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Licenciatura em contabilidade e auditoria

Regime: Laboral 2° ano


Cadeira: Fiscalidade

Tema: Fuga ao fisco

Discentes:
Filde Arlindo Gome
Felipe Domingos Angulete
Graça Chaúca
Gracinda Covane
Niyurca Arlindo Gome

Docente: Ananias Couana

Matola aos 17, Abril 2023


Indice
Introdução_____________________________________________________ 1
Objectivos
Gerais e especificos________________________________________________2
Fuga ao fisco, conceito_____________________________________________3
Origem de fuga ao fisco____________________________________________3
Importância _____________________________________________________4
Consequencia____________________________________________________5
Tipo de fuga ao fisco______________________________________________5
Planeamento fiscal________________________________________________6
Conclusão_______________________________________________________7
Referencia bibliográfica-----------------------------------------------------------------8
Introdução
Para o presente trabalho falaremos de fuga ao fisco, e fuga ao fisco é a sonegação de imposto.
Portanto, é importante salientar que os impostos desempenham um papel importante no
crescimento de qualquer economia do mundo, os governos com as suas políticas fiscais fazem a
colecta dos impostos que representam grande parte do Orçamento do Estado. Este Orçamento é
usado para responder as necessidades colectivas dos indivíduos ou, da sociedade, dai que, com
os recursos arrecadados via tributação, os governos conseguem financiar – se e promover
gratuitamente bens públicos a população em troca do recebimento dos impostos. Um dos
impostos que tem maior relevância na carteira fiscal nos dias que correm, é designado tributação
sobre as despesas é o Imposto sobre o Valor Acrescentado.
 Objectivo geral

Estudar a sonegação de impostos.

 Objetivos especificos

Definir e caracterizar fuga ao fisco.

Diferenciar Fuga ao fisco das outras infracções fiscais.

Descrever fuga ao fisco e suas consequências.

 Problema

O que move fuga ao fisco.


Fuga ao fisco

Conceito

A fuga é uma composição de estilo contrapontístico que se baseia sobre o uso da imitação e a
preponderância de um tema gerador, curto mas característico, denominado sujeito.

Fisco é um órgão federal responsável por fiscalizar toda e qualquer pessoa, física e jurídica, no
que se refere a impostos.

Fuga ao fisco é o não pagamento de tributos estipulados ou estabelecidos por lei. Trata-se de
uma figura juridica que implica um ato volutario da falta de pagamento.

Fuga ao fisco é definida também como não actuação no âmbito da lei, por vezes no limite da
legalidade, para minimizar ou suprimir tributações que de outro modo seriam devidas
legalmente.

Quando nos referimos à “fuga ao fisco” surge a ideia da sonegação de informações. A


constatação do realismo desta hipótese conduz de imediato para operações económicas de que
não existem estatísticas oficiais, que escapam à contabilidade nacional.

Tendo os impostos a função de permitir ao Estado cumprir os deveres sociais ou de fomento


económico que lhe competem não é moralmente indiferente quando os cidadãos recebam os
benefícios do Estado sem pagar, ou quando actuam fraudulentamente para não pagar a
correspondente contraprestação.

 O que origina a fuga ao fisco


 A fuga ao fisco é eventualmente influenciada por uma série de factores que estão
directamente relacionados com a fiscalidade. Tais como: a carga fiscal, repartição da
carga fiscal por impostos e níveis de rendimento, a organização e funcionamento da
autoridade tributária, o número de inspectores e sua preparação académica bem como a
confiança dos cidadãos no Estado e no Ministério das Finanças.
 Importacia do pagementos fiscal

O imposto é uma das espécies tributárias criada por lei1, constitui uma das principais fontes de
receita do Estado quer quantitativamente devido ao seu papel significativo no conjunto das
receitas do Estado, quer qualitativamente na medida em que as suas funções superam as
meramente fiscais. Podemos definir imposto como uma prestação obrigatória, patrimonia de
carácter definitivo, unilateral, não contratual6, não reembolsável e sem carácter de sanção,
estabelecida e exigida pela lei a favor de uma pessoa colectiva de direito público.

Tendo os impostos a função de permitir ao Estado cumprir os deveres sociais ou de fomento


económico que lhe competem não é moralmente indiferente quando os cidadãos recebam os
benefícios do Estado sem pagar, ou quando actuem fraudulentamente para não pagar a
correspondente contraprestação.

 Consequêcias de fuga ao fisco

Os comportamentos de fuga ao fisco dificultam a construção do Estado Social de Direito,


impedem a diminuição do défice e da dívida pública e não favorecem o equilíbrio da balança
comercial. Ao invés disso, aumentam a denominada economia paralela, desregulam o mercado
da livre concorrência e fomentam o branqueamento de capitais, sendo por isso um fenómeno
contra o qual tem surgido cada vez mais medidas que visam prevenir e combater a evasão e a
fraude fiscais.

