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Campus Universitário de Viana

Universidade Jean Piaget de Angola


(Criada pelo Decreto nº 44-A/ 01 de 6 de Julho de 2001)

Faculdade de Ciências da Saúde

TRABALHO DE INFECTOLOGIA

DOENÇAS INFECTO-CONTAGIOSAS

Autor: Grupo 2 – Turma B – 2º Ano

Licenciatura: Enfermagem

Docente: Dr. Satanislau Félix

Viana, Fevereiro de 2024


Campus Universitário de Viana

Universidade Jean Piaget de Angola


(Criada pelo Decreto nº 44-A/ 01 de 6 de Julho de 2001)

Faculdade de Ciências da Saúde

Nº Nome Nota

1 Amadeu Cassua

2 Balbina Lima

3 Conceição Marcia Simões

4 Domingas Ernesto

5 Elizabeth Kizembe

6 Joana Paulo

7 Laureth Augusto

8 Marlene Queriri

9 Maria Massango

10 Rosa Felipe

11 Victória Yofata

Viana, Fevereiro de 2024


Sumário
INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 4
OBJECTIVOS DO ESTUDO ........................................................................................ 5
Objectivo geral .......................................................................................................... 5
Objectivo específico .................................................................................................. 5
1. FUNDAMENTAÇÃO TÉCNICA-CIENTÍFICO ................................................... 6
1.1. Doença infectocontagiosa ............................................................................... 6
1.2. Agentes infeccioso .......................................................................................... 6
1.3. Defesa do organismo contra infecções............................................................. 7
1.4. Tuberculose .................................................................................................... 7
1.4.1. Tipos de tuberculose .................................................................................... 8
1.4.2. Sinais e sintomas ......................................................................................... 8
1.4.3. Diagnóstico ................................................................................................. 8
1.4.4. Tratamento .................................................................................................. 9
1.4.5. Prevenção .................................................................................................... 9
1.5. Hepatite ........................................................................................................ 10
1.5.1.Tipos .............................................................................................................. 10
1.5.2. Tratamento .................................................................................................... 11
1.5.3. Prevenção ...................................................................................................... 11
1.6. HIV/SIDA .................................................................................................... 12
1.6.1.Transmissão do HIV ....................................................................................... 13
1.6.2. Manifestações clínicas da aids ....................................................................... 14
1.6.3. Diagnóstico da aids ........................................................................................ 15
1.6.4. Tratamento da Aids ....................................................................................... 15
1.6.5. Prevenção contra o HIV ................................................................................. 16
CONCLUSÃO ............................................................................................................ 17
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................... 18
INTRODUÇÃO

As doenças infectocontagiosas são aquelas de fácil e rápida transmissão, como


o vírus da gripe e o bacilo da tuberculose. Em algumas ocasiões, para que se produza a
doença, é necessário um agente intermediário, transmissor ou vector. No caso da dengue,
por exemplo, o agente transmissor é o mosquito. Esses agentes podem ser transmitidos
de uma pessoa para outra ou de animais para humanos, através de diferentes formas de
contato, como gotículas respiratórias, contato direito com secreções corporais, contato
com superfícies contaminadas, picada de insetos, entre outras vias de transmissão.
OBJECTIVOS DO ESTUDO

Objectivo geral
Conhecer as doenças infectocontagiosas.

Objectivo específico
Descrever a generalidade de alguns agentes infecciosos causadores da
tuberculose, hepatite e HIV/SIDA.
1. FUNDAMENTAÇÃO TÉCNICA-CIENTÍFICO

1.1. Doença infectocontagiosa

Uma doença infectocontagiosa, também conhecida como doença transmissível


ou doença infecciosa, é uma condição causada pela invasão e multiplicação de agentes
patogênicos, como bactérias, vírus, fungos ou parasitas, dentro do organismo.

1.2. Agentes infeccioso

Os agentes infecciosos são organismos capazes de desencadear doenças


infecciosas ou infecções. Esses agentes são sobretudo micro-organismos, entretanto,
podem ser também outros organismos, como os helmintos (popularmente chamados de
vermes). Entre os principais agentes infecciosos, podemos citar: vírus, bactérias, fungos
e protozoários (SANTOS, 2024).

A transmissão também pode se dar de diferentes formas, podendo ser de maneira


direta ou indireta.

