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Um sistema tributário justo é geralmente definido com base em dois critérios: equidade vertical e
horizontal. Equidade vertical significa que o sistema tributário minimiza a carga sobre os pobres,
enquanto que cobra maiores pagamentos daqueles que têm maior capacidade para pagar.
Equidade horizontal implica que, contribuintes com capacidade similares de pagamento são
tratados imparcialmente e enfrentam as mesmas obrigações fiscais (IBRAIMO, 2002).
Uma questão importante é que, um sistema tributário justo, deve ser bem administrado para
minimizar a evasão fiscal, uma vez que, ao se permitir que alguns contribuintes escapem às suas
responsabilidades, isto causará que os restantes contribuintes tenham que suportar uma parte
adicional e não devida de carga tributária. Ao alargar-se o mais possível o sistema tributário, o
Estado (governo) pode de forma justa distribuir a carga por todos os contribuintes. Finalmente,
um sistema tributário justo evita a existência de taxas de impostos excessivamente altas.
Taxas de impostos o mais baixas possível – com um mínimo de complexidade nao estrutura de
impostos;
A existência de uma base tributária ampliada (em vez de impostos especiais) pode gerar receitas
maiores e crescentes sem requerer taxas altas. Impostos que se apliquem igualmente a grandes
categorias de actividades económicas minimizam também as distorções induzidas pelos impostos
sobre as decisões económicas que o sector privado venha a fazer. No entanto, alguns impostos
especiais têm um papel a desempenhar, tal como um imposto sobre bens de luxo, imposto
especial sobre petróleos para pagamento pela utilização das estradas e impostos retidos na fonte
para capturar rendimentos que de outra forma seria difícil de cobrir pelo sistema tributário.
No campo da equidade, a isenção de impostos é necessária para a equidade vertical, ou seja, para
proteger os mais pobres. De outro modo, a equidade horizontal requer que os benefícios fiscais
sejam eliminados ou usados em raras ocasiões. Há diversas razões para isto. Primeiro que tudo,
conceder benefícios fiscais a certos grupos, significa diminuir a base tributária, o que implica
maiores impostos para os restantes contribuintes. Segundo, os benefícios fiscais permitem
manipulações políticas, favoritismo e corrupção, todos eles violando os princípios da tributação e
prejudicando o desenvolvimento económico. Em terceiro lugar, os benefícios fiscais estabelecem
precedentes para que outros contribuintes solicitem um tratamento similar; muitas vezes, o
processo conduz a uma menor base tributária, e a um sistema tributário que é flagelado por
distorções e iniquidades. Finalmente, actividades produtivas que são fundamentalmente viáveis,
não precisam de benefícios fiscais; as actividades económicas só podem fazer sentido por mérito
próprio (IBRAIMO, 2002).