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São Paulo
Platos Soluções Educacionais S.A
2021
3
Conselho Acadêmico
Alessandra Cristina Fahl
Camila Braga de Oliveira Higa
Camila Turchetti Bacan Gabiatti
Giani Vendramel de Oliveira
Gislaine Denisale Ferreira
Henrique Salustiano Silva
Mariana Gerardi Mello
Nirse Ruscheinsky Breternitz
Priscila Pereira Silva
Tayra Carolina Nascimento Aleixo
Coordenador
Tayra Carolina Nascimento Aleixo
Revisor
Camila Carniato Genta
Editorial
Beatriz Meloni Montefusco
Carolina Yaly
Márcia Regina Silva
Paola Andressa Machado Leal
ISBN 978-65-5356-079-6
CDD 339.5
____________________________________________________________________________________________
Evelyn Moraes – CRB: 010289
2021
Platos Soluções Educacionais S.A
Alameda Santos, n° 960 – Cerqueira César
CEP: 01418-002— São Paulo — SP
Homepage: https://www.platosedu.com.br/
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SUMÁRIO
Objetivos
• Compreender o que são tributos indiretos e diretos,
bem como os tributos regressivos e progressivos.
que executou o produto/serviço, que, por sua vez, será apenas uma
intermediária de tais impostos.
Quanto aos tributos diretos, eles recaem sobre a renda de uma pessoa
(física ou jurídica), de modo que quando maior a renda, maior o valor
do tributo a ser recolhido. Além disso, no caso dos tributos diretos, o
contribuinte de fato e o de direito são a mesma pessoa. Logo, não há a
possibilidade de se transferir a obrigação tributária a um terceiro. Como
exemplos de tributos diretos temos o IR (Imposto de Renda) e a CSLL
(Contribuição sobre o Lucro Líquido).
Esse fenômeno foi estudado por Paulo de Barros Carvalho, que cunhou a
expressão “regra matriz de incidência tributária”, buscando captar, num só
momento, a hipótese e a relação jurídico-tributária que dali se instaura26.
Com relação ao critério subjetivo, ele indica quem são os sujeitos ativo
e passivo da obrigação tributária, isto é, o ente competente para a
instituição do tributo e a pessoa obrigada ao recolhimento dele.
4. IPI
O IPI tem como base legal o art. 153, inciso IV, da Constituição Federal,
que concede à União a criação do referido tributo, bem como os
arts. 46 a 51 do Código Tributário Nacional, lei federal que o instituiu
e especificou seus elementos. Atualmente, a cobrança do IPI é
regulamentada pelo Decreto nº 7.212/2010 (RIPI/2010).
PRINCÍPIOS CONCEITO/APLICAÇÃO
6. Conceito de industrialização
OPERAÇÃO CONCEITO
8. Base de cálculo
9. Alíquotas
10. Contribuinte
14. Contabilização
Sendo assim, na Nota Fiscal, o IPI poderá ser registrado como despesas
ou como parcela a recolher. Nesse último caso, que é o mais adequado,
a receita registrada será o valor efetivamente ganho, desconsiderado o
IPI gerado na venda do produto (PÊGAS, 2017).
Referências
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil.
Brasília, DF: Presidência da República, 1988.
BRASIL. Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966. Dispõe sobre o Sistema Tributário
Nacional e institui normas gerais de direito tributário aplicáveis à União, Estados e
Municípios. Brasília, DF: Presidência da República, 1966.
BRASIL. Decreto nº 7.212, de 15 de junho de 2010. Aprova o Regulamento do
Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). Brasília, DF: Presidência da República,
2010.
BRASIL. Decreto nº 8.950, de 29 de dezembro de 2016. Aprova a Tabela de
Incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados–TIPI. Brasília, DF: Presidência
da República, 2016.
PAULSEN, Leandro. Curso de direito tributário completo. 11. ed. São Paulo:
Saraiva Educação, 2020. [Minha Biblioteca].
PÊGAS, Paulo Henrique. Manual de contabilidade tributária. 9. ed. São Paulo:
Atlas, 2017. [Minha Biblioteca].
SABBAG, Eduardo. Direito tributário essencial. 8. ed. Rio de Janeiro: Forense,
2021. [Minha Biblioteca].
SCHOUERI, Luis Eduardo. Direito tributário. 10. ed. São Paulo: Saraiva Educação,
2021. [Minha Biblioteca].
21
Objetivos
• Conhecer o conceito do Imposto sobre Serviços, bem
como a legislação que o regulamenta.
