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EMENTA
1. O DIREITO TRIBUTÁRIO (...)
1.3 O TRIBUTO: Conceito. Espécies. Características. Classificações doutrinárias. Aspectos gerais (fato
gerador, sujeitos da relação, base de cálculo, alíquotas).
Introdução
É muito comum se ouvir que a carga tributária brasileira é elevada e o sistema tributário
injusto. Porém, quando se vai falar ou discutir sobre a alta carga tributária brasileira e sua
injustiça relevante observar a forma de arrecadação, ou seja, de onde se está extraindo os
recursos necessários ao financiamento do estado, a quem é destinado esses recursos e se “a
extração e a distribuição estão sendo feitas de forma a reduzir as desigualdades.” 1
Um Sistema Tributário, segundo apregoa MARANHÃO, 2 “é essencialmente um
conjunto de tributos cuja principal função é arrecadar recursos para que o Estado possa custear
atividades que lhe são inerentes,” como saúde, moradia e saneamento. Esta é a função fiscal
dos tributos. Assim, o Sistema Tributário Nacional é integrado por uma vasta legislação que
a disciplina, que está compreendido, entre outras, pela Constituição Federal, Código
Tributário Nacional, e demais legislações tributárias.
Verifica-se assim, conforme coloca CARNEIRO,3 que:
O Sistema Tributário Nacional não tem cumprido sua função redistributiva. Pelo contrário,
sempre foi um sistema altamente regressivo e concentrador de renda. A tributação no Brasil
onera, principalmente, o trabalho e o consumo, enquanto a renda do capital e o patrimônio não
são tributados de acordo com a capacidade dos seus titulares. (grifamos)
1
Robin Hood às avessas no Brasil, país que pune os pobres e perpetua a desigualdade. Disponível em:
http://paulorios.org/2011/05/01/robin-hood-as-avessas-no-brasil-pais-que-pune-os-pobres-e-perpetua-a-
desigualdade/ Publicado em 01/05/2011 Por Fátima Gondim e Marcelo Lettieri Publicado no jornal Le Monde
Diplomatique Brasil na edição nº 39 de Outubro de 2010
2
MARANHÃO, Eduardo Torres de Albuquerque. Análise crítica do Sistema Tributário Nacional e sugestões
para o seu aperfeiçoamento. Jus Navigandi, Teresina, ano 15, n. 2604, 18 ago. 2010 . Disponível em:
<http://jus.com.br/revista/texto/17218>. Acesso em: 15 mar. 2013.
3
CARNEIRO, Maria Lucia Fattorelli. A Proposta da Reforma Tributária, UNAFISCO SINDICAL,
05.09.2003.
4
MARANHÃO, Eduardo Torres de Albuquerque. Análise crítica do Sistema Tributário Nacional e sugestões
para o seu aperfeiçoamento. Jus Navigandi, Teresina, ano 15, n. 2604, 18 ago. 2010 . Disponível em:
<http://jus.com.br/revista/texto/17218>. Acesso em: 15 mar. 2013.
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Aquele que promove a justiça fiscal e a justiça social. Deve assegurar a redistribuição de renda,
estimular a geração de empregos formais, incentivar a atividade produtiva, entre outros.
(grifamos)
E naturalmente que não será fácil alterar ou efetuar mudanças no sistema tributário
brasileiro, porquanto “como fenômeno associado ao exercício do poder, a esfera política
apresenta-se vulnerável a grupos de pressão.” Assim, a norma jurídica está a representar
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instrumento por meio do qual “os grupos dominantes satisfazem seus interesses.”
2. Conceito de tributo
A Constituição Federal de 1988 – CF/88 não cria tributos, no sentido de a partir dela os
entes federativos já estarem aptos a cobrar os tributos de sua competência. Ela desenha o perfil
dos tributos e define a competência de cada ente político da federação, para que os instituam
por meio de lei, que em regra, é a lei ordinária.
A CF/88, em seu art. 145, dispõe que “a União, os Estados, o Distrito Federal e os
Municípios poderão instituir os seguintes tributos.” Vejamos o conceito de Tributo.
Conforme dispõe o art. 3º do CTN: “Tributo é toda prestação pecuniária compulsória,
em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito,
instituída em lei e cobrado mediante atividade administrativa plenamente vinculada.”
Em outras palavras, TRIBUTO é um pagamento obrigatório feito ao Estado, em moeda,
que não seja penalidade, previsto em lei e cobrado pelo respectivo ente público. Tributo é
gênero, comportando várias espécies.
