo esta ser relativamente
espessa, quando gram-positivas, ou relativamente fina e envolta por uma outra membrana
externa, quando gram-negativas (Prado et al., 2004).

Os fungos, ao contrário das bactérias, são seres vivos que possuem um núcleo definido, sendo
assim ditos eucariotos (Madigan et al., 2010; Tortora et al., 2005; Trabulsi e Alterthum, 2005).
Esses organismos podem ser unicelulares ou pluricelulares e são exclusivamente heterotróficos.
Os fungos ditos verdadeiros possuem uma parede celular composta de quitina (Madigan et al.,
2010; Tortora et al., 2005), polissacarídeo encontrado na carapaça de artrópodes, o que também
evidencia um parentesco mais próximo dos animais do que das plantas (Raven et al., 2007). Os
fungos de interesse directo na microbiologia são aqueles que não formam corpo de frutificação.

Figura 1 microrganismos

2.2 Importância dos fungos


Por serem decompositores, a maioria está envolvida no processo de reciclagem de nutrientes,
úteis para os demais organismos, a partir de detritos orgânicos. É um dos microrganismos mais
importantes no processo de compostagem. Na alimentação são fontes de proteína, vitaminas,
aminoácidos (cogumelos comestíveis: champignon, shiitake, shimeji, Morchella, Lactarius etc.).
Utilizados na indústria como fermentos na produção de pão, vinho, álcool (Saccharomyces),
shoio (Aspergillus), queijos (Penicillium). O género Giberella produz o hormônio de crescimento
ácido giberélico, que promove a proliferação de tecidos jovens nas plantas (Prado et al., 2004).
Outra aplicação benéfica são os antibióticos (penicilina, cefalosporina etc.) produzidos por
fungos e que são utilizados no tratamento de doenças. Poucos fungos são capazes de causar
doenças, conhecidas como micoses. Os fungos são menos frequentes na microbiota humana e
animal. Portanto, as doenças de natureza fúngica são menos comuns, o que não ocorre com as
plantas. Alguns cogumelos também são tóxicos e outros fungos também podem produzir
micotoxinas em alimentos, causando intoxicação alimentar. Algumas espécies de fungos são de
grande utilização no controle biológico, conhecidos como fungos entomopatogênicos. Devido a
sua característica heterotrófica, são frequentes os casos de deterioração de alimentos,
equipamentos, roupas e outros materiais, especialmente contendo material orgânico e umidade à
temperatura ambiente (Prado et al., 2004).

2.3 Microrganismos no ciclo do nitrogénio


O nitrogênio (N) é um dos macronutrientes exigido pelas plantas em maior quantidade. O maior
reservatório de N é a litosfera (97,82%), enquanto a biosfera contém 0,02% e a atmosfera 1,96%.
Maior fração de N na terra está na forma orgânica, compondo os vegetais, animais e resíduos
orgânicos. As plantas necessitam do N na forma mineral (amônio e nitrato), sendo incapazes de
assimilar o nitrogênio elementar da atmosfera (N2) e o N-orgânico. Como os microrganismos
são decompositores, transformam o N-orgânico em formas minerais (mineralização) ou são
capazes de fixar biologicamente o N-atm em formas assimiláveis. Existem outras fontes de N
para as plantas como o N dos adubos químicos e uma pequena fração do N em decorrência de
raios na atmosfera. Os microrganismos são quem disponibilizam, através de sua atividade
metabólica, todo o N necessário às plantas numa floresta, numa pradaria, no ecossistema ou até
mesmo as plantas cultivadas, dependendo do manejo. Estes microrganismos são ubíquos e
participam da microbiota do solo (Tortora et al, 2005).

2.3.1 Importância ambiental e económica do nitrogénio


Para um grupo de plantas, especialmente as leguminosas, o nitrogénio suficiente para a nutrição
da planta pode suprido através da simbiose desta com bactérias fixadoras de N. Estas bactérias
são comuns no solo e a simbiose mutualística estabelece-se naturalmente. Outras plantas também
são capazes de estabelecer relações benéficas com outras bactérias fixadoras de N, a exemplo das
gramíneas ou ainda a existência de bactérias de vida livre que também fixam N (Tortora et al,
2005).
Entre as bactérias fixadoras de N destaca-se Rhizobium e Bradyrhizobium em simbiose com
leguminosas, uma bactéria Gram negativa, pleomórfica, comum nos solos. As leguminosas são a
plantas, em segundo lugar de maior interesse económico, na exploração agrícola. Cada espécie
de bactéria é específica para cada planta (Tortora et al, 2005).