2. Competência
5. Base de cálculo
Além disso, entende-se que, pela lei, o cálculo do ISS deve ocorrer
por dentro, para que o aludido imposto se encontre incluído em sua
própria base de cálculo, assim como o ICMS (PÊGAS, 2017). Ou seja, o
valor recolhido a título de ISS deverá ser absorvido pelo valor da nota
fiscal do serviço.
6. Alíquotas
Assim, verifica-se que “há duas maneiras de cobrar o ISS: (i) fixa: que
consiste no valor pago periodicamente pelos profissionais liberais; (ii)
proporcional: que incide sobre o movimento econômico das empresas
que prestam serviços.” (SABBAG, 2021, p. 272)
e. Do local das obras, nas edificações em geral, estradas, pontes, portos e congêneres.
De acordo com texto da lei transcrito, verifica-se que, para fins de ISS,
estabelecimento é onde o prestador desenvolve sua atividade (seja
de modo permanente ou temporário), isto é, o local da sua unidade
econômica ou profissional. Diante disso, depreende-se que, se uma
empresa tem sede em no Município São Paulo, mas só presta seus
serviços no Município do Rio de Janeiro, fazendo com que ele seja o
local onde ele de fato desenvolve sua atividade, deveria recolher o
ISS para o Município do Rio de Janeiro e não para o Município de São
Paulo (PÊGAS, 2017).
8. Contribuinte
• Demolição.
9. Contabilização
define as situações em que tal retenção ocorrerá, bem como no caso das
legislações municipais.
Referências
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil.
Brasília, DF: Presidência da República, 1988.
BRASIL. Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966. Dispõe sobre o Sistema Tributário
Nacional e institui normas gerais de direito tributário aplicáveis à União, Estados e
Municípios. Brasília, DF: Presidência da República, 1966.
BRASIL. Lei complementar nº 116, de 31 de julho de 2003. Dispõe sobre o Imposto
Sobre Serviços de Qualquer Natureza, de competência dos Municípios e do Distrito
Federal, e dá outras providências. Brasília, DF: Presidência da República, 2003.
BRASIL. Lei complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006. Institui o Estatuto
Nacional da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte; altera dispositivos das
Leis no 8.212 e 8.213, ambas de 24 de julho de 1991, da Consolidação das Leis do
Trabalho – CLT [...]. Brasília, DF: Presidência da República, 2006.
BRASIL. Lei complementar nº 157, de 29 de dezembro de 2016. Altera a Lei
Complementar no 116, de 31 de julho de 2003, que dispõe sobre o Imposto Sobre
Serviços de Qualquer Natureza, a Lei no 8.429, de 2 de junho de 1992. Brasília, DF:
Presidência da República, 2016.
BRASIL. Decreto-lei nº 406, de 31 de dezembro de 1968. Estabelece normas gerais
de direito financeiro, aplicáveis aos impostos sobre operações relativas à circulação
de mercadorias e sobre serviços de qualquer natureza, e dá outras providências.
Brasília, DF: Presidência da República, 1968.
HARADA, Kiyoshi. Direito financeiro e tributário. 30. ed. São Paulo: Atlas, 2021.
PAULSEN, Leandro. Curso de direito tributário completo. 11. ed. São Paulo:
Saraiva Educação, 2020. [Minha Biblioteca].
PÊGAS, Paulo Henrique. Manual de contabilidade tributária. 9. ed. São Paulo:
Atlas, 2017. [Minha Biblioteca].
SABBAG, Eduardo. Direito tributário essencial. 8. ed. Rio de Janeiro: Forense,
2021. [Minha Biblioteca].
SCHOUERI, Luis Eduardo. Direito tributário. 10. ed. São Paulo: Saraiva Educação,
2021. [Minha Biblioteca].
36
Objetivos
• Conhecer o conceito do ICMS, a legislação que o
regulamenta e como o ente tem competência para o
instituir.
1. ICMS
A Constituição Federal, em seu art. 155, inciso II, estipula que, compete
aos Estados e ao Distrito Federal, a instituição de imposto sobre
operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de
38
Outrossim, conforme previsto pelo art. 155, § 2º, inciso II, alíneas “a” e
“b” da Constituição Federal, diante de isenção ou de não-incidência do
ICMS, salvo disposição legal em sentido contrário, não haverá créditos a
serem compensados nas operações subsequentes, uma vez que tanto
a isenção quanto a não-incidência acarretam a anulação do crédito
relativo às operações anteriores.
