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Universidade Aberta ISCED

Faculdade de Ciências Socias e Humanas

Curso de Licenciatura em Administração pública

Investigação como forma de conhecimento e a investigação/acção perspectivada como


forma de resolver problemas.

Nome do aluno: Osmi Abudulai.


Código do estudante:96230510

Lichinga , Fevereiro de 2023


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Índice
1. Introdução: ................................................................................................................ 3

1.1.Objectivo geral: ....................................................................................................... 3

1.1.1.Específicos: .......................................................................................................... 3

2.Metodologia: .............................................................................................................. 3

3.Paradigmas do processo educativo e seu enquadramento no ensino universitário .... 4

3.1.Discussão ................................................................................................................ 4

3.1.1.Paradigma de Thomas kuhn e sua repercussão nos paradigmas educacionais – o


Tradicional e o Emergente: ........................................................................................... 4

3.1.1.1.Enquadramento dos paradigmas no ensino Universitário;................................ 5

3.2.Desenho da sociedade actual/Características .......................................................... 5

3.2.1.Modelo tradicional de educação .......................................................................... 5

2.2.1.Tendências/Características: ................................................................................. 5

3.3.A estruturação lógica de um trabalho de pesquisa científica .................................. 6

3.3.1.Elementos pré-textuais ......................................................................................... 6

3.3.1.1.Elementos textuais ............................................................................................ 7

3.3.2.Elementos pós-textuais ........................................................................................ 7

4.Conclusão................................................................................................................... 8

5.Bibliografia: ............................................................................................................... 9
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1. Introdução:
Na actualidade, a discussão sobre os paradigmas e as tendências do ensino no âmbito
universitário vem ganhando cada vez mais espaço na agenda da formação docente. A
experiência e vivências dos autores na área de metodologias activas de ensino, aprendizagem
e avaliação, além do desenvolvimento e implementação de métodos de ensino no trabalho
com estudantes e docentes universitários em capacitações e tutorias, especialmente em
ambientes de ensino tradicional. A investigação-acção é um tipo de investigação participante
engajada, em oposição à investigação tradicional, que é considerada como “independente”,
“não-reactiva” e “objectiva”. Como o próprio nome já diz, a investigação-acção procura unir a
investigação à acção ou prática, isto é, desenvolver o conhecimento e a compreensão como
parte da prática. É, portanto, uma maneira de se fazer pesquisa em situações em que também
se é uma pessoa da prática e se deseja melhorar a compreensão desta. Objectivos do trabalho:

1.1.Objectivo geral:
 Descrever o processo de investigação como forma de conhecimento e a
investigação/acção perspectivada como forma de resolver problemas.

1.1.1.Específicos:
 Apresentar a discussão sobre Os paradigmas do processo educativo e seu
enquadramento no ensino Universitário;
 Descrever a estruturação lógica de um trabalho de pesquisa científica de forma clara e
objectiva desenvolvendo a descrição dos elementos de carácter obrigatório;

2.Metodologia:
Para a elaboração do presente trabalho, usou-se uma metodologia bibliográfica, na qual
cingiu-se na busca por obras literárias na internet, nos formatos word, pdf seguida da leitura e
interpretação das mesmas.
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3.Paradigmas do processo educativo e seu enquadramento no ensino universitário