A transmissão direta é aquela que ocorre de um organismo para o outro, sem


necessidade de um veículo para o agente infeccioso. A transmissão direta pode acontecer,
por exemplo, por contato físico direto, ou ainda por contato com secreção de outro
indivíduo.

Já a transmissão indireta desses agentes infecciosos decorre mediante veículos


de transmissão. Nesse tipo de transmissão, o agente pode ser transmitido por meio de
objetos e materiais contaminados ou ainda por meio de um vetor.

Vale salientar que muitos agentes infecciosos entram em contato com nosso
organismo, mas nem sempre progridem para uma doença infecciosa em decorrência do
sucesso dos nossos sistemas de defesa. De maneira geral, podemos dizer que o número
de indivíduos expostos à infecção é bem maior do que aqueles que realmente
desenvolvem a doença (SANTOS, 2024).
1.3. Defesa do organismo contra infecções
Nosso corpo apresenta mecanismos de defesa que visam a evitar uma infecção.
Entre essas defesas, podemos citar a pele, que funciona como uma barreira física, as
células de defesa e os anticorpos.

A pele atua como uma barreira natural, revestindo nosso corpo. Entretanto,
quando lesionada, pode ser uma porta de entrada para agentes patogênicos. Além da pele,
nosso corpo conta com outras barreiras chamadas membranas mucosas, que revestem as
vias respiratórias e o sistema digestório. Essas mucosas apresentam, geralmente,
secreções formadas por substâncias que ajudam a matar agentes patogênicos (SANTOS,
2024).

O sistema imune é uma das nossas principais armas contra infecções, pois atua
na identificação do organismo invasor e na sua destruição. Algumas células, por exemplo,
apresentam a capacidade de englobar e digerir organismos patogênicos, processo
conhecido como fagocitose. Outras células, como plasmócitos (linfócitos B
diferenciados), produzem uma proteína chamada anticorpo, que se liga a um antígeno
(molécula que pode ligar-se aos anticorpos), desencadeando sua destruição, inativação ou
sinalização para que outras células realizem fagocitose.

1.4. Tuberculose
A tuberculose é uma doença infecciosa e transmissível que afeta prioritariamente
os pulmões, embora possa acometer outros órgãos e/ou sistemas. A doença é causada pelo
Mycobacterium tuberculosis ou bacilo de Koch (Costa, 2020).

A tuberculose é uma doença de transmissão aérea e se instala a partir da inalação


de aerossóis oriundos das vias aéreas, durante a fala, espirro ou tosse das pessoas com
tuberculose ativa (pulmonar ou laríngea), que lançam no ar partículas em forma de
aerossóis contendo bacilos. Calcula-se que, durante um ano, em uma comunidade, um
indivíduo que tenha baciloscopia positiva pode infectar, em média, de 10 a 15 pessoas.
Bacilos que se depositam em roupas, lençóis, copos e outros objetos dificilmente se
dispersam em aerossóis e, por isso, não têm papel importante na transmissão da doença.

Com o início do tratamento, a transmissão tende a diminuir gradativamente e,


em geral, após 15 dias de tratamento, ela se encontra muito reduzida. No entanto, o ideal
é que as medidas de controle sejam implantadas até que haja a negativação da
baciloscopia, tais como cobrir a boca com o braço ou lenço ao tossir e manter o ambiente
bem ventilado, com bastante luz natural. O bacilo é sensível à luz solar e a circulação de
ar possibilita a dispersão das partículas infectantes. Por isso, ambientes ventilados e com
luz natural direta diminuem o risco de transmissão (Costa, 2020).

1.4.1. Tipos de tuberculose


A forma pulmonar, além de ser mais frequente, é também a mais relevante para
a saúde pública, principalmente a positiva à baciloscopia, pois é a principal responsável
pela manutenção da cadeia de transmissão da doença (Costa, 2020).

A forma extrapulmonar, que acomete outros órgãos que não o pulmão, ocorre
mais frequentemente em pessoas que vivem com o HIV, especialmente entre aquelas com
comprometimento imunológico.

