Você está na página 1de 20

Saíde Sebastião

Sub reino metazoa

Universidade Rovuma

Extensao de Niassa

2023
Saíde Sebastião

Licenciatura em Ensino de Biologia

2º Ano

Trabalho de caracter avaliativo,


da Cadeira de Zoologia
Sistemática, a lecionada pelo
Tutor Virgílio Cossa

Universidade Rovuma

Extensao de Niassa

2023
Índice
Resumo.......................................................................................................................................2

Introdução ..................................................................................................................................3

Objectivo Geral ......................................................................................................................3

Objectivos específicos ............................................................................................................3

Metodologia............................................................................................................................3

SUB REINO METAZOA ..........................................................................................................4

Características dos metazoários..............................................................................................5

Origem dos Metazoários ......................................................................................................6

PORÍFEROS ..............................................................................................................................7

Ecologia e modo de vida ........................................................................................................8

Morfologia e anatomia ...........................................................................................................8

Alimentação, excreção e respiração de poríferas ...................................................................9

Reprodução de poríferos ......................................................................................................10

EUMETAZOA .........................................................................................................................11

Definição ..............................................................................................................................11

CNIDARIA Os cnidários compreendem cerca de 9.000 espécies descritas vivendo em


todos os ambientes aquáticos. Seu registro fóssil data do pré-Cambriano. O nome deriva
do grego cnide que significa urticante, que queima. ................................................................11

Características gerais de Cnidária ........................................................................................12

Estrutura corporal .................................................................................................................13

Alimentação dos cnidários ...................................................................................................14

Reprodução dos cnidários ....................................................................................................15

CONCLUSÃO .........................................................................................................................17

BIBLIOGRAFIA .....................................................................................................................18
2

Resumo
Os conteúdos de Zoologia muitas vezes provocam dificuldades de aprendizagem,
principalmente quando se trata do estudo dos organismos com ancestrais referentes da origem
dos Metazoa. O objetivo deste trabalho foi, então, analisar os temas dos quais foi orientado
para desenvolver. Neste sentido, serão decifrados os conteúdos relacionados aos filos
poríferos, eumetazoa e o filo cnidário.

Palavras-chave: analisar temas, Metazoa, eumetazoa, poríferos, cnidarios.


3

Introdução
A Zoologia sendo uma ciência que estuda os animais, oferece uma diversidade de
subdivisões, das quais oborda o presente trabalho. Os animais estão em todos os lugares do
planeta Terra. Eles vivem a nossa volta, correndo, nadando, voando e causando prejuízo, mas
trazendo benefícios, causando doenças, mas mantendo o planeta equilibrado ecologicamente.
Nós os comemos, usamos suas peles, leite, substâncias químicas, sua força de trabalho e
vivemos cotidianamente com eles. Ás vezes, lembramos que nós também somos uma espécie
animal.

É nesta perspectiva que o presente trabalho visa essencialmente abordar aspectos


relacionados com o sub reino metazoa, fazendo um detalhe explicito referente aos aspectos
contidos no mesmo.

Como qualquer trabalho académico, este está estruturado em elementos pré textuais, textuais
e pós textuais.

Objectivo Geral
 Conhecer o sub reino metazoa

Objectivos específicos
 Definir o sub reino metazoa
 Descrever o sub reino metazoa
 Caracterizar o sub reino metazoa

Metodologia
Segundo Bruyne (1991), a metodologia é a lógica dos procedimentos científicos e medida dos
factos sua génese e em seu desenvolvimento, não se reduz, não se reduz, portanto a uma
metrologia ou tecnologia da medida dos factos dos factos científicos. Para a efectivação deste
trabalho usou-se a pesquisa bibliográfica que consistiu na recolha e compilação de
informação de vários autores referente ao tema em destaque.
18

BIBLIOGRAFIA

1. BARNES, Zoologia dos Vertebrados e Invertebrados 7ª Edição 2005.


2. BELA, Ana & PIRES Cristiano, Zoologia Sistemática s/d
3. LIMA, Daniel Cassiano. Zoologia dos Invertebrados, 1ª ed, Ceará,2015
5