3.1.Discussão

3.1.1.Paradigma de Thomas kuhn e sua repercussão nos paradigmas educacionais o


Tradicional e o Emergente:
O termo paradigma é uma palavra de origem grega: paradigma, que tem seu
significado naquilo que conhecemos por modelo. Thomas Kuhn (1998, p. 29), ao cunhar o
termo afirma que o mesmo diz respeito a um “conjunto de crenças, valores e técnicas comuns
a um grupo que prática um mesmo tipo de conhecimento”. A teoria de Kuhn pela qual a
ciência progride baseia-se, principalmente, na estrutura ciência normal, crise, revolução.
Os cientistas que trabalham dentro de um paradigma praticam o que Kuhn chama de
ciência normal. Essa ciência, de acordo com o autor, “é baseada no pressuposto de que a
comunidade científica sabe como é o mundo” (Kuhn, 1998, p. 24). Assim, os cientistas
normais explicam e adequam o paradigma aos comportamentos desse mundo, e
“frequentemente suprimem novidades fundamentais, porque estas subvertem necessariamente
seus compromissos básicos” (Kuhn, 1998, p. 24).
Segundo Kuhn (1998), o que diferencia uma ciência normal da não-ciência é a
existência de um paradigma capaz de sustentar uma tradição.
Quando ocorre um problema que não segue as regras do paradigma, ou que não pode ser
enquadrado nele, ou seja, quando não se encontram solução para solucioná-lo ele passa a ser
visto como uma anomalia (Kuhn, 1998). Segundo o autor, essa anomalia leva ao fracasso e
uma quebra nas expectativas, provocando uma crise na ciência normal. A crise consiste na
persistência de problemas não solucionados, o que ocasiona o descontentamento e inquietude
dos cientistas normais, enfraquecendo o paradigma e sua validade científica, e passa a indicar
que é “chegada a ocasião para renovar os instrumentos” (Kuhn, 1998, p. 105).
Com isso, se chega ao momento necessário de uma revolução científica, que diz
respeito ao abandono de um paradigma e a adopção de um novo.
Segundo Alves LP, etr al, (2010) A discussão sobre os paradigmas e as tendências das
práticas educativas sob a perspectiva da pesquisa-acção aponta para um projecto de
intervenção que teve por objectivo mudanças concretas, e, como ponto de partida, problemas
advindos da práxis educativa como prática social (Cotta RMM,et al.2012). A partir destas
considerações, ressalta-se que a utilização da pesquisa-acção em contextos educacionais é um
método amplamente difundido, e vem ganhando espaço no mundo, uma vez que as pesquisas
convencionais (que revelam diagnósticos situacionais ou avaliação de rendimentos escolares)
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não mais expressam as reais necessidades de conhecimento dentro da área de ensino (Cotta
RMM,et al.2012). O conhecimento, a partir dos pressupostos desta metodologia, é apropriado
como um instrumento indispensável a um projecto de mudança, de transformação de uma
realidade, produzindo informações e conhecimentos mais efectivos para solução de problemas
existentes no mundo actual, ao estabelecer uma conexão com a sociedade em sua
complexidade, seus problemas e desafios (Anastasiou LGC, Alves LP, 2010).

3.1.1.1.Enquadramento dos paradigmas no ensino Universitário;

3.2.Desenho da sociedade actual/Características


 Sociedade em mudanças constantes (social, económica, educação).
 Sociedade do conhecimento/informação.
 Questionamento do papel das universidades na sociedade frente a estas mudanças.
 Contexto socioeducativo pouco promotor de uma educação/crescimento voltado à
emancipação e compromisso social e político.
 Sociedade consumista e conformista, com pouca implicação social e política.
 Contexto de difusão intensa de ideias e informações (Noguero FL.2007).
Práxis: “Não podemos mais fechar os olhos e fingir que as mudanças não existem. A era da
internet, a velocidade e a quantidade de informações que temos hoje nos obriga a estar
actualizados e a usar novas tecnologias.

3.2.1.Modelo tradicional de educação


 Metodologias tradicionais: não medem progresso, não desenvolvem competências.
 Docente sem envolvimento/capacitação em processos de ensino inovadores.
 Pensamento tradicional: lógico e convergente em busca de um resultado
esperado/pronto/acabado/inflexível/sem criatividade.
 Aluno se acostuma com os fatos dados, conforma-se com qualquer perspectiva, sem
Aprofundar-se, sem preocupar-se em ver o fenómeno sob outro paradigma.
 Ensino carregado de conteúdos, dissociação entre teoria e prática.
 Interesse centrado em resultados de aprendizagem, que ignora o valor dos processos
formativos e variáveis relacionais e sistémicas.
 Actuação que gera condutas rotineiras, dependentes e pouco flexíveis. (Noguero
FL.2007).

2.2.1.Tendências/Características:
 Modelo de educação centrado na tolerância, nos valores, no respeito e diversidade.
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 Foco no aluno. Envolver a pessoa que aprende no processo de ensino.


 Gestor da informação/guia da aprendizagem.
 É necessário prever riscos, planejar, estabelecer prioridades.
 Responsável pela formação integral.
 Conflito= pontos de vista diferentes= busca de soluções criativas. Gestão do conflito.
 Promotor de um ensino não somente transmissor de conhecimentos, mas sobretudo
que fomente a capacidade de decisão e pensamento do aluno.
 Agir de forma criativa → capacidade ou atitude para gerar alternativas/soluções a
partir de uma informação dada → cria propostas inovadoras/propõe novos caminhos e
novas soluções a cada problema → dar respostas novas a problemas já conhecidos.
 Dar feedback nos processos educacionais, permitindo ao aluno a revisão de erros.

