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INSTITUTO MÉDIO POLITÉCNICO DE CIÊNCIA INOVAÇÃO (IMPCI)

CURSO DE ESMI 03

MÓDULO: MICROBIOLOGIA

TEMA: INTRODUÇÃO A BACTERIOLOGIA MÉDICA

DISCENTES:

1º GRUPO

BETÂNIA BENE INIQUE

ELSA JÓ RONGUANA

FAZILA ARCANJO

FLÁVIA LORENZO

IVANILDA OSMAN CARIMO

TEREZA MANUEL

CHIMOIO, AOS 22 DE MARÇO DE 2023

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INSTITUTO MÉDIO POLITÉCNICO DE CIÊNCIA INOVAÇÃO (IMPCI)

CURSO DE ESMI 03

MÓDULO: MICROBIOLOGIA

TEMA: INTRODUÇÃO A BACTERIOLOGIA MÉDICA

FORMADOR:

TOVÁS ARNALDO

CHIMOIO, AOS 22 DE MARÇO DE 2023

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Conteúdo
1. Introdução............................................................................................................................ 4
1.1. Objectivos .................................................................................................................... 4
1.1.1. Objectivo geral ..................................................................................................... 4
1.1.2. Objectivo específicos. ........................................................................................... 4
1.2. Metodologia ................................................................................................................. 4
2. Introdução a bacteriologia médica ...................................................................................... 5
2.1. Importância das bactérias ............................................................................................. 6
2.2. Estafilococos ................................................................................................................ 7
2.3. Estreptococos ............................................................................................................... 9
2.3.1. Tipos de estreptococos........................................................................................ 10
2.3.2. Como confirmar a infecção por Streptococcus................................................... 12
2.4. Pneumococo ............................................................................................................... 12
2.5. Neisserias ................................................................................................................... 13
2.5.1. Neisseria meningitidis ........................................................................................ 13
2.5.2. Neisseria gonorrhoeae ........................................................................................ 14
2.6. Bactérias intestinais ................................................................................................... 15
2.7. Bacilos ....................................................................................................................... 15
2.7.1. Características principais .................................................................................... 16
2.8. Mico bactéria ............................................................................................................. 17
2.9. Corinebactérias .......................................................................................................... 18
2.10. Espiroquetas ........................................................................................................... 19
2.11. Mico plasmas.......................................................................................................... 19
2.12. Rickettsia ................................................................................................................ 21
2.12.1. Principais doenças .............................................................................................. 22
2.13. Clamídiáceas .......................................................................................................... 22
3. Conclusão .......................................................................................................................... 23
4. Referências bibliográficas ................................................................................................. 24

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1. Introdução

Bacteriologia, o estudo das bactérias. É o ramo da microbiologia que trabalha com a


identificação, classificação e caracterização e demais aspectos de espécies bacterianas.

O estudo das bactérias é de enorme interesse para a sociedade, uma vez que esses organismos
causam grande número de infecções, doenças e mortes em animais ou vegetais. Também são
de vital importância ecológica, além de essenciais na indústria alimentícia. Devido à
semelhança com microorganismos que não sejam bactérias, como protozoários, fungos e
vírus, tem havido uma tendência para o campo da bacteriologia se estender como
microbiologia.

Bactérias são os organismos mais bem-sucedidos do planeta em relação ao número de


indivíduos. A quantidade de bactérias no intestino de uma pessoa é superior ao número total
de células humanas no corpo dela, por exemplo.

Os vários tipos de bactérias podem ser prejudiciais ou úteis para o meio ambiente e para os
seres vivos. Com técnicas da biotecnologia já foram desenvolvidas bactérias capazes de
produzir drogas terapêuticas, como a insulina. Sendo assim, o presente trabalho possui como
tema Introdução a bacteriologia médica.

1.1.Objectivos
1.1.1. Objectivo geral
 Compreender a bacteriologia médica.
1.1.2. Objectivo específicos.
 Conceituar bactérias.
 Mencionar os tipos de bactérias
 Descrever diversos tipos de bactérias
1.2.Metodologia

Para a realização deste trabalho recorremos as seguintes metodologias: pesquisa bibliográfica,


consulta na internet, manuais e pdf ’s que abordam sobre a matéria.

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2. Introdução a bacteriologia médica

Bactérias são organismos unicelulares que não possuem núcleo definido nem organelas
membranosas. Podem ser classificadas de acordo com o seu formato, sendo as formas mais
comuns a esférica, a de bastão e a espiralada. Muito conhecidas por causarem doenças nos
seres humanos, as bactérias apresentam também sua importância, actuando, por exemplo, na
decomposição da matéria orgânica e sendo utilizadas na fabricação de alimentos, como
iogurtes. (MacFaddin, 2003)

As bactérias tem uma estrutura celular bem característica de células procarióticas: sem núcleo
revestido de membrana (o núcleo dos procariontes é chamado de nucleóide),
com plasmídeos, ribossomos, enfim, detalhados e ilustrados a seguir.

Cromossomas: O cromossoma que está presente nas bactérias é circular e possui uma única
molécula de DNA. Algumas fontes bibliográficas o designam não como cromos somo, mas
como corpo cromatínico, por não o considerarem como um cromossoma verdadeiro. Este
cromossoma carrega as informações genéticas da célula, tornando-o apto a realizar a auto-
replicação cromossómica.