Características dos metazoários


 Os Metazoários são heterotróficos por excelência.
 Geralmente possuem uma locomoção activa, salvo formas ou estágios sésseis de
determinados animais (Poríferos, pólipos, por exemplo).
 Todos são pluricelulare, mesmo que isso não signifique formação de tecidos
verdadeiros (ex. esponjas).
 Diploidia dos indivíduos durante toda a vida: as células do indivíduo são diplóides.
Haplóides são apenas os gâmetas.
 Gâmetas são produzidos dentro de gónadas.
 Metazoários desenvolvem-se a partir de embriões, num processo chamado
embriogênese. Durante a embriogénese ocorrem várias divisões mitóticas do zigoto e
depois das células daí resultantes, osblastómeros. Estas divisões são também
designadas por clivagens. Basicamente nós distinguimos dois tipos de clivagens (ou
segmentações) do zigoto. São elas:
Clivagem radical: encontrados nos equinodermes e cordados.
Clivagem espiral: exibida pela grande maioria dos organismos da linha evolutiva
dos protostómios.
Na clivagem radial os blastômeros (células resultantes das divisões) ordenam-se
radialmente em torno de um eixo central e, digamos, sobrepõe-se às anteriores. Neste
padrão de clivagem as células ou blastômeros não têm destino predeterminado:
clivagem indeterminada. Isto quer dizer que não se sabe a que cada célula vai dar
(resultado) no futuro do desenvolvimento do indivíduo. Enquanto isto, na clivagem
espiral os blastômeros mostram um arranjo espiral, em que cada um se situa
praticamente entre duas outras anteriores. Neste padrão de clivagem as células ou
blastômeros têm desde cedo um destino predeterminado: clivagem determinada.
Isto quer dizer que se sabe desde cedo a que cada célula vai dar (resultado) no futuro
do desenvolvimento do indivíduo.
Os metazoários, de uma forma geral, exibem simetria do seu corpo. Os casos não
simétricos encontram nos Placozoa. Geralmente os metazoários exibem uma simetria
radial (radiossimétricos), ou bilateral (bilaterossimétricos). Asimetria radial
encontra-se nos Cnidários (medusa e pólipo) e nos Ctenóforos. Animais
bilaterossimétricos são praticamente todos os que se situam acima dos cnidários e
ctenóforos.
6

Na sua arquitectura interna, os metazoários podem ou não exibir uma cavidade


situada entre a parede do corpo e os órgãos internos, o celoma. Na linguagem
científica diz-se que ela é uma cavidade secundária geral. Esta cavidade está
preenchida por um líquido. Este líquido tem primariamente a função de um esqueleto
(hidrostático), conferindo consistência ao corpo. O líquido é igualmente um meio
circulatório, mas pode desempenhar outras funções. Distinguem-se metazoários sem
celoma (acelomados: medusa), metazoários com celoma falso (Pseudocelomados:
platelmintes) e os que têm celoma verdadeiro (eucelomados: anelídeos).
Os Metazoários representam um subreino do Reino Animal – Subregnum Metazoa,
contrapondo-se assim ao Subregnum Protozoa. Neste sentido eles podem ser
considerados como organismos mais evoluídos comparativamente aos protozoários,
que apenas comportam uma única célula. Quando analisamos a evolução dos
metazoários observamos que eles, por sua vez, subdividem-se em dois grandes
grupos (taxa), nomeadamente nas divisões dos Parazoários (Divisio Parazoa, go
Grego, para, ao lado de; ta zoa, animais) e Eumetazoários, ou metazoários
verdadeiros (Divisio Eumetazoa, do Grego, eu, verdadeiro, correcto; ta zoa,
animais). Os Parazoários são também erradamente designados por Poríferos em certa
literatura, mas tal deve-se ao facto de a divisão dos Parazoários comportar sobretudo
os Poríferos ou Espongiários, muito embora se inclua no mesmo grupo os
Placozoários (Placozoa).
Origem dos Metazoários
Os cientistas são unânimes em afirmar que os Metazoários tiveram sua origem nos
Protozoários. Porém, eles colocam hipóteses diferentes quanto aos organismos
unicelulares que terão dado origem aos Metazoários. A falta de unanimidade deve-se
à falta de provas fósseis. Assim, a reconstrução dessa transição só pode ser feita com
base na análise dos organismos recentes.
As teorias mais recentes e aceites por vários cientistas são três:
Teoria sincicial de HADZI e HANSON (1950-1960 – Hadzi) Protista multinucleado,
bilateralmente simétrico e ciliado, com estilo de vida bentônico (rastejando pelo
fundo)
Teoria blastea ou colonial: supõe-se que uma colónias de Flagelados poderá ter
originado os Metazoários. As colónias podem ter sofrido um processo pelo qual se
tornaram esferas ôcas semelhante a uma blástula. O autor principal desta teoria foi
7

