Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
4º Ano-2023
TEMA:
O Tutor:
Discente:
4º ANO
NOME DA ESTUDANTE:
TRABALHO DE CAMPO
TITULO DO TRABALHO:
CAPÍTULO I. ................................................................................................................................ 1
1.Introdução. ................................................................................................................................... 1
1.2.Objectivos ................................................................................................................................ 2
CAPÍTULO II ............................................................................................................................... 4
1.4.1.1.Conceito .............................................................................................................................. 4
2.Conclusão................................................................................................................................... 11
3.Conclusão................................................................................................................................... 12
CAPÍTULO I
1.Introdução
De modo geral , pode-se dizer que é o exemplo por excelência dos negócios jurídicos, fazendo
brotar para os contratantes as mais diversas obrigações, desde de que observem para tanto os
requisitos exigidos para a sua constituição válida.
Assim sendo, o presente trabalho de campo, tem como objectivo, analisar formas de extinção dos
contratos.
Geral
Específicos
1.4.1. CONTRATO
1.4.1.1.Conceito
O contrato é uma espécie de negócio jurídico que depende, para a sua formação, da participação
de pelo menos duas partes. É, portanto, negócio jurídico bilateral ou plurilateral. Com efeito,
distinguem-se, na teoria dos negócios jurídicos, os unilaterais, que se aperfeiçoam pela
manifestação de vontade de apenas uma das partes, e os bilaterais, que resultam de uma
composição de interesses. Os últimos, ou seja, os negócios bilaterais, que decorrem de mútuo
consenso, constituem os contratos. Contrato é, portanto, como dito, uma espécie do gênero negócio
jurídico1.
Segundo a lição de CAIO MÁRIO2, o fundamento ético do contrato é a vontade humana, desde
que atue na conformidade da ordem jurídica. Seu habitat é a ordem legal. Seu efeito, a criação de
direitos e de obrigações. O contrato é, pois, “um acordo de vontades, na conformidade da lei, e
com a finalidade de adquirir, resguardar, transferir, conservar, modificar ou extinguir direitos.
Desde BEVILÁQUA o contrato é comumente conceituado de forma sucinta, como o “acordo de
vontades para o fim de adquirir, resguardar, modificar ou extinguir direitos”3.
Daí porque os contratos, segundo Betti (1969, p. 334), têm sempre uma causa ou função
econômica: “Quem promete, dispõe, renuncia, aceita, não pretende, pura e simplesmente, obrigar-
se, despojar-se de um bem, transmiti-lo, adquiri-lo sem outro fim, não procura fazer tudo isso só
pelo prazer de praticar um acto que seja fim em si mesmo. Mas procura sempre atingir um dos
escopos práticos típicos que governam a circulação dos bens e a prestação dos serviços, na
interferência entre as várias esferas de interesses que entram em contacto na vida social: obter um
valor correspondente, trocar um bem ou serviço por outro, abrir crédito, doar, cumprir uma
obrigação precedente, desinteressar-se de uma pretensão, transigir num processo, etc.
__________________________
1
Orlando Gomes, Contratos, p. 4; Silvio Rodrigues, Direito civil, v. 3, p. 9.
2
Caio Mário da Silva Pereira, Instituições de direito civil, v. III, p. 7.
3
Clóvis Beviláqua, Código Civil dos Estados Unidos do Brasil, v. IV, obs. 1 ao art. 1.079
O direito romano distinguia contrato de convenção. Esta representava o género, do qual o contrato
e o pacto eram espécies. O Código Napoleão foi a primeira grande codificação moderna. A
exemplo do direito romano, considerava a convenção o género, do qual o contrato era uma espécie
(art. 1.101). Idealizado sob o calor da Revolução de 1789, o referido diploma disciplinou o contrato
como mero instrumento para a aquisição da propriedade. O acordo de vontades representava, em
realidade, uma garantia para os burgueses e para as classes proprietárias. A transferência de bens
passava a ser dependente exclusivamente da vontade4.
