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Introdução………………………………………………………..……………………2
1. Extrafiscalidade……………………………………………………………………3
1.3.1. Conceito………………………………………………………………………6
Conclusão………………………………………………...………………………….13
Bibliografia…………………………………………………..………………………14
Introdução
O presente trabalho visa à realização de um estudo acerca do direito
económico fiscal dito de outro modo da extrafiscalidade da norma tributária como
instrumento propiciador das políticas públicas, sendo esta vista, como
implementadora do desenvolvimento político, económico, social e ambiental.
Por fim, na última parte do trabalho, será abordado o ainda relativo aos
benefícios fiscais sua constituição, reconhecimento, formas jurídicas permitidas
por lei de transmissão bem como também as formas de como se extinguem no
ordenamento jurídico angolano
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CAPITULO I - DIREITO ECONÓMICO FISCAL
(1) NABAIS, Casalta, ‒ Direito Fiscal, Ed. Almedina, Coimbra, 1998, Pág. 695
(2) GOUVÊA, Marcus de Freitas ‒ A extrafiscalidade no direito tributário. Belo Horizonte: Del
Rey, 2006. Pág.298
(3) BONFIM, Diego ‒ Extrafiscalidade: identificação, fundamentação, limitação e controle /
Diego Bonfim. – 1. Ed – São Paulo: Noeses, 2015.Pág. 394.
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Os tributos, na sua função extrafiscal, podem, ainda, ser utilizados para
regular a economia, aumentando ou reduzindo a carga tributária, com o escopo
de gerar reflexos na política internacional por meio da importação ou exportação
de produtos, como, por exemplo, no Imposto Sobre o Valor Acrescentado Social
- IVA Social, um imposto incidente em alguns países europeus, que tem por
objetivo reduzir a carga tributária das contribuições sociais, compensando essa
redução com o aumento proporcionado do IVA, de forma a aumentar a
competitividade dos países que adotarem tal medida.
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1.2. Os impostos extrafiscais
Esse tipo imposto entre nós, como de resto lá fora, não está
constitucionalmente vedada a possibilidade de o Estado utilizar o imposto ou o
agravamento do imposto com o objectivo ou finalidade principal ou dominante de
evitar certos comportamentos económicos e sociais dos seus destinatários.
Trata-se dos impostos sufocantes na terminologia alemã e dos destrutive taxes
na designação anglo-saxónica6.
(6) NABAIS, casalta ‒ Direito Fiscal, Ed. Almedina, Coimbra, 2009, pag. 429
(7) Ibdem, Pag. 433
(8) Ibdem, Pag. 439
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de 13 de setembro de 1996, sendo uma das principais fontes de arrecadação
dos Estados brasileiros. A este tributo é permitida a repartição de receitas, de
modo que 25% da sua arrecadação seja repassada aos municípios, conforme
artigo 158, VI da Constituição da República. Assim, por meio da tributação
extrafiscal, vários Estados Brasileiros vêm empregando certa parcela da
repartição tributária do ICMS às ações direcionadas a benefícios dos municípios,
uma vez que a repartição tributária possibilita o acréscimo de suas verbas, com
base em critérios sociais que irão refletir na qualidade de vida da sociedade,
sendo, também, a possibilidade de o Estado interferir no processo de
desenvolvimento de seus municípios, ao premiar certas atividades e limitar
outras
1.3.1. Conceito
Waty refere que os benefícios fiscais são regras fiscais que impliquem
uma redução do montante a pagar dos impostos em vigor, com o fim de favorecer
atividades de reconhecido interesse público, social ou cultural.
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desembolsáveis, diferentes das despesas públicas
desembolsáveis.
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1.3.4. Classificação
Conforme dispõe o artigo 3o Lei n.º 8/22, de 14 de abril, Código dos
Benefícios Fiscal (CBF) e o artigo 17.o, n.0 1, do CGT, os benefícios fiscais
podem ser automáticos ou não automáticos (dependentes de reconhecimento).
Os benefícios automáticos resultam directa e imediatamente da lei, bastando
que se verifiquem os pressupostos nesta fixados (art. 17. 0, n.0 2, do CGT). Os
benefícios dependentes de reconhecimento pressupõem, para além da
verificação dos pressupostos objectivos e subjectivos definidos na lei, a prática,
pela administração tributária, de um ou mais actos posteriores de
reconl1ecimento (art. 17.0, n.º 3, do CGT).