Ernst HAECKEL, em 1834, e, mais tarde, ela foi sustentada por METSCHNIKOFF,
em 1887;
Teoria polifilética - sustenta uma origem a partir de vários grupos de organismos
unicelulares, em que cada grupo deu origem a determinado(s) metazoário(s).
Hoje, acredita-se que existam perto de 30 filos dos Metazoários, contendo no total
perto de 1.049.000 espécies diferentes. Cada dia que passa, cientistas vão
descobrindo novas espécies e taxa, o que torna estes números imprecisos.

PORÍFEROS
O seu nome deve-se à presença de poros que se abrem na superfície externa do corpo e
terminam no seu interior ( do Latim.: porus, poro, abertura; Greg. phorein, transportar,
conter, possuir). Vulgarmente são conhecidos como esponjas em alusão à presença de
espongina ou – popularmente - à sua função como esponja para higiene.
8

Ecologia e modo de vida


Eles fizeram parte da primeira fauna da água, a chamada fauna ediacara (período Vendiano,
600 a 540 milhões de anos). Foram descobertos no sul da Austrália onde foram identificadas
27 espécies. Os poríferos são geralmente marinhos e muito poucas formas podem ser
encontradas em ambientes de água doce. Eles vivem geralmente coloniais fixos em rochedos
e em outros substrados duros; outras formas são epizoárias (vivem sobre animais) e servem
de camunflagem de muitos moluscos.

As esponjas limentam-se de detritos presentes na água que penetra através dos poros. A
digestão é feita nas células coanócitas (coanócitos). As esponjas comem também protozoários
e bactérias.

Morfologia e anatomia
Os Poríferos são extremamente parecidos com as plantas, podendo ser ramificados ou
simples. Esta semelhança com as plantas conduziu Aristóteles ao erro de as classificar como
plantas. Pondo de lado os Placozoa e os Mezozoa, os poríferos demonstram a mais simples
organização estrutural do seu corpo, com apenas duas camadas celulares: epiderme
(pinacoderme) e gastroderme (coanoderme), no meio destas o mesênquima com diferentes
células (arqueócitos, células totipotentes que originam muitas e diferentes células; tesócitos
que actuam na digestão; colêncitos, células contrácteis; escleroblastos, participam na
construção do esqueleto, formam as espículas; céluas sexuais de origem coanócita).

As espículas são espinhos endurecidos que constroem a arquitectura típica do esqueleto das
esponjas.
9

Nenhuma das camadas celulares do grupo pode ser considerada homóloga dos tecidos dos
outros metazoários superiores, os Eumetazoa (Eumetazoários: triploblásticos). É preciso reter
que as esponjas não ultrapassam o nível de organização diploblástico.

Isto justifica o nome Parazoa (mais ou menos antes dos animais).


No caso mais simples, o corpo da esponja assemelha-se a uma botija onde se acham as duas
camadas celulares antes descritas. A esponja apresenta ainda uma abertura para escoamento e
circulação da água (ósculo), uma cavidade central que atravessa todo o corpo (átrio). Este
tipo mais simples da organização das esponjas denomina-se ascon (tipo asconóide).
Na evolução dos Poríferos a estrutura interna foi-se complicando mais, adquirindo formas
mais complexas em adaptação ao modo de vida e às necessidades do organismo na busca do
alimento e na facilitação da circulação das águas. Assim, surgem os outros dois tipos:
siconóide e leuconóide.

