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2º ano
Trabalho de campo
Tema:
Contracto de Leasing
Introdução 0.5
Discussão 0.5
Conclusão 0.5
Bibliografia 0.5
Contextualização 1.0
(indicação clara do
Introdução problema)
Descrição dos 1.0
objectivos
ÍNDICE
CAPÍTULO - I...............................................................................................................................4
1.
Introdução 4
1.Introdução
CONTRACTO DE LEASING 4
1.1. Objectivos
Geral
Específicos
1.2. Justificativa
1.3. Metodologia
Para elaboração deste trabalho foi feito uma revisão bibliográfica. Onde foi usado o
método indutivo, que é um método responsável pela generalização, isto é, partimos de
algo particular para uma questão mais ampla, mais geral.
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CAPÍTULO II - REFERÊNCIAL TEÓRICO
1.4. LEASING
Considera-se, no entanto, que o leasing, tal como é hoje praticado teve origem nos anos
mais recentes.
Ainda segundo Martinho (1990; pág. 13) os EUA, o leasing progrediu de forma tão
rápida que, no prazo de 10 anos, chegaram a constituir-se cerca de 800 sociedades. Para
este fenómeno contribuiu de maneira decisiva um conjunto de factores específicos da
economia norte-americana. De entre esses factores , podem referir-se os seguintes:
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Na opinião de Gonçalves da Silva e outros (2008; pág. 274) o rápido desenvolvimento
do leasing não se ficou a dever à subida das taxas de juro, como por vezes se afirma,
mas sim, à escassez de fundos próprios das empresas perante a subida generalizada de
preços, conjugada com as dificuldades de acesso a outras fontes de financiamento,
nomeadamente o crédito bancário”.
Samanez (1991; pág. 130) afirma que o leasing é baseado na concepção económica de
que o facto gerador do rendimento para uma empresa é o uso e não a propriedade do
bem. Assim, em termos gerais, o leasing pode ser definido como um acordo cujo fim é a
concessão do uso de bens de capital, ou de qualquer outro activo fixo de uma empresa
através de um contrato de arrendamento, por um prazo determinado findo o qual poderá
o arrendatário optar pela devolução do bem objecto de contrato, a renovação do
arrendamento ou a sua aquisição pelo valor residual estabelecido no contrato.
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CAPÍTULO -III
O Contrato, em linhas gerais, é composto por um acordo de duas ou mais vontades, que
insere normas jurídicas individuais destinadas à regulação dos interesses de suas partes.
Na teoria dos atos jurídicos, o contrato classifica-se como negócio jurídico, haja vista o
seu vínculo com o exercício da autonomia privada. (FRANÇA, 2006).
1.5.1.Tipos de contracto
Cada modalidade tem sua autonomia própria, seguindo seu conteúdo e suas próprias
características, apesar de serem consideradas operações da mesma natureza, diferem-se
por aspectos secundários.
Para uma melhor concepção do Leasing e suas variações é importante conhecer os três
sujeitos envolvidos nessa operação: o fornecedor, o arrendador e o arrendatário.
1.5.2.1. Vantagens
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●Segurança – no caso de inadimplência por parte da arrendatária, a arrendadora, que
possui a propriedade do bem, pode recuperá-lo legalmente com muita facilidade, sendo
que este fator é um elemento de pressão para evitar a inadimplência.
● O leasing pode ser feito em qualquer tipo de bem: nacional, importado, novo, usado
etc. Algumas outras formas de financiamento podem especificar restrições, como índice
de nacionalização, procedência do bem etc.
●Além do bem, poderão ser incluídos no contrato de leasing benefícios correlatos, como
despesas de transporte, instalação etc.
CONTRACTO DE LEASING 9
● Para empresas multinacionais evita a posse dos bens e conseqüentemente não
incorrem no risco de expropriações e nacionalizações durante períodos politicamente
instáveis.
● Libera recursos próprios não investidos na aquisição do bem para sua atividade
principal: capital de giro, aquisição de outros ativos, etc.
● Agilidade na contratação.
● Deve-se considerar ainda que o pagamento dos alugueis dá-se com a geração dos
lucros pelos bens arrendados e permite que os recursos não investidos para a aquisição
destes sejam aplicados em outras atividades da empresa, como, por exemplo, aquisição
de matéria-prima a vista em lotes maiores, permitindo à empresa usufruir descontos.
1.5.2.2. Desvantagens
Motta e Calôba (2002) citam, alguns casos onde o leasing não alcança os objetivos da
empresa arrendatária, como por exemplo, a perda de garantias, a impossibilidade de
melhorias, pelo fato de o bem não ser de propriedade da arrendatária, o fato da
dedutibilidade fiscal apresentar vantagens somente em caso de resultados positivos e o
risco de ociosidade se, dentro do prazo mínimo de arrendamento a arrendatária não
possuir mais interesse no bem, ela não poderá devolvê-lo à arrendadora.
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1.5.3. Lesing Financeiro versus Lesing Operacional
● Leasing Financeiro
Desta forma, pode-se destacar para essa modalidade de leasing três elementos
envolvidos: a) o fabricante do bem (fornecedor) cujo objetivo é a venda do produto; b) a
empresa de leasing (arrendadora) que lucra com as taxas de juros das parcelas; e c) a
empresa que precisa do bem (arrendatária) que evita um desembolso imediato de
grandes valores para adquirir o bem.
Motta e Calôba (2002, p. 228) afirmam que “financeiramente essa operação aproxima-
se de um empréstimo que possui, como garantia, o ativo contratado, o qual é amortizado
por meio de parcelas o longo de um período correspondente à vida útil do ativo”.
