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Genética
II Grupo
Tema: IMUNOGENÉTICA
Discentes: Docente:
2. Objectivos ............................................................................................................................................................ 5
3. Imunogenética ...................................................................................................................................................... 6
6. Imunoglobulinas ................................................................................................................................................. 18
7. Transplantes ....................................................................................................................................................... 19
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2. Objectivos
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3. Imunogenética
A Imunogenética trata dos aspectos genéticos dos antígenos, dos anticorpos e suas
interacções, envolvendo temas importantes na área da saúde, os sistemas de grupos
sanguíneos eritrocitários e os problemas clínicos resultantes de suas incompatibilidades,
as respostas imunes, os transplantes de tecidos e órgãos, as doenças por deficiência
imune e as doenças auto-imunes (Osório & Robison. 2013:332)
3.2 Anticorpos
Segundo Guyton & Hall (2017. Cap. 36) os anticorpos são Gama globulinas, chamadas
imunoglobulinas, apresentando pesos moleculares entre 160.000 e 970.000, isto é, são
proteínas do soro, do tipo -globulina, denominadas de imunoglobulinas que
apresentam especificidade para um epítopo de moléculas que compõem um antígeno.
As regiões de especificidades do anticorpo são denominadas parátopos ou sítios
combinatórios (sítios de ligação de um anticorpo ao antígeno).
Os anticorpos são classificados geralmente em regulares, que resultam de estímulos
naturais e tem ocorrência esperada, e irregulares, que resultam com resposta a alo
antígenos e tem ocorrência inesperada. (Osório & Robison. 2013:333)
Figura 1.0: Os quatro grupos ou tipos sanguíneos do sistema ABO baseiam-se nos
antígenos presentes na superfície das hemácias.
Fonte: Osório & Robison, Genética humana, 3ª edição.
Reacção das hemácias do sistema de grupos sanguíneos ABO com os soros Anti – A e
Anti – B
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Os alelos A e B são codominantes e o alelo O é recessivo em relação a eles e é
considerado um alelo amorfo, por não, codificar um produto génico conhecido.
A AA, AO A Anti – B
B BB, BO B Anti-A
AB AB AeB Nenhum
Fonte: Souza. Silva. et all; Genética Médica Para Universitários; 2015; 1ª edição
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No fenótipo Oh, falta a enzima – 2 – L – fucosiltransferase, por isso não há produção
de antígeno H, não havendo, consequentemente, substrato para a produção de antígenos
A e B. Actualmente sabe-se que esse fenótipo é causado pela homozigose de uma
mutação de sentido trocado (leu 242 arg) no alelo FUT1 (antígeno H) e da deleçao total
do alelo FUT2 (factor secretor).
Os indivíduos com o fenótipo Oh transmitem seus alelos A e/ou B para seus
descendentes, nos quais poderão expressar-se se estes possuírem pelo menos um alelo
H.
Obtenção do soro anti – Rh do modo como as hemácias de macacos Rhesus, e das pessoas que
reagem a esse soro.
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Etiologia, pata génese e prevenção – a DHPN é uma doença hemolítica adquirida, que
ocorre quando há incompatibilidade entre a mãe e o feto com relação a grupos
sanguíneos. Há dois tipos principais de DHPN: um é devido a incompatibilidade quando
ao sistema Rh (a mãe é Rh – negativa e o feto, Rh – positivo), o outro a
incompatibilidade quando ao sistema ABO (quando a mãe é do grupo sanguíneo O e o
feto é do grupo A ou B).
Actualmente essa última é a forma mais comum de DHPN, sendo seguida pela DHPN
causada pela incompatibilidade quanto ao sistema Rh. Em menos frequência, a DHPN
pode ser causada por incompatibilidade quando a outros sistemas sanguíneos, como o
kell ou o Duffy. Em qualquer caso, o diagnóstico deve ser confirmado por testes
específicos como o teste de Coombs.