Alimentação, excreção e respiração de poríferas


As células responsáveis pela alimentação são os coanócitos que ficam espalhados em todas
as paredes internas do átrio. Elas são semelhantes aos coanoflagelados que são protistas. Elas
possuem um colarinho de microvilos que filtram a água, retendo pequenas partículas e
organismos microscópicos, bem menores que a própria célula, e um flagelo grande, que se
localiza no meio do colarinho. Com os movimentos dos flagelos, os coanócitos estabelecem
um fuxo contínuo de água pelas câmaras internas do animal.
Ao ter alguma partícula em seus microvilos, o coanócitos são capazes de fagocitar ou
pinocitar o corpo estranho. Assim, se for um alimento, a partícula será digerida internamente
pela própria célula ou repassada para amebócitos que estão adjacentes, dentro da mesogléia,
que também são importantes na digestão das esponjas. A partir daí, o alimento digerido está
disponível nos amebócitos, que continuam se locomovendo na mesogléia, carregando os
nutrientes para diversas partes das esponjas.

A locomoção livre dos amebócitos permite que boa parte das funções vitais da esponja
ocorra normalmente, sem a necessidade de órgãos ou sistema nervoso para coordená-las.
Assim, os mutrientes que estão nos amebócitos serão absorvidos pelas outras células de
acordo com a necessidade. Da mesma forma, o oxigênio da água circulante é absorvido pelas
células diretamente e o gás carbônico é difundido para o ambiente externo. Isso ocorre
também com os compostos nitrogenados, como amônia, que é excretado por difusão simples
dos coanócitos. Como essas funções ocorrem por difusão simples, a distância entre os
10

amebócitos, coanócitos e o ambiente externo deve ser muito pequeno, nunca passando de 1
milímetro.
No caso de esponjas de água doce, os coanócitos precisam controlar a osmorregulação,
pois a água do ambiente externo é hipotônica em relação à mesogleia e suas células. Assim,
os coanócitos e amebócitos possuem muitos vacúolos cheios de água que precisam ser
excretados continuamente.

Reprodução de poríferos
As esponjas têm uma grande capacidade de regeneração por causa de seus amebócitos
totipotentes. Então, qualquer parte solta dela, pode dar origem a um novo indivíduo. Por isso,
a forma mais comum de reprodução em Porifera é a assexuada. Formas comuns são
brotamentos de novos indivíduos na superfície da esponja parental ou então o fracionamento
simples de partes. Muitas esponjas, principalmente as de água doce, produzem uma estrutura
de dormência capaz de dar origem a uma nova esponja, a gêmula. Ela é uma pequena
estrutura especial formada por alguns amebócitos e uma capa de proteção de espículas que
consegue resistir por longos tempos a condições desfavoráveis, com um inverno rigoroso ou
áreas secas. Depois que as condições ambientais voltam ao normal, os amebócitos começam
a sair da gêmula, se dividem e se diferenciam em pinacócitos e coanócitos, dando origem ao
novo animal.

Apesar da sua simplicidade estrutural, as esponjas podem também se reproduzir


sexuadamente. Espermas e óvulos são produzidos a partir da diferenciação de coanócitos e
amebócitos concentrados em cistos que se localizam na mesogléia. Dentro desses cistos,
ocorre a meiose e os gametas ficam armazenados. Em geral, os gametas são expelidos para o
ambiente externo pelo fluxo de água, saindo pelo ósculo, e se encontram na coluna d´água.
Mas existem casos também de esponjas em que a fecundação ocorre internamente, ou seja, os
espermatozóides são capturados pelos coanócitos e levados até o oócito, que se encontra na
mesogléia. Nesse caso, uma larva pronta já sai da esponja parental.

As larvas, com algumas dezenas on centenas de células, são livres-natantes, possuindo


células externas flageladas para tal fim. Depois de algumas horas, elas se fixam em um
substrato adequado e dão origem à nova esponja.

Existem esponjas hermafroditas e dióicas, ou seja, com indivíduos de sexos separados. Nas
esponjas hermafroditas, a produção de esperma e óvulos ocorre em períodos separados e, em
11

todos os casos, ocorre fertilização cruzada, ou seja, não ocorre fecundação de gametas de um
mesmo indivíduo.

EUMETAZOA

Definição
São animais com tecidos verdadeiros. A estrutura corporal dos Eumetazoa se organiza em
volta de pelo menos um eixo (oral-aboral) ou três eixos (anteroposterior, dorsoventral e
laterolateral). O tecido epitelial é uma sinapomorfia presente em todos
Eumetazoa, pelo menos em algum estágio de vida. Relacionado ao tecido epitelial, outra
sinapomorfia é observada em Eumetazoa: a lâmina basal. A lâmina basal fica logo abaixo da
epiderme. É uma camada fina secretada pelas células epiteliais. Em resumo, Eumetazoa são
animais epiteliais, diferindo de “Parazoa” e “Mesozoa” que chegam no máximo à apresentar
pseudotecidos de revestimento.

