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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

INSTITUTO DE EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA

TEMA: O impacto da aplicação da pena de expulsão ao funcionário ou agente do


Estado decorrente de uma infracção disciplinar

Nome do docente: MSc: Esio Cebola Magaio

Nome do estudante: Nelson Pedro Tomas, 708216968

Curso: Licenciatura em Administração Pública

Disciplina: Reforma do Sector Público


Ano de frequência: 2˚ Ano

Chimoio, Setembro de 2022

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Capa 0.5

Índice 0.5

Aspectos Introdução 0.5


Estrutura
organizacionais Discussão 0.5

Conclusão 0.5

Bibliografia 0.5

Contextualização
1.0
(Indicação clarado problema)

Introdução Descrição dos objectivos 1.0

Metodologia adequada ao
2.0
objecto do trabalho
Articulação e domínio do
discurso académico
(expressão escrita
Conteúdo cuidada, coerência / 2.0
coesão textual)
Análise e
Revisão bibliográfica
discussão
nacional e
internacionais 2.
relevantes na área de
estudo

Exploração dos dados 2.0

Contributos teóricos
Conclusão 2.0
práticos

ii
Paginação, tipo e tamanho
Aspectos de letra, paragrafo,
Formatação 1.0
gerais espaçamento entre
linhas

Normas APA 6ª Rigor e coerência das


Referências edição em citações/referências
4.0
Bibliográficas citações e bibliográficas
bibliografia

I.

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Recomendações de melhoria:
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Índice
I. INTRODUÇÃO..................................................................................................................2
1.1. Introdução....................................................................................................................2
1.2. Metodologia.................................................................................................................2
1.3. Estrutura do Trabalho..................................................................................................2
II. REVISÃO DA LITERATURA..........................................................................................3
2.1. Regras gerais de funcionamento e organização da Administração Pública....................3
2.2. Infracção disciplinar........................................................................................................3
2.3. Sanção disciplinar........................................................................................................4
2.4. Responsabilidade civil.................................................................................................6
2.5. Responsabilidade criminal...........................................................................................7
III. CONCLUSÃO................................................................................................................9
IV. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS..........................................................................10

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I. INTRODUÇÃO

I.1. Introdução
O presente trabalho aborda sobre o impacto da aplicação de pena de expulsão aos
funcionários e agentes do Estado, aborda ainda os conceitos de infração disciplinar, poder
disciplinar, entre outros conceitos relacionados a temática em questão. Importa salientar que
na função pública moçambicana para que um funcionário ou agente do Estado seja expulso o
processo a se percorrer é demasiado longo e pode levar meses ou ate anos, isto é, os
funcionários e agentes do Estado estão sujeitos ao procedimento disciplinar e à aplicação de
sanções disciplinares, sem prejuízo da responsabilidade civil ou criminal que possa ter lugar
quando haja violação dos seus deveres, abuso de funções ou qualquer outra actuação que
prejudique a função pública. Sempre que a acção ou omissão for de natureza dolosa ou
culposa, haverá lugar a sanção disciplinar, independentemente de se ter verificado ou não
prejuízo ao serviço.

I.2. Metodologia
De acordo com Lakatos e Marconi (2006), metodologia é o conjunto de métodos e técnicas
de investigação científica de que o autor se serve para construir o conhecimento. Isto implica
que, no processo de compreensão da importância da auditoria interna em instituições pública
como instrumento de auxílio a tomada de decisão foi aplicado uma metodologia. Com efeito,
para a realização da pesquisa utilizou-se o procedimento Bibliográfico e a análise de
conteúdo.

I.3. Estrutura do Trabalho


I. INTRODUÇÃO
II. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
III. CONCLUSÕES
IV. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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II. REVISÃO DA LITERATURA

2.1. Regras gerais de funcionamento e organização da Administração Pública


A AP tem uma série de responsabilidades perante os agentes económicos. Estas estão
directamente relacionadas com os direitos e interesses legítimos do próprio cidadão. A Lei
14/2011 e o Decreto 30/2001 estabelecem as normas de organização dos serviços públicos.
De forma resumida, a seguir indicamos algumas regras a serem conhecidas, bem como alguns
conselhos práticos:
 Horário de funcionamento;
 Pedido de informação;
 Livro de reclamações e identificação dos funcionários;
 Submissão de documentos e informações;
 Comunicação escrita feita pela Função Publica.
O poder disciplinar do empregador é uma faculdade que lhe é atribuído por lei. Compreende
o poder de qualificar comportamentos com infracções, instaurar processos disciplinares e de
punir o trabalhador que viola os seus deveres profissionais. Marcelo Caetano

