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Bete Adelino
Constantino Issufo
Daniel Adriano
Emília Tome A. Carlos
Fátima Feliciano
Felismina João
Introdução
De forma especifica, as infecção urinária afecta mais as mulheres por que a anatomia
feminina proporciona uma maior proximidade da uretra em relação ao ânus e à vagina. No
que tange a estrutura deste trabalho, importa referir que compreende a seguinte organização:
1 Aparelho Urinário
Fonte: https://www.unifal-mg.edu.br/histologiainterativa/sistema-urinario/
Assim o aparelho urinário tem como principais funções controle do volume e composição do
sangue; auxílio na manutenção da pressão e pH do sangue; transporte da urina dos rins até a
bexiga e armazenamento e eliminação da urina. Nesse sentido o aparelho urinário é
constituído por rim, uréter, bexiga e uretra
Segundo Nogueira (2020, p.13) a infecção urinária é uma doença infecciosa que pode ocorrer
em qualquer parte do sistema urinário, como rins, ureteres, bexiga e uretra, sendo mais
comum nos dois últimos.
De acordo com Favaretto (2020) define a infecção urinária como sendo à proliferação de um
microrganismo, bactéria ou fungo, em qualquer parte do sistema urinário, causando sintomas
como dor, desconforto e sensação de queimação ao urinar.
Já para Haddad & Fernandes (2018) a infecção urinária é uma doença que ocorre quando a
flora normal da área periuretral é substituída por bactérias uropatogénicas, que ascendem do
trato urinário.
Assim Pereira (2017, p.8) classifica a infecção urinária quanto à localização pode ser:
De forma comum, a infecção urinária tem sido causada pela bactéria Escherichia coli,
presente no intestino e importante para a digestão. No sistema urinário, porém, essa bactéria
pode infectar a uretra, a bexiga ou os rins. Outros microrganismos que também podem
provocar a infecção urinária como são o caso de fungos e vírus.
3.1 A Cistite
Segundo Santos (2022) a cistite também chamada de infecção urinária cística é uma doença
inflamatória ou infecciosa da bexiga urinária (órgão responsável pelo armazenamento da urina
antes de sua eliminação para o meio externo) desencadeado por bactérias que se alojam na
bexiga. Geralmente a cistite é desencadeada pela colonização da bexiga por bactérias
presentes no intestino, causando urina turva, dor abdominal, sensação de peso no fundo da
barriga, febre baixa, persistente e sensação de queimação ao urinar
(https://brasilescola.uol.com.br/doencas/cistite.htm).
Fonte: https://www.medicinamitoseverdades.com.br/blog/cistite-e-a-infeccao-na-bexiga-por-
bacterias
Portanto todas as formas de cistite são caracterizadas por uma tríade de sintomas: (1)
frequência, que em casos agudos pode exigir micção a cada 15 a 20 minutos, (2) dor
abdominal baixa, localizada na região da bexiga ou na suprapúbica; e (3) disúria – dor ou
queimação ao urinar. A persistência da infecção leva à cistite crónica, que difere da forma
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aguda apenas na característica do infiltrado inflamatório (Robbins & Cotran (2000) aput.
citados por KUMAR, ABBAS, FAUSTO & ASTER, 2010 p.2632).
A doença ocasionalmente começa com o início insidioso da hematúria, seguida por outras
características da doença renal crónica progressiva, como a proteinúria (raramente mais do
que 2 g/dia), poliúria e hipertensão. Pacientes com mutações em PKD2 tendem a ter idades
mais avançadas no início e no desenvolvimento posterior da falência renal. Tanto os fatores
ambientais quanto os genéticos influenciam a gravidade da doença.