3. Legislação Regulamentar
Desde o ano de 1996, o ICMS vem sendo regido pela Lei Complementar
nº 87/1996, que é conhecida como como Lei Kandir, bem como pelos
convênios firmados pelos Estados, que são normas que complementam
a legislação existente a respeito da cobrança do referido imposto.
7. Alíquotas
Alíquotas
As alíquotas internas, por sua vez, são arbitradas pelos próprios Estados
e, geralmente, ficam no patamar de 17% ou de 18%. Para produtos
considerados essenciais (como alimentos da cesta básica), é possível que
a alíquota interna seja menor que 17%. Na maior parte dos Estados, a
alíquota que incide sobre os serviços de energia elétrica e comunicações
é de 25%, como se verifica da tabela a seguir.
47
27% – MA e MG.
SERVIÇOS DE 28% – BA e DF.
TELECOMUNICAÇÕES
29% – AP, GO, MS, PR e TO.
(Inclui acréscimo do Fundo
de Combate à Pobreza) 30% – AL, AM, CE, PA, PB, RN, RS, RJ e SE.
32% – MT.
37% – RO.
18% – SP e MG.
30% – RS.
8. Cálculo do ICMS
Fonte: https://www.jornalcontabil.com.br/icms-tabela-de-aliquotas-e-atividades-que-
sofrem-incidencia-desse-imposto/. Acesso em: 5 out. 2021.
Referências
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil.
Brasília, DF: Presidência da República, 1988.
BRASIL. Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966. Dispõe sobre o Sistema Tributário
Nacional e institui normas gerais de direito tributário aplicáveis à União, Estados e
Municípios. Brasília, DF: Presidência da República, 1966.
BRASIL. Lei complementar nº 87, de 13 de setembro de 1996. Dispõe sobre o
imposto dos Estados e do Distrito Federal sobre operações relativas à circulação
de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e
intermunicipal e de comunicação, e dá outras providências. Brasília, DF: Presidência
da República, 1996.
BRASIL. Lei complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006. Institui o Estatuto
Nacional da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte; altera dispositivos das
Leis no 8.212 e 8.213, ambas de 24 de julho de 1991, da Consolidação das Leis do
Trabalho – CLT [...]. Brasília, DF: Presidência da República, 2006.
PAULSEN, Leandro. Curso de direito tributário completo. 11. ed. São Paulo:
Saraiva Educação, 2020. [Minha Biblioteca].
PÊGAS, Paulo Henrique. Manual de contabilidade tributária. 9. ed. São Paulo:
Atlas, 2017. [Minha Biblioteca].
SABBAG, Eduardo. Direito tributário essencial. 8. ed. Rio de Janeiro: Forense,
2021. [Minha Biblioteca].
52
Objetivos
• Conhecer os princípios informadores do Imposto
sobre a Renda e seus aspectos gerais.
Referidos tributos são classificados como diretos, uma vez que reúnem
na mesma pessoa, as figuras do contribuinte de fato e de direito. Assim,
a pessoa que tem a obrigação legal de recolher o tributo, também é
aquela que realiza o efetivo pagamento dele.
I. 15% (quinze por cento) sobre a parcela dos ganhos que não ultrapassar
R$ 5.000.000,00 (cinco milhões de reais);
II. 17,5% (dezessete inteiros e cinco décimos por cento) sobre a parcela
dos ganhos que exceder R$ 5.000.000,00 (cinco milhões de reais) e não
ultrapassar R$ 10.000.000,00 (dez milhões de reais);
III. 20% (vinte por cento) sobre a parcela dos ganhos que exceder R$
10.000.000,00 (dez milhões de reais) e não ultrapassar R$ 30.000.000,00
(trinta milhões de reais);
IV. 22,5% (vinte e dois inteiros e cinco décimos por cento) sobre a parcela
dos ganhos que ultrapassar R$ 30.000.000,00 (trinta milhões de reais).
Pela leitura do referido artigo, verifica-se que a lei pode conferir à fonte
pagadora da renda ou do provento de qualquer natureza, a condição de
responsável tributário. Nesse caso, o IR é retido pela própria fonte que é,
então, o responsável tributário.
5. Base de cálculo do IR
6. Alíquotas do IR
38.000,00 x 9% = 3.420,00
65
Por fim, destaca-se que o valor devido a título de CSLL não pode ser
considerado como despesa operacional ou necessária para fins de
apuração do IRPJ, não sendo, portanto, dedutível no cálculo do referido
imposto.
Referências
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil.
Brasília, DF: Presidência da República, 1988.
