Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
2º Ano
2º Ano
Índice
1. Introdução............................................................................................................................ 2
1.1. Objectivos: ................................................................................................................... 2
1.1.1. Objectivos gerais .................................................................................................. 2
1.1.2. Objectivos específicos .......................................................................................... 2
2. Classificação dos contractos quanto a sua forma, modo e efeitos ...................................... 3
2.1. Contractos .................................................................................................................... 3
3. Quanto ao modo .................................................................................................................. 3
3.1. Autonomia da vontade ................................................................................................. 3
3.2. Consensualismo ........................................................................................................... 4
3.3. Força obrigatória .......................................................................................................... 4
3.4. Boa-fé e Relatividade nos efeitos ................................................................................ 4
3.5. Elementos e requisitos do contrato .............................................................................. 4
4. Quanto a sua forma ............................................................................................................. 5
4.1. Contractos unilaterais e contractos bilaterais ............................................................... 5
4.2. Contractos onerosos e contractos gratuitos .................................................................. 6
4.3. Contractos consensuais e contractos reais ................................................................... 6
4.4. Contractos comutativos e contractos aleatórios ........................................................... 6
4.5. Contratos de execução imediata, diferida e sucessiva ................................................. 6
4.6. Contractos civis e contractos mercantis ....................................................................... 7
4.7. Contractos preliminares e contractos definitivos ......................................................... 7
5. Conclusão .......................................................................................................................... 11
6. Bibliografia........................................................................................................................ 12
2
1. Introdução
O presente trabalho, faz parte do Direito das Obrigações, com tema a Classificação de
Contractos. Portanto, contrato exerce uma função e apresenta um conteúdo constante: o de
ser o centro da vida dos negócios. É o instrumento prático que realiza o mister de harmonizar
interesses não coincidentes. Defluindo da vontade das partes, ele só se aperfeiçoa quando,
pela transigência de cada um, alcançam os contratantes um acordo satisfatório a ambos.
Portanto, as instituições jurídicas do contrato é um reflexo da instituição jurídica da
propriedade. Ele é o veículo da circulação da riqueza e, por conseguinte, só se pode concebê-
lo como instituição pura de direito privado, em regimes que admitem a propriedade
individual.
1.1.Objectivos:
Conceitualização;
Descrever os tipos de classificações quanto as suas espécies.
3
Contrato é o acordo de vontades que faz nascer obrigações. f. a fonte por excelência das
obrigações no direito. A Função o contrato é o negócio jurídico que tem por objectivo criar,
modificar, transferir ou extinguir obrigações. 1 A função do contrato é fazer circular riquezas
através das obrigações que proporcionam a troca de bens e a prestação de serviços. Trata-se,
portanto, de um instrumento básico da autonomia privada e o pressuposto de qualquer sistema
económico. Quanto à estrutura, isto é, quanto a sua constituição, o contrato apresenta
basicamente duas partes:
3. Quanto ao modo
Princípios fundamentais o direito contratual, isto é, o conjunto das regras jurídicas que
disciplinam os contractos no direito brasileiro é formado basicamente por normas jurídicas de
natureza supletiva ou dispositiva. Sua aplicação deve observar os seguintes princípios:
Autonomia da vontade;
Consensualismo;
Força obrigatória;
Boa-fé; relatividade nos efeitos.
3.1.Autonomia da vontade
Significa que em matéria contratual predomina a vontade das partes que se manifesta no
poder de contratar, na escolha do contrato, na escolha do conteúdo do contrato e na escolha da
pessoa com quem contratar. Dada autonomia é, porém, limitada pela ordem pública e pelos
costumes, bem como pela interrupção do Estado através do chamado dirigismo, que é o
conjunto de meios de intervenção do Estado no campo da autonomia privada.
1
(art. 81 do Código Civil).
4
3.2.Consensualíssimo
Significa que na maioria dos casos basta o acordo de vontades para fazer nascer o contrato.
Somente nos contractos reais (comodato, mútuo e depósito) é necessária a entrega de uma
coisa para que o contrato exista.