Os eumetazoários podem ser visualizados em dois grandes graus: diploblástico e


triploblástico. A título de introdução ao estudo dos eumetazoários, a seguir vamos estudar os
animais de grau diploblástico. Os eumetazoários de grau triploblástico serão estudados mais
adiante na introdução a Bilatéria.

Dois táxons são definidos dentro do grau diploblástico: Filo Cnidaria e Filo Ctenophora.
Além de só atingirem o grau diplobástico, estes dois filos têm em comum a simetria radial.

CNIDARIA
Os cnidários compreendem cerca de 9.000 espécies descritas vivendo em todos os ambientes
aquáticos. Seu registro fóssil data do pré-Cambriano. O nome deriva do grego cnide que
significa urticante, que queima.
12

Características gerais de Cnidária


São animais principalmente marinhos, havendo grupos dulcícolas. Apresentam duas formas
adultas: uma forma séssil (pólipo) e outra planctônica (medusa). São na maioria carnívoros,
no entanto, algumas espécies são suspensívoras, compostas por comedores de suspensão.
Os cnidários podem ser solitários ou coloniais. Todos têm como característica o cnidócito,
célula com cnidas. Entre os tipos de cnidas, as urticantes são as mais conhecidas por
causarem desconforto e até acidentes fatais com seres humanos. A presença de cnidócitos tem
se revelado como uma sinapomorfia que sustenta a monofilia de Cnidaria.

O tamanho desses animais varia desde organismos microscópicos (tanto na forma de pólipo,
quanto na forma de medusa) até formas medusoides com dois metros de diâmetro. Neste
grupo podemos observar a manifestação da modularização como estratégia de formar
colônias de indivíduos pluricelulares (zooides). O tamanho varia das pequenas formas
coloniais flutuantes (Velella) às grandes formações coralígenas, como a gigante barreira de
coral da Austrália, que é tão grande a ponto de poder ser vista da lua.

Os cnidários são eumetazoários diploblásticos onde, a endoderme (interna) é derivada de uma


ectoderme (externa). A endoderme forma o arquêntero, intestino embrionário que pode ser
activo em larvas planctotróficas ou inativos em larvas lecitotróficas. Uma larva plânula pode
emergir do embrião. São protostômios que desenvolvem uma forma adulta estratificada da
seguinte maneira: uma epiderme (ectodérmica) e uma gastroderme (endodérmica), separadas
por uma terceira camada, a mesogleia. A mesogleia é primariamente ectodérmica, acelular
fibrosa, ou pode formar um mesênquima parcialmente celular. Segundo Brusca & Brusca
(2003) devido a origem ectodérmica da mesogleia, ela não é considerada homóloga à
mesoderme dos eumetazoários triploblásticos.

O Filo Cnidaria é caracterizado por uma simetria radial primária, plesiomorfia


compartilhada (simplesiomorfia) com o Filo Ctenophora. Esta simetria radial é
13

frequentemente modificada em uma simetria birradial ou tetrarradial (capítulo 3). Entretanto,


há uma sinapomorfia de Cnidaria que sustenta a hipótese dele ser monofilético: a presença
de cnidócitos

Comparados com Eumetazoa Bilateria, animais de arquitetura mais complexa, os cnidários


compartilham plesiomorfias (simplesiomorfias) com os Ctenophora pela ausência de
cefalização. Consequentemente, está ausente um sistema nervoso centralizado. Da mesma
maneira, estes animais radiados diploblásticos não têm órgãos (respiratórios, circulatórios,
osmorreguladores/excretores e reprodutivos). Estes celenterados podem ser abarcados por um
grau que atingiu seu ápice na diferenciação celular até tecido, não chegando a formação de
órgãos.

Uma das características mais marcantes de Cnidaria é seu dimorfismo relacionado à


metagénese. Apresenta uma forma polipoide cilíndrica (pólipo) e uma forma medusoide
umbreliforme, isto é, na forma de guarda-chuva (medusa). A metagênese pode ser descrida
como a alternância de gerações sexuadas medusoides e gerações assexuadas polipoides.