3.3.A estruturação lógica de um trabalho de pesquisa científica


Segundo Magibire et al. (2019.p29) a estruturação lógica de um trabalho de pesquisa
científica obedece a seguinte estrutura:

3.3.1.Elementos pré-textuais
 Capa (obrigatório) – elemento que deve constar entre as páginas introdutórias
somente quando a cobertura do conteúdo for transparente.
 Errata (opcional)
 Folha-de-rosto (obrigatório) contem: As mesmas informações contidas na capa, As
informações essenciais da origem do trabalho;
 Folha de aprovação (obrigatória) – é o local onde o examinador assina e coloca a
data de avaliação do trabalho;
 Dedicatória (opcional);
 Agradecimentos (opcional);
 Epígrafe (opcional);
 Índices (obrigatórios): de figuras, mapas, tabelas, gráficos, fotografias;
 Lista de abreviaturas (obrigatória) – contém todas as siglas e abreviaturas utilizadas
no texto;
Resumo: É um instem (obrigatório): que tem por objectivo dar visão rápida do conteúdo ao
leitor, para que ele possa decidir sobre a conveniência da leitura do texto inteiro. Segundo as
regas, o resumo deve conter até 250 palavras para monografias e até 500 palavras para
dissertações e teses.
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3.3.1.1.Elementos textuais
É tido como um conjunto de palavras e frases articuladas, escritas sobre qualquer
suporte. É a parte em que todo o trabalho de pesquisa é apresentado e desenvolvido; deve
expor raciocínio lógico, ser bem estruturado, fazer uso de linguagem simples, clara e
objectiva.
Introdução: Apresenta o tema e indica aos leitores a linha do trabalho, sua motivação e o
plano da obra, com alguns elementos das conclusões alcançadas; menciona a importância do
trabalho e justifica contextual e pessoalmente a necessidade da realização do trabalho.
Desenvolvimento: Varia muito de acordo com o tipo do trabalho. Em pesquisas
experimentais é comum subdividir essa parte em revisão da literatura, metodologia, resultados
e discussão. Em qualquer tipo de pesquisa é importante apresentar os trabalhos realizados por
outros pesquisadores.
Conclusão: As conclusões ou recomendações apresentam, objectivamente, o desfecho do
trabalho a partir dos resultados. É sempre importante apresentá-las de maneira relativa.
Colocam-se lado a lado os objectivos e as conclusões, assegurando-se que não tenham sido
citadas conclusões que não foram objectivos do trabalho.

3.3.2.Elementos pós-textuais
 Referências bibliográficas (obrigatória) – onde constam todas as obras citadas no
texto;
 Apêndice (opcional);
 Anexos (opcional);
 Glossário (opcional) (Magibire et al. 2019 p 29-31).
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4.Conclusão
Durante a elaboração do trabalho foi possível constatar que a temática abordada neste trabalho
inscreve-se em um cenário real, ideológico, político e social complexo, permitindo a análise e
reflexão a partir de múltiplas perspectivas, a saber: da metodologia utilizada (pesquisa-acção),
da relevância do estudo sobre o que se pretendia “ensinar” (metodologias activas e formação
centrada em competências), da valorização do ensino como factor gatilho para o processo de
revisão de práticas e tomada de consciência quanto às exigências atuais da sociedade
contemporânea. A estruturação lógica de um trabalho de pesquisa científica visa proporcionar
conhecimentos orientadores na estruturação de um trabalho académico, dando a saber dos
elementos obrigatórios e opcionais de uma forma clara e objectiva desenvolvendo um
conhecimento sólido de estruturação e compilação de trabalho orientados pelos métodos em
busca de alcançar uma melhor preformasse académica. Os elementos ca destacados servem
tanto para um trabalho de campo, monografia e tese científica, mas cada género de trabalho
apresenta seus elementos de carácter opcional e obrigatório na sua estruturação.
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5.Bibliografia:
ANASTASIOU LGC, Alves LP, organizadores. Processos de ensinagem na universidade -
pressupostos param as estratégias de trabalho em aula. 9a ed. Joinville: UNIVILLE; 2010.
COTTA RMM, Silva LS, Lopes LL, Gomes KO, Cotta FM, Lugarinho R, et al. Construção
de portfólios colectivos em currículos tradicionais: uma proposta inovadora de ensino
aprendizagem. Cienc Saude Colet. 2012; 17(3):787-96.
KUHN, T. S. A Estrutura das revoluções científicas. 5. ed. São Paulo: Editora Perspectiva,
1998.
MAGIBIRE Zacarias Mendes Msc.Metodologia de Investigação Científica. Manual do Curso
de Administração Pública ISCED. Pg.29-31. 2019.
Noguero FL. Metodologías participativas en la enseñanza universitaria. 2a ed. Madrid:
Narcea; 2007.

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