3.3.Força obrigatória
Significa que, uma vez concluído, o contrato passa a ter força de lei entre as partes
contratantes.
De salientar que o Principio de Boa-fé, segundo o qual as partes contratantes devem proceder
segundo os ditames da lealdade. É o princípio segundo o qual o contrato só produz efeito
entre as partes contratantes, não afectando terceiros.
Como todo acto jurídico, o contrato exige, para sua formação, determinados elementos, e para
sua validade, determinados requisitos. Tais elementos são: manifestação de vontade, objecto e
forma. E os requisitos são: capacidade do agente, licitude do objecto e legalidade da forma.
Formação do contrato o contrato se forma quando se verifica o acordo de vontades acerca dos
seus elementos. Na formação de um contrato distinguem-se três fases distintas: as
negociações preliminares, a proposta e a aceitação, sendo ainda imposto o lugar em que se dá
essa formação. Negociações preliminares, também chamadas tratativas, compõem a fase em
que as pessoas que desejam contratar discutem acerca das condições do contrato. Não geram
obrigações, a não ser na hipótese de comportamento doloso ou culposo de um dos
contratantes.
5
Proposta é a declaração receptiva de vontades dirigida à pessoa com quem o declarante deseja
contratar. Nos contractos em que a proposta e a resposta são por via epistolar, há que
distinguir o momento em que um contrato se aperfeiçoa. A respeito da correspondência
epistolar, em matéria de proposta e da aceitação dos contractos existem quatro teorias:
Todos os contractos são bilaterais na sua formação, visto que exigem duas ou mais pessoas
colocadas em posições antagónicas para que se estabeleça o acordo de vontades que
caracteriza o contrato. No entanto, eles podem ser unilaterais e bilaterais, conforme produzam
efeitos para uma ou ambas as partes.
6
Contractos onerosos são aqueles em que existem vantagens e ónus para ambas as partes.
Contractos gratuitos são aqueles em que existem vantagens apenas para uma das partes e ónus
para outra. Exemplo: doação, mútuo.
Contractos consensuais são aqueles que se formam com um simples acordo de vontades.
Exemplo: compra e venda, doação, locação. Contractos reais são aqueles que além do acordo
exigem a entrega de uma coisa. Exemplo: comodato, mútuo e depósito.
Os comutativos são aqueles em que cada uma das partes conhece, no momento da celebração,
a extensão de suas vantagens e desvantagens. Contractos aleatórios são aqueles em que, na
celebração, uma das partes não sabe a extensão de suas obrigações.
Contractos civis se caracterizam pela onerosidade, incidência sobre bens móveis, enquanto os
mercantis são de provas mais fáceis. Contractos civis são o oposto dos mercantis.
Contractos preliminares são aqueles que têm por objecto a celebração de um contrato
definitivo. Já os definitivos fazem nascer, para ambas as partes, obrigações. São exemplos de
contractos preliminares: promessa de venda unilateral, opção e a promessa de venda bilateral.
Os vícios redibitórios diferem do erro essencial porque este é de natureza subjectiva, enquanto
aqueles são de natureza objectiva. Além disso, os prazos prescricionais respectivos são
diferentes. Por outro lado, a existência de erro dá origem a uma acção de anulação do
contrato, enquanto o vício redibitório dá origem à acção redibitória destinada a desfazer o
contrato, ou a uma acção estimatória destinada a pedir abatimento do preço do objecto. 2
2
(art. 1.101 do Código Civil).
8
Para que se configure o vício redibitório é preciso que o defeito seja oculto e que exista no
momento do contrato, além de ser desconhecido pelo comprador (art. 1.106 do Código Civil).
Evicção e arras - evicção é a perda do direito de propriedade ou de posse em virtude de uma
sentença que atribui esse direito a outra pessoa. A pessoa que sofre os efeitos da evicção
chama-se evicto, e a que indevidamente lhe cause prejuízo chama-se evictor.
