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Apresentação

CRIMES TRIBUTÁRIOS
DISCIPLINA DE GESTÃO E LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA
FACC/UFJF
O que é?

Ocorre um Crime Tributário quando


há fraude na apuração dos
impostos devidos, sendo passível de
multa ou mesmo de reclusão.
Lei nº 8137, 27 de dezembro de 1990
Define quais são os crimes tributários contra a ordem
tributária, econômica e contra as relações de consumo.

Em linhas gerais
A Lei faz parte do Direito Penal Econômico, que pode
ser definido como um conjunto de normas que visa a
proteção contra infrações a bens jurídicos tutelados
pelo estado no âmbito das relações econômicas.

Propósito
Como propósito mais importante da Lei de Crimes
Tributários, é buscar sonegações fiscais, que pode ser
definida como deixar de recolher tributo, diminuindo a
receita da Fazenda e causando lesão ao bem jurídico
tutelado pelo Direito Econômico Federal.
Exemplos de Crimes Tributários

SONEGAÇÃO FISCA:
“Ação ou omissão dolosa destinada a impedir, no todo ou em parte, que o Fisco conheça a
ocorrência do fato gerador; fraude para evitar débitos fiscais” (GUIMARÃES, 2014, P.614

A sonegação fiscal acontece quando o evento que gera a obrigação tributária já ocorreu e a
obrigação já está em vigor, no entanto, o indivíduo age intencionalmente para esconder essa
obrigação, com a intenção de evitar o pagamento, seja ele total ou parcial.
Exemplos de Crimes Tributários

APROPRIAÇÃO INDÉBITA:
Ela se estabelece a conduta penal diante da omissão por parte do contribuinte em realizar o
repasse tributário dos valores retidos de terceiros ao órgão fazendário. Isso pode ocorrei de várias
formas, como exemplo podemos citar quando o empregador retém o IRPF, ou a contribuição social
do INSS e não repassa ao órgão com recolhimento das devidas guias tributárias.
Exemplos de Crimes Tributários

EVASÃO FISCAL:
A evasão fiscal, por outro lado, é uma prática ilegal em que empresas ou indivíduos
deliberadamente sonegam impostos, não cumprindo com suas obrigações fiscais. Isso pode incluir
a subdeclaração de renda, a omissão de informações financeiras, a criação de empresas fictícias,
entre outras táticas fraudulentas para evitar o pagamento de impostos devidos ao governo. A
evasão fiscal é ilegal e pode resultar em penalidades severas, incluindo multas e até mesmo
prisão.
Exemplos de Crimes Tributários

LAVAGEM DE DINHEIRO:
A lavagem de dinheiro é um processo pelo qual o dinheiro obtido de atividades ilegais, como o
tráfico de drogas, corrupção, evasão fiscal ou outros crimes, é "lavrado" ou tornado
aparentemente legal através de uma série de transações financeiras complexas e enganosas.
CASOS REAIS: RICARDO ELETRO
Em julho de 2020 o Ricardo Nunes, fundador da Ricardo Eletro foi preso em
São Paulo, para prestar depoimento sobre seus negócios com patrimônio e
atividades da família, pois na operação dita como “Direito com o Dono” foram
feitos levantamentos de aproximadamente 400 milhões em impostos foram
sonegados, alegando o Ministério Público que o investigado se apropriou
indevidamente dos tributos, enquanto seu patrimônio só cresceu.

Ademais a Secretaria da Fazenda de Contagem menciona que a empresa


vinha omitindo recolhimento de ICMS há quase uma década. Mesmo
considerando o fato de que o fundador tenha se desligado do grupo em 2015,
há indícios veementes que ele continuava na administração dos negócios, de
modo que a blindagem patrimonial servia apenas para ocultar o proveito
econômico dos delitos.

O fator que caracteriza a sonegação por parte da empresa é de incluir no


preço de seus produtos o imposto (ICMS), mas não repassar o valor desses
tributos aos cofres do Estado, considerando que a empresa tinha benefício
fiscal, com privilégios em relação aos seus concorrentes, pagava de 5% a 10%,
e ainda assim não repassava. Além disso, a conduta de esvaziar o patrimônio
da empresa, que praticamente quebrou, ingressando em 2018 com
recuperação extrajudicial, é mais grave do que o não pagamento do tributo.
CASOS REAIS: LOJAS AMERICANAS
informações retiradas da materia do portal g1.globo.com

As fraudes e lançamentos indevidos encontrados nas demonstrações


financeiras da Americanas e informados pela companhia, somam mais de R$
40 bilhões em números preliminares e não auditados.
Segundo comunicado divulgado pela companhia, as fraudes das
demonstrações financeiras se davam predominantemente por meio dos
contratos de Verba de Propaganda Cooperada (VPC).
Esses contratos normalmente são firmados entre a indústria e o varejo — ou
seja, são pagos pelos fornecedores aos revendedores ou empresas
atacadistas e varejistas — e, além de serem usadas para cobrir eventuais
custos com publicidade e propaganda, também servem para impulsionar as
vendas de determinados produtos.
Nesses acordos, os varejistas e revendedores estipulam um preço fechado
para esse tipo de contrato, no qual podem negociar um planejamento de
marketing e detalhes sobre a apresentação do produto do fabricante nas
lojas — como prateleiras e gôndolas com espaços privilegiados e anúncios
específicos nos corredores, por exemplo.
Fernando Fernandes

Lavínia Almeida

Michael Cimino

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