O aumento da fraude fiscal justifica-se com o facto de as pessoas pretenderem preservar o seu
património pessoal, da elevada carga fiscal existente, que sobre eles impende. Outro motivo
justificativo para este fenómeno é a complexidade da lei fiscal, que demove as pessoas do
cumprimento escrupuloso das suas obrigações fiscais e facilita a evasão, que se difunde devido à
extrema dificuldade que a Administração Fiscal tem, por falta de meios humanos e logísticos,
para fiscalizar milhões de contribuintes.

 Tipo de fuga ao fisco

O sistema fiscal não comporta lacunas de regulamentação, pelo que o recurso à analogia na
tributação não é permitido. Ao admitir-se tal procedimento estar-se-ia a reconhecer, ainda que de
forma implícita, que apesar de a lei tributária não prever, nem na sua letra nem no seu espírito, a
tributação de certa manifestação de riqueza, salvo os casos previstos, podia a Administração
Fiscal substituir-se à lei e tributá-la com o fundamento de que combatia a manifestação de
riqueza omissa na letra e no espírito da lei tributária.

Podemos concluir, que do ponto de vista económico-financeiro, existem no nosso sistema fiscal
lacunas de tributação, mas estas não consubstanciam ou sequer legitimam lacunas de
regulamentação que devam ser integradas analogicamente, daí resultando a figura da evasão
fiscal lícita (também conhecida por elisão ou evitação fiscal) que a doutrina anglo-saxónica
designa por tax avoidance, que apenas pode ser censurado moralmente.

 Evasão Lícita

A evasão lícita ocorre quando os contribuintes utilizam expedientes que se afastam da previsão
legal das normas tributárias, sendo exemplo disso a realização de negócios jurídicos que escapam
às normas de incidência fiscal ou através de procedimentos contabilísticos, admissíveis e lícitos,
que lhes são mais favoráveis. São os designados negócios jurídicos fiscalmente menos onerosos
que, todavia, são lícitos.

 Evasão Ilícita

Diferente das duas figuras atrás descritas, a evasão fiscal ilícita viola a letra e o espírito da lei
fiscal, constituindo, por isso, infracção fiscal penalmente sancionável.

É o que acontece, por exemplo, com a utilização de negócios jurídicos simulados, com a
falsificação dos documentos de suporte das declarações fiscais e com a não entrega ao Estado
dos rendimentos retidos na fonte. Aqui, o sujeito passivo engana directa e intencionalmente a
administração tributária, infringindo as normas tributárias. Os comportamentos acima descritos
preenchem o tipo legal de contra-ordenações administrativas ou, nos casos mais graves, de
crimes fiscais.

 O Planeamento Fiscal

O contribuinte tem o direito de gerir os seus negócios no sentido de minimizar os custos fiscais
da sua actividade, podendo fazê-lo através do planeamento fiscal, utilizando, para o efeito as
normas mais apropriadas e adequadas à sua real situação fiscal, mas sempre dentro do quadro
jurídico existente.
Ao efectuar o planeamento fiscal é indiferente, se contribuinte o faz de boa ou má-fé. A verdade
é que ele tem o dever de agir desta forma, para garantir a sua racionalidade económica, boa
gestão comercial, financeira e fiscal.

As próprias leis tributárias contêm normas denominadas de desagravamento (normas negativas


de tributação), nomeadamente exclusões tributárias, deduções específicas, abatimentos à matéria
colectável, reporte de prejuízos, isenções fiscais, benefícios fiscais e zonas francas de baixa
tributação, por exemplo a zona franca da Madeira, as quais são provas vivas de que a poupança
fiscal é inclusive sugerida pelo legislador.
Conclusão

Depois de feito o trabalho concluiu-se que a elevada perda de receitas para os Estados associada
à planificação fiscal, existe uma tendência crescente e generalizada no sentido de a impedir,
utilizando para isso novos métodos de interpretação das leis, presunções fiscais, introduzindo nos
diplomas fiscais normas anti-abuso e ainda utilizando conceitos jurídicos de uma forma mais
abrangente do que a normalmente utilizada noutros ramos de direito As próprias leis tributárias
contêm normas denominadas de desagravamento (normas negativas de tributação),
nomeadamente exclusões tributárias, deduções específicas, abatimentos à matéria colectável,
reporte de prejuízos, isenções fiscais, benefícios fiscais e zonas francas de baixa tributação, por
exemplo a zona franca da Madeira, as quais são provas vivas de que a poupança fiscal é inclusive
sugerida pelo legislador.
Referencias bibliograficas

88ESTEVES, Jaime Carvalho, TEIXEIRA, Glória, SANCHES, José Luís Saldanha,


RODRIGUES, João Silva. “Jurisprudência Fiscal Anotada - Supremo Tribunal Administrativo –
2001” , pág. 60

SOUSA, Susana Aires de, Os Crimes Fiscais obra citada, pág.4

A norma geral anti-abuso foi inicialmente consagrada no Código de Processo Tributário e só


posteriormente foi incluída na Lei Geral Tributária, pela Lei n.º 100/99, de 26 de Julho.

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