A evicção possibilita à pessoa prejudicada - isto é, o evicto - mover uma acção de perdas e
danos contra o evictor. Todavia, para que isso seja possível é necessário que na acção de
reivindicação o réu peça ao juiz que o processo seja comunicado à pessoa que lhe vendeu o
objecto (denunciação à lide). O evicto r é obrigado a indemnizar o evicto pelos prejuízos a ele
causados com a evicção, e que podem consistir na obrigação de devolver:
1. O preço;
2. O valor dos frutos que o evicto foi obrigado a indemnizar e ainda eventuais honorários de
advogados e custas judiciais em que o evicto possa ter sido condenado na acção de evicção. 3
Arras ou sinal são quantias dadas como presunção da realização do contrato. As arras ou sinal
consistem normalmente em dinheiro, podendo serem abatidas do preço final ou devolvidas
integralmente.
3
(arts. 1.107 e 1.109 do Código Civil).
9
Existem, todavia, alguns contractos que são excepção a esse princípio, como, por exemplo, a
enipenação a favor de terceiro, que é o contrato em que uma pessoa convenciona a outra
determinadas vantagens a favor de um terceiro (arts. 1.090, 1.099 e 1.100 do Código Civil).
Resilição;
Resolução;
Rescisão.
Resilição significa voltar atrás e pode ser feita unilateral ou bilateralmente. No segundo caso,
faz-se através do distrato e, no primeiro, implica normalmente o pagamento de multa.
Rescisão é a extinção do contrato em que exista lesão, isto é, grande desequilíbrio entre os
direitos de ambas as partes devido a incapacidade, imaturidade ou até situação de perigo de
uma das partes. Cláusula penal é a cláusula acessória aos contractos em que se estabelece uma
sanção para a parte que descumprir suas obrigações. Quanto à sua natureza, é uma disposição
acessória de modo que sua existência, qualidade e quantidade dependem do contrato
principal.
10
Sua finalidade é estabelecer previamente o valor das perdas e danos em que a parte
inadimplente seria condenada pelo fato de descumprir o contrato e causar prejuízo (art. 915).
A cláusula penal destina-se a fixar perdas e danos para o caso de total inadimplemento ou
para o de inadimplemento relativo, isto é, atraso no cumprimento da obrigação. No primeiro
caso chama-se cláusula penal compensatória e destina-se a substituir a obrigação principal.
Nesse caso, diz-se que a cláusula penal é alternativa, isto é, o devedor deve cumprir sua
obrigação ou pagar a cláusula penal.
Todavia, o direito de escolha cabe ao credor (art. 918 do Código Civil). Cláusula penal
moratória é a que se destina ao pagamento de perdas e danos decorrentes do atraso do devedor
no cumprimento de sua obrigação. Diferentemente da cláusula penal compensatória, que é
alternativa, a moratória é cumulativa, isto é, o código permite que o credor exija o pagamento
da cláusula moratória mais o da cláusula compensatória (art. 919). O valor da cláusula penal
pode igualar-se, mas não pode ser superior ao valor da obrigação principal, com excepção do
mútuo.
11
5. Conclusão
Para que a classificação seja adequada, faz-se mister a presença de duas condições, que é a
não deixe resíduos, isto é, que uma vez terminada, todas as espécies caibam numa das
categorias estabelecidas; desse modo, por exemplo, distinguindo-se os contractos em onerosos
e gratuitos, torna-se necessário que não remanesça nenhuma convenção que se não insira
dentro de uma ou de outras dessas categorias e que as espécies classificadas numa rubrica
mais se afastem do que se aproximem das espécies classificadas em outra.
12
6. Bibliografia
Azevedo, Álvaro Vilaça (2019). Curso de direito civil. Teoria geral dos contractos 4ª ed. São
Paulo: Saraiva Educação.
GONÇALVES, Carlos Roberto. (2004), Direito Civil Brasileiro. Vol. III. São Paulo: Editora
Saraiva.
Lôbo, Paulo (2020). Direito Civil. Contractos - volume 3. São Paulo: Saraiva Educação.
Pereira, Caio Mário da Silva (2009). Instituições de direito civil. Volume II - Teoria geral das
obrigações 22ª ed. Rio de Janeiro: Forense.