1.4.2. Sinais e sintomas


O principal sintoma da tuberculose pulmonar é a tosse na forma seca ou
produtiva. Por isso, recomenda-se que todo sintomático respiratório, que é a pessoa com
tosse por três semanas ou mais, seja investigado para tuberculose. Há outros sinais e
sintomas que podem estar presentes, como:

 Febre vespertina
 Sudorese noturna
 Emagrecimento
 Cansaço/fadiga
1.4.3. Diagnóstico
Para o diagnóstico da tuberculose são utilizados os seguintes exames:

 Bacteriológicos
 Baciloscopia
 Teste rápido molecular para tuberculose
 Cultura para micobactéria
Por imagem (exame complementar)

 Radiografia de tórax
O diagnóstico clínico pode ser considerado, na impossibilidade de se
comprovar a tuberculose por meio de exames laboratoriais. Nesses casos, deve ser
associado aos sinais e sintomas o resultado de outros exames complementares, como de
imagem e histológicos (Costa, 2020).
1.4.4. Tratamento
O tratamento da tuberculose dura no mínimo seis meses, é gratuito e está
disponível no Sistema Único de Saúde (SUS), devendo ser realizado, preferencialmente,
em regime de Tratamento Diretamente Observado (TDO).

São utilizados quatro fármacos para o tratamento dos casos de tuberculose que
utilizam o esquema básico: rifampicina, isoniazida, pirazinamida e etambutol.

O TDO é indicado como principal ação de apoio e monitoramento do tratamento


das pessoas com tuberculose e pressupõe uma atuação comprometida e humanizada dos
profissionais de saúde (Costa, 2020).

Além da construção do vínculo entre o profissional de saúde e a pessoa com


tuberculose, o TDO inclui a ingestão dos medicamentos pelo paciente realizada sob a
observação de um profissional de saúde ou de outros profissionais capacitados, como
profissionais da assistência social, entre outros, desde que supervisionados por
profissionais de saúde.

O TDO deve ser realizado, idealmente, em todos os dias úteis da semana. O local
e o horário para a realização do TDO devem ser acordados com a pessoa e com o serviço
de saúde.

A pessoa com tuberculose necessita ser orientada, de forma clara, quanto às


características da doença e do tratamento a que será submetida. O profissional de saúde
deve informá-la sobre a duração e o esquema do tratamento, bem como sobre a utilização
dos medicamentos, incluindo os benefícios do seu uso regular, as possíveis consequências
do seu uso irregular e os eventos adversos associados. Todas as pessoas com tuberculose
devem fazer o tratamento até o final (Costa, 2020).

1.4.5. Prevenção
Vacinação com BCG

A vacina BCG (bacilo Calmette-Guérin), ofertada no Sistema Único de Saúde


(SUS), protege a criança das formas mais graves da doença, como a tuberculose miliar e
a tuberculose meníngea. A vacina está disponível nas salas de vacinação das unidades
básicas de saúde e maternidades. Essa vacina deve ser dada às crianças ao nascer, ou, no
máximo, até os quatro anos, 11 meses e 29 dias.
Tratamento da Infecção Latente pelo Mycobacterium tuberculosis

O tratamento da Infecção Latente da Tuberculose (ILTB) é uma importante


estratégia de prevenção para evitar o desenvolvimento da tuberculose ativa, especialmente
nos contatos domiciliares, nas crianças e nos indivíduos com condições especiais, como
imunossupressão pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV), comorbidades
associadas ou uso de alguns medicamentos. Para isso, é importante que a equipe de saúde
realize a avaliação dos contatos de pessoas com tuberculose e ofereça o exame para
diagnóstico da ILTB aos demais grupos populacionais, mediante critérios para indicação
do tratamento preventivo.

Controle de infecção

O emprego de medidas de controle de infecção também faz parte das ações de


prevenção da doença, tais como: manter ambientes bem ventilados e com entrada de luz
solar; proteger a boca com o antebraço ou com um lenço ao tossir e espirrar (higiene da
tosse); e evitar aglomerações (Costa, 2020).

1.5. Hepatite
Hepatite designa qualquer inflamação do fígado por causas diversas, sendo as
mais frequentes as infecções pelos vírus tipo A, B e C e o abuso do consumo de álcool
ou outras substâncias tóxicas (como alguns remédios). Enquanto os vírus atacam o
fígado quando parasitam suas células para a sua reprodução, a cirrose dos alcoólatras é
causada pela ingestão frequente de bebidas alcoólicas – uma vez no organismo, o álcool
é transformado em ácidos nocivos às células hepáticas (Costa, 2020).