O Código Civil alemão, promulgado muito tempo depois, considera o contrato uma espécie de
negócio jurídico, que por si só não transfere a propriedade, como sucede igualmente no actual
Código Civil brasileiro. Hoje, as expressões convenção, contrato e pacto são empregadas como
sinónimas, malgrado a praxe de se designar os contratos acessórios de pactos (pacto comissório,
pacto antenupcial etc.).
A propósito, afirma ROBERTO DE RUGGIERO que tudo se modificou no direito moderno, pois
qualquer acordo entre duas ou mais pessoas, que tenha por objecto uma relação jurídica, pode ser
indiferentemente chamado de contrato ou convenção e às vezes pacto, visto este termo ter perdido
aquele significado técnico e rigoroso que lhe atribuía a linguagem jurídica romana. E arremata o
mencionado jurista italiano: “Assim a convenção, isto é, o acordo das vontades, torna-se sinónimo
de contrato e o próprio contrato identifica-se assim com o consenso...”5.
_________________________
4
Sílvio Venosa, Direito civil, v. II, p. 362.
5
Instituições de direito civil, v. III, p. 185-188.
Os contratos extinguem-se, desde logo nos termos do art. 406º CC, que é o regime geral, por mútuo
consenso, isto é, por acordo das partes. Se ambas as partes quiserem terminar o contrato que
celebraram, naturalmente que podem livremente fazê-lo.
1.5.1. Cumprimento
O cumprimento pode ser definido como a realização da prestação devida. Conforme refere o art.
762º, nº1, o devedor cumpre a obrigação quando realiza a prestação a que está vinculado. Através
da realização da prestação, verifica-se assim a transposição para o plano ontológico dos factos
(ser) do conteúdo deontológico da vinculação (dever ser), o que importa a extinção da obrigação
através da satisfação do interesse do credor, com a consequente libertação do devedor. Daqui
resulta a importância fundamental do cumprimento no âmbito das causas de extinção das
obrigações, já que ele corresponde à situação normal de extinção da obrigação, através da
concretização da conduta a que o credor, tinha direito.
a) Princípio da pontualidade;
b) Princípio da integridade;
d) Princípio da concretização.
1.5.2. Revogação
1.5.3. Resolução
A resolução do contrato vem prevista nos arts. 432º e ss., e consiste na extinção da relação
contratual por declaração unilateral de um dos contraentes, baseada num fundamento ocorrido
posteriormente à celebração do contrato.
Quanto aos fundamentos contratuais é livre a sua estipulação, através das denominadas clausulas
resolutivas expressas, pelas quais se indicam circunstâncias cuja verificação eventual permite o
recurso à resolução do contrato. A lei, no entanto, exclui o direito de resolução nos casos em que
não haja possibilidade de restituir o que se houver recebido (art. 432º, nº2), uma vez que se assim
não fosse, ocorreria um enriquecimento da parte que exerce a resolução. Efectivamente, dado que
a impossibilidade extingue a sua obrigação de restituir, a parte que exercesse a resolução obteria a
restituição da prestação realizada à outra parte sem ser onerada com qualquer contrapartida.
a) Falta de pagamento de uma prestação que não exceda o oitavo do preço (art. 934º CC)
A excepção aberta no art. 934º CC, ao regime geral de venda na prestações reveste carácter
imperativo. Não obstante convenção em contrário, ainda que haja, ou mesmo que haja “convenção
em contrário”.
É esse o sentido que inquestionavelmente decorre do espírito da lei, toda empenhada em defender
o comprador contra a perigosa sedução do pagamento a prestações e da máquina publicitária dos
vendedores e em atenuar as consequências da desigual condição económica dos contraentes. Para
conseguir esse objectivo, a norma legal necessita de impor-se ao próprio contraente protegido, a
fim de que ele não seja vítima da sua mesma fraqueza.
b) Um fundamento que é extensivo a toda uma categoria de contratos, e o art. 810º/2 CC, o
incumprimento definitivo e culposo de uma das obrigações das partes
Este fundamento permite a resolução do contrato, quando o contrato for sinalagmático, for
bilateral: nos contratos bilaterais, o credor tem direito à resolução do contrato se o devedor
incumprir definitiva e culposamente a obrigação que sobre ele impendia.