Plasmídeo: Esta estrutura é uma pequena molécula de DNA e não está presente em todas as
bactérias, sendo que seus genes não são codificadores de informações e características
essenciais, mas dependendo da situação ambiente a que esta célula é exposta, pode ter alguma
vantagem selectiva em relação às outras bactérias que não possuem o plasmídeo, como por
exemplo quando são expostas à antibióticos. O plasmídeo protege a célula da acção
antibiótica. E o melhor de tudo: eles se autoduplicam, independentemente dos cromossomas.

Hialoplasma: O hialoplasma ou citosol é um líquido gelatinoso, composto por sais, glicose e


outras moléculas de açúcar e orgânicas, proteínas. Podemos encontrar também RNA e muitos
ribossomos.
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Ribossomos: Dispersos no interior da célula, esta estrutura é responsável pela aparência
rugosa que a célula tem.

Grânulos de Reserva: Neste tipo de célula o acúmulo de reservas acontece, mas é feito de
maneira diferente das células eucarióticas. Aqui são formados grânulos insolúveis em água,
compostos de glicose, ácido beta-hidroxibutírico e fosfato, formando cadeias complexas de
açúcares.

Membrana Celular: Esta membrana é na verdade uma camada dupla de fosfolipídeos, mas
também contem proteínas essenciais auxiliadoras na permeabilidade de nutrientes, na defesa e
na produção de energia.

Parede Celular: A parede recobre a membrana, e é ela quem confere alguma forma à
bactéria. Não é uma estrutura simples, e em algumas espécies é possível observar as
endotoxinas, substâncias que induzem o sistema imune a ter uma reação exacerbada
(conhecida como choque séptico) e provocar a morte do próprio hospedeiro.

Cápsulas: É uma camada que recobre a parede celular, polissacarídica geralmente, mas
podem ser proteínadas também. Esta estrutura mantém a célula bacteriana resistente
à fagocitose.

Flagelo: Esta estrutura é responsável pela motilidade da bactéria, está preso à membrana
plasmática e é proteinado.

Fímbrias: Também conhecidas como “pili”, estas estruturas são microfibrilas (curtas e finas)
proteicas, características das bactérias gram-negativas e diferentemente dos flagelos, não
servem para locomoção, mas para adesão. Existe ainda um tipo específico de fímbria, a
sexual. Esta serve para auxiliar no processo de conjugação, ligando as bactérias para que
troquem material genético.

2.1.Importância das bactérias

As bactérias, diferentemente do que muitos pensam, não são responsáveis apenas por causar
prejuízos aos seres humanos, havendo muitas espécies importantes para a nossa saúde. No
nosso intestino, por exemplo, há várias espécies de bactérias, as quais são fundamentais para
garantir o funcionamento normal do órgão. A nossa microbiota intestinal auxilia na absorção
de nutrientes, produz vitaminas e auxilia a evitar a proliferação de agentes patogénicos.
(Negroni, 2000).
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2.2.Estafilococos

Os estafilococos correspondem a um grupo de bactérias gram-positivas que possuem formato


arredondado, são encontradas agrupadas em cachos, semelhante a um cacho de uva e o género
é chamado de Staphylococcus. Os estafilococos podem ser naturalmente encontrados na pele e
nas mucosas, não causando qualquer tipo de doença, sem que haja qualquer sinal de doença.
(Unemo, et al, 2006).

No entanto, quando o sistema imunológico é pouco desenvolvido, como no caso dos recém-
nascidos, ou está enfraquecido, devido ao tratamento de quimioterapia ou à idade avançada,
por exemplo, as bactérias do género Staphylococcus podem entrar no organismo e causar
doença.

As espécies de Staphylococcus podem ser classificadas em dois grupos de acordo com a


presença ou ausência da enzima coagulasse. Assim, as espécies que possuem a enzima são
denominadas coagulasse positiva, sendo o Staphylococcus aureus a única espécie desse
grupo, e as espécies que não possuem são chamadas de estafilococos coagulasse negativa,
cujas principais espécies são Staphylococcus epidermidis e Staphylococcus
saprophyticus.(Unemo, et al, 2006).

As principais espécies de estafilococos são:

a) Staphylococcus aureus

O Staphylococcus aureus, ou S. aureus, é uma espécie de estafilococo normalmente


encontrada na pela e na mucosa das pessoas, principalmente na boca e no nariz, não causando
doença. Porém, quando o sistema imunológico encontra-se enfraquecido, o S. Aureus pode
entrar no organismo e causar infecções que podem ser leves, como a foliculite, ou graves,
como a sepse, por exemplo, que pode colocar a vida da pessoa em risco. (Ryan, 004).

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Essa bactéria também pode ser facilmente encontrada em ambiente hospitalar, podendo causar
infecções graves e difíceis de serem tratadas devido à resistência adquirida do microrganismo
a vários antibióticos.

Principais sintomas: Os sintomas da infecção por S. aureus variam de acordo com o tipo de
infecção, forma de contágio e condição da pessoa. Assim, pode haver dor, vermelhidão e
inchaço na pele, quando a bactéria se prolifera na pele, ou febre alta, dor muscular, dor de
cabeça e mal-estar geral, que normalmente é indicativo de que a bactéria está presente do
sangue.

Como é feito o tratamento: O tratamento da infecção por Staphylococcus aureus varia de


acordo com o seu perfil de sensibilidade aos antimicrobianos, que podem variar de acordo
com a pessoa e com o hospital em que se encontra, caso este seja o caso. Além disso, o
médico leva em consideração o estado de saúde do paciente e os sintomas apresentados pelo
paciente, além de outras infecções que possam existir. Normalmente o médico recomenda o
uso de Meticilina, Vancomicina ou Oxacilina por 7 a 10 dias.

b) Staphylococcus epidermidis

O Staphylococcus epidermidis ou S. epidermidis, assim como o S. aureus, está presente


normalmente na pele, não causando qualquer tipo de infecção. No entanto, o S.
epidermidis pode ser considerado oportunista, uma vez que é capaz de causar doença quando
o sistema imunológico está enfraquecido ou pouco desenvolvido, como no caso dos recém-
nascidos, por exemplo. (Ryan, 004).

