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Atividade: 1,5
1. Ainda que os contratos empresariais não mantenham uma única conceituação, podem ser
compreendidos como aqueles celebrados entre empresários no bojo da atividade econômica e que
possuem como principais traços característicos e vetores o escopo de lucro, em que ambos ou todos os
polos são movidos pela busca do lucro e sua atividade é voltada para a perseguição do lucro; a função
econômica em que as partes esperam um proveito econômico, visando a função econômica dos
contratos; os custos de transação que pressupõe que a empresa contrata porque entende que o negócio
trará mais vantagens que desvantagens; a prática, pois os contratos nascem da prática dos comerciantes e
raramente de tipos normativos preconcebidos por autoridades exteriores ao mercado; o oportunismo e
vinculação em que prepõe a força obrigatória do contrato e, ao mesmo tempo, as partes permanecem
livres para deixar a relação a qualquer momento que lhes for conveniente; a racionalidade limitada e
incompletude contratual que presume que as partes não possuem todas as informações existentes sobre a
outra, sobre o futuro e sobre a própria contratação, bem como, não contêm a previsão sobre todas as
vicissitudes que serão enfrentadas pelas partes; o princípio da Pacta Sunt Servanda que expressa a força
obrigatória dos contratos, viabiliza a existência do mercado e coibi oportunismo indesejável das
empresas; as limitações à autonomia privada ressaltando que as contratações dão-se dentro dos limites
postos pelo ordenamento estatal; a tutela de crédito; a boa-fé nos contratos empresariais e, por fim, os
usos e costumes nos contratos empresariais. Por último, no que se refere ao regramento legal das
empresas no Código Civil de 2002, é introduzido a teoria da empresa, o Livro II da Parte Especial que
contém o empresário individual, EIRELI, tipos societários, estabelecimento e institutos complementares
e unificado o direito das obrigações, diversamente do código anterior, em que há um tratamento único da
teoria geral das obrigações e dos contratos e unificação dos tipos.
Por lei, esse tipo de operação está prevista no Art. 534 do Código Civil, conforme a seguir:
"Art. 534 - Pelo contrato estimatório, o consignante entrega bens móveis ao consignatário, que fica
autorizado a vendê-los, pagando àquele o preço ajustado, salvo se preferir, no prazo estabelecido,
restituir-lhe a coisa consignada.".
Não obstante, como podemos observar no julgado utilizado como base para
contextualização da presente questão, é possível observar que há o risco de existir ruídos no que
tange à relação consignante e consignatário, em que, no exemplo, o consignatário mostra não ter
envidado o devido zelo em formalizar e/ou registrar, de forma expressa, que o consignante forneceu
em formato de brinde parte dos ovos de páscoas envolvidos na operação comercial/empresarial
exposta.