Em uma mãe Rh – negativa, as células fetais Rh – positivas que entrarem na circulação
materna (em geral no terceiro trimestre de gestação ou durante o parto) podem
estimular a formação de anti – D pela mãe, o qual pode ser transferido para a circulação
fetal. Quando isso acontece suas hemácias são destruídas, o feto torna-se anémico e
libera grande quantidade de eritroblastos (hemácias imaturas e nucleadas; daí a
denominação de eritorbastose fetal).
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5.2 Função Imunológica adaptativa
A imunidade adaptativa, específica ou adquirida é a terceira linha de defesa contra
potenciais ameaças ao organismo, caracteriza – se por respostas específicas e flexíveis
a diferentes macromoléculas, e pela memória imunológica, que é a capacidade de
responder com maior vigor e eficácia a um mesmo microrganismo exposto
repetidamente através de três aspectos muito importantes:
1 - Discriminação, que é a capacidade de um organismo reconhecer o que lhe é próprio
e o que lhe é estranho, sendo vital para a sua sobrevivência;
2 - Memória, que é a capacidade de lembrar contactos prévios com um antígeno;
3 - Especificidade, pois cada anticorpo reage com um antígeno específico.
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destruição pelas células fagocitárias. Os anticorpos activam, também, um conjunto de
proteínas específicas, denominadas complemento, que atraem os macrófagos e ajudam
a destruir as células.
A imunidade celular é realizada pelas células T, que são linfócitos especializados que
amadurecem no timo, respondendo apenas a antígenos encontrados na superfície das
células corporais.
A Resposta Imune
A proliferação inicial de células B e T antígeno específicas é denominada resposta
imune primária. Quando o antígeno que desencadeou esse mecanismo reaparecer no
corpo futuramente, as células de memória específicas para esse antígeno tornam-se
activas e dão rapidamente origem a outro clone de células capazes de se ligar e destruir
o antígeno em 2 a 3 dias. Essa reacção de formação de um novo clone denomina-se
resposta imune secundária. Por exemplo, a resposta imune secundária é a base da
vacinação, que estimula uma resposta imune primária a um antígeno e resulta em
células de memória que podem rapidamente produzir uma resposta secundária, se o
mesmo antígeno invadir o organismo, no futuro.
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receptores de antígenos das células B ou imunoglobulinas; receptores de antígenos
das células T, moléculas de classe I e classe II do complexo de histocompatibilidade
principal; citocinas e moléculas acessórias.
Linfócitos B ou células B – Os linfócitos B ou células B, componentes centrais da
resposta imune humoral, desenvolvem-se na medula óssea e, quando maduros, sua
maior parte se diferencia em plasmócitos, que produzem e expressam receptores em sua
superfície (imunoglobulinas; BCR), liberando anticorpos capazes de reconhecer os
antígenos solúveis. Além disso, esses linfócitos participam da neutralização de venenos
de animais peçonhentos e de toxinas bacterianas, actuando também na lise de certos
microrganismos. Podem ainda actuar como células apresentadoras de antígenos.
Linfócitos T ou células T – Os linfócitos T ou células T, componentes centrais da
resposta imune celular, originam-se de células hematopoiéticas existentes na medula
óssea, mas amadurecem no timo e expressam receptores em sua superfície (TCR),
participando de diversas funções: resposta imune do hospedeiro aos microrganismos de
multiplicação intracelular, rejeição de enxertos, reacções de hipersensibilidade do tipo
tardio e regulação do sistema linfático, intervindo nas actividades dos linfócitos B, dos
macrófagos e dos próprios linfócitos T. Funcionalmente, os linfócitos T podem ser
divididos em três subpopulações, cada uma delas com funções específicas:
6. Imunoglobulinas
As imunoglobulinas (Ig) são os receptores antigénicos sintetizados pelos linfócitos B e
encontrados na sua superfície. Quando secretadas na circulação, pelos plasmócitos
(linfócitos B diferenciados), denominam-se anticorpos, que constituem uma das
principais classes de proteínas séricas e fazem parte dos mecanismos de defesa do
organismo. A estrutura básica da molécula da imunoglobulina consiste em um tetrâmero
em forma de Y, composto por quatro cadeias polipeptídicas unidas por pontes
dissulfeto: duas cadeias menores ou leves (L, de light) idênticas entre si, e duas cadeias
maiores ou pesadas (H, de heavy), também idênticas entre si. As cadeias pesadas e leves
podem ser subdivididas em regiões homólogas chamadas domínios. As cadeias leves
contêm cerca de 220 resíduos de aminoácidos e podem ser divididas, com base nos
determinantes antigênicos, em dois tipos: kappa ( ) e lambda (λ). As cadeias pesadas
têm aproximadamente o dobro de comprimento das cadeias leves e podem ser divididas
em cinco tipos que diferem em sua sequência de aminoácidos: gama ( ), mi (μ), alfa
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(μ), delta (δ) e épsilon, que dão nome às imunoglobulinas (Ig) G, M, A, D e E,
respectivamente.