Principais sintomas: Os sintomas da infecção por Staphylococcus epidermidis normalmente


só surgem quando a bactéria se encontra na corrente sanguínea, podendo haver febre alta, dor
de cabeça, mal-estar, falta de ar ou dificuldade para respirar e diminuição da pressão arterial,
por exemplo.

Como é feito o tratamento: O tratamento da infecção por S. epidermidis varia de acordo com
o tipo de infecção e características do microrganismo isolado. No caso de a infecção estar
relacionada com a colonização de dispositivos médicos, por exemplo, é indicada a troca dos
dispositivos, eliminando, assim, a bactéria. Quando a infecção é confirmada, o médico
também pode indicar o uso de antibióticos, como Vancomicina e Rifampicina, por exemplo.

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c) Staphylococcus saprophyticus

O Staphylococcus saprophyticus, ou S. saprophyticus, assim como o S. epidermidis, é


considerado um estafilococo coagulasse negativo, sendo necessária a realização de outros
exames para diferenciar essas duas espécies, como por exemplo a prova da novobiocina, que é
um antibiótico que o S. saprophyticus é normalmente resistente e o S. epidermidis é sensível.

Essa bactéria pode ser encontrada naturalmente na pele e na região genital, não causando
sintomas. No entanto, quando há desequilíbrio da microbiota da região genital, o S.
saprophyticus e causar infecção urinária, principalmente em mulheres, uma vez que essa
bactéria é capaz de aderir às células do sistema urinário de mulheres em idade reprodutiva.
(Ryan, 004).

Principais sintomas: Os sintomas da infecção por S. saprophyticus são os mesmos do de


uma infecção urinária, havendo dor e dificuldade para urinar, urina turva, sensação de não
conseguir esvaziar a bexiga e febre baixa persistente, por exemplo.

Como é feito o tratamento: O tratamento da infecção por S. saprophyticus é feito com o uso
de antibióticos, como por exemplo o Trimetoprim. No entanto, o tratamento com antibióticos
só deve ser indicado pelo médico na presença de sintomas, caso contrário pode favorecer o
surgimento de bactérias resistentes.

2.3.Estreptococos

São microrganismos aeróbios Gram-positivos que causam muitos distúrbios, incluindo


faringite, pneumonia, infecções em feridas e na pele, sepsia e endocardite. Os sintomas
variam com o órgão infectado. Sequelas das infecções por estreptococos beta-hemolíticos do
grupo A podem incluir febre e glomerulonefrite. A maioria das cepas é sensível à penicilina,
embora cepas resistentes a macrolídeos tenham surgido recentemente. (Forbes, 2009).

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2.3.1. Tipos de estreptococos

Dependendo da espécie de Streptococcus que consegue se desenvolver, a doença resultante e


os sintomas podem variar:

a) Streptococcus pyogenes (grupo A)

O Streptococcus pyogenes, ou Streptococcus do grupo A, é o tipo que pode causar as


infecções mais graves, embora esteja naturalmente presente em alguns locais do corpo,
especialmente na boca e na garganta, além de poder estar presente na pele e no trato
respiratório.

Como se pega: o Streptococcus pyogenes pode ser facilmente transmitido de pessoa para
pessoa por meio do compartilhamento de talheres, beijos ou secreções, como espirros e tosse,
ou por meio do contacto com secreções de feridas de pessoas infectadas.

Doenças que pode causar: uma das principais doenças causadas pelo S. pyogenes é a
faringite, mas também pode causar escarlatina, infecções de pele, como impetigo e erisipela,
além de necrose tecidual e febre reumática. A febre reumática é uma doença auto-imune
caracterizada pelo ataque do próprio organismo ao sistema imunológico e que pode ser
favorecido pela presença da bactéria.

Sintomas comuns: os sintomas da infecção por S. pyogenes variam de acordo com a doença,
no entanto o sintoma mais comum é a dor de garganta persistente e que ocorre mais de 2
vezes por ano. A identificação da infecção é feita por meio de exames laboratoriais,
principalmente o exame da antiestreptolisina O.

Como tratar: o tratamento depende da doença que a bactéria causa, mas é principalmente
feito com o uso de antibióticos, como Penicilina e Eritromicina. É importante que o
tratamento seja realizado conforme a orientação do médico, pois é comum que essa bactéria
adquira mecanismos de resistência, o que pode tornar o tratamento complicado e resultar em
complicações graves para a saúde.

b) Streptococcus agalactiae (grupo B)

Streptococcus agalactiae, ou Streptococcus do grupo B, são bactérias que podem ser


encontradas mais facilmente no trato intestinal inferior e no sistema urinário e genital
feminino, podendo causar infecções graves principalmente em recém-nascidos.

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Como se transmite: a bactéria está presente na vagina da mulher e pode contaminar o líquido
amniótico ou ser aspirada pelo bebê durante o parto.

Doenças que pode causar: o S. agalactiae pode representar risco para o bebê após o
nascimento, podendo causar sepse, pneumonia, endocardite e até meningite.