Estrutura corporal
A parede do corpo é composta por três camadas uma epiderme epiteliomuscular externa,
uma mesogleia intermediaria orgânica acelular ou celular e uma gastroderme
epitéliomuscular interna. A epiderme é composta por um epitélio que reveste todo o corpo
externamente. A mesogleia é composta por uma fina membrana acelular ou um camada
espessa e fibrosa de material gelatinoso, com ou sem células ameboides (amebócitos). A
gastroderme é um epitélio que reveste toda a cavidade gastrovascular e seus canais, dispostos
radialmente na grande maioria.

O sistema gastrovascular tem início em uma boca única no pólo ou região oral. A estrutura
bucal pode ser de duas formas antagônicas: 1) tubo que se everte do celêntero, na forma de
um manúbrio tubo que se invagina no celêntero, na forma de um estomodeu. Não há
nenhuma abertura no pólo ou região aboral, comparável ao ânus de Bilateria. A estrutura
bucal se abre no celêntero, cavidade gastrovascular saculiforme ou separada em câmaras
através de septos gástricos. Assim, a água e o alimento penetram no celêntero. Do celêntero a
água, como elemento de transporte, atinge os canais radiais. Os canais radiais, na forma
polipoide se estendem por dentro dos tentáculos do disco oral Na forma medusoide, os canais
radiais desembocam em um canal circular na borda da umbrela. Nas medusas, dois tipos de
canais radiais podem ser definidos pelo sentido de circulação da água
14

Canais radiais, mais espessos e menos numerosos, levam a água até o canal circular da borda
da umbrela, no sentido distal. Canais radiais, mais estreitos e numerosos, trazem a água do
canal circular até o manúbrio, fluxo no sentido proximal. Ao penetrar no manúbrio os canais
formam canais manubriais que podem se estender até os braços orais quando presentes.Os
canais manubriais podem se abrir na extremidade dos braços orais das medusas filtradoras,
quando a boca é fechada na fase adulta. Nas demais medusas, os canais manubriais retornam
ao celêntero, devolvendo água à cavidade gastrovascular que será expelida pela boca junto
com materiais a serem excretados.

Alimentação dos cnidários


A principal forma de alimentação dos cnidários é por predação. Podem comer desde
peixes até protistas microscópicos. Para isso, usam os tentáculos cheios de cnidas, que têm
toxinas, para paralisar e matar a presa. Em geral, os tentáculos se enrolam na presa e,
em seguida, ela é levada à boca e ingerida para a cavidade digestiva.

As cnidas são estruturas celulares complexas formadas por um túbulo de colágeno


enrolado. Elas são grandes, ocupando grande parte do volume da célula que a contém, o
cnidócito. Os cnidócitos estão espalhados principalmente nos tentáculos, mas podem ser
encontrados em todas as partes do corpo dos cnidários, inclusive na cavidade digestiva. Ao
ser estimulado com um toque, as cnidas disparam, evertendo de forma violenta o seu túbulo
longo. Elas são armadas com diversos espinhos e ganchos, que perfuram o tegumento de
presas ou predadores, e contêm toxinas que são inoculadas no “adversário” pelo túbulo.

As toxinas das cnidas são de diferentes classes químicas e podem subjugar presas bem
grandes, como peixes, ou causar grande irritação e dor ao ser humano. As toxinas de algumas
medusas podem causar até morte, como as das vespas-do-mar da Austrália, pois são
neurotoxinas poderosas que causam insuficiência respiratória e cardíaca. Algumas anêmonas
das ilhas do Pacífico também podem causar a morte se ingeridas.

Existem 30 tipos diferentes de cnidas, algumas com funções bem diferentes, como as
adesivas (ao invés de serem perfuradoras), e algumas, por exemplo, servem para a construção
de um tubo com função de proteção em ceriantários, uma espécie séssil. Mas a grande
maioria tem a função de ataque e defesa, pela inoculação de toxinas.

Na cavidade digestiva, a digestão começa pela secreção de enzimas pelas células da


gastroderme. Como essa cavidade é geralmente ampla, principalmente nas medusas, o
15

alimento é distribuído por todo o corpo do animal, já servindo para uma função de circulação
do alimento e dos nutrientes (lembre-se que os cnidários não têm sistema circulatório!).
Entretanto, parte da digestão termina dentro das células da gastroderme. Assim, quando o
alimento está menor, ele é fagocitado e pinocitado por essas células. Depois disso, os
nutrientes só podem ser circulados pelo corpo através de trocas entre as células, que são bem
limitadas se considerarmos um cnidário de corpo grande.