7. Transplantes
Os enxertos ou transplantes de tecidos de um indivíduo para outro qualquer não
sobreviviam mais do que alguns dias. Porém, quando esses transplantes eram realizados
entre gêmeos monozigóticos, normalmente eram bem – sucedidos. (Osório e Robison.
2013:366)
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entre dois indivíduos da mesma espécie, mas geneticamente diferentes. Esse é o tipo de
transplante mais comum, sendo geralmente rejeitado, a não ser que algumas precauções sejam
tomadas.
Xenotransplante – É o transplante entre membros de espécies diferentes. Exemplo: transplante
do macaco para o homem. Esse tipo de transplante também é rejeitado, e mais rapidamente do
que o alotransplante. (Osório e Robson; 2013;p367),
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hipergamaglobulinemia e grande número de células que secretam espontaneamente
imunoglobulinas em cultura.
A resposta dos anticorpos a novos antígenos é pobre. A linfopenia pode estar
amplamente ligada à diminuição da população de linfócitos T auxiliares (T-CD4). As
células T citotóxicas e T supressoras se apresentam normais ou aumentadas, produzindo
uma baixa relação T-CD4:T-CD8. O causador da aids é um retrovírus, isto é, um vírus
cujo material genético é o RNA. Esse vírus, denominado HIV, atua sobre os linfócitos T
auxiliares (TA), desarticulando, assim, todo o sistema linfático e a resposta imune.
O vírus liga-se aos receptores CD4 dos linfócitos T auxiliares e introduz seu RNA
nessas células. Uma enzima, denominada transcriptase reversa, catalisa a formação de
uma fita de DNA complementar ao RNA viral. A fita de DNA viral inicial replica-se
para formar um DNA de dupla-hélice, o qual entra no núcleo do linfócito TA. O HIV
replica-se e ocupa a célula hospedeira com RNA viral.
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10 Conclusão
O sistema sanguíneo ABO foi descoberto em 1900 por Landsteiner, que observou que
os indivíduos da espécie humana podiam ser classificados em quatro grupos ou tipos, de
acordo com a presença ou ausência dos antígenos (ou aglutinogénios) A e B nas
hemácia e dos anticorpos anti – A e anti – B no soro. Para além desta classificação
temos o sistema de grupos sanguíneos Rh foi cuja sua importância é a mesma do
sistema ABO, isto é, em transfusões e em obstetrícia, na incompatibilidade materna –
fetal, que pode originar a DHPN.
Nos transplantes a escolha do doador tem como objectivo seleccionar aquele de maior
semelhança quanto ao MHC (rotineiramente, os lócus testados são HLA-A, HLA-B,
HLA-C de classe I, e o HLA-DR de classe II), bem como aos sistemas sanguíneos ABO
e Rh, para minimizar também a necessidade de supressão da resposta imune do
receptor.
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11.Bibliografia
OSÓRIO. Maria R. B. & ROBINSON. W. M. Genética humana; 3ª Edição,
2013. Pág. 331 – 375
GUYTON & HALL; Tratado de fisiologia Medica; 13ª Edição, 2017. Cap. 35 e
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