Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
TRABALHO DE INFECTOLOGIA
DOENÇAS INFECTO-CONTAGIOSAS
Licenciatura: Enfermagem
Nº Nome Nota
1 Amadeu Cassua
2 Balbina Lima
4 Domingas Ernesto
5 Elizabeth Kizembe
6 Joana Paulo
7 Laureth Augusto
8 Marlene Queriri
9 Maria Massango
10 Rosa Felipe
11 Victória Yofata
Objectivo geral
Conhecer as doenças infectocontagiosas.
Objectivo específico
Descrever a generalidade de alguns agentes infecciosos causadores da
tuberculose, hepatite e HIV/SIDA.
1. FUNDAMENTAÇÃO TÉCNICA-CIENTÍFICO
Vale salientar que muitos agentes infecciosos entram em contato com nosso
organismo, mas nem sempre progridem para uma doença infecciosa em decorrência do
sucesso dos nossos sistemas de defesa. De maneira geral, podemos dizer que o número
de indivíduos expostos à infecção é bem maior do que aqueles que realmente
desenvolvem a doença (SANTOS, 2024).
1.3. Defesa do organismo contra infecções
Nosso corpo apresenta mecanismos de defesa que visam a evitar uma infecção.
Entre essas defesas, podemos citar a pele, que funciona como uma barreira física, as
células de defesa e os anticorpos.
A pele atua como uma barreira natural, revestindo nosso corpo. Entretanto,
quando lesionada, pode ser uma porta de entrada para agentes patogênicos. Além da pele,
nosso corpo conta com outras barreiras chamadas membranas mucosas, que revestem as
vias respiratórias e o sistema digestório. Essas mucosas apresentam, geralmente,
secreções formadas por substâncias que ajudam a matar agentes patogênicos (SANTOS,
2024).
O sistema imune é uma das nossas principais armas contra infecções, pois atua
na identificação do organismo invasor e na sua destruição. Algumas células, por exemplo,
apresentam a capacidade de englobar e digerir organismos patogênicos, processo
conhecido como fagocitose. Outras células, como plasmócitos (linfócitos B
diferenciados), produzem uma proteína chamada anticorpo, que se liga a um antígeno
(molécula que pode ligar-se aos anticorpos), desencadeando sua destruição, inativação ou
sinalização para que outras células realizem fagocitose.
1.4. Tuberculose
A tuberculose é uma doença infecciosa e transmissível que afeta prioritariamente
os pulmões, embora possa acometer outros órgãos e/ou sistemas. A doença é causada pelo
Mycobacterium tuberculosis ou bacilo de Koch (Costa, 2020).
A forma extrapulmonar, que acomete outros órgãos que não o pulmão, ocorre
mais frequentemente em pessoas que vivem com o HIV, especialmente entre aquelas com
comprometimento imunológico.
Febre vespertina
Sudorese noturna
Emagrecimento
Cansaço/fadiga
1.4.3. Diagnóstico
Para o diagnóstico da tuberculose são utilizados os seguintes exames:
Bacteriológicos
Baciloscopia
Teste rápido molecular para tuberculose
Cultura para micobactéria
Por imagem (exame complementar)
Radiografia de tórax
O diagnóstico clínico pode ser considerado, na impossibilidade de se
comprovar a tuberculose por meio de exames laboratoriais. Nesses casos, deve ser
associado aos sinais e sintomas o resultado de outros exames complementares, como de
imagem e histológicos (Costa, 2020).
1.4.4. Tratamento
O tratamento da tuberculose dura no mínimo seis meses, é gratuito e está
disponível no Sistema Único de Saúde (SUS), devendo ser realizado, preferencialmente,
em regime de Tratamento Diretamente Observado (TDO).
São utilizados quatro fármacos para o tratamento dos casos de tuberculose que
utilizam o esquema básico: rifampicina, isoniazida, pirazinamida e etambutol.
O TDO deve ser realizado, idealmente, em todos os dias úteis da semana. O local
e o horário para a realização do TDO devem ser acordados com a pessoa e com o serviço
de saúde.
1.4.5. Prevenção
Vacinação com BCG
Controle de infecção
1.5. Hepatite
Hepatite designa qualquer inflamação do fígado por causas diversas, sendo as
mais frequentes as infecções pelos vírus tipo A, B e C e o abuso do consumo de álcool
ou outras substâncias tóxicas (como alguns remédios). Enquanto os vírus atacam o
fígado quando parasitam suas células para a sua reprodução, a cirrose dos alcoólatras é
causada pela ingestão frequente de bebidas alcoólicas – uma vez no organismo, o álcool
é transformado em ácidos nocivos às células hepáticas (Costa, 2020).
1.5.1.Tipos
Hepatite A: é transmitida por água e alimentos contaminados ou de uma pessoa
para outra; a doença fica incubada entre 10 e 50 dias e normalmente não causa sintomas,
porém quando presentes, os mais comuns são febre, pele e olhos amarelados, náusea e
vômitos, mal-estar, desconforto abdominal, falta de apetite, urina com cor de coca-cola e
fezes esbranquiçadas. A detecção se faz por exame de sangue e não há tratamento
específico, esperando-se que o paciente reaja sozinho contra a doença. Apesar de existir
vacina contra o vírus da hepatite A (HAV), a melhor maneira de evitá-la se dá pelo
saneamento básico, tratamento adequado da água, alimentos bem cozidos e pelo ato de
lavar sempre as mãos antes das refeições.