O empregador tem poder disciplinar sobre o trabalhador que se encontre ao seu serviço,
podendo aplicar-lhe as sanções disciplinares previstas no artigo seguinte. Artigo 62, da Lei n°
23/ 2007 de 01 de agosto. Da Lei do trabalho.

2.2. Infracção disciplinar


É o facto ou comportamento voluntário (uma acção ou uma omissão) praticado pelo
trabalhador com violação dos seus deveres profissionais. Significa que o trabalhador pode ser
punido “por fazer o que é proibido” ou “por deixar de fazer o que é devido”.

A infração disciplinar está relacionada com a violação culposa de deveres profissionais. É,


pois, o “comportamento culposo do trabalhador que viola os seus deveres profissionais”

De acordo com o artigo n° 66 da Lei n° 23/ 2007 de 01 de agosto, um dos deveres do


trabalhador é apresentar-se no seu local de trabalho a tempo e horas, e todos os dias de
trabalho, para realizar a sua actividade. Ou seja, o trabalhador tem o dever de pontualidade e
de assiduidade.

Assim, quando o trabalhador atrasa ou falta ao serviço viola os deveres de pontualidade e de


assiduidade, respectivamente. Portanto, com este seu comportamento pratica uma infracção
disciplinar, podendo, se assim entender, o empregador aplicar-lhe uma sanção disciplinar.

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Deste modo, o trabalhador comete uma infracção disciplinar, quando viola alguns desses
deveres profissionais estabelecidos por lei, independentemente de o fazer com intenção ou
não.

A questão de a infracção disciplinar ser praticada com intenção ou não, e a forma como a
mesma é praticada, tem uma importância especial no momento de decidir qual a sanção
disciplinar a aplicar ao arguido, por exemplo, como circunstância agravante mas essa questão
não é importante para dizer se esta ou aquela prática, este ou aquele comportamento do
trabalhador constitui ou não uma infracção disciplinar, á qual deve ser aplicada uma sanção
disciplinar.

II.3. Sanção disciplinar


A sanção disciplinar é uma medida administrativa que tem em vista reprimir o
comportamento negativo do trabalhador, mas também pretende educá-lo a não cometer novas
infrações disciplinares, bem como chamar atenção ao trabalhador e seus colegas para
evitarem a violação dos deveres profissionais.

Os funcionários e agentes do Estado estão sujeitos ao procedimento disciplinar e à aplicação


de sanções disciplinares, sem prejuízo da responsabilidade civil ou criminal que possa ter
lugar quando haja violação dos seus deveres, abuso de funções ou qualquer outra actuação
que prejudique a Administração Publica. Sempre que a acção ou omissão for de natureza
dolosa ou culposa, haverá lugar a sanção disciplinar, independentemente de se ter verificado
ou não prejuízo ao serviço.

De acordo com o n° 1 do artigo n° 87 da lei n°10/2007 de Agosto, o funcionário ou agente do


Estado que não cumpre ou falte aos seus deveres, abuse das suas funções ou de qualquer
forma prejudique a administração publica esta sujeito a procedimento disciplinar ou a
aplicação de sanções disciplinares.

O processo disciplinar tem como objecto analisar o comportamento culposo do trabalhador


subordinado, porque viola os seus deveres profissionais, e tem como fim a necessidade de
realização da justiça disciplinar, através da correção do arguido e do estabelecimento na
empresa da organização e disciplina perturbados.

O artigo n° 90 da lei n°10/2007 de Agosto, menciona os tipos de sanções disciplinares. As


sanções disciplinares aplicáveis aos funcionários e agentes do Estado são as seguintes:
a) Advertência;
b) Repreensão pública;
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c) Multa;
d) Despromoção;
e) Demissão;
f) Expulsão.