BRASIL. Decreto nº 9.580, de 22 de novembro de 2018. Regulamenta a tributação,
a fiscalização, a arrecadação e a administração do Imposto sobre a Renda e
Proventos de Qualquer Natureza. Brasília, DF: Presidência da República, 2018.
66
BONS ESTUDOS!
WBA0988_v1.0
APRENDIZAGEM EM FOCO
TRIBUTAÇÃO SOBRE O
CONSUMO E O LUCRO
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Autoria: João Paulo Carniato Genta
Leitura crítica: Camila Carniato Genta
INTRODUÇÃO
3
INÍCIO TEMA 1 TEMA 2 TEMA 3 TEMA 4
TEMA 1
5
pelo seu cumprimento, por meio dos critérios subjetivo e
quantitativo.
6
Importação (II) e das despesas aduaneiras que foram efetivamente
pagas, para o desembaraço das mercadorias.
7
natureza, o funcionamento, o acabamento, a apresentação ou a
finalidade do produto, ou que o aperfeiçoe para consumo.
8
ou recondicionador, de partes ou peças empregadas
exclusiva e especificamente naquelas operações.
Referências bibliográficas
BRASIL. Presidência da República. Casa Civil. Subchefia para Assuntos Jurídicos.
Decreto n. 7.212, de 15 de junho de 2010. Brasília, 2010.
TEORIA EM PRÁTICA
9
• Quem fará o pagamento do IPI e por quê?
LEITURA FUNDAMENTAL
Indicações de leitura
Indicação 1
10
transportada pelo comprador, mas, por conta de furto ou roubo,
não chega ao estabelecimento do adquirente, que, a princípio, faria
o pagamento do IPI.
Indicação 2
QUIZ
11
1. A Constituição Federal, no art. 150, inc. I, dispõe que é vedado
à União exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça.
Diante disso, com relação ao IPI, marque a alternativa correta:
12
GABARITO
Questão 1 - Resposta B
Resolução: A alternativa correta é a de letra B, pois a
Constituição Federal contrariou um dispositivo anterior, a
fim de permitir que a alteração das alíquotas do IPI se dê
por decreto e não por lei. Assim, considera-se mitigado ou
relativizado, o princípio da legalidade.
Questão 2 - Resposta D
Resolução: A alternativa correta é a D, pois indica uma
operação não considerada industrialização pelo art. 5, do
Decreto n. 7.212/2010.
13
INÍCIO TEMA 1 TEMA 2 TEMA 3 TEMA 4
TEMA 2
16
correspondam ao valor dos materiais fornecidos pelo prestador
de serviço e incorporado à obra; e valor das subempreitadas já
tributadas pelo ISS.
17
PARA SABER MAIS
18
fixa do ISS, por conta da forma como eram constituídas ou em
virtude do modelo de distribuição dos lucros aos sócios.
Referências bibliográficas
BRASIL. Presidência da República. Casa Civil. Subchefia para Assuntos Jurídicos.
Decreto-lei n. 406, de 31 de dezembro de 1968. Brasília, 1968.
SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. Embargos de Divergência em Agravo em
Recurso Especial n. 31.084/MS. Relator: Ministro Napoleão Nunes Maia Filho.
Brasília, 2021.
TEORIA EM PRÁTICA
Identificar o valor que deve ser recolhido a título de ISS não é uma
tarefa difícil. A princípio, é necessário verificar a alíquota cobrado
pelo município, para aquele serviço, bem como o preço do serviço,
que se trata da base de cálculo do imposto. Desse modo, se um
serviço custou R$ 500,00 e alíquota que incide sobre ele é de 2%, o
valor do ISS devido ao Município é de R$ 10,00.
19
LEITURA FUNDAMENTAL
Indicações de leitura
Indicação 1
Indicação 2
QUIZ
21
d. Na Constituição Federal de 1988, o ISS passou a ser de
competência dos municípios e do Distrito Federal.
e. Os serviços que são tributados pelo ISS encontram-se
definidos na LC n. 116/2003 e, em regra, podem coincidir com
os que são onerados pelo ICMS.
GABARITO
Questão 1 - Resposta E
Resolução: A alternativa que indica a opção incorreta é a de
letra E, uma vez que, em regra, serviços que são tributados pelo
ISS não podem coincidir com os que são onerados pelo ICMS.
22
Questão 2 - Resposta C
Resolução: A alternativa correta é a D, porque indica o
benefício tributário concedido por lei, aos profissionais liberais
e sociedades profissionais que exercem seu trabalho com
pessoalidade.