Sintomas comuns: a presença dessa bactéria normalmente não causa sintomas, mas pode ser
identificada na mulher algumas semanas antes do parto para que seja verificada a necessidade
de fazer tratamento para evitar a infecção no recém-nascido. Já no bebé, a infecção pode ser
identificada através de sintomas como alteração no nível da consciência, rosto azulado e
dificuldade para respirar, que podem surgir algumas horas após o parto ou dois dias depois.
Entenda como é feito o exame para identificar a presença de Streptococcus do grupo B na
gravidez.

Como tratar: o tratamento normalmente é feito com o uso de antibióticos, sendo os mais
comummente indicados pelo médico Penicilina, Cefalosporina, Eritromicina e Cloranfenicol.

c) Streptococcus pneumoniae

O Streptococcus pneumoniae, S. pneumoniae ou pneumococos, pode ser encontrado no trato


respiratório de adultos e, menos frequentemente em crianças.

Doenças que pode causar: é responsável por doenças como otite, sinusite, meningite e,
principalmente, pneumonia.

Sintomas comuns: com a principal doença é a pneumonia, os sintomas geralmente são


respiratórios, como dificuldade para respirar, respiração mais rápida que o normal e cansaço
excessivo. Conheça outros sintomas de pneumonia.

Como tratar: o tratamento é feito com o uso de antibióticos, que devem ser recomendados
pelo médico, como por exemplo Penicilina, Cloranfenicol, Eritromicina, Sulfametoxazol-
Trimetoprima e Tetraciclina.

d) Streptococcus viridans

O Streptococcus viridans, também conhecido por S. viridans, é encontrada principalmente na


cavidade oral e da faringe e possui papel protector, impedindo o desenvolvimento de outras
bactérias, como por exemplo a S. pyogenes.

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O Streptococcus mitis, pertencente ao grupo do S. viridans, está presente na superfície dos
dentes e nas mucosas, podendo ser identificada a sua presença por meio da visualização de
placas dentárias. Essas bactérias podem entrar na corrente sanguínea durante a escovação dos
dentes ou extracção dentária, por exemplo, principalmente quando a gengiva encontra-se
inflamada.

O Streptococcus mutans, que também pertence ao grupo do S. viridans, está presente


principalmente no esmalte do dente e a sua presença nos dentes está directamente relacionada
com a quantidade de açúcar consumida, sendo a principal responsável pela ocorrência de
cáries dentárias.

2.3.2. Como confirmar a infecção por Streptococcus

A identificação da infecção por Streptococcus é feito em laboratório por meio de exames


específicos. O clínico geral ou infectologista irá indicar, de acordo com os sintomas
apresentados pela pessoa, o material que será enviado para laboratório para a análise, podendo
ser sangue, secreção da garganta, da boca ou secreção vaginal, por exemplo.

No laboratório são feitos testes específicos que permitem indicar que a bactéria causadora da
infecção é Streptococcus, além de outros testes que permitem a identificação da espécie de
bactéria, o que é importante para que o médico conclua o diagnóstico.

2.4.Pneumococo

O Streptococcus pneumoniae ou pneumococo é uma bactéria gram-positiva, capsulada, que


tem 90 sorotipos imunológicamente distintos de importância epidemiológica mundial na
distribuição das doenças pneumocócicas invasivas (pneumonias bacterêmicas, meningite,
sepse e artrite) e não-invasivas (sinusite, otite média aguda, conjuntivite, bronquite e
pneumonia). A doença pneumocócica pode levar a infecções graves nos pulmões
(pneumonia), no sangue (bacteremia - disseminação da bactéria pelo sangue / sepsis -
infecção generalizada) e na membrana que reveste o cérebro (meningite). Bacteremia e
meningite são infecções pneumocócicas invasivas, normalmente muito graves, que levam à
hospitalização, ou, até mesmo, à morte. (Urbina & Biber, 2009).

Transmissão: As bactérias são disseminadas através de gotículas de saliva ou muco como,


por exemplo, quando as pessoas infectadas tossem ou espirram. Estas pessoas podem ser
portadoras do pneumococo sem apresentar sinais ou sintomas da doença, mas podem infectar
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outras pessoas. Os portadores mais frequentes são as crianças pequenas. (Urbina & Biber,
2009).

Prevenção: A prevenção, por meio da vacina contra a doença pnemocócica, é a melhor


maneira de se proteger contra o pneumococo.

2.5.Neisserias

Neisseria gonorrhoeae é uma bactéria da família Neisseriaceae. É um diplococo gram-


negativo, não flagelado, não formador de esporos, não hemolítico, aeróbio ou
facultativamente anaeróbio que habita o trato respiratório superior do homem, sendo
responsável pela gonorreia – doença sexualmente transmissível, com formato de rim e
consequentemente pela conjuntivite gonocócica doença hereditariamente transmitida
da mãe para o filho ou sexualmente transmitida pelo intercurso geno-oftálmico. (Urbina &
Biber, 2009).

O coco gram-negativo Neisseria gonorrhoeae


2.5.1. Neisseria meningitidis
Os humanos são os únicos hospedeiros naturais de meningococos. Os organismos são
disseminados por gotículas transmitidas pelo ar. Colonizam as membranas da
nasofaringe e tornam-se parte da microbiota transiente do trato respiratório superior. Os
portadores são geralmente assintomáticos. A partir da nasofaringe, o organismo pode atingir a
corrente sanguínea e disseminar-se a sítios específicos, como as meninges ou articulações, ou
pode disseminar-se por todo o corpo (meningococcemia) (Urbina & Biber, 2009).

