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Cadeira:
Direito Tributário
Tema:
Discente:
Muanamimi Timamo
Docente
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Índice
1.Introdução .............................................................................................................................. 4
1.1.Específicos: ......................................................................................................................... 4
2.Metodologia: .......................................................................................................................... 5
3.1.Tributo:................................................................................................................................ 6
3.0.1.Tributação: ....................................................................................................................... 7
7.Conclusão ................................................................................................................................. 16
8.Bibliografia .............................................................................................................................. 17
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1.Introdução
O trabalho visa enfatizar assuntos referentes aos princípios Gerais do sistema tributário
nacional, com isso importa referir que a tributação tem em vista a satisfação das necessidades
financeiras do Estado e outras entidades públicas e promove a justiça fiscal, igualdade de
oportunidades e a necessária redistribuição da riqueza e do rendimento, através do pagamento
do imposto para o Orçamento Geral do Estado que tem natureza unilateral e obrigatória. Para
a realização dos fins que se propõe, e que se traduzem na realização de despesas orientadas
fundamentalmente à satisfação de necessidades públicas (necessidades colectivas da
sociedade organizada politicamente), o Estado necessita de obter receitas. Tais receitas
provêm prioritariamente da cobrança de tributos (prestações compulsivas, pecuniárias ou em
espécie) que podem revestir a natureza de impostos ou de taxas, ou da venda e exploração de
bens do património público (receitas patrimoniais).Objectivos do trabalho:
1.0.Objectivo Geral:
Apresentar os princípios Gerais do sistema tributário nacional.
1.1.Específicos:
Conceituar tributo e descrever o Princípio da Legalidade Tributária;
Evidenciar assuntos da Evolução Recente do Sistema e Quadro dos Impostos
Actualmente em Vigor;
Descrever os impostos do sistema tributário.
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2.Metodologia:
A metodologia emprega para a materialização da presente abordagem é da pesquisa
bibliográfica feita através da consulta às fontes científicas do tipo PDF’s, processada na
leitura e de comparação de diferentes obras que estão devidamente citadas na página das
referências bibliográficas. Em paralelo as regras estruturais, o trabalho em vista está
organizada a partir da presente introdução, seguida sucessivamente do desenvolvimento dos
aspectos essenciais relacionados com o tema em abordagem, da síntese conclusiva e da
respectiva referência bibliográfica que faz a elucidação das obras usadas desta linha teórica da
educação.
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3.0.Princípios Gerais:
A necessidade de recursos por parte do Estado para realizar suas acções públicas é
“ilimitada”, dessa forma, o legislador constituinte criou protecções aos contribuintes,
chamadas de “Limitações ao Poder de Tributar”. Tais limitações se dividem em dois grupos:
3.1.Tributo:
Nem tudo que o cidadão é obrigado a pagar ao Governo pode tecnicamente ser chamado de
tributo. Uma multa de trânsito, por exemplo, não tem natureza tributária. Se um motorista é
flagrado conduzindo um veículo em via pública acima do limite de velocidade permitido,
deverá pagar uma multa pela infracção (ilícito) cometida. O pagamento da multa é
obrigatório, poderá sujeitar o devedor (infractor) à cobrança judicial, mas não pode ser
chamada de tributo. Pelo menos três características que são essenciais para que se possa
enquadrar certa obrigação na noção de tributo:
(1) A compulsoriedade,
(2) A natureza pecuniária e
(3) Não constituir uma punição pela prática de um ato proibido.
Em outras palavras, tributo é sempre obrigatório, é dinheiro (a ser pago ao Governo) e não é
uma punição por nada indevido que o contribuinte tenha feito. São tributos, para efeitos da
Lei tributária, os impostos, as taxas e as contribuições especiais, assim definidos:
3.0.1.Tributação:
A tributação visa a satisfação das necessidades financeiras do Estado e de outras
Entidades públicas e promove a justiça social, a igualdade de oportunidades e a necessária
redistribuição da riqueza e do rendimento.
4.0.Actos Ilícitos:
O carácter ilícito da obtenção de rendimentos, da aquisição, titularidade ou
transmissão de bens ou de outro qualquer acto não obsta à sua tributação quando tais actos
preencham os pressupostos das normas de incidência aplicáveis.
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JOSÉ Joaquim Teixeira Ribeiro – “Lições de Finanças Públicas” V.02. Pág. 18-30. 2011
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Sem prejuízo dos direitos adquiridos, os benefícios fiscais atribuídos vigoram durante um
período máximo de cinco anos, salvo se for expressamente estabelecido um outro prazo ou se,
pela sua natureza, tiverem carácter estrutural.
Para efeitos desta definição, entende-se por prestação tributária qualquer obrigação de:
Pagar tributos, de reter e entregar tributo por conta de outrem, ou responder por uma
obrigação de terceiro;
Apresentar declarações dentro dos prazos legais, de prestar um esclarecimento sobre a
sua situação tributária e de proporcionar à administração tributária os dados e
informações relacionados com o facto tributário;
Prestar uma caução e Organizar a contabilidade e a escrita.
Contribuinte: é o sujeito passivo obrigado a pagar tributos ou outros encargos legais a estes
associados.
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VASCO Branco Guimarães – “Manual de Direito Fiscal Moçambicano”. 2⁰ Ed 2011.