23
INÍCIO TEMA 1 TEMA 2 TEMA 3 TEMA 4
TEMA 3
26
meio); e no momento do desembaraço aduaneiro do produto
importado.
27
PARA SABER MAIS
A referida guerra tem como uma de suas causas a liberdade que foi
concedida, por lei, aos Estados e ao Distrito Federal, na regulação
de tributos que são de sua competência, como o ICMS, que, por ser
extremamente oneroso para as empresas, é o principal tributo dos
incentivos fiscais, uma vez que são os próprios Estados que definem
suas alíquotas internas.
Referências bibliográficas
GAZETA DO POVO. A Reforma Tributária e a Guerra Fiscal. Gazeta do Povo,
três de junho de dois mil e vinte um. Paraná, 2021.
PENA, R. F. A. Guerra fiscal no Brasil. Mundo Educação, UOL, [s. d.].
TEORIA EM PRÁTICA
Assim, questiona-se:
29
1. Quanto de ICMS é devido em uma operação cujo produto/
serviço, ainda sem o referido imposto, possui o valor de R$
5.000,00, quando aplicada uma alíquota de 18%?
2. Qual valor deve ser utilizado como base de cálculo para a
apuração do ICMS?
3. E se o ICMS fosse um imposto calculado por fora, como o IPI,
qual seria sua base de cálculo e a quantia a ser recolhida?
LEITURA FUNDAMENTAL
Indicações de leitura
30
Indicação 1
Indicação 2
QUIZ
31
1. O Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços é
um imposto de grande relevância, pois, como recai sobre o
consumo, atinge a população de maneira geral e gera grande
receita aos cofres públicos. Sobre o referido tributo, marque a
alternativa incorreta:
32
e. A prestação de serviço de comunicação nas modalidades de
radiodifusão sonora e de sons e imagens de recepção livre e
gratuita.
GABARITO
Questão 1 - Resposta C
Resolução: A alternativa que indica a opção incorreta é a de
letra C, uma vez que o ICMS trata de um tributo plurifásico e
não monofásico, como descrito na referida alternativa.
Questão 2 - Resposta E
Resolução: A alternativa E não representa uma hipótese de
incidência do ICMS, pois indica uma situação em que não há a
incidência do ICMS.
33
INÍCIO TEMA 1 TEMA 2 TEMA 3 TEMA 4
TEMA 4
35
A base de cálculo do IR é a renda real, arbitrada ou presumida.
Quanto à pessoa física, a base de cálculo é a renda líquida, obtida
por meio da soma de suas rendas e proventos de qualquer natureza,
menos as deduções e abatimentos permitidos por lei.
36
Quanto à Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), ressalta-
se que trata de um tributo de competência federal, instituído
pela Lei n. 7.689/1988. Referida contribuição incide sobre todas
as pessoas jurídicas e a receita gerada por ela é utilizada pelo
Governo Federal para financiar a Seguridade Social, incluindo a
aposentadoria, a assistência social e a saúde pública.
37
cardiopatia grave, doença de Parkinson e dentre outras doenças
graves.
38
manutenção da isenção do imposto de renda, não se lhe exigindo a
demonstração da contemporaneidade dos sintomas da doença nem
da recidiva da enfermidade (STJ, 2018, [n. p.]).”
Referências bibliográficas
MAZZA, A. Manual de Direito Tributário. 7. ed. São Paulo: Saraiva, 2021.
TEORIA EM PRÁTICA
LEITURA FUNDAMENTAL
Indicações de leitura
Indicação 1
40
Indicação 2
QUIZ
41
b. As mesmas regras de apuração e de pagamento do IRPJ são
aplicadas para a CSLL, que também incide sobre o lucro
líquido das empresas.
c. Além do Microempreendedor Individual (MEI), existem quatro
regimes de tributação: Simples Nacional, Lucro Real, Lucro
Arbitrado e Lucro Presumido.
d. Todas as pessoas jurídicas brasileiras devem recolher a CSLL,
com exceção daquelas optantes pelo regime de tributação
Simples Nacional.
e. A base de cálculo, a alíquota aplicada e a forma de apuração
do valor a ser pago a título de CSLL dependerá do regime de
tributação da empresa.
a. 15%.
b. 27%.
c. 9%.
d. 32%.
e. 22,5%.
GABARITO
Questão 1 - Resposta D
Resolução: A alternativa D está incorreta porque as empresas
tributadas pelo Simples Nacional também são oneradas CSLL, e
efetuam o seu pagamento via DAS.