Indivíduos com doença renal policística também tendem a ter anomalias congénitas
extrarrenais. Cerca de 40% individous têm um ou mais cistos no fígado (doença hepática
policística) que geralmente são assintomáticos. Esta forma de doença renal crónica é
significativa já que os pacientes podem sobreviver por muitos anos com azotemia progredindo
lentamente para a uremia. Por fim, cerca de 40% dos pacientes adultos morrem de doença
coronariana ou doença cardíaca hipertensiva, 25% de infecções, 1% de ruptura de um
aneurisma sacular ou hemorragia intracerebral hipertensiva e o resto de outras causas (Idem).
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3.2 Uretrite
A uretrite consiste na inflamação ou infecção da uretra, o canal que transporta a urina da
bexiga para fora do corpo. De acordo com Robbins & Cotran (2000) citados por KUMAR,
ABBAS, FAUSTO & ASTER (2010, p.2654) a uretrite é dividida classicamente em:
Uretrite gonocócica é uma das manifestações mais precoces dessa infecção venérea e;
A uretrite não gonocócica é comum e pode ser causada por uma variedade de bactérias,
entre as quais E. coli e outros organismos entéricos predominam.
Fonte: https://artmedicina.com.br/uretrite-tratamentos/
A ureterite, embora associada à inflamação, tipicamente não está associada a infecção e tem
poucas consequências clínicas.
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Segundo Robbins & Cotran (2000) citados por KUMAR, ABBAS, FAUSTO & ASTER,
(2010, p.2654) As alterações morfológicas são totalmente típicas de inflamação em outros
locais do trato urinário. O envolvimento uretral não constitui um problema clínico sério, mas
pode causar dor local considerável, prurido e frequência, podendo representar um precursor
de uma doença mais séria em níveis mais altos do trato urogenital.
E os autores Barros & Veronese, (2014) afirmam que o síndrome uretral das infecções
urinarias que em 50% das mulheres com disúria e polaciúria recorrentes e urina estéril ou com
baixas contagens (< 105 UFC/mL), sem resposta a antimicrobianos, deve ser descartado o
diagnóstico de vaginite por Candida ou Trichomonas (30%), Gardnerella vaginalis, herpes
simples e uretrite aguda, mas a etiologia dessa síndrome permanece indefinida.
3.3 Pielonefrite
Pielonefrite, do grego "pyelo" (pelve), "nephros" (rins) e '-itis' (inflamação) é uma doença
inflamatória infecciosa potencialmente grave, causada por bactérias. Segundo Robbins &
Cotran (2000) citados por KUMAR, ABBAS, FAUSTO & ASTER (2010, p.2533) a
pielonefrite é uma complicação séria das infecções do trato urinário que afecta a bexiga
(cistite), os rins e os sistemas colectores (pielonefrite) ou ambos.
Fonte: https://web.facebook.com/soenf/photos/a.267839569893529/1302585139752295/
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A Pielonefrite Aguda: pode ser causada por bactérias entéricas (p. ex: Escherichia coli)
por via ascendente a partir do trato urinário inferior ou disseminadas por via hematogênica
para os rins. A maioria dos episódios não tem complicações e é curada sem danos renais
residuais e;
A Pielonefrite crónica: é um distúrbio mais complexo, a infecção bacteriana desempenha
um papel dominante, mas outros factores (refluxo vesicoureteral, obstrução) estão
envolvidos na sua patogenia e também podem resultar de problemas médicos subjacentes
(por ex: diabetes, vírus de HIV), malformação congénita (Idem).
Os pacientes com pielonefrite aguda, em geral apresentam os sinais e os sintomas como: dor
no ângulo costovertebral no lado afectado, febre, calafrios, náuseas e vómitos, mialgias,
punho percussão lombar positiva no lado afectado e dor à palpação abdominal profunda.
Porem, alguns pacientes podem apresentar sintomas leves como por ex: dor lombar sem febre
e enquanto outros, quadro grave com febre alta, dor intensa associada a náuseas, vômitos e
sinais de bacteriemia (hipotensão), decorrentes de sepse por enterobactéria que ocorre em 15 a
20% dos casos (Idem).