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São obrigados a designar uma pessoa singular ou colectiva com residência em território
moçambicano, para os representar perante a administração tributária, nos casos e nos termos
da legislação aplicável:
4.0.4.Representação Orgânica:
Os direitos e deveres das pessoas colectivas são exercidos pelos seus representantes,
designados nos estatutos ou, na falta de disposição estatutária, pela administração, de
direito ou de facto, ou por quem a administração designar;
Os representantes das pessoas colectivas referidos no número anterior e os
representantes legais das entidades sem personalidade jurídica que sejam sujeitos
passivos de um tributo também podem conferir, nos termos da lei, procuração para o
exercício de actos de natureza processual tributária;
Os estabelecimentos estáveis de pessoas não residentes podem exercer os seus direitos
e obrigações tributárias, e intervir no procedimento administrativo mediante
autorização expressa da sede ou direcção efectiva e através de representante, quando o
facto tributário lhes respeitar;
A designação referida na alínea anterior é feita na declaração de início de actividade,
ou de alterações, devendo dela constar expressamente a sua aceitação pelo
representante.
4.0.5.Substituto Tributário:
O substituto tributário é o sujeito passivo que, por imposição da lei, está obrigado a
cumprir prestações materiais e formais da obrigação tributária em lugar do
contribuinte;
4.0.6.Responsável Tributário:
Responsável tributário é o sujeito passivo a quem é exigido o pagamento de uma dívida
tributária de outrem, que não foi atempadamente paga.
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.JOSÉ Joaquim Teixeira Ribeiro – “Lições de Finanças Públicas” V.02. Pág. 18-30. 2011.
VASCO Branco Guimarães – “Manual de Direito Fiscal Moçambicano” . 2⁰ Ed 2011.
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No âmbito da tributação directa dos rendimentos, o IRPC - Imposto sobre o Rendimento das
Pessoas Colectivas e o IRPS - Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares, os quais
vieram substituir o anterior sistema de tributação do rendimento instituído em 1968 e
regulado pelo Código dos Impostos sobre o Rendimento. O anterior sistema assentava na
existência de um conjunto de impostos parcelares ou cedulares, de taxa proporcional,
incidentes sobre as diferentes espécies de rendimento mais relevantes, complementado, no
caso das pessoas singulares, por um imposto de englobamento (imposto complementar), de
taxa progressiva, aplicável ao conjunto dos rendimentos do agregado familiar sujeitado aos
diferentes impostos parcelares.
As entidades, com ou sem personalidade jurídica, que não tenham sede nem direcção efectiva
no território nacional, relativamente apenas à parcela dos respectivos rendimentos obtidos no
País e aqui não sujeitos a Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares (IRPS).
Transparência Fiscal:
A matéria colectável, determinada nos termos do IRPC, das seguintes sociedades com sede
ou direcção efectiva em território nacional, é imputada aos sócios das mesmas integrando-se
na determinação do rendimento tributável destes para efeitos de IRPS ou IRPC, consoante o
que lhes seja imputável, ainda que, não tenha havido distribuição de lucros:
Isenções:
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REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE. Decreto- Lei que Aprova o Código do Imposto sobre Rendimento de
Pessoas Singulares. Boletim da República: 33/2007 de 31 de Dezembro de 2007.
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Regras de Incidência:
O Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares (IRPS) incide sobre o valor global
anual dos respectivos rendimentos, expressos quer em dinheiro quer em espécie, seja qual for
o local onde se obtenham e a moeda e a forma por que sejam auferidos, mesmo que
provenientes de actos ilícitos, classificados nas seguintes categorias:
São sujeitas a IRPS as pessoas singulares que residam no território nacional, pela totalidade
dos respectivos rendimentos, incluindo os produzidos fora desse território, e as não residentes,
pelos rendimentos aqui obtidos.
Existindo agregado familiar, o imposto é devido pelo conjunto dos rendimentos das pessoas
que o constituem.
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.IBRAIMO, I. O Direito e a Fiscalidade: Um Contributo para o Direito Fiscal Moçambicano. Maputo: ART C,
2002.
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7.Conclusão
Foi possível constatar que ao conjunto das regras destinadas a regular a instituição, a
cobrança, a arrecadação e a partilha de tributos dá-se o nome de “Sistema Tributário
Nacional”. Tomando a expressão em sentido amplo, aí estão: disposições constitucionais, leis,
decretos, portaria, instruções normativas –, em suma, tudo aquilo que no ordenamento
jurídico possa dizer respeito a exigências fiscais. O termo “sistema” agrega certa ordem
interna ao conjunto. E a ordem indica, sobretudo, hierarquia. As disposições não estão todas
elas justapostas, lado a lado, no mesmo patamar. Há uma estrutura escalonada. Há Os
decretos devem ser produzidos e aplicados conforme as leis – ordinárias e complementares –
e essas, por sua vez, conforme a Constituição. Isso significa que, para cobrar tributos, há todo
um conjunto de directrizes que precisa ser respeitado pelo Poder Público, a começar da
própria Constituição.
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8.Bibliografia
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.ARAUJO, José E. C. Sistema Tributário como entrave para o desenvolvimento nacional.
Cadernos ASLEGIS, Brasília, nº 52 , p. 19 – 37. 2017.
2
.JOSÉ Joaquim Teixeira Ribeiro – “Lições de Finanças Públicas” V.02. Pag 18-30. 2011.
3.
VASCO Branco Guimarães – “Manual de Direito Fiscal Moçambicano” . 2⁰ Ed 2011.
4
.REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE. Decreto- Lei que Aprova o Código do Imposto sobre
Rendimento de Pessoas Singulares. Boletim da República: 33/2007 de 31 de Dezembro de
2007.
5
.IBRAIMO, I. O Direito e a Fiscalidade: Um Contributo para o Direito Fiscal
Moçambicano. Maputo: ART C, 2002.