42
Questão 2 - Resposta B
Resolução:Para valores superiores a R$ 4.664,68, alíquota
utilizada para a apuração do IRPF no período-base corresponde
a 27%
43
BONS ESTUDOS!
WBA0988_v1.0
Proposta de resolução do
Desafio Profissional
Tributação sobre o consumo e o lucro
Quadro 1 - ISS
I. Critério Temporal A. O momento da prestação do serviço.
II. Critério Subjetivo B. Sujeito ativo: Municípios e Distrito Federal. Sujeito passivo:
prestador ou tomador do serviço, conforme determinação
legal.
III. Critério Quantitativo C. O valor do ISS a ser recolhido, com base na alíquota a ser
aplicada sobre a base de cálculo (preço do serviço).
IV. Critério Material D. A efetiva prestação do serviço.
IV. Critério Espacial E. Território Municipal.
Fonte: elaborado pelo autor.
Quadro 2 - ICMS
I. Critério Temporal A. O momento da saída da mercadoria do estabelecimento.
II. Critério Subjetivo B. Sujeito Ativo: Estados. Sujeito Passivo: quem realiza a
venda da mercadoria ou quem a lei indicar.
III. Critério C. O valor do ICMS a ser recolhido, com base na alíquota a
Quantitativo ser aplicada sobre a base de cálculo (valor da operação).
IV. Critério Material D. Realizar operações relativas à circulação de mercadorias.
IV. Critério Espacial E. Território Estadual.
Cálculo do ICMS
Tabela 1 – Alíquotas do ICMS
Fonte: https://www.jornalcontabil.com.br/icms-tabela-de-aliquotas-e-atividades-que-sofrem-incidencia-
desse-imposto/. Acesso em: 25 jan. 2022.
•Tabela 2 – Alíquotas do ICMS
Cálculo do ICMS
Por meio dessa tabela, identifica-se a alíquota de ICMS
incidente em uma operação tributada pelo referido
imposto. Para tanto, é necessário:
1º) Localizar o estado de origem, que é de onde a
mercadoria irá sair.
2º) Localizar o estado de destino, que receberá a
referida mercadoria.
3º) Observar onde as linhas dos estados selecionados na
tabela se cruzam, a fim de encontrar a alíquota geral
aplicada sobre a operação interestadual.
•Tabela 2 – Alíquotas do ICMS
Cálculo do ICMS
Cálculo do ICMS
Além disso, é necessário rememorar que o ICMS um
tributo calculado “por dentro”, de modo que sua base
de cálculo contém, além do valor da operação, o valor
do próprio imposto.
Assim, para aferi-lo não basta apenas considerar o
valor do produto/serviço e aplicar a alíquota, há que
se recorrer a um artifício matemático, que se chama
Mark-up, um índice aplicado sobre o custo de um
produto ou serviço para a formação do seu preço de
venda.
Teoria em Prática
Bloco 4
João Paulo Carniato Genta
Reflita sobre a seguinte situação
Como se sabe, o ICMS é um tributo cuja cobrança ocorre
“por dentro”, de modo que sua base de cálculo contém,
além do valor da operação, o valor do próprio imposto.
Assim, para calculá-lo não basta considerar o valor do
produto/serviço e aplicar a alíquota, deve-se recorrer a
um artifício matemático para que o valor da nota fiscal
absorva o montante devido a título de ICMS. Esse
artifício se chama Mark-up, um índice aplicado sobre o
custo de um produto ou serviço para a formação do seu
preço de venda.
Assim, questiona-se:
Reflita sobre a seguinte situação
1) Quanto de ICMS é devido em uma operação cujo
produto/serviço, ainda sem o referido imposto,
possui o valor de R$ 5.000,00, quando aplicada uma
alíquota de 18%?
PAULSEN, Leandro. Curso de direito tributário completo. 11. ed. São Paulo:
Saraiva Educação, 2020. [Minha Biblioteca]
O ISS possui uma lista taxativa dos serviços que são por
ele tributados. Além disso, a LC nº 116/2003, ainda
elenca os casos em que não há incidência do ISS:
Exemplo:
“Uma empresa que preste um serviço técnico, por exemplo,
de R$ 10.000, sofrerá retenção na fonte de 6,15% (IR, CSLL,
PIS e COFINS), recebendo líquidos R$ 9.385. O ISS será
calculado e cobrado sobre o valor total dos serviços
prestados, ou seja, R$ 10.000.” (PÊGAS, 2017, p. 214)
Base de cálculo
Bloco 3
João Paulo Carniato Genta
Contribuinte
BRASIL. Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966. Dispõe sobre o Sistema Tributário Nacional e
institui normas gerais de direito tributário aplicáveis à União, Estados e Municípios. Brasília,
DF: Presidência da República, 1966.