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A CF/88, no seu art. 145, e o CTN, no art. 5º, prevêem três espécies de tributos: imposto,
taxa e contribuição de melhoria. Tem-se ainda na CF/88, o empréstimo compulsório (art. 148)
e as contribuições, dispostas no art. 149.5
a) Imposto: “é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente
de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte” (CTN, art. 16).
O fato gerador de imposto é uma situação que não se conecta a nenhuma atividade do
Acadêmica
Estado, especificamente dirigida ao contribuinte, isto é, não está atrelado a uma
contraprestação. Para exigir imposto de certo contribuinte não é preciso que o Estado lhe
preste algo determinado. Os serviços oferecidos com o produto dos impostos são de natureza
genérica. Diz-se que é um tributo não-vinculado.
A competência tributária para instituir os impostos é privativa dos entes tributantes
designados expressamente na CF/88, em seus arts. 153 a 156.
b) Taxa: “é o tributo destinado a remunerar serviços públicos específicos prestados ao
contribuinte ou posto a sua disposição, cobrado exclusivamente das pessoas que se utilizem
ou beneficiem efetiva ou potencialmente, do serviço que constitua o fundamento da sua
instituição.” (CTN, art. 77).
É um tributo cuja obrigação tem por hipótese de incidência uma situação dependente de
uma atividade estatal específica. Diz-se então ser um tributo vinculado.
O fato gerador da taxa é configurado por uma atuação estatal específica ao contribuinte,
que pode consistir:
i) no exercício regular do poder de polícia – taxa de polícia (de fiscalização, que decorre
do poder que o Estado tem de fiscalizar; de limitar a liberdade dos indivíduos, ou restringir o
exercício de direitos individuais, tendo em vista o interesse público, ou seja, garantir a ordem
e a segurança). Ex: concessão de autorização, licença ou alvará; e,
ii) na prestação ao contribuinte, ou colocado à sua disposição, de serviço público
específico e divisível6 – taxa de serviço.
A competência para instituir o tributo taxa é comum dos entes tributantes, ou seja, é
instituída por quem presta o serviço ou o coloca à disposição.
Serviços gerais ou indivisíveis, como p. ex. gestão patrimonial do Estado, a defesa do
território, a segurança pública, são financiadas com a receita de impostos e não de taxa.
Nos termos do art. 145, § 2º da CF, “as taxas não poderão ter base de cálculo própria
de impostos.”
5
PEDÁGIO – natureza jurídica: preço público (tarifa) ou tributo (taxa)? O STF, em julgados versando sobre o
selo-pedágio, atribuiu a ele natureza jurídica de tributo – taxa (RREE 181.475-RS e 194.862-RS, rel. Min.
Carlos Velloso, 04.05.1999). Segundo a doutrina, o pedágio poderá tanto ter natureza de preço ou de taxa,
conforme opção do legislador. Se decidir pela instituição de um pedágio-taxa, o regime será tributário, e não
poderá ser cobrado por pessoa privada.
6
BRASIL. CTN. “Art. 79. Os serviços públicos a que se refere o artigo 77 consideram-se: I - utilizados pelo
contribuinte: a) efetivamente, quando por ele usufruídos a qualquer título; b) potencialmente, quando, sendo de
utilização compulsória, sejam postos à sua disposição mediante atividade administrativa em efetivo
funcionamento; II - específicos, quando possam ser destacados em unidades autônomas de intervenção, de
unidade, ou de necessidades públicas; III - divisíveis, quando suscetíveis de utilização, separadamente, por
parte de cada um dos seus usuários.”
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BRASIL. CTN. “Art. 81. A contribuição de melhoria cobrada pela União, pelos Estados, pelo Distrito
Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, é instituída para fazer face ao custo de
obras públicas de que decorra valorização imobiliária, tendo como limite total a despesa realizada e como
limite individual o acréscimo de valor que da obra resultar para cada imóvel beneficiado.”
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A competência para instituir a Contribuição de melhoria é comum dos entes tributantes;
tem como justificativa o combate ao enriquecimento sem causa; é contraprestacional; o fato
gerador é a realização da obra pública e valorização dos imóveis situados na área de influência
da obra.
e) Contribuições Especiais
a) definição
O tributo é parafiscal quando o seu objetivo é a arrecadação de recursos para o custeio
de atividades que, em princípio, não integram funções próprias do Estado, mas este as
desenvolve através de entidades específicas, que não são o próprio Estado.