1.5.1.Tipos
Hepatite A: é transmitida por água e alimentos contaminados ou de uma pessoa
para outra; a doença fica incubada entre 10 e 50 dias e normalmente não causa sintomas,
porém quando presentes, os mais comuns são febre, pele e olhos amarelados, náusea e
vômitos, mal-estar, desconforto abdominal, falta de apetite, urina com cor de coca-cola e
fezes esbranquiçadas. A detecção se faz por exame de sangue e não há tratamento
específico, esperando-se que o paciente reaja sozinho contra a doença. Apesar de existir
vacina contra o vírus da hepatite A (HAV), a melhor maneira de evitá-la se dá pelo
saneamento básico, tratamento adequado da água, alimentos bem cozidos e pelo ato de
lavar sempre as mãos antes das refeições.
Hepatite B e Hepatite C: os vírus da hepatite tipo B (HBV) e tipo C (HCV) são
transmitidos sobretudo por meio do sangue. Usuários de drogas injetáveis e pacientes
submetidos a material cirúrgico contaminado e não-descartável estão entre as maiores
vítimas, daí o cuidado que se deve ter nas transfusões sangüíneas, no dentista, em sessões
de depilação ou tatuagem. O vírus da hepatite B pode ser passado pelo contato sexual,
reforçando a necessidade do uso de camisinha. Freqüentemente, os sinais das hepatites B
e C podem não aparecer e grande parte dos infectados só acaba descobrindo que tem a
doença após anos e muitas vezes por acaso em testes para esses vírus. Quando aparecem,
os sintomas são muito similares aos da hepatite A, mas ao contrário desta, a B e a C podem
evoluir para um quadro crônico e então para uma cirrose ou até câncer de fígado (Costa,
2020).

1.5.2. Tratamento
Não existe tratamento para a forma aguda. Se necessário, apenas para sintomas
como náuseas e vômitos. O repouso é considerado importante pela própria condição do
paciente.

A utilização de dieta pobre em gordura e rica em carboidratos é de uso popular,


porém seu maior benefício é ser de melhor digestão para o paciente sem apetite. De
forma prática deve ser recomendado que o próprio indivíduo doente defina sua dieta de
acordo com sua aceitação alimentar. A única restrição está relacionada à ingestão de
álcool. Esta restrição deve ser mantida por um período mínimo de seis meses e
preferencialmente de um ano (Costa, 2020).

1.5.3. Prevenção
A melhor estratégia de prevenção da hepatite A inclui a melhoria das condições
de vida, com adequação do saneamento básico e medidas educacionais de higiene. A
vacina específica contra o vírus A está indicada conforme preconizado pelo Programa
Nacional de Imunizações (PNI).

A prevenção da hepatite B inclui o controle efetivo de bancos de sangue através


da triagem sorológica; a vacinação contra hepatite B, disponível no SUS,conforme
padronização do Programa Nacional de Imunizações (PNI); o uso de imunoglobulina
humana Anti-Vírus da hepatite B também disponível, conforme padronização do
Programa Nacional de Imunizações (PNI); o uso de equipamentos de proteção individual
pelos profissionais da área da saúde; o não compartilhamento de alicates de unha, lâminas
de barbear, escovas de dente, equipamentos para uso de drogas; o uso de preservativos
nas relações sexuais (Costa, 2020).

Não existe vacina para a prevenção da hepatite C, mas existem outras formas de
prevenção, como: triagem em bancos de sangue e centrais de doação de sêmen para
garantir a distribuição de material biológico não infectado; triagem de doadores de órgãos
sólidos como coração, fígado, pulmão e rim; triagem de doadores de córnea ou pele;
cumprimento das práticas de controle de infecção em hospitais, laboratórios, consultórios
dentários, serviços de hemodiálise; tratamento dos indivíduos infectados, quando
indicado; abstinência ou diminuição do uso de álcool, não exposição a outras substâncias
que sejam tóxicas ao fígado, como determinados medicamentos.