BRASIL. Lei complementar nº 116, de 31 de julho de 2003. Dispõe sobre o Imposto Sobre
Serviços de Qualquer Natureza, de competência dos Municípios e do Distrito Federal, e dá
outras providências. Brasília, DF: Presidência da República, 2003.
PAULSEN, Leandro. Curso de direito tributário completo. 11. ed. São Paulo: Saraiva Educação,
2020. [Minha Biblioteca]
PÊGAS, Paulo Henrique. Manual de contabilidade tributária. 9. ed. São Paulo: Atlas, 2017.
[Minha Biblioteca]
SABBAG, Eduardo. Direito tributário essencial. 8. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2021. [Minha
Biblioteca]
SCHOUERI, Luis Eduardo. Direito tributário. 10. ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2021.
[Minha Biblioteca]
Bons estudos!
WBA0988_v1.0
Fixos e proporcionais
Tributos fixos são aqueles em que não há variação do
valor cobrado, uma vez que são destituídos de base de
cálculo e possuem alíquota fixa.
Exemplo: ISSQN.
Os tributos proporcionais, por sua vez, possuem alíquota
fixa, mas a base de cálculo variável.
Exemplo: IPTU, que possui base de cálculo variável
correspondente ao valor venal do imóvel. No caso dos
tributos proporcionais, a arrecadação pode aumentar ou
diminuir conforme a variação da base de cálculo.
Outras classificações dos tributos
Conceito
“A regra matriz é apresentada como um método, um recurso
para a compreensão do fenômeno jurídico-tributário. Partindo
da premissa segundo a qual toda norma jurídica tem estrutura
lógica de um juízo hipotético, ao qual é ligada uma
consequência jurídica, quando acontecido o fato precedente,
chega-se ao esquema proposto.” (SCHOUERI, 2021, p. 288)
A regra matriz compreende dois momentos: o antecedente,
que descreve o fato jurídico-tributário por meio de critérios
materiais, temporais e quantitativos; e o consequente, que
descreve a obrigação tributária e o responsável pelo seu
cumprimento.
Regra matriz de incidência tributária
Figura 1 – Exemplo RMIT
Critério Espacial
O estabelecimento industrial ou equiparado.
(ONDE?)
Critério Subjetivo
(Sujeito ativo/passivo) S. ativo: União/S. passivo: industrial ou quem a lei a ele
equiparar (contribuinte de direito).
(QUEM?)
Conceito
O IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) é um tributo
imposto indireto, regressivo, não cumulativo e não
vinculado, que incide sobre produtos industrializados,
nacionais e estrangeiros, e alcança todos os produtos com
alíquota, ainda que zero, relacionados na Tabela de
Incidência do IPI (TIPI), com exceção daqueles marcados com
a notação "NT“ (não-tributado).
Os produtos com alíquota zero sofrem a incidência do IPI,
contudo, têm suas alíquotas zeradas em virtude de incentivo
fiscal.
IPI – conceito e normatização
Normatização
O IPI tem como base legal o art. 153, inciso IV, da
Constituição Federal, que concede à União o direito à
criação do referido tributo, bem como os arts. 46 a 51 do
Código Tributário Nacional, lei federal que o institui e
especifica seus elementos.
Atualmente, a cobrança, a fiscalização, a arrecadação e a
administração do IPI é regulamentada pelo Decreto nº
7.212/2010 (RIPI/2010).
IPI e princípios constitucionais
Princípios
Os princípios constitucionais que regem e orientam a
legislação tributária referente ao IPI são diversos, dentre eles
se destacam: a legalidade, a anterioridade, a seletividade e a
não cumulatividade.
• Legalidade:
O art. 150, inc. I da CF/88, dispõe que é vedada à União exigir
ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça. Entretanto, no
art. 153, § 1º, a Constituição Federal permite que o Poder
Executivo, observadas as condições e os limites estabelecidos
em lei, altere as alíquotas do IPI e de outros tributos de
caráter extrafiscal.
IPI e princípios constitucionais
Assim, verifica-se que, com relação ao IPI, o princípio
da legalidade foi mitigado/relativizado pela própria
Constituição Federal, uma vez que ela permitiu a
alteração de alíquotas por meio de ato do Poder
Executivo (decreto) e não apenas por lei.