A parafiscalidade é uma delegação da capacidade tributária ativa de um tributo a um
ente com gestão própria. E, capacidade tributária ativa não é "competência tributária" (poder
de criar tributos), cuja exclusividade pertence somente às pessoas políticas, no caso apenas à
União, com exceção da contribuição previdenciária cobrada pelos Estados, DF e municípios
de seus próprios servidores estatutários titulares de cargos efetivos.
Atualmente há, além das contribuições destinadas a outras entidades, as destinadas à
própria Administração. A denominação mais correta, segundo a doutrina, é Contribuições
Especiais.
8
BRASIL. STF. RE 121.336, rel. Min. Sepúlveda Pertence; RE 175.385, rel. Min. Marco Aurélio. A sua
restituição deve ser feita sempre em moeda corrente.
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(d) do importador de bens e serviços: COFINS – importação (Lei 10.865/2004)
(ii) outras contribuições de seguridade social (CF/88, art. 195, §4º):
(iii) contribuições sociais gerais (CF/88, art. 149).
a) PIS/PASEP: Contribuição ao Programa de Integração Social (PIS) (Lcp nº 7/70); e
Contribuição para o Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep) (Lcp
nº 8/70). Com a CF/88, passaram a financiar o programa do seguro-desempregoAcadêmica e o abono
(art. 239);
b) PIS-Importação (Lei 10.865/2004);
c) Salário-educação (Lei 9.424/96); e
d) Contribuições Sociais ao Sistema “S” (SESI, SESC, SENAI, SENAC) (CF/88, art.
240).
2) CONTRIBUIÇÕES DE INTERVENÇÃO NO DOMÍNIO ECONÔMICO (CIDE)
(CF, art. 149).
Ex: CIDE – royalties; para o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas -
SEBRAE; CIDE – combustíveis; Contribuição para o desenvolvimento da Indústria
Cinematográfica (Condecine).
3) CONTRIBUIÇÕES DE INTERESSE DAS CATEGORIAS PROFISSIONAIS OU
ECONÔMICAS (CICPE) (CF/88, art. 149).
São as destinadas aos conselhos fiscalizadores de profissões regulamentadas (ex. CREA,
CRM, CRO, sindical. 9)
E a contribuição da OAB? É contribuição tributária?
A jurisprudência do STJ nos REsps 447.124, onde consta que "A Ordem dos
Advogados do Brasil – OAB é uma autarquia sui generis e, por conseguinte, diferencia-se
das demais entidades que fiscalizam as profissões" e 915.753, que afirma que "As cobranças
das anuidades da OAB por não possuírem natureza tributária, seguem o rito do Código de
Processo Civil, e não da lei 6.830/80".
4) CONTRIBUIÇÃO PARA CUSTEIO DO SERVIÇO DE ILUMINAÇÃO PÚBLICA
(CIP) (CF/88, art. 149-A).10
9
A contribuição confederativa, de que trata o art. 8º, IV, da CF, não possui natureza tributária (ver ainda
Súmula 666 do STF).
10
BRASIL. STF. SÚMULA nº 670: “o serviço de iluminação pública não pode ser remunerado mediante
taxa.”
11
Imposto sobre importação de produtos estrangeiros (II) e Imposto sobre exportação, para o exterior, de
produtos nacionais ou nacionalizados (IE).
12
Imposto sobre propriedade territorial rural (ITR), Imposto sobre grandes fortunas (IGF), Imposto sobre
transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos (ITCD), Imposto sobre propriedade de
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iii) Impostos sobre a renda (tudo aquilo que se aufere pela realização do trabalho). Ex.:
IR;13
iv) Impostos sobre a produção e a circulação (atividade econômica - circulação de
riquezas). Ex. IPI, IOF, ICMS, ISS.14
Doutrina BARAU15 que: Acadêmica
Sem maiores delongas, seja sob a ótica legislativa, seja sob a ótica da arrecadação, os tributos
brasileiros estão concentrados, por sua categoria econômica, na Renda e na Atividade
Econômica em detrimento do Patrimônio.
É nesta disparidade que se encontra a raiz da desigualdade social brasileira como também na
falácia do Federalismo Brasileiro.
(...)
(...) praticamente todos os tributos sobre a renda e a atividade econômica estão embutidos em
nossos salários e nas compras que fazemos, não importa se necessárias ou extravagantes, quer
você queira ou não.
Nesse sentido, BARAU apresenta o quadro abaixo onde se verifica que “94% dos
tributos nacionais referem-se à tais categorias, onde 50,4% refere-se à renda e 43,97% sobre
a atividade econômica.”