Reprodução dos cnidários


Quando se diz que uma animal é simples, estamos falando de poucos orgãos ou
sistemas especializados, apesar de existirem neles todas as funções vitais que um ser precisa
para sobreviver. Os cnidários não têm um sistema respiratório, mas precisam do oxigênio
para sobreviver. Então, ele simplesmente é absorvido por difusão da água para as células da
gastroderme e da epiderme, em qualquer parte do corpo. É claro que isso faz com que
animais muito grandes e ativos, como algumas medusas, possam ter dificuldades. Isto é
compensado pela ampla cavidade digestiva que estende por toda a umbrela do animal através
de canais. Por outro lado, não encontramos nenhum cnidário com camadas celulares grossas,
o que poderia impedir a difusão de oxigênio e gás carbônico. No caso das espessas medusas,
a mesogléia, que contém poucas células esparsas, é que ocupa grande parte do corpo do
animal.

No caso das colônias grandes como os corais, todos os seus indivíduos se


encontram interligados por estolões ou pelas hastes, o que faz que internamente toda a
cavidade digestiva seja única. Assim, nas colônias, como as que possuem tipos diferentes de
pólipos, o alimento capturado por um deles será levado para toda a colônia pela cavidade
digestiva, inclusive para os pólipos que sejam especializados em outras funções, como
reprodução ou defesa.

O mesmo ocorre com os compostos nitrogenados que são produtos secundários do


metabolismo, ou seja, a “urina”. A excreção também é feita por difusão entre as células, até
que as substâncias nocivas ao animal sejam levadas para fora na água do mar.

A forma de reprodução mais comum entre os cnidários é a assexuada, através de


brotamento de novos indivíduos de indivíduos paternais Isso ocorre mais
frequentemente com os pólipos, sendo que as colônias são todas construídas a partir de
poucos indivíduos que vão se dividindo e multiplicando a colônia. No caso das colônias de
16

hidrozoários, os novos pólipos vão brotando a partir das hastes, enquanto que, nos corais, o
indivíduo sofre uma fissão longitudinal, produzindo dois indivíduos.

Nas espécies que possuem indivíduos pólipos e medusas, ocorre a alternância de


gerações, ou seja, os pólipos produzem filhos medusas, e a medusas produzem filhos pólipos.
Nesse caso, os pólipos dão origem a novos indivíduos medusas por fissão. As medusas são os
indivíduos sexuados: elas produzem gametas a partir da célula da gastroderme, sendo mais
comum as espécies dióicas, ou seja, cada indivíduo com um sexo. Os gametas são liberados
pela boca na água do mar. Quando se encontram, ou na coluna d'água, ou na cavidade
digestiva da fêmea, ocorre a fecundação. O embrião se desenvolve em uma larva plânula que
nada até se fixar em um substrato adequado e se desenvolver em um novo pólipo.
17

CONCLUSÃO
Conclui-se que metazoários ) são animais mais evoluídos com células organizadas em pelo
menos duas camadas celulares ou tecidos. Tais tecidos não são idênticos entre si, tanto na
estrutura, como na função. Os Metazoários são heterotróficos, Metazoários desenvolvem-se a
partir de embriões, num processo chamado embriogênese. Durante a embriogénese ocorrem
várias divisões mitóticas do zigoto e depois das células daí resultantes, osblastómeros. Estas
divisões são também designadas por clivagens. Os Poríferos são conhecidos como esponjas
em alusão à presença de espongina. A principal forma de alimentação dos cnidários é por
predação. Podem comer desde peixes até protistas microscópicos. Para isso, usam os
tentáculos cheios de cnidas, que têm toxinas, para paralisar e matar a presa.
18

BIBLIOGRAFIA

1. BARNES, Zoologia dos Vertebrados e Invertebrados 7ª Edição 2005.


2. BELA, Ana & PIRES Cristiano, Zoologia Sistemática s/d
3. LIMA, Daniel Cassiano. Zoologia dos Invertebrados, 1ª ed, Ceará,2015

Você também pode gostar