A despromoção será aplicável, entre outras, às situações de:


(i) Incompetência profissional que causem danos a terceiros;
(ii) Abuso de funções para obter vantagens, exercer pressão ou vingança;
(iii) Prática de actos que favoreçam interesses estranhos; e
(iv) Atendimento aos particulares com falta de civismo e respeito.

A expulsão o afastamento do infractor do aparelho do estado, podendo ser readmitido


decorridos oito anos sobre a data do despacho punitivo. Artigo n° 91, alínea f) do n° 1 da lei
n°da lei n°10/2007 de Agosto.

De acordo com o artigo n° 97 da lei n°10/2007 de Agosto, a sanção de expulsão é aplicável


ao funcionário que:
a) Atente contra a unidade nacional;
b) Atente contra o prestígio ou dignidade do Estado;
c) Agrida, injurie ou desrespeite gravemente qualquer cidadão ou funcionário no local de
serviço ou fora dele por assunto relacionado com o serviço;
d) Incite os funcionários à indisciplina, à desobediência, às leis e ordens legais
superiores ou provoque o não cumprimento dos deveres inerentes à função pública;
e) Viole o segredo profissional ou confidencialidade de que resultem prejuízos materiais
ou morais para o Estado ou terceiros;
f) Falte ao serviço sem justificação até 45 dias seguidos ou 60 dias interpolados, durante
o mesmo ano civil;
g) For condenado a pena de prisão maior ou de prisão pela prática de crimes desonrosos
e outros que manifestem incompatibilidades com a sua permanência no aparelho do
Estado.
A aplicação das sanções previstas nos artigos acima citados do Estatuto geral dos
funcionários e agentes do Estado, tem um grande impacto nos funcionários sobre tudo a
sensação em questão que e a pena de expulsão, mas tendo em conta que a pena de expulsão e
regulada nos termos da lei n°10/2007 de Agosto da Estatuto geral dos funcionários e agentes
do Estado pode se dizer que tem um impacto coercivo, mas nem todas as infrações recaem
direito para a pena de expulsão visto que elas passam por etapas ou por outra por um

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processo, tornando assim a pena de expulsão de um lado uma pena coerciva longa de se
alcançar pois existem procedimentos e outras formas de sanções e leis que a regulam como a
própria lei em questão e a lei do trabalho e de outro lado a pena de expulsão torna-se pode ser
olhada de forma rápida, ignorando as outras formas de sanação tronando assim o seu impacto
maior dependendo do tipo de infracção cometida.

II.4. Responsabilidade civil


A responsabilidade civil tem em vista colocar o lesado na situação em que estaria sem a
ocorrência do facto danoso, através da indemnização. Como indicado, a CRM e as normas
gerais da actuação da AP tratam expressamente a questão da responsabilidade pelos danos
causados aos particulares no âmbito da actuação dos funcionários e agentes do Estado.

Regra geral, a responsabilidade por danos ou prejuízos causados a outrem é exigível ao autor
do acto causador do dano. Casos há em que a lei especificamente estabelece a
responsabilização da entidade responsável pelo indivíduo causador do dano,
independentemente de haver intervenção ou não do responsável no acto que causou o dano. É
a chamada responsabilidade do comitente pelo comissário, prevista na legislação civil. Nestes
casos, a responsabilidade e indemnização pelos danos é exigida à entidade responsável pelo
agente, independentemente de culpa da entidade responsável.

Nesta linha, a CRM dispõe claramente que “o Estado é responsável pelos danos causados
por actos ilegais dos seus agentes, no exercício das suas funções, sem prejuízo do direito de
regresso”. Como se pode inferir desta disposição constitucional, a responsabilidade do
Estado assenta nos mesmos termos e princípios em que é feita a responsabilidade do
comitente pelos actos dos comissários.

A Lei 7/2012 determina entre os princípios de actuação da Administração Publica a sua


responsabilização, também, pelos danos causados por omissão da Administração Publica, no
âmbito do “princípio da responsabilidade pessoal”, sem prejuízo da responsabilidade
solidária do Estado. O Estado mantém o seu direito de regresso sobre o agente, funcionário
ou titular do órgão da AP que tiver causado o dano, na medida daquilo que prestar no âmbito
da participação solidária.

