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Universidade Rovuma
Lichinga
2024
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Edson Remo
(Licenciatura em Direito)
Universidade Rovuma
Lichinga
2024
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Índice
Introdução .............................................................................................................................. 3
2. Objectivos .......................................................................................................................... 3
2.2 Específicos:.................................................................................................................. 3
3. Metodologia....................................................................................................................... 3
5.1 Capacidade................................................................................................................... 5
8. Forma ................................................................................................................................. 6
Conclusão .............................................................................................................................. 9
Introdução
O presente trabalho apresenta como tema Contrato de Sociedade Comercial. O Contrato de
Sociedade Comercial é um documento onde constam as condições sob as quais a empresa
funcionará e onde serão estabelecidos os direitos e as obrigações para cada um dos
proprietários que compõe a sociedade.
Como qualquer outra invenção humana, os contratos passaram por modificações relacionadas
ao desenvolvimento social, económico e tecnológico das diferentes culturas. Conhecer
transformações é importante porque permite a compreensão do valor dos acordos para a
sociedade.
O estabelecimento de acordos formais tem início na Mesopotâmia, uma das regiões com fluxo
comercial mais intenso da história da humanidade. No código de hamurabi, foram gravadas
em rochas determinadas modalidades de contrato com a especificação de modo de execução e
dos valores cobrados.
2. Objectivos
2.1 Gerais:
Conceituar o contrato de sociedade comercial.
2.2 Específicos:
Apresentar um Contrato de Sociedade Comercial;
Identificar o objecto do contrato de sociedade comercial;
Conhecer a legitimidade negocial.
3. Metodologia
Para a elaboração do presente trabalho, recorreu-se ao método de pesquisa científica feita
através de obras que versam sobre o tema em questão e que tais obras estão referenciadas na
lista bibliográfica e ainda pela pesquisa pela internet.
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A composição da firma ou denominação social obedece a várias regras que vêm enunciadas
no Código Comercial e nos artigos 20, 22, 23, e 24, nomeadamente o princípio da novidade, a
firma deve ser distinta e insusceptível de confusão ou erro com qualquer outra já registada. 1
O contrato de sociedade é um negócio formal e tem de ser celebrado por escritura secreta. Os
fundadores que intervirem na escritura de constituição ficam solidariamente responsáveis para
com a sociedade pela inexactidão ou falsidade das declarações quanto à realização das
entradas.
5. O contrato de sociedade
O contrato de sociedade está sujeito à disciplina geral dos contratos, com as particularidades
decorrentes da sua natureza de contrato de fim comum e institucional.
Esta sua natureza jurídica implica uma execução prolongada no tempo, uma sequência de
comportamentos das partes através dos quais se dá concretização ao vínculo contratual: é,
pois um contrato de execução continuada. Mas diferencia-se dos demais contratos desta
1
De acordo com o numero 2, do artigo 23, do Decreto-Lei n.◦ 1/2022 de 25 de Maio, No juízo sobre a distinção e
a insusceptilidade de confusão ou erro, devem ser considerados o tipo de empresário, o seu domicilio ou sede e,
bem assim, afinidade ou proximidade das actividades exercidas ou a exercer.
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De acordo com o artigo 70 do Decreto-Lei n.◦ 1/2022 de 25 de Maio.
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espécie, na medida em que a sua execução não se traduz em simples fluxos de prestações e
contraprestações, comissivas ou omissivas, mas sim na criação e funcionamento de uma
organização – a sociedade-instituição –, a qual funciona segundo um conjunto de regras
traçadas no contrato, como ente dinâmico e mutável e se norteia por um escopo a que é
destinada (o objecto social: é, pois um contrato de organização).
5.1 Capacidade
Como qualquer contrato, também o de sociedade resulta de um conjunto de declarações de
vontade, cuja validade depende de quem as emita, possua capacidade de gozo (art. 67 CC) e
de exercício de direitos (art. 123 CC).
Em regra, tais capacidades existem, e as incapacidades são excepções. Daí que o que interessa
seja saber quem está incapacitado de ser parte no contrato de sociedade, com a cominação de
este ser inválido, se nele participar o incapaz.