Tratamento: A penicilina G é o tratamento de escolha para infecções me- ningocóccicas.


Linhagens resistentes à penicilina são de rara emergência, mas a resistência à sulfonamida é
comum.

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Prevenção: A quimioprofilaxia e imunização são utilizadas na prevenção de doença
meningocóccica. A rifampina ou ciprofloxacina podem ser utilizadas na profilaxia de
indivíduos que estabe- leceram contato próximo com o caso índice. Esses fármacos são
preferidos, uma vez que são eficientemente secretados na saliva, contrariamente à penicilina
G.

Existem duas formas de vacina meningocóccica, ambas contendo o polissacarídeo capsular


dos grupos A, C, Y e W-135 como imunógenos. A vacina conjugada (Menactra) contém os
quatro polissacarídeos conjugados a uma proteína carreadora (toxoide diftérico), enquanto a
vacina não conju- gada (Menomune) contém apenas os quatro polissacarídeos (não
conjugados a uma proteína carreadora).

2.5.2. Neisseria gonorrhoeae

Patogênese e epidemiologia: Os gonococos, assim como os meningococos, causam doença


apenas em humanos. O organismo é usualmente transmitido sexualmente, sendo que recém-
nascidos podem ser infectados durante o nascimento. Uma vez que o gonococo é bastante
sensível à desidratação e a condições de baixa temperatura, a transmissão sexual favorece sua
sobrevivência. Habitualmente, a gonorreia é sintomática em homens, mas em geral
assintomática em mulheres. Infecções do trato genital são a fonte mais comum do
organismomo, porém as infecções anorretais e faríngeas são também importantes fontes.

Achados clínicos: Os gonococos causam infecções localizadas, geralmente no trato genital,


bem como infecções disseminadas, com a colonização de vários órgãos. Os gonococos
atingem esses órgãos por meio da corrente sanguínea (bacteriemia gonocóccica).

Em homens, a gonorreia caracteriza-se principalmente por uretrite, acompanhada de disúria e


descarga purulenta. A epididimite pode ocorrer.

Em mulheres, a infecção localiza-se principalmente no endocérvix, provocando secreção


vaginal purulenta e sangra- mento intermenstrual (cervicite). A complicação mais frequente
nas mulheres consiste em uma infecção ascendente das trompas uterinas (salpingite, DIP),
podendo resultar em esterilidade ou gravidez ectópica como resultado da formação de
cicatrizes nas trompas.

Diagnóstico laboratorial: O diagnóstico de infecções localizadas depende da coloração de


gram e cultura da secreção. Em homens, a detecção de diplococos gram-negativos no interior
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de PMNs em um espécime de secreção uretral é suficiente para o diag- nóstico. Em mulheres,
o uso da coloração de Gram isolada- mente pode ser de difícil interpretação; desse modo,
devem ser realizadas culturas.

Tratamento: Ceftriaxona é o tratamento de escolha para infecções gonocóccicas não


complicadas. Espectinomicina ou ciprofloxacina devem ser utilizadas quando o paciente é
alérgico a penicilina. Uma vez que infecções mistas com C. trachomatis são comuns, a
tetraciclina também deve ser prescrita. Uma cultura de acompanhamento deve ser realizada 1
semana após a conclusão do tratamento para determinar se ainda há presença de gonococos.

Prevenção: A prevenção da gonorreia envolve o uso de preservativos e o rápido tratamento


de pacientes sintomáticos, assim como de seus parceiros. Os casos de gonorreia devem ser
notificados ao departamento de saúde pública para garantir-se o acompanhamento adequado.
Um problema importante refere-se à detecção de portadores assintomáticos. A conjuntivite
gonocóccica em recém-nascidos é prevenida com mais frequência pelo uso de unguento de
eritromicina.

2.6.Bactérias intestinais

As bactérias intestinais formam uma comunidade microbiana que habita o intestino. Ainda
que durante muito tempo sua importância tenha sido ignorada, são determinantes tanto para os
processos digestivos quanto para a saúde metabólica e imunológica.

Em um organismo saudável, este grupo de bactérias benéficas regula o pH digestivo e, por sua
vez, cria uma barreira protectora contra os agentes infecciosos que adoecem o corpo. Porém,
devido aos maus hábitos alimentares, o consumo excessivo de antibióticos e o stress, sua
actividade pode ser comprometida, criando, assim, um desequilíbrio que põe a saúde em risco.

Como consequência, ocorre uma série de reacções que, a princípio possam parecer comuns;
mas, com o passar dos dias é provável que se tornem problemas crónicos e difíceis de tratar.
Devido a isto, é primordial saber como se manifestam quando saem do controle e, caso seja
necessário, tomar as medidas oportunas para restabelecê-las.

2.7.Bacilos

Bacilos são bactérias que possuem formato de bastonete. Estes microrganismos são muito
pequenos, sendo que a visualização deles só é possível com o auxílio de microscópios. Muitos
bacilos são causadores de doenças, muitas delas graves, nos seres humanos.
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Bacillus thuringiensis

2.7.1. Características principais

São procariontes, ou seja, o material genético nos bacilos não é delimitado por uma
membrana. São unicelulares (formados por apenas uma célula). (Lydyard, 2009).

