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CAPÍTULO I
Introdução
Moçambique é um pais vasto e com enormes extensões de terra. Uma terra que grande parte
dela é arável e com boas condições agroecológicas para o exercício de varias actividades.
Apesar disso, a terra em Moçambique constitui um grande desafio no que tange a registo de
certas situações, dentre elas os conflitos de terra. Estes conflitos são verificados na sua
maioria no circuitos urbanos, onde se verifica o surgimento de vários assentamentos e com
concentração num espaço geográfico ínfimo.
É nesta perspectiva, que o presente trabalho visa abordar aspectos ligados ao ordenamento
territorial em Moçambique, tendo em conta, debate-se de graves problemas de falta deste
ordenamento em várias urbes do país.
Como qualquer trabalho de carácter académico, este esta estruturado em capítulos, dos quais
estão inseridos os elementos pré-textuais, textuais e pós-textuais.
Objectivos
Objectivo geral
❖ Analisar A Implementação da Política de Ordenamento Territorial em Moçambique
Rumo ao Desenvolvimento Urbano: Desafios e Soluções.
Objectivos específicos
✓ Definir o ordenamento territorial;
✓ Identificar os elementos do ordenamento territorial em Moçambique;
✓ Descrever o processo de ordenamento territorial em Moçambique.
Metodologia
Segundo Bruyne (1991), a metodologia é a lógica dos procedimentos científicos e medida dos
factos sua génese e em seu desenvolvimento, não se reduz, não se reduz, portanto a uma
metrologia ou tecnologia da medida dos factos dos factos científicos. Para a efectivação deste
trabalho usou-se a pesquisa bibliográfica que consistiu na recolha e compilação de
informação de vários autores referente ao tema em destaque.
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CAPÍTULO II
Ordenamento é entendido, como defende Lopes (citado por Condesso, 2001), como um acto
de gestão do planeamento das ocupações, um potenciar da faculdade de aproveitamento das
infra-estruturas existentes e o assegurar da prevenção de recursos limitados. Simplificando, é
a gestão da interactividade do homem para com o espaço natural ou físico. Do ponto de vista
teórico, este tipo de argumentação posiciona-se próximo de uma simples gestão de
oportunidades, no entanto, esta é uma definição “aberta” ou “ampla”, entendendo o conceito
como “algo” que não deverá cingir-se, apenas, à gestão do espaço, mas proporcionar uma
envolvência que permita um desenvolvimento a diferentes escalas, preservando o presente e
potenciando o futuro.
Segundo Ferro (2018) apud Chissano, em Moçambique, com a independência a terra passou
a pertencer ao Estado. O direito de uso e aproveitamento de terra (DUAT) constitui-se sobre a
superfície do terreno delimitado e o espaço aéreo correspondente. A Lei de Terra de 2007
reafirmou os direitos dos residentes, concedendo a qualquer cidadão que tenha
ocupado um pedaço próprio de terra durante dez anos o direito de continuar a ocupá-lo.
Sistemas de gestão territorial (art.º 1 lei nº 19/2007) Quadro geral do âmbito das intervenções
no território, operacionalizado através dos instrumentos de gestão territorial, hierarquizado
aos níveis nacional, provincial, distrital e municipal.
Níveis de intervenção (art.º 8 lei nº 19/2007) Em Moçambique o sistema de gestão territorial
é definido em 4 âmbitos (artigo 8 e 9, Lei nº19/2007).
Nível nacional
Definem-se as regras gerais da estratégia do ordenamento do território, as normas e as
directrizes para as acções de ordenamento provincial, distrital e autárquico e compatibilizam-
se as políticas sectoriais de desenvolvimento do território. (artigo 9/1º, Lei nº19/2007).
Nível provincial
Definem-se as estratégias de ordenamento do território da província, integrando-as com as
estratégias nacionais de desenvolvimento económico e social e estabelecem-se as directrizes
para o ordenamento distrital e autárquico. (artigo 9/2º, Lei nº19/2007).
Nível distrital
Elaboram-se os planos de ordenamento do território da área do distrito e os projectos para a
sua implementação, reflectindo as necessidades e aspirações das comunidades locais,
integrados com as políticas nacionais e de acordo com as directrizes de âmbito nacional e
provincial. (artigo 9/3º, Lei nº19/2007).
são compostas por povoados, isto é, aldeias, lugares, e até bairros urbanos. A unidade
povoação, ou seja, um assentamento maior no sentido de um bairro (rural), que, ao
abrigo da Lei 2/1997, pode vir a ter o estatuto de autarquia autónoma (município),
está, embora constitucionalmente consagrado, mal definido em termos de hierarquia
territorial e não foi tida em conta no censo de 2007. Enquanto unidade constituída
por vários povoados, considera-se “situada” entre a localidade e o povoado.
CAPÍTULO III
Recomendações finais
Conclui-se que ordenamento territorial é o conjunto de princípios, directivas e regras que
visam garantir a organização do espaço nacional através de um processo contínuo, flexível e
participativo na busca do equilíbrio entre o homem, o meio físico e os recursos naturais, com
vista a promoção do desenvolvimento sustentável. O ordenamento territorial obedece alguns
princípios como igualdade, equidade, interesse público, liberdade e sustentabilidade. Em
Moçambique o plano de ordenamento territorial obedece três níveis nomeadamente; nível
nacional, nível provincial e nível distrital, onde cada um dos níveis tem seus dispositivos
específicos no qual são regidos. Ainda o processo de ordenamento territorial constitui um
grande desafio, visto que, prevalecem praticas sócio culturais que fazem com que hajam
usurpação de espaços com pretextos familiares e históricos.
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CAPÍTULO IV
Referências Bibliográficas
Alves, M. F. L. (1998). O contributo dos planos de ordenamento da orla
costeira para o ordenamento e gestão da zona costeira em Portugal. Porto