1.6. HIV/SIDA
A Aids é uma síndrome desencadeada pelo vírus HIV. Essa síndrome é o estágio
mais avançado da infecção, no qual o sistema imunológico não consegue mais defender
o organismo, deixando-o fragilizado e suscetível a diversas doenças oportunistas que
podem levar o indivíduo a óbito. A transmissão ocorre pela troca de Buídos corporais,
como sêmen, secreções vaginais, sangue e leite materno. A infecção por HIV pode ser
dividida em quatro fases:
 Aguda
 Assintomática
 Sintomática inicial
 Aids/doenças oportunistas
A aids (Acquired ImmunodeJciency Syndrome, em português: Síndrome da
ImunodeDciência Adquirida) é o estágio mais avançado da infecção por HIV. O vírus
HIV afeta as células de defesa do organismo, deixando-o mais suscetível a contrair e
desenvolver outras doenças, denominadas oportunistas. Como o sistema imunológico do
indivíduo está fragilizado, ele não consegue combatê-las, o que pode levá-lo a óbito.

É importante destacar que uma pessoa não morre de aids, mas de outras doenças
que ela adquire pelo fato de o organismo estar fragilizado, devido a essa falha causada
pelo vírus HIV no seu sistema imunológico (Santos, 2022).

O HIV (Human ImmunodeJciency Virus, em português: Vírus da


ImunodeDciência Humana) é pertencente à Família Retroviridae Retroviridae e
Subfamília Lentivirinae Lentivirinae. Os retrovírus, como o HIV, contêm uma cadeia
simples de RNA associada à enzima transcriptase reversa, a qual produz DNA tendo como
modelo o RNA viral. Esse DNA produzido sintetiza o RNA que constituirá o genoma dos
novos vírus formados na célula infectada.

O HIV infecta as células de defesa do organismo, principalmente os linfócitos


T-CD4+, nos quais se replica utilizando a maquinaria presente nessas células. O vírus
recémformado é liberado da célula hospedeira através de seu rompimento, podendo
permanecer em seguida no meio extracelular ou infectando novas células.

Existem dois vírus denominados genericamente HIV que podem causar a aids:

 HIV-1
 HIV-2

O HIV-1 é o mais frequente em todo o mundo, já o HIV-2 é menos comum e


produz menor quantidade de partículas virais no organismo do que o HIV-1.

No entanto, o HIV-2 apresenta maior resistência a antirretrovirais do tipo não


nucleosídeos, uma classe de medicamentos utilizada no tratamento da infecção por HIV.
É importante destacar que um mesmo indivíduo pode apresentar uma infecção causada
pelos dois tipos de vírus, os quais se replicam simultaneamente no organismo, causando
a chamada infecção conjunta ou superinfecção (Santos, 2022).

1.6.1.Transmissão do HIV
 A transmissão do HIV ocorre devido ao contato com Ruídos corporais
 Nas relações sexuais (sêmen e secreções vaginais);
 No compartilhamento de materiais perfurocortantes que entram em
contato com o sangue, como agulhas, alicates de unha, entre outros;
 Na transfusão de sangue, embora, atualmente, o sangue a ser utilizado
em transfusões passe por rigorosos testes para evitar esse tipo de
transmissão;
 Da mãe para o filho (transmissão vertical) pela gestação, pelo parto ou
aleitamento materno;
 No manuseio de materiais contaminados e sua possível contaminação por
parte dos profissionais de saúde (transmissão ocupacional).
É importante saber que o contato com um portador de HIV, seja por abraço, seja
aperto de mão, não transmite o vírus. Picadas de insetos e uso de instalações sanitárias
também não transmitem a doença.

1.6.2. Manifestações clínicas da aids


Segundo Santos (2022), a infecção por HIV pode manifestar-se de diferentes
formas, as quais podem ser divididas em quatro fases:

Infecção aguda

Ocorre de cinco a 30 dias após a exposição ao vírus. Nessa fase surgem sintomas
que se assemelham à gripe ou à mononucleose e duram cerca de 14 dias. Entre eles estão:

 Febre
 Fadiga
 Aumento dos gânglios linfáticos (adenopatia)
 Faringite
 Cefaléia
 Suores noturnos
 Úlceras orais e genitais

Fase assintomática

Após a fase de infecção oral, surge uma fase de estabilização, na qual as


manifestações clínicas são mínimas ou ausentes. No entanto, alguns indivíduos podem
apresentar linfoadenopatia generalizada persistente, “Butuante” e indolor, que é o
aumento dos linfonodos em várias regiões do corpo, podendo ser persistentes ou
desaparecerem e voltarem de tempos em tempos, não causando dor.

Fase sintomática inicial

Surgem sinais e sintomas inespecíDcos que podem durar mais de um mês, os


quais são conhecidos como complexos relacionados a aids (ARC), além de ocorrer um
aumento da carga viral e queda na contagem dos linfócitos T-CD4+.