Nessa modalidade, as despesas com manutenção, seguros e impostos ficam por conta do
arrendatário, porém, não é possível rescindir o contrato, havendo necessidade de quitar
todas as parcelas, até o final.
Geralmente o valor residual é baixo, o que permite a aquisição do bem pela arrendatária,
sendo que o mesmo possui prazos mais longos, de acordo com a vida útil do bem.
● Leasing Operacional
Pode ser definido como a operação realizada diretamente entre o fabricante de um bem
e seus usuários. Segundo Motta e Calôba (2002, p. 227), O leasing operacional, na
maioria das situações, é feito para arrendar equipamentos de alta tecnologia
(microcomputadores, automóveis, máquinas fotocopiadoras, aeronaves e outros) que,
apesar de possuírem vida útil superior ao prazo de arrendamento, tornam-se,
tecnologicamente, obsoletos.
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Essa modalidade possui algumas características que se julga importante destacar: a) Por
se tratar de bens com vida útil curta, ou seja, rápida obsolescência, os contratos
geralmente são de curto e médio prazo, geralmente de dois a cinco anos, podendo ser
rescindido a qualquer momento, tendo o arrendatário a opção de compra; b) outra
característica é o fato de a operação dispensar a intermediação de instituição financeira,
pois é praticado diretamente com a fabricante do bem e, por isso, essa empresa
normalmente oferece serviços de assistência técnica aproveitando a sua capacidade
instalada.
● Leasing
Como já foi referido, o leasing é muitas vezes considerado o meio mais acessível do que
os financiamentos tradicionais. E esta situação é particularmente verdadeira para as
empresas com baixo retorno mas com grandes oportunidades de crescimento, tais como
as Pme’s
Sharpe e Nguyen (1995) observaram que o leasing reduz o custo dos empréstimos das
empresas com baixa qualidade de crédito.
● Factoring
Foi no final do século XVIII, que o factoring surgiu pela primeira vez na América e no
final do século XIX, tornou-se um fenómeno americano, pois permitia um aumento das
vendas sem as empresas estarem expostas a vários riscos e sem se endividar. (Leite
(2005)).
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O factoring pode ser a solução mais rentável, ágil e eficaz para os problemas derivados
das vendas a crédito e dos amplos prazos de pagamento, permitindo uma optimização de
tesouraria, e destina-se a todas as empresas. Sendo assim, de seguida é apresentado um
quadro com as características do factoring, para que se possa conhecer mais esta
operação, pois comparado com o leasing é um instrumento menos conhecido e
utilizado.
Através do artigo 33 do regulamento da Lei das ICSF aprovado pelo Decreto número
56/2004 “numero 2 do artigo 2 da Lei das Instituições de Credito e Sociedades
Financeiras, as sociedades de locação financeira podem, acessoriamente, alienar, ceder a
exploração locar ou efectuar outros actos de administrapao de bens que lhes hajam sido
restituidos, quer por motivo de resolução de um contrato de locação financeira, quer
pelo nao exercício pelo locatário do direito de adquirir o bem em causa”.
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Segundo Manteiga (1999:34), “a actividade da locação financeira rege-se pelas normas
aplicáveis ao conjunto das instituições de credito que são sujeitas a supervisão e
fiscalização do Banco de Moçambique. Este impõe uma restrição de entrada no
negócio de leasing através do capital mínimo de 9 biliões de meticais e um volume de
fundos próprios acima de 50%.”
O ALD deriva do termo ingles “Renting” que significa alugar a longo e um contrato de
aluguer de médio e longo prazo em que uma das partes se obriga a facultar a outra o
gozo de um bem, mediante o pagamento de uma retribuição.
No período em que o contrato do ALD estiver em vigor, o bem deve estar segurado e
este seguro se for feito pelo locador, ele incluira no valor das rendas ou debitará
directamente ao locatório. O ALD não pode ser cancelado durante o período de vigência
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do contrato, sob pena do locatório pagar ou indemnizar ao locador pelos prejuizos que o
cancelamento poderão provocar.
No ALD exige-se o pagamento de uma caução como uma garantia, esta situação elimina
a vantagem proclamada por muitos autores de que o leasing financia a 100% o valor do
investimento solicitado.
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2.Considerações finais
Proporcionalmente, a sua importância está sua complexidade, por obter na sua essência
características de compra e venda e financiamento no Leasing financeiro, locação no
operacional, obtenção fluxo de caixa no Lease Back, dentre outras particularidades.
Tudo é muito discutível no Leasing, abre-se parâmetros para as diversas necessidades
que se possa ter tanto o arrendador quanto o arrendatário, tendo essa segunda parte
respectivamente, o maior leque de possibilidades dentro do contrato.
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3.Referências Bibliográficas
ASSAF NETO, Alexandre. Estrutura e análise de balanços. 8. ed. São Paulo: Atlas,
2000.
Leite, Luiz L. (2005), “Factoring no Brasil”, São Paulo: Atlas, 10ª Edição
RODRIGUES, Miguel Tavares; MARTINHO, Rui M. Leao (1990)- Leasing uma opção
de Financiamento; Lisboa; Texto Editora.
SAMANEZ, Carlos Patrício. Leasing, análise e avaliação. São Paulo: Atlas, 1991.
Sharpe, Steven A. e Nguyen, Hien H. (1995), “Capital market imperfections and the
incentive to lease”, Journal of Financial Economics, Vol. 39.
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