O agente causador mais frequente é a Es-cherichia coli, sendo outros patógenos como o
Staphylococcus saprophyticus, os Enterococcus spp, e outros bacilos gram negativos, como a
Klebsiella, Proteus e En-terobacter, também responsáveis por uma minoria das infecções.
Eventualmente uma cepa bacteriana pode habitar uma região do trato urinário sem causar
sintomas - é o que chamamos de bacteriúria assintomática. Tal condição é um estágio de
colonização que confere risco para o desenvolvimento de infecções em alguns grupos
populacionais, indicando nesses, portanto, tratamento activo. Na maior parte da população é
um achado benigno que não agrega risco de evento adverso. Seu diagnóstico depende da
comprovação de crescimento bacteriano acima de uma determinada taxa de UFC (unidades
formadoras de colónia) na urocultura e a ausência de sintomas.
anatómicas, como uma menor distância entre o ânus e a uretra, estão relacionados a maior
risco.
Segundo RIBEIRO (2008), define a insuficiência renal como sendo uma síndrome clínica
caracterizada por um declínio da função renal com acúmulo de metabólitos e eletrólitos. Ou é
a diminuição ou a cessação da filtração glomerular e de acordo com o tempo de
desenvolvimento da patologia.
A Insuficiência Renal Aguda (IRA) é definida pelos autores Martins & Abdulkader (2010)
como sendo uma síndrome caracterizada pela deterioração abrupta e persistente da função
renal, que resulta na incapacidade dos rins em excretar escórias nitrogenadas e em manter a
homeostase hidroeletrolítica.
Ainda RIBEIRO (2008), conceitua o termo Insuficiência Renal Aguda (IRA) como sendo uma
síndrome proveniente das mais variadas causas, podendo ocorrer em diversas camadas da
população e também em todos os sectores de um hospital.
Já para Sociedade Brasileira de Nefrologia (2007), defina a insuficiência renal aguda como a
redução aguda da função renal em horas ou dias. Refere-se principalmente a diminuição do
ritmo de filtração glomerular e/ou do volume urinário, porém, ocorrem também distúrbios no
controle do equilíbrio hidro-eletrolítico e ácido-básico.
Fonte: https://m.facebook.com/Dr-Flaubert-
Ribeiro157403224797464/posts/?ref=page_internal
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Ainda Martins & Abdulkader (2010) afirmam que se a patologia é intrínseca aos rins, como é
o caso da glomerulonefrite ou da pielonefrite agudas, a insuficiência renal é considerada
de causa renal. Neste caso IRA renal ou intrínseca decorre de lesões que acometem
directamente as células dos compartimentos glomerulares (glomerulonefrites),
tubulointersticiais ou vasculares (vasculites) dos rins.
A principal causa de IRA renal é a NTA (necrose tubular aguda), que é o termo mais utilizado
para denotar a resposta renal à hipoperfusão. A sua patogénese envolve alterações do
endotélio com consequente vasoconstrição e da estrutura e composição bioquímica das células
tubulares, resultando em alteração de sua função e morte celular tanto por necrose quanta
apoptose (Idem).
Se a causa de insuficiência renal se relaciona com obstrução da drenagem urinária, como por
exemplo na hipertrofia da próstata, denomina-se pós-renal. Neste caso a obstrução intra ou
extra-renal por cálculos, traumas, coágulos, tumores, hiperplasia benigna de próstata (HPB) e
fibrose retroperitoneal. A precipitação intratubular de cristais insolúveis ou proteínas leva à
obstrução intratubular, aumentando assim a pressão intratubular que se opõe à pressão
hidrostática glomerular, com consequente diminuição da pressão de ultra filtração e redução
na filtração glomerular (Martins & Abdulkader, 2010).
De forma semelhante, a obstrução das vias urinárias em qualquer nível extra-renal (pelve,
ureteres, bexiga e uretra) pode levar a IRA pós-renal. Deve-se lembrar que, no caso de
obstrução de pelve ou ureter, somente ocorrerá IRA quando a obstrução for bilateral ou
quando ocorrer em rim único funcionante.