Dentre os sinais e sintomas, podemos citar:

 Sudorese noturna
 Perda de peso
 Diarreia
 Fadiga
 Linfoadenopatia generalizada
 Candidíase oral e vaginal
 Herpes simples recorrente
 Herpes zoster
 Úlceras aftosas
 Gengivite

1.6.3. Diagnóstico da aids

O diagnóstico da infecção por HIV é realizado por meio de exames específicos,


para realizá-los, é necessária à coleta de sangue ou Ruído oral. Os exames devem ser
feitos, no mínimo, 30 dias após a exposição à situação de risco, como sexo desprotegido.
Isso se deve ao fato de que o exame busca detectar anticorpos produzidos pelo organismo
contra o vírus, os quais podem não ser detectados nesse período, denominado janela
imunológica, resultando assim em falso negativo (Santos, 2022).

Existem dois tipos de exames que podem ser realizados para o diagnóstico de
HIV, os laboratoriais e os testes rápidos. Os chamados testes rápidos são capazes de
detectar anticorpos contra o HIV em cerca de 30 minutos.

1.6.4. Tratamento da Aids

A infecção causada pelo HIV não tem cura, no entanto, o tratamento reduz a
carga viral no organismo portador de forma a garantir uma melhor qualidade de vida e
diminuindo também as chances de transmissão da doença (Santos, 2022).

Existem dois tipos de medicamentos, chamados de antirretrovirais, utilizados no


tratamento da doença:

 Inibidores da transcriptase reversa


 Inibidores da protease

Os inibidores da transcriptase reversa atuam inibindo a replicação do HIV,


bloqueando a ação da enzima transcriptase reversa, a qual converte o RNA viral em DNA.
Os inibidores da protease inibem a ação da enzima protease, a qual atua na clivagem das
cadeias proteicas, produzidas pela célula infectada, em proteínas virais estruturais e
enzimas que formarão cada partícula dos novos vírus. O tratamento apresenta melhores
resultados quando utilizados dois ou mais medicamentos de uma mesma classe
farmacológica, o que se denomina terapia combinada.

1.6.5. Prevenção contra o HIV


Para prevenir-se contra o contágio pelo vírus HIV, deve-se tomar algumas
precauções, como:

 Uso de preservativos, masculino ou feminino, em todas as relações sexuais;


 Uso de seringas e agulhas descartáveis;
 Não compartilhar materiais perfurocortantes;
 Controle do sangue e derivados para uso em transfusões;
 Adoção de cuidados na exposição a material biológico;
 Realização de pré-natal adequado para prevenir a transmissão vertical.
CONCLUSÃO
Chegamos à conclusão que doença infectocontagiosa é uma condição causada
pela invasão e multiplicação de agentes patogênicos, como bactérias, vírus, fungos ou
parasitas, dentro do organismo. Essas doenças podem variar em gravidade e sintomas,
desde infecções leves e autolimitadas até doenças graves e potencialmente fatais.

A prevenção e o controle das doença infectocontagiosa são de extrema


importância para a saúde pública, visando a redução da disseminação dessas doenças e a
proteção da população como um todo. Para prevenir a transmissão, é importante adotar
medidas como a vacinação, higiene adequada das mãos, o uso de equipamentos de
proteção individual, o isolamento de casos suspeitos ou confirmados, o tratamento com
medicamentos específicos quando disponíveis, a educação e conscientização da
população, entre outras estratégias.

É importante lembrar que a detecção precoce e o tratamento adequado são


essenciais para o controle e a prevenção de doenças infectocontagiosas. Por isso, é
fundamental buscar atendimento médico em caso de suspeita de infecção e seguir as
orientações do profissional de saúde.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. Santos, Helivania Sardinha dos. (2022). Aids. Disponível em:


https//:www.biologianet.com/amp/doenças/aids.htm. Acesso em 29 de Janeiro de
2024.

2. Costa, António. (2020). Tuberculose e Hepatite. Disponível em:


https//:www.saudebemestar.pt/pt/medicina/pneumologia/tuberculose/. Acesso em 29
de Janeiro de 2024.

3. SANTOS, Vanessa Sardinha dos. "O que é infecção?"; Brasil Escola. Disponível em:
https://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/biologia/o-que-e-infeccao.htm. Acesso em 29
de janeiro de 2024.

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