Os bacilos são divididos em dois tipos: gram-positivos e gram-negativos. Os bacilos gram-


negativos são os causadores de grande parte das doenças graves em seres humanos. As
bactérias Gram-positivas são classificadas pela cor que adquirem após aplicação de um
processo químico denominado coloração de Gram. As bactérias Gram-positivas adquirem
coloração azul quando essa coloração é aplicada a elas. As outras bactérias adquirem
coloração vermelha. Elas são chamadas de Gram-negativas. As bactérias Gram-positivas e
Gram-negativas têm a coloração diferente porque suas paredes celulares são diferentes. Elas
também causam tipos diferentes de infecções e tipos diferentes de antibióticos são eficazes
contra elas. (Lydyard, 2009).

Todas as bactérias podem ser classificadas como uma de três formas básicas: esferas (cocos),
bastonetes (bacilos) e espirais ou hélices (espiroquetas). As bactérias Gram-positivas podem
ser cocos ou bacilos. Algumas bactérias Gram-positivas causam doenças. Outras ocupam
normalmente um local do corpo, como a pele. Essas bactérias, chamadas microbiota habitual,
geralmente não causam doença. Os bacilos Gram-positivos causam alguns tipos de infecção,
incluindo:

 Carbúnculo
 Difteria
 Infecções enterocócicas
 Erisipelotricose
 Listeriose

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2.8.Mico bactéria

Mycobacterium é um gênero de bactérias que se caracteriza, entre outras coisas, por ter uma
forma de barra e não corar adequadamente usando o método de coloração Gram. Constitui um
grande grupo de bactérias, bastante heterogêneas que, em muitas ocasiões, são agentes
patogênicos para o ser humano. (Lydyard, 2009).

Morfologia: As bactérias pertencentes ao género Mycobacterium têm o formato de uma barra


alongada. Suas medidas são: 0,2 – 0,04 mícrons de largura por 2 – 10 mícrons de
comprimento. Algumas espécies têm bordas arredondadas, assim como outras têm bordas
rectas.

Todos têm uma parede celular bastante complexa. Essa complexidade a distingue do resto dos
organismos procarióticos. Entre suas características mais proeminentes está a abundância de
lipídios, conhecidos como ácidos micólicos.

Patogênese: Nem todas as espécies de micobactérias representam uma ameaça para os seres
vivos , especialmente para o homem.

Entre as micobactérias estritamente patogênicas podem ser citadas Mycobacterium


tuberculosis , Mycobacterium leprae, Mycobacterium bovis e Mycobacterium africans.

Pelo contrário, existem alguns que são patógenos ocasionais. Isso significa que, para gerar
uma patologia, elas requerem certas condições, como a imunossupressão do hospedeiro. Entre
estes, podem-se citar Mycobacterium xenopi, Mycobacterium abscessus e Mycobacterium
chelonae.

Factores de virulência: Os factores de virulência são elementos a serem levados em


consideração no desenvolvimento de uma infecção bacteriana, pois são os que determinam a
capacidade que uma bactéria terá para entrar em um hospedeiro e gerar alguma patologia.

No caso de microbactérias, os factores de virulência são destinados a várias funções:

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 Promover a entrada e reprodução das bactérias nas células hospedeiras.
 Interferir nos mecanismos de defesa natural do hospedeiro para que a bactéria não seja
danificada.

Dentre os factores de virulência mais conhecidos e estudados das micobactérias, destacam-se


o Factor de Cordão, os sulfatetos e o liporabino-manano.

Como ocorre a transmissão: A transmissão da micobactéria MCR pode estar relacionada ao


mal reprocessamento dos instrumentais e aparelhos utilizados em procedimentos invasivos,
como nos casos de cirurgia plástica. O período de incubação da bactéria pode variar de duas
semanas a 12 meses.

As infecções podem envolver praticamente qualquer tecido, órgão ou sistema do corpo


humano, e é mais frequente o acometimento na camada interna da pele. Os infectados
apresentam sintomas como:

 dor intensa;
 vermelhidão;
 aparecimento de lesão e nódulos (pequenos caroços);
 dificuldade de cicatrização;
 secreção no local da incisão cirúrgica.
2.9.Corinebactérias

Corynebacterium (do grego koryne, bastão) é um género de bactérias bacilares pequenas


e gram-positivas da família Corynebacteriaceae. Geralmente imóveis, podem
ser aeróbicas ou anaeróbicas facultativas, são quimiorganotróficas, não esporulantes e
pleomórficas. Podem ser encontrado no solo e água ou infectar plantas e animais, inclusive
humanos. Fermentam hidratos de carbono em ácido láctico e possuem catalase. (Pardi, et al,
2004).

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Morfologia e bioquímica: são bacilos gram-positivos aeróbios e não-formadores de esporos,
de forma recurva (em clava) que fazem parte da microbiota da pele e trato respiratório. São
catalase-positivos e seus grânulos metacromáticos formam um aspecto de colar de contas.

Cultura: No ágar-sangue, as Corinebactérias formam colónias pequenas, acinzentadas e de


bordas irregulares, podendo ser hemolíticas. O C. diphtheriae possui três tipos em colónia,
gravis,mitis eintermedius. Apenas cepas lisogênicas, que foram infectadas por um
bacteriófago, possuem o gene que permite a síntese da toxina diftérica.

Patogenia: A transmissão é por contágio oral com desenvolvimento dos bacilos em áreas de
mucosas ou abrasões cutâneas.

Essa bactéria, então, produz a exotoxina em um processo que depende de ferro e por isso gera
formas graves em crianças bem-alimentadas. A toxina interrompe a síntese protéica,
promovendo necrose e uma inflamação com fibrina, eritrócitos e leucócitos, formando uma
exsudação pseudomembranosa e cinzenta na orofaringe.