Os benefícios fiscais também podem ser condicionados ou não
condicionados, consoante dependam ou não de condições estabelecidas por lei
ou por contrato (art. 17.0, n.0 4, do CGT).
A lei distingue, ainda, entre benefícios reais e benefícios pessoais,
conforme eles sejam concedidos atendendo a características objectivas do facto
tributário ou a aspectos relativos à pessoa que a eles tem direito (art. 30. no 2 do
CBF e art. 17.0, n.0 5, do CGT).
O CBF (Código de Benefícios Fiscal) vem fixar o prazo geral de duração
máxima dos benefícios fiscais em 10 anos, comportando, contudo, exceções
como, por exemplo, o caso dos benefícios fiscais concedidos ao abrigo do
Regime Contratual do Investimento Privado, cujo prazo máximo é fixado em 15
anos.
Outro aspeto importante prende-se com a livre cumulação de diferentes
benefícios fiscais, desde que estes sejam: (i) da mesma natureza; (ii) referentes
ao mesmo facto tributável; e (iii) referentes ao mesmo imposto – com o limite
temporal de que o gozo dos benefícios fiscais relativos a um mesmo imposto não
pode ultrapassar o prazo máximo legalmente estabelecido no CBF.
1.3.5. Regime jurídico
Os benefícios fiscais estão sujeitos ao princípio da legalidade, integrando
a reserva relativa de competência legislativa da Assembleia Nacional (arts. 102.0,
n. 0 1, e 165.0, n.0 1, ai. o), da CRA). Além disso, os mesmos subordinam-se ao
princípio da excepcionalidade. Daqui resulta a exclusão da integração analógica
das normas que consagrem benefícios fiscais, embora se admita a interpretação
extensiva (art. 16.0, n.º 1, do CGT).
Um outro princípio é o da generalidade, nos termos do qual a definição
dos pressupostos objectivos e subjectivos dos benefícios devem ser feita de
forma genérica, só excepcionalmente se admitindo a atribuição de benefícios de
natureza individual, a qual carece sempre de justificação. É o que sucede com a
celebração de contratos fiscais (art. 19.0 do CGT). Em qualquer caso, deve ser
respeitado o princípio da igualdade, devendo, ainda, a criação do benefício fiscal
ser devidamente fundamentada e prever a receita a não arrecadar (a despesa
fiscal), nos termos do disposto no artigo 16.0, n.0 2, do CGT.
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Os contratos fiscais apenas podem ser celebrados nos casos e condições
expressamente previstos na lei, e terem como fundamento a promoção do
equilíbrio económico e social do País, do desenvolvimento local ou do
investimento privado (art. 19.0, n. 0 2, do CGT), devendo a sua concessão
respeitar os princípios da igualdade, da imparcialidade, da transparência e da
proporcionalidade. Os benefícios fiscais caducam no termo do prazo por que
foram concedidos (art. 21.0, n.0 1, do CGT).
Os benefícios fiscais pessoais não são transmissíveis. Já os benefícios
fiscais reais são transmissíveis, mortis causa ou inter vivos, desde que os
respectivos pressupostos se mantenham na pessoa do transmissário (art. 21. 0 ,
n.os 5 e 6, do CGT).
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1.4.2. O reconhecimento dos benefícios fiscais
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transmissibilidade do mesmo direito mortis causa desde que no transmissário se
verifiquem os pressupostos do benefício e este não seja de natureza
estritamente pessoal, como será o caso, por exemplo, dos benefícios concedidos
a deficientes, a reformados, etc.
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Conclusão
O presente trabalho teve por objetivo realizar um estudo sobre o direito
económico fiscal ou se quisermos sobre a extrafiscalidade da norma tributária
como instrumento propiciador das políticas públicas, devendo ser utilizada pelo
poder estatal no intuito de interferir nas relações privadas, a fim de promover
políticas sociais e ambientais em prol da promoção do bem-estar social.
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Bibliografia
NABAIS, Casalta (2009). Direito Fiscal, Ed. Almedina (5ª edição) Coimbra editora
Legislações Consultadas
Lei n.º 8/22, de 14 de abril, que aprova o Código dos Benefícios Fiscais
Fonte: Internet.
www.zemoleza.com.br/.../humanas/direito/origem-das-cooperativas. -
http//ptwikipedia.org/wiki/democracia. - http://www.imf.org/>.Sovereign wealth funds.
http://www.servat.unibe.ch/dfr/bv033303.hotml. -http://jus.com.br/946428-claudia -
mariatoledosilveira/publicacoes#ixzz2wfzDdXQK
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