• Anterioridade:
A definição clássica do princípio da anterioridade (art.
150, inc. III, alínea b, da CF/88) proíbe a União de
cobrar tributos no mesmo exercício financeiro em que
tenha sido publicada a lei que os instituiu ou
aumentou.
IPI e princípios constitucionais
• Não cumulatividade:
O princípio da não cumulatividade, previsto pelo art.
153, § 3º, inc. II, da CF/88, evita a ocorrência do
chamado efeito cascata e se aplica ao IPI, fazendo
com que o tributo devido em cada operação seja
compensado com aqueles cobrados nas anteriores.
IPI e princípios constitucionais
Outros princípios:
Previsto pelo art. 150, inc. II da CF/88, o
princípio da isonomia/igualdade tributária veda
o tratamento desigual entre contribuintes em
situações equivalentes e impõe a observância da
capacidade contributiva, outro princípio
constitucional tributário que determina a
observância da possibilidade econômica do
contribuinte de pagar os tributos.
IPI e princípios constitucionais
Fato gerador
Segundo o art. 46 do Código Tributário Nacional, o IPI
tem como fato gerador:
• O desembaraço aduaneiro, quando de procedência
estrangeira.
• A saída dos estabelecimentos industriais ou
equiparados.
• A arrematação, quando apreendido ou abandonado e
levado a leilão.
Elementos do IPI
Base de cálculo
De acordo com o art. 47 do Código Tributário Nacional, a
base de cálculo do IPI será:
• Produto nacional: o preço da operação na saída da
mercadoria.
• Produto importado: a base de cálculo do IPI é
acrescida, ainda, do valor do II (Imposto sobre
Importação) e das despesas aduaneiras que foram
efetivamente pagas.
• Mercadoria arrematada em leilão: preço alcançado no
leilão.
Elementos do IPI
Alíquotas
As alíquotas do IPI variam conforme o produto e se
encontram descritas na Tabela de Incidência do
Imposto sobre Produtos Industrializados (TIPI),
aprovada pelo Decreto nº 7.660/2011 e suas
alterações legislativas.
É necessário destacar que, o IPI “é seletivo em
função da essencialidade dos produtos”, conforme
disciplina o art. 48 do CTN.
Elementos do IPI
Alíquotas
Importante:
“As alíquotas do IPI, que devem ser fixadas com base
no princípio da seletividade, ou seja, em razão inversa
de imprescindibilidade dos produtos de consumo
generalizado, são aquelas previstas na tabela de
incidência do IPI, denominada TIPI (Tabela de IPI), que
tem por base a Nomenclatura Comum do Mercosul
(NCM), que passa a constituir a nova Nomenclatura
Brasileira de Mercadorias, baseada no Sistema
Harmonizado (NBM/SH).” (PÊGAS, 2017, p. 173)
Elementos do IPI
Contribuintes
Estabelecimento industrial: definido como aquele que
executa qualquer operação de industrialização.
Equiparados: estabelecimentos que, mesmo não
realizando operação de industrialização, equiparam-se ao
industrial, como: importadores, exceto quando
negociarem apenas no varejo, e filiais de estabelecimento
industrial, quando realizam a venda de seus produtos.
Importante: por se tratar de um tributo indireto, o
pagamento do IPI acaba por ser transferido ao
consumidor do produto industrializado, que, então, será o
contribuinte de fato.
Teoria em Prática
Bloco 4
João Paulo Carniato Genta
Reflita sobre a seguinte situação
Referência:
SALVADOR, A. C. G.; CUNHA, C. R. da. A tributação extrafiscal como
instrumento de desenvolvimento econômico. Revista do Instituto
de Direito Constitucional e Cidadania, [s.l.], v. 4, n. 2, p. 109-122,
2019.
Referências
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF:
Presidência da República, 1988.
BRASIL. Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966. Dispõe sobre o Sistema Tributário Nacional e
institui normas gerais de direito tributário aplicáveis à União, Estados e Municípios. Brasília,
DF: Presidência da República, 1966.
PAULSEN, Leandro. Curso de direito tributário completo. 11. ed. São Paulo: Saraiva Educação,
2020. [Minha Biblioteca].
PÊGAS, Paulo Henrique. Manual de contabilidade tributária. 9. ed. São Paulo: Atlas, 2017.
[Minha Biblioteca].
SABBAG, Eduardo. Direito tributário essencial. 8. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2021. [Minha
Biblioteca].
SCHOUERI, Luis Eduardo. Direito tributário. 10. ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2021.
[Minha Biblioteca].
Bons estudos!