O principal objectivo da cláusula penal (art. 810º CC) é evitar dúvidas futuras e litígios entre as
partes quanto à determinação do montante da indemnização. Muitas vezes porém, ela é fixada com
o intuito de pôr um limite à responsabilidade nos casos em que os danos possam atingir proporções
exageradas em relação às previsões normais dos contraentes. Também pode servir para atribuir
carácter patrimonial a prestação que o não têm (art. 398º/2 CC.
Não só porque se trata de uma cláusula acessória, mas porque a obrigação do devedor se modifica,
quando haja lugar à aplicação de pena, exige o n.º 2 do art. 810º CC, para a cláusula penal, a forma
exigida para a obrigação principal, e considera a cláusula nula, se for nula esta obrigação.
Pela mesma razão se deve considerar inexigível a pena convencionada, embora a lei não o diga
expressamente, se for inexigível a obrigação principal, como acontece nas obrigações naturais,
pelo menos quando a razão da inexigibilidade for a mesma.
É aquele que está previsto e regulado nos arts 437º a 439º CC, é a chamada alteração das
circunstâncias.
a) Que haja alteração anormal das circunstâncias em que as partes tenham fundado receio de
contratar. É preciso que essas circunstâncias se tenham modificado;
b) Que a exigência de obrigação à parte lesada afecte gravemente os princípios da boa fé contratual
e não seja coberta pelos riscos do negócio como no caso de se tratar de um negócio por sua natureza
aleatório.
Não exige a lei que os contratos tenham prestações correspectivas. Pode tratar-se, assim, dum
contrato unilateral, como uma doação, um depósito gratuito, um mandato gratuito, etc.
Tem especial relevo a aplicação dos princípios dos arts 433º a 435º CC. A restituição, quando
houver lugar a ela, não está subordinada às regras do enriquecimento sem causa. Há que restituir
tudo o que tiver sido recebido.
Tem ainda grande importância prática o disposto no art. 434º/2 CC, visto ser nos contratos de
execução continuada ou periódica que a resolução ou modificação fundada na alteração das
circunstâncias tem o seu campo de mais frequente aplicação.
1.5.4. Denúncia
1.5.5. Caducidade
A oposição à renovação pode ser considerada como uma figura mista, conjugando as figuras da
caducidade e da denúncia. Segundo MENEZES LEITÃO, um exemplo será a oposição à
renovação do contrato de locação, que a lei impropriamente qualifica como denuncia (arts. 1054 e
1055º CC). Neste caso, as partes convencionam que o contrato vigora por períodos limitados de
tempo, mas simultaneamente prevêem a sua renovação tácita, se não houver declaração em
contrário. A oposição à renovação consiste precisamente nessa declaração, e caracteriza-se por ser
de exercício livre (não vinculado), ser não retroactiva, mas só poder ser exercida num certo lapso
de tempo antes de ocorrer a renovação do contrato. Neste aspecto distingue-se da denúncia que
pode ser exercida a todo o tempo.
Deste trabalho, concluiu-se que ,o contrato é instrumento jurídico de grande relevância no mundo
contemporâneo, possibilitando o intercâmbio de riquezas e a acomodação de diversos interesses.
É um instrumento jurídico de constituição, transmissão e extinção de direitos na área econômica.
Em sentido amplo todas as figuras jurídicas que nascem do acordo de vontade podem ser chamadas
de contrato.
Assim sendo, os contratos extinguem-se, desde logo nos termos do art. 406º CC, que é o regime
geral, por mútuo consenso, isto é, por acordo das partes. Se ambas as partes quiserem terminar o
contrato que celebraram, naturalmente que podem livremente fazê-lo
• A oposição à renovação pode ser considerada como uma figura mista, conjugando as figuras da
caducidade e da denúncia.
BEVILAQUA, Clovis. Codigo Civil dos Estados Unidos do Brasil commentado. 4. ed. Rio de
Janeiro: Francisco Alves, 1934.
BETTI, Emílio. Teoria geral do negócio jurídico. Trad. Fernando de Miranda. Coimbra: Coimbra
Editora, 1969. v. II.
RUGGIERO, Roberto de. Instituições de direito civil. 3. ed. Trad. de Ary dos Santos. São Paulo:
Saraiva, 1973. v. III.
Legislação