R$ %
Renda 532,807.18 50.48%
Relevante frisar ainda, conforme bem coloca BARAU16 que se falar de patrimônio, não
se pode cingir apenas na propriedade de imóveis (base de cálculo do IPTU e do ITR), ou sua
transmissão a título de doação, herança e/ou venda (ITCMD e ITBI), mas também sobre
outros bens, tais como ações, fundos, automóveis, propriedade intelectual, entre tantos outros.
Assim:
veículos automotores (IPVA), Imposto sobre transmissão "inter vivos", a qualquer título, por ato oneroso, de
bens imóveis, por natureza ou acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem
como cessão de direitos a sua aquisição (ITBI), Imposto sobre propriedade predial e territorial urbana (IPTU).
13
Imposto sobre renda e proventos de qualquer natureza (IR).
14
Imposto sobre produtos industrializados (IPI), Imposto sobre operações de crédito, câmbio e seguro, ou
relativas a títulos ou valores mobiliários (IOF), Imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias
e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as
operações e as prestações se iniciem no exterior (ICMS), Imposto sobre serviços de qualquer natureza (ISS).
15
O SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL. PREMISSAS PARA UMA REFORMA QUE RESPEITE OS
DIREITOS HUMANOS E A DEMOCRACIA. Artigo Victor Barau. 14/04/2011 Disponível em:
http://www.escoladegoverno.org.br/artigos/1734-o-sistema-tributario-nacional
16
O SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL. PREMISSAS PARA UMA REFORMA QUE RESPEITE OS
DIREITOS HUMANOS E A DEMOCRACIA. Artigo Victor Barau. 14/04/2011 Disponível em:
http://www.escoladegoverno.org.br/artigos/1734-o-sistema-tributario-nacional
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(...), a premissa do sistema tributário nacional quanto a tributação do patrimônio está centrada
num conceito equivocado de propriedade de algo corpóreo, como o é um imóvel ou um
automóvel, deixando livre de qualquer tributação, ou com tributação ínfima, todas as demais
classificações relativas ao patrimônio, notadamente os financeiros e acionários.
17
“Ibidem”. p. 183/184.
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Curioso, assim, assevera o doutrinador, é que os contribuintes de direito, como os
comerciantes, sofrem do engano inverso e lamentam-se por gravames, que, em verdade,
descarregam sobre a clientela. Assim, raras as pessoas que reparam o valor do selo colado aos
cigarros e raríssimas meditam que esses impostos são regressivos, isto é, retiram aos pobres
maior percentagem de recursos do que aos ricos, já que os artigos de alimentação Acadêmica
e vestuário
absorvem a quase totalidade dos salários e apenas pequena parte dos altos rendimentos das
classes abastadas.
5.3 O Tributo e a distribuição da carga tributária
Pela classificação doutrinária, segundo a distribuição da carga tributária com relação à
renda, ou relacionada às alíquotas a serem aplicadas, podem os tributos ser denominados de
neutros ou proporcionais e progressivos ou regressivos, assim definidos:
a) tributo neutro ou proporcional – é aquele que ocorre quando a relação fato
gerador/renda é constante, isto é, se o aumento na contribuição é proporcional ao aumento da
renda, a relação tributo/renda permanecerá constante para qualquer nível de renda. A alíquota
permanece igual para todas as faixas de renda;
b) tributo progressivo – diz-se ser quando a alíquota aumenta à proporção que os valores
sobre os quais incide são maiores. Assim, se o aumento na contribuição for mais que
proporcional ao aumento da renda, a relação tributo/renda aumenta com o nível de renda. Em
outras palavras, no progressivo, o percentual aumenta de acordo com a capacidade econômica
do contribuinte. Existem alíquotas diferenciadas.
c) tributo regressivo – ocorre quando a relação fato gerador/renda é decrescente, ou
seja, se o aumento na contribuição for menos que proporcional ao ocorrido na renda, a relação
entre o tributo a pagar e a renda decresce com o aumento no nível de renda. A alíquota diminui
à proporção que os valores sobre os quais incide são maiores. Isto é, no regressivo, não se
considera nem a capacidade econômica nem o poder aquisitivo do contribuinte. Com isso
quem gasta praticamente tudo o que ganha na compra de produtos, como é o caso dos
assalariados, proporcionalmente contribui muito mais do que aqueles que têm possibilidade
de poupar ou investir.