Tratamento: Feito com a máxima antecedência, utilizando antitoxina diftérica (soro


antidiftérico). Além disso, há terapia com antibióticos como penicilina G cristalina ou
macrolídeo (eritromicina, claritromicina ou azitromicina).

2.10. Espiroquetas

Espiroquetas: apresentam uma forma de espiral flexível, possuindo flagelos periplasmáticos.


Um espiroquete é um tipo de bactéria dentro das espiroquetas de filo. As espiroquetas são
chamados porque são de forma muito longa, fina e helicicamente enrolada, portanto, têm uma
forma de saca -rolhas em espiral. A forma helicoidal é uma das três categorias morfológicas
dos procariontes.

2.11. Mico plasmas

Mycoplasma pneumoniae.
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Mycoplasma é um género de bactérias que, como os outros membros da classe Mollicutes,
não possuem uma parede celular ao redor de suas membranas celulares. [1] O
peptidoglicano (murein) está ausente. Esta característica torna-os naturalmente resistentes a
antibióticos que visam a síntese da parede celular (como os antibióticos beta-lactâmicos). Eles
podem ser parasitas ou saprótrofos. Várias espécies são patogénicas em humanos, incluindo
M. pneumoniae, que é uma importante causa de pneumonia "andando" e outros distúrbios
respiratórios, e M. genitalium, que se acredita estar envolvido em doenças inflamatórias
pélvicas. (Pardi, et al, 2004).

Causas: O micoplasma é atribuível a uma bactéria conhecida como Mycoplasma


pneumoniae. Este é o mais reconhecido de todos os patógenos humanos. Mais de 200 espécies
conhecidas únicas estão incluídas. Como consequência de M, a maioria das pessoas sofre de
infecção respiratória. A pneumonia não é criada por pneumoniae. A bactéria pode se unir ao
tecido pulmonar e se multiplicar até que uma infecção completa se desenvolva dentro do
corpo. A maioria dos casos é leve e autolimitada.

Sintomas : Nenhum sintoma ocorre para a maioria das pessoas com infecção por mico
plasma genital. As pessoas que o fazem podem ter uma descarga (fluxo de fluido) da uretra e
desconforto ou dificuldade para urinar. Em raras situações, os sintomas podem conter
dificuldades respiratórias e desconforto nas articulações, normalmente em pessoas hoje com
sistemas imunológicos fracos.

Patogenicidade: O antígeno P1 é o principal factor de virulência do micoplasma. P1 é uma


proteína associada à membrana que permite a adesão às células epiteliais. O receptor P1
também é expresso em eritrócitos, o que pode levar à aglutinação de autoanticorpos da
infecção por micobactérias. Várias espécies de Mycoplasma podem causar doenças, incluindo
M. pneumoniae, que é uma importante causa de pneumonia atípica (anteriormente conhecida
como "pneumonia ambulante"), e M. genitalium, que tem sido associada a doenças
inflamatórias pélvicas. As infecções por micoplasma em humanos estão associadas a erupções
cutâneas em 17% dos casos.

Diagnóstico : O diagnóstico é muitas vezes feito por exame de saúde e pode exigir um exame
de sangue e / ou radiografia de tórax.

Não testa a bactéria em si. A interpretação dos benefícios pode ser complicada porque
combina duas variedades de anticorpos, um que aumenta de forma aguda usando a doença
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IgM e IgG que permanece positiva por anos e indica exposição prévia. Interpretação deseja
ser considerada em conjunto com todos os sintomas do paciente. Um exame de sangue
repetido é frequentemente realizado logo após 2-3 semanas para ter certeza de um diagnóstico
apropriado, mas isso não é comum.

Tratamento dos micoplasmas: Antibióticos macrolídeos, às vezes, fluoroquinolonas ou


tetraciclinas. Macrolídeos são, geralmente, os antimicrobianos de escolha. A maioria das
espécies também é sensível a fluoroquinolonas e tetraciclinas. Foi descrita resistência aos
macrolídeos na infecção por M. pneumoniae em > 80% de amostras na China e no Japão.
Dados preliminares mostram que a prevalência da resistência pode chegar a 12% nos EUA.
Portanto, deve-se considerar o uso de fluoroquinolonas ou tetraciclinas para pacientes com
doença refractária, especialmente nas regiões com resistência importante aos macrolídeos. M.
genitalium tem desenvolvido resistência generalizada a macrolídeos, tetraciclinas e
fluoroquinolonas, o que torna desafiador o tratamento da infecção por esse organismo.

2.12. Rickettsia

A Rickettsia corresponde a um género de bactérias gram-negativas que podem infectar


piolhos, carrapatos, ácaros ou pulgas, por exemplo. Caso esses animais mordam as pessoas,
podem transmitir essa bactéria, havendo desenvolvimento de doenças de acordo com a
espécie de Rickettsia e o artrópode responsável pela transmissão, como febre maculosa e o
tifo. A Rickettsia sp. só consegue se desenvolver e multiplicar no interior das células, o que
pode levar ao surgimento de sintomas graves caso não seja identificada e tratada rapidamente,
como aumento do baço e do fígado, diminuição da pressão arterial e alterações respiratórias,
por exemplo.

As principais espécies de Rickettsia que infectam e causam doenças em pessoas são a


Rickettsia rickettsii, Rickettsia prowazekii e Rickettsia typhi, que são transmitidas ao homem
por meio de um artrópode que se alimenta de sangue.

Sintomas de infecção por Rickettsia sp.: Os principais sintomas de infecção


por Rickettsia sp. são: Febre alta; Dor de cabeça intensa e constante; Aparecimento de
manchas vermelhas no tronco e nas extremidades; Mal estar geral; Cansaço excessivo;
Fraqueza.