Todas estas formas de fixação de N são importantes para o ecossistema, porque após o N fixado
passa a constituir a matéria e quando esta for decomposta pelos microrganismos, haverá
liberação de N mineral para as plantas não fixadoras de N. Por isso que numa floresta todas as
plantas se mantêm verdes e saudáveis, mesmo as plantas que não formam simbiose com
bactérias fixadoras de N. Para as plantas de interesse económico o nitrogénio necessário às
plantas pode ser fornecido pelo sistema biológico, inoculando-se as plantas com bactérias
fixadoras de N (linhagens seleccionadas), utilizando-se a rotação de cultura (fixadoras e não
fixadoras), cultivo mínimo ou plantio directo para manter a cobertura orgânica sobre o solo,
adubação orgânica etc. O N fornecido na forma de adubos minerais apresenta aspectos a se
pensar (Tortora et al, 2005).

Figura 2.Imagem ilustrativa da Importância ambiental dos microrganismos


3.0 Conclusão
Os microrganismos, também chamados de micróbios, são seres vivos que possuem um tamanho
muito pequeno para serem vistos a olho nu. São encontrados em praticamente todos os lugares,
onde muitas vezes sua presença não é percebida.

Os microrganismos são representados por diversos tipos de seres vivos, apresentando estruturas
diferenciadas. Esses organismos podem ser células simples ou estas podem possuir uma estrutura
mais complexa. Há também microrganismos ditos especiais, pois estes não são formados por
células e possuem propriedades peculiares.

Os Microrganismos presentes em ambientes aquáticos assumem a base da cadeia alimentar


desses ecossistemas, além de suprir grande parte do oxigénio disponível na atmosfera para
respiração dos seres vivos macroscópicos. Outros microrganismos, presentes principalmente nos
solos, são responsáveis pela decomposição da matéria orgânica e reciclagem dos elementos,
possuindo papel fundamental nos ciclos biogeoquímicos.

Os microrganismos também são importantes no avanço da ciência, sendo utilizados para remover
diversos poluentes do ambiente e também na biotecnologia, especialmente na tecnologia do
DNA recombinante, amplamente utilizada na engenharia genética.
4.0 Referencias bibliografias
ACTOR, J.K (2007). Imunologia e microbiologia, Rio de Janeiro: Elsevier.

Bardin, L (2011). Análise de conteúdo. 1a ed. São Paulo: Casa de Ideias - Tradução: Luís Antero
Reto, Augusto Pinheiro, 2011.

GIL, A. C (2002). Como elaborar projeto de pesquisa. 4a ed. São Paulo: Atlas, 2002.

MADIGAN, M. T.; MARTINKO, J. M.; DUNLAP, P. V.; CLARK; D.P (2010). Microbiologia
de Brock. Traduzido de Brock Biology of Microorganisms. 12ª ed. Porto Alegre: Artmed,.

PRADO, I. A. C.; TEODORO, G. R.; KHOURI, S(2004). Metodologia de ensino de


Microbiologia para Ensino Fundamental e Médio. VIII Encontro Latino Americano de Iniciação
Cientifica e IV Encontro Latino Americano de Pós-Graduação – Universidade do Vale do
Paraíba. p. 127- 129. São José dos Campos.

RAVEN, P.H.; EVERT, R.F.; EICHHORN, S.E (2007). Biologia vegetal. 7ª ed. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan,.

TORTORA, G. J.; FUNKE, B. R.; CASE, C. L (2005). Microbiologia. Traduzido de


Microbiology: An Introduction. 8ª ed. Porto Alegre: Artmed,.

TRABULSI, L. R. e ALTERTHUM, F (2005). Microbiologia. 4ª ed. São Paulo: Atheneu,.

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