Assim, quanto às pessoas físicas em geral, embora em regra possa um mesmo indivíduo ser
sócio de múltiplas sociedades, existem excepções. Por um lado, pode essa liberdade ser
restringida por via convencional. E, por outro lado as pessoas que forem sócios de
responsabilidade ilimitada de uma sociedade comercial estão sujeitas à proibição de
concorrência não autorizada à sociedade, daí resultando restrições à sua legitimidade para se
associarem em outras sociedades.
Quanto às pessoas casadas, cada cônjuge pode, sem autorização do outro cônjuge, participar
isoladamente em sociedades de responsabilidade limitada, desde que as entradas se façam
com bens móveis dos quais tenha a administração e que não sejam utilizados na vida do lar ou
como instrumentos comuns de trabalho (arts. 1690, 1682/2 e 3 CC).
Este regime deve considerar-se aplicável exclusivamente às sociedades civis que não revistam
forma comercial, já que o art. 8º/1 CSC derrogando aquela norma do Código Civil veio
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6. Objecto
Objecto jurídico do contrato de sociedade é o complexo dos efeitos jurídicos que o contrato
visa produzir, o seu conteúdo.
Tais efeitos são os queridos pelos sócios ou determinados pela lei em conformidade com a
vontade daqueles, e variam de caso para caso, manifestando-se através de regras pelas quais
eles conformam o ente social: os seus estatutos ou pacto social, que formam a lei interna da
sociedade, na qual são disciplinados e caracterizados, na medida entendida como necessária,
os assuntos dos sócios, aos seus órgãos e respectivo funcionamento, ao início, duração e
termo da instituição social. O Código Comercial define aspectos que devem ser focados no
contrato de sociedade. 3
7. Causas
Pode-se distinguir entre fim imediato ou causa-função, que define a função económico-social
do contrato e modela as suas estipulações; e o fim mediato ou causa-motivo, a finalidade ou
motivação última que move os contraentes.
No que respeita à causa-motivo, não se trata propriamente do fim particular de cada sócio,
mas sim da finalidade derradeira comum a todos os sócios: a consecução de lucros.
8. Forma
As sociedades civis não dependem de forma especial quanto à sua constituição (art. 981CC).
Mas as sociedades comerciais estão sujeitas a apertadas regras formais que se reconduzem no
Código das Sociedades Comerciais a três:
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De acordo com as alinea a) e ss, do artigo 21, do Decreto-Lei n.◦ 1/2022 de 25 de Maio.
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1) A celebração do contrato por escritura pública (art. 7/1 CSC; art. 89 e CNot);
3) E a publicação do contrato de sociedade (art. 167 CSC; arts. 3-a; 70º/1-a/2 e 72 CRCom).
Artigo 1
Tipo e firma
Artigo 2
Sede
Artigo 3
Objecto
Artigo 4
Capital
a) Uma quota com valor nominal de 248.000.00 meticais, pertencente a venda no território
nacional.
b) Uma quota com valor nominal de 252.000.00 meticais, pertencente a venda no estrangeiro.
Artigo 5
Gerência
Artigo 6
Assembleias Gerais
Artigo 7
Disposição transitória
O sócio declara que procedera ao depósito do capital social no prazo de cinco dias úteis, nos
termos legalmente previstos.
O sócio declara ter sido informado de que deve proceder à entrega da declaração de início de
actividade para efeitos fiscais, no prazo legal de 15 dias.
Conclusão
Por tanto, como qualquer outra invenção humana, os contratos passaram por modificações
relacionadas ao desenvolvimento social, económico e tecnológico das diferentes culturas.
Conhecer transformações é importante porque permite a compreensão do valor dos acordos
para a sociedade. O estabelecimento de acordos formais tem início na Mesopotâmia, uma das
regiões com fluxo comercial mais intenso da história da humanidade. No código de hamurabi,
foram gravadas em rochas determinadas modalidades de contrato com a especificação de
modo de execução e dos valores cobrados.
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Referências bibliográficas
António Menezes Cordeiro, (2009). «Anotação ao art.1.º do CSC», in: Código
das Sociedades Comerciais Anotado (coord. António Menezes Cordeiro),
Almedina, Coimbra,
Rui Pereira Dias, (2010). «artigo 83.º», in: AA. VV., Código das Sociedades
Comerciais em Comentário (Coord. Jorge M. Coutinho de Abreu), Vol.I,
Almedina, Coimbra.