Hepatite B e Hepatite C: os vírus da hepatite tipo B (HBV) e tipo C (HCV) são
transmitidos sobretudo por meio do sangue. Usuários de drogas injetáveis e pacientes
submetidos a material cirúrgico contaminado e não-descartável estão entre as maiores
vítimas, daí o cuidado que se deve ter nas transfusões sangüíneas, no dentista, em sessões
de depilação ou tatuagem. O vírus da hepatite B pode ser passado pelo contato sexual,
reforçando a necessidade do uso de camisinha. Freqüentemente, os sinais das hepatites B
e C podem não aparecer e grande parte dos infectados só acaba descobrindo que tem a
doença após anos e muitas vezes por acaso em testes para esses vírus. Quando aparecem,
os sintomas são muito similares aos da hepatite A, mas ao contrário desta, a B e a C podem
evoluir para um quadro crônico e então para uma cirrose ou até câncer de fígado (Costa,
2020).
1.5.2. Tratamento
Não existe tratamento para a forma aguda. Se necessário, apenas para sintomas
como náuseas e vômitos. O repouso é considerado importante pela própria condição do
paciente.
1.5.3. Prevenção
A melhor estratégia de prevenção da hepatite A inclui a melhoria das condições
de vida, com adequação do saneamento básico e medidas educacionais de higiene. A
vacina específica contra o vírus A está indicada conforme preconizado pelo Programa
Nacional de Imunizações (PNI).
Não existe vacina para a prevenção da hepatite C, mas existem outras formas de
prevenção, como: triagem em bancos de sangue e centrais de doação de sêmen para
garantir a distribuição de material biológico não infectado; triagem de doadores de órgãos
sólidos como coração, fígado, pulmão e rim; triagem de doadores de córnea ou pele;
cumprimento das práticas de controle de infecção em hospitais, laboratórios, consultórios
dentários, serviços de hemodiálise; tratamento dos indivíduos infectados, quando
indicado; abstinência ou diminuição do uso de álcool, não exposição a outras substâncias
que sejam tóxicas ao fígado, como determinados medicamentos.
1.6. HIV/SIDA
A Aids é uma síndrome desencadeada pelo vírus HIV. Essa síndrome é o estágio
mais avançado da infecção, no qual o sistema imunológico não consegue mais defender
o organismo, deixando-o fragilizado e suscetível a diversas doenças oportunistas que
podem levar o indivíduo a óbito. A transmissão ocorre pela troca de Buídos corporais,
como sêmen, secreções vaginais, sangue e leite materno. A infecção por HIV pode ser
dividida em quatro fases:
Aguda
Assintomática
Sintomática inicial
Aids/doenças oportunistas
A aids (Acquired ImmunodeJciency Syndrome, em português: Síndrome da
ImunodeDciência Adquirida) é o estágio mais avançado da infecção por HIV. O vírus
HIV afeta as células de defesa do organismo, deixando-o mais suscetível a contrair e
desenvolver outras doenças, denominadas oportunistas. Como o sistema imunológico do
indivíduo está fragilizado, ele não consegue combatê-las, o que pode levá-lo a óbito.
É importante destacar que uma pessoa não morre de aids, mas de outras doenças
que ela adquire pelo fato de o organismo estar fragilizado, devido a essa falha causada
pelo vírus HIV no seu sistema imunológico (Santos, 2022).
Existem dois vírus denominados genericamente HIV que podem causar a aids:
HIV-1
HIV-2
1.6.1.Transmissão do HIV
A transmissão do HIV ocorre devido ao contato com Ruídos corporais
Nas relações sexuais (sêmen e secreções vaginais);
No compartilhamento de materiais perfurocortantes que entram em
contato com o sangue, como agulhas, alicates de unha, entre outros;
Na transfusão de sangue, embora, atualmente, o sangue a ser utilizado
em transfusões passe por rigorosos testes para evitar esse tipo de
transmissão;
Da mãe para o filho (transmissão vertical) pela gestação, pelo parto ou
aleitamento materno;
No manuseio de materiais contaminados e sua possível contaminação por
parte dos profissionais de saúde (transmissão ocupacional).
É importante saber que o contato com um portador de HIV, seja por abraço, seja
aperto de mão, não transmite o vírus. Picadas de insetos e uso de instalações sanitárias
também não transmitem a doença.
Infecção aguda
Ocorre de cinco a 30 dias após a exposição ao vírus. Nessa fase surgem sintomas
que se assemelham à gripe ou à mononucleose e duram cerca de 14 dias. Entre eles estão:
Febre
Fadiga
Aumento dos gânglios linfáticos (adenopatia)
Faringite
Cefaléia
Suores noturnos
Úlceras orais e genitais
Fase assintomática
Sudorese noturna
Perda de peso
Diarreia
Fadiga
Linfoadenopatia generalizada
Candidíase oral e vaginal
Herpes simples recorrente
Herpes zoster
Úlceras aftosas
Gengivite
Existem dois tipos de exames que podem ser realizados para o diagnóstico de
HIV, os laboratoriais e os testes rápidos. Os chamados testes rápidos são capazes de
detectar anticorpos contra o HIV em cerca de 30 minutos.
A infecção causada pelo HIV não tem cura, no entanto, o tratamento reduz a
carga viral no organismo portador de forma a garantir uma melhor qualidade de vida e
diminuindo também as chances de transmissão da doença (Santos, 2022).
3. SANTOS, Vanessa Sardinha dos. "O que é infecção?"; Brasil Escola. Disponível em:
https://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/biologia/o-que-e-infeccao.htm. Acesso em 29
de janeiro de 2024.