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5.3.3 Tratamento
O melhor tratamento da IRA é a sua prevenção. Como a IRA tem impacto significativo sobre
a morbimortalidade do paciente, é muito importante que o clínico e o intensivista estejam
atentos às medidas preventivas, habitualmente simples. Essas medidas baseiam-se na
manutenção da volemia, otimização de débito cardíaco e não-utilização de drogas
nefrotóxicas. Deve-se dar especial atenção a pacientes pertencentes a grupos de risco para
desenvolvimento de IRA: idosos, desnutridos, cardiopatas, hepatopatas, diabéticos, portadores
de neoplasia maligna, disfunção renal crónica ou estenose de artéria renal conhecida.
(RIBEIRO, 2008).
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Conclusão
Durante a abordagem deste trabalho, o grupo chegou a concluí que as doenças urinárias ou
simplesmente infecção urinária é a presença anormal de patogénicos (que causam doença) em
alguma região do sistema urinário. Assim a infecção urinária é a doença mais frequentemente
associada ao sistema urinário e pode acontecer tanto em homens quanto em mulheres
independente da idade. No entanto, outras doenças podem afectar o sistema urinário, como
insuficiência renal, doença renal crónica, cálculos renais e câncer de bexiga e de rim, por
exemplo.
É importante que sempre que existir sinal ou sintoma de alteração no sistema urinário, como
dor ou ardor ao urinar, urina com espuma ou com cheiro muito forte ou presença de sangue na
urina, o nefrologista ou urologista seja procurado para que seja feitos exames que possam
indicar a causa dos sintomas e, assim, o tratamento possa ter início.
Concluímos ainda que a insuficiência renal é caracterizada pela dificuldade do rim de filtrar o
sangue correctamente e promover a eliminações de substâncias nocivas para o organismo,
ficando acumuladas no sangue e podendo resultar em doenças, como aumento da pressão
arterial e acidose sanguínea, que leva ao aparecimento de alguns sinais e sintomas
característicos, como falta de ar, palpitações e desorientação.
Portanto o diagnóstico de doenças do sistema urinário deve ser feito pelo urologista ou
nefrologista de acordo com os sinais e sintomas apresentados pela pessoa. Normalmente é
indicada a realização de exame de urina e urocultura, para verificar se há qualquer alteração
nesses exames e se há infecções.
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Bibliografia
Barros, Elvino & Veronese, Francisco José Veríssimo. (2014) “Infecção urinária”; Medicina
Net [online] Disponível em:
https://www.medicinanet.com.br/conteudos/revisoes/5865/infeccao_urinaria.htm Acesso em
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Kumar, Vinay; Abbas, Abul K.; Fausto, Nelson & Aster, Jon C. (2010) “Bases Patológicas
das Doenças”. 8ª Edicao; Elsevier Editora Ltda; ISBN: 978-1-4160-3121-5; Brooklin – São
Paulo – SP.
Martins, Amanda Francisco & Abdulkader, Regina. (2010) “Insuficiência Renal Aguda”.
[online] Disponível em:
22
https://www.medicinanet.com.br/conteudos/revisoes/102/insuficiencia_renal_aguda.htm
Acesso em 15 de Junho de 2022.
Ribeiro, Loren Alves de Paulo. (2010) “Um estudo sobre Insuficiência renal”. Da Anais da
Academia de Ciência e Tecnologia de São José do Rio Preto.
Robbins, Stanley L. & Cotran, Cotran, Ramzi S., (2000) “basic pathology” 8th ed; tradução
de Patrícia Dias Fernandes… et al. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010.
SANTOS, Vanessa Sardinha dos. "Infecção urinária"; Brasil Escola. Disponível em:
https://brasilescola.uol.com.br/doencas/infeccao-urinaria.htm. Acesso em 14 de Junho de
2022.