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Introdução ......................................................................................................................... 4
1. Objectivos.................................................................................................................. 4
Conclusão ....................................................................................................................... 12
Legislação ....................................................................................................................... 13
Doutrina .......................................................................................................................... 13
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Introdução
Um contrato de sociedade comercial é um acordo formal entre duas ou mais pessoas que
se unem com o objectivo de empreender uma actividade económica em comum. Esse
tipo de contrato define as regras, responsabilidades e direitos dos sócios, bem como a
forma como a empresa será gerida e como serão repartidos os lucros e prejuízos.
Normalmente, o contrato de sociedade comercial inclui informações como a razão
social da empresa, o objecto social, a participação de cada sócio no capital social, a
forma de administração da empresa, a distribuição de lucros, a responsabilidade dos
sócios, entre outras cláusulas importantes.
1. Objectivos
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Artigo 74º, n.º 1 do C.Com. vigente.
1. O contrato de sociedade é celebrado por documento escrito assinado por todos os sócios ou
accionistas, ou seus representantes legais, com assinatura notarialmente reconhecida por
semelhança.
2. Quando a realização do capital social seja feita em espécie por transferência de bem imóvel para
a titularidade da sociedade, o contrato só é válido se for celebrado por modelo de contrato
aprovado por autoridade competente, ou por escritura pública.
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4. Contrato de Sociedade2
4.1. Noção
Nos termos do art. 980° do CC, "contrato de sociedade é aquele em que duas ou mais
pessoas se obrigam a contribuir com bens ou serviços para o exercício em comum de
certa actividade económica, que não seja de mera fruição, a fim de repartirem os lucros
resultantes dessa actividade".
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Artigo 75º (Objecto social)
1. O objecto social deve corresponder ao exercício de uma ou mais actividades empresariais lícitas.
2. O objecto social deve ser descrito de forma clara e completa, que dê a conhecer a actividade que
a sociedade se propõe a exercer, sem prejuízo do que dispõe este código relativamente à
Sociedade por Acções Simplificada.
3. É proibida, na menção do objecto social, a utilização de expressão que possa fazer crer a terceiro
que ela se dedica à actividade que por ela não pode ser exercida, nomeadamente por só o
poderem ser por sociedades abrangidas por regime especial ou subordinada a autorização
administrativa.
É um contrato obrigacional e oneroso uma vez que gera obrigações e implica sempre
dispêndios económicos. A discussão que se pode colocar é relativa a sua natureza
unilateral ou bilateral/multilateral e consensual ou formal do contrato.
Relativamente à primeira, o professor Mota Pinto escreve que são contratos unilaterais
aqueles em que há uma só declaração de vontade ou várias declarações, mas paralelas,
formando um só grupo3. Ora, se repararmos o que passa no contrato de sociedade,
podemos de facto pensar que ele é um contrato unilateral. Assim, há várias declarações
de vontade e paralelas com vista a criação de um ente autónomo que é a sociedade
comercial (Manuel Guilherme, 2013, pág. 97).
No entanto, nos negócios unilaterais como escreve o próprio (Mota Pinto, pág. 388) é
desnecessária a anuência da outra parte e acima de tudo, vigora quanto a eles o princípio
da tipicidade. (o sublinhado é nosso). Assim, no que se refere ao contrato de sociedade,
há sempre anuência de todas as partes envolvidas através da realização da escritura
pública ou da assinatura presencial quando esta seja suficiente e mais, não consta do CC
como sendo contrato unilateral.
Somos por tudo isto, levados a pensar que se trata de um contrato misto. Podendo ser
consensual ou formal de acordo com os bens envolvidos na sua celebração. O Professor
Luís Manuel Teles de Menezes Leitão defende uma posição contrária a nossa. Para ele,
o contrato de sociedade é um contrato consensual porque exige apenas a sua celebração
pelas partes para se constituir, não sendo necessário uma atribuição efectiva de bens à
sociedade (datio rei). O preenchimento do elemento instrumental deste contrato
verifica-se com a simples assunção de obrigações por parte dos sócios. Por esta razão, a
sociedade não é um contrato real quoad constitutionem8.
De facto, mesmo que a participação patrimonial dos sócios seja certa, o seu
correspectivo patrimonial é incerto, pois ignora-se no momento da celebração o ano
6
Carlos Alberto da Mota Pinto, ob.cit pág. 396.
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Nos termos do art. 362° do CC, "...documento é qualquer objecto elaborado pelo homem com o fim de
reproduzir ou representar uma pessoa, coisa ou facto.
8
Neste sentido, e para mais aprofundamento conferir a obra Luís Manuel Teles de Menezes o fim de
reproduzir ou representar uma pessoa, coisa ou facto." Leitão, ob.cit 259.
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1. A Teoria Contratualista;
2. A Teoria Institucionalista.
9
Neste sentido, Guidinha, Soviete Persona li, pag.91 e ss, citado por Luís Manuel Teles de Menezes
Leitão, ob.cit, pág. 259.
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O exercício profissional e lucrativo de uma actividade económica.
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Não é líquido assumir que estas vicissitudes das sociedades constituem inequivocamente um
mecanismo de constituição das sociedades comerciais. Sobre as suas características, natureza.
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12
Luís Brito Correia. (1989). Direito Comercial, Sociedades Comerciais. (Vol II). 3a Tiragem AAFDL.
Pág. 121.
13
idem.
14
Hauriou. L'institution et le droit satutaire, in:Rec.Acad.Legisl.Tolouse, 1906; Principes de droit public,
Paris, 1910, pág. 123 e ss, La Théorie de l'nstituionen et de la foundation, in 4eme cahier de la nouvelle
journée, 1925, Traité de Institution, 1935.
15
Renard. L'institution, 1923, La Théorie de l'nstitution, 1930, La philosophie de institution, 1935.
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condição jurídica da pessoa colectiva que criou, pelo contrário, a pessoa colectiva em
si16. Como tudo ocorre na sociedade por vontade dos sócios que são