A acção de indemnização e responsabilidade civil do Estado deve ser proposta junto do


Tribunal Administrativo, como acima referido. Para aferir a existência da responsabilidade
civil e a consequente imputação ao funcionário, titular do órgão ou agente do Estado que
praticou o acto, é necessário, antes de mais, a ocorrência de um dano. Deve existir uma

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ligação causal (nexo de causalidade) entre o acto (ou omissão) praticado pelo funcionário,
agente ou titular de órgão da Administração Publica e o prejuízo sofrido. Por outro lado, o
facto gerador do dano deve ser ilícito, isto é, violar direitos ou interesses alheios protegidos
por uma disposição legal.

As provas têm como finalidade a demonstração da realidade dos factos ou direito invocado
pelo particular lesado. A sua apresentação ao tribunal ou a entidade competente para apreciar
e decidir cabe ao particular lesado. São aceites como meios de prova os testemunhos (prova
testemunhal), os documentos (prova documental) e as perícias (prova pericial). Não obstante
o referido, o Tribunal Administrativo pode ordenar as diligências de prova que considerar
relevantes.

II.5. Responsabilidade criminal


A responsabilidade criminal é sempre pessoal. Isto porque, nos termos da lei, só podem ser
criminosos os indivíduos que têm a necessária inteligência e liberdade, mesmo que actuem
em representação de entidades colectiva. A responsabilidade criminal recai única e
individualmente nos agentes de crimes e contravenções. Nestes termos, os agentes
económicos devem estar atentos aos actos dos funcionários, agentes e titulares de órgãos da
AP que consubstanciem crime, podendo denunciar às autoridades competentes para a
instauração do competente processo.

Os actos considerados crimes são indicados pelo Código Penal e demais legislação
complementar. Pode-se citar, a título exemplificativo, actos de corrupção, violação de dever
de sigilo, peculato, concussão, abuso de cargo ou função, utilização abusiva de bens ou
serviços, entre outros.

A questão que sempre se coloca quando ocorre um crime é de saber se qualquer elemento da
sociedade poderá apresentar queixa-crime. Na tramitação do processo de um determinado
crime e do seu autor, não só é importante que se conheça a sequência de actos, designados de
actos processuais, como também que se saiba qual é a natureza do crime, isto é, se é crime
público, semi-público ou particular, e qual é a forma de processo que cabe a cada caso em
concreto.

Para cada caso há uma sequência de actos, que por vezes difere dos outros casos, uns com
mais solenidade, prazos mais longos e mais actos processuais, outros menos solenes, com
prazos curtos e menos actos. A instrução de qualquer processo inicia com a notícia do crime,
que é a condição indispensável para a abertura da instrução preparatória e início da

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investigação criminal pelo Ministério Público, excepto se o crime em causa for de natureza
particular, independentemente de a suspeita incidir sobre uma pessoa à qual o crime deve ser
imputado. O indispensável é que a suspeita incida sobre um determinado facto criminoso, sob
pena de a denúncia ser arquivada.

Por vezes para que o Ministério Público possa iniciar o procedimento criminal é necessário
que exista uma queixa, denúncia ou participação do ofendido.

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III. CONCLUSÃO

Chegada a fase final do trabalho, conclui-se que a pena de expulsão aos agentes dos Estados e
regulada pela lei n°10/2007 de Agosto da Estatuto geral dos funcionários e agentes do
Estado, sendo uma pena de expulsão decorrente de uma infração disciplinar pode-se dizer que
pena de expulsão uma das maiores, que pode ser imediata ou não pois dependendo da
infracção pode-se seguir etapas até que se chegue na pena de explosão o impacto da sua
aplicação é porem muito maior, sendo ela coerciva.

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IV. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

 Lei n°10/2007 de Agosto


 Lei n° 23/ 2007 de 01 de Agosto
 Lei 14/2011
 Decreto 30/2001
 LAKATOS, E.M.; Marconi, M.A. (2006) Metodologia do Trabalho Científico, (6ª
ed.). São Paulo. Editora Atlas.

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Referencias bibliográficas
Lei n 23/2007 de 01 de Agosto- lei do trabalho
https:www.portaldogoverno.gov.mz/por/legislacao/processosadministrativos/
processosdisciplinar
https:www.tjsc.jus.br/web/servidor/processodisciplinar
Lei n°10/2007 de Agosto-Estatuto geral dos funcionários e agentes do Estado.

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