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Nos casos mais graves, pode ainda haver aumento do fígado e do baço, diminuição da
pressão, problemas renais, gastrointestinais e respiratórios, podendo haver parada respiratória
e, consequentemente, óbito caso não seja tratada e identificada rapidamente.

2.12.1. Principais doenças

Febre maculosa: A febre maculosa é causada pela mordida do carrapato estrela infectado
pela bactéria Rickettsia rickettsii, que atinge a circulação sanguínea da pessoa, espalha-se pelo
corpo e entra nas células, se desenvolvendo e multiplicando e levando ao aparecimento dos
sintomas, que demoram entre 3 e 14 dias para aparecer. A febre maculosa é mais comum
durante os meses de junho a outubro, que é quando os carrapatos estão mais activos, e pode
ser transmitida durante todo o seu ciclo de vida, que dura entre 18 e 36 meses.

Tifo epidémico: O tifo epidémico é também causado pela bactéria Rickettsia sp., podendo ser
transmitido pelo piolho, no caso da Rickettsia prowazekii, ou pela pulga, no caso da Rickettsia
typhi. Os sintomas normalmente surgem entre 7 e 14 dias após a infecção pela bactéria e
normalmente 4 a 6 dias após o aparecimento do primeiro sintoma, é comum aparecer manchas
e erupções cutâneas que se espalham rapidamente pelo corpo.

Tratamento: O tratamento para as infecções por Rickettsia sp. é feito com antibióticos,
normalmente Doxiciclina ou Cloranfenicol, que devem ser utilizados de acordo com a
orientação do médico mesmo que não existam mais sintomas. É comum que cerca de 2 dias
depois do início do tratamento a pessoa já apresente melhoras, no entanto é recomendado
continuar utilizando o antibiótico para evitar a recorrência da doença ou resistência.

2.13. Clamídiáceas

Chlamydiaceae ou Clamidiáceas é uma família de bactérias gram negativas esféricas


(cocoides), de ciclo único obrigatoriamente intracelular e que são incapazes de sintetizar ATP.
Elas induzem a sua própria fagocitose por células hospedeiras e formam colónias dentro do
seu citoplasma. Podem parasitar aves ou mamíferos (incluindo humanos). (Samaranayake,
2011)

São transmissíveis para seres humanos por contacto interpessoal ou pelas vias respiratórias.
As clamidias podem ser cultivadas em animais de laboratório, em culturas de células ou no
saco vitelino de ovos de galinha embrionados.

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3. Conclusão

Após a conclusão do trabalho percebeu-se que a Bacteriologia, o estudo das bactérias.


Bacteriologia é uma ciência responsável por elucidar, estudar, documentar tudo acerca
das bactérias (morfologia, bioquímica, genética, comportamento, fisiologia, ecologia...).
Também é uma disciplina que compõe a grade curricular de alguns cursos na área da Ciência
Biológica.

A importância das bactérias foi reconhecida, uma vez que levou a um estudo de prevenção e
tratamento de doenças por vacinas.

O ramo da bacteriologia é de extrema importância não só para essa ciência, no caso, a


biologia, como também para a medicina: e é exactamente por isso que parte dos estudos e
pesquisas científicas em tal sector também são voltadas para os profissionais da área de saúde.

Também percebeu-se que as bactérias não são somente organismos causadores de doenças.
Elas contribuem, e muito, para melhorar a qualidade ambiental e de vida de diversas espécies.
No sistema digestório de alguns organismos, como ruminantes e cupins, por exemplo,
determinadas bactérias auxiliam na quebra de algumas substâncias, como a celulose.

O que diz respeito a cadeias alimentares, muitos destes indivíduos, juntamente com
determinados tipos de fungos, são capazes de decompor a matéria orgânica oriunda de
organismos mortos e seus resíduos, liberando para o ambiente diversos nutrientes de
composição mais simples, sendo estes aproveitados por outros seres vivos.

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4. Referências bibliográficas
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Gewandsznajder, Fernando e LINHARES, Sérgio. Biologia – Projeto Múltiplo. São
Paulo: Editora Ática, 2019.
 https://www.tuasaude.com/staphylococcus/.
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Porakishvili, N. (2009). Estudos de caso em doenças infecciosas . Garland Science
 MacFaddin, JF (2003). Testes bioquímicos para a identificação de bactérias de
importância clínica . Pan-American Medical Ed.
 Negroni, M. (2000). microbiologia Dental . Pan-American Medical Ed.
 Pardi, G., Pérez, MF, Pacheco, A. e Mata de Henning, M. (2004). Algumas
considerações sobre Neisseria gonorrhoeae . Venezuelan Dental Act , 42 (2), 122-127.
 Ryan KJ; Ray CG (editors) (2004). Sherris Medical Microbiology 4th ed. [S.l.]:
McGraw Hill. ISBN 0-8385-8529-9.
 Samaranayake, L. (2011). Microbiologia essencial para odontologia E-Book .
Elsevier Ciências da Saúde.
 Unemo, M., Savicheva, A., Budilovskaya, O., Sokolovsky, E., Larsson, M., &
Domeika, M. (2006). Diagnóstico laboratorial de Neisseria gonorrhoeae em São
Petersburgo, Rússia: inventário, características de desempenho e otimizações
recomendadas. Infecções sexualmente transmissíveis , 82 (1), 41-44.
 Urbina, MT, & Biber, JL (2009). Fertilidade e reprodução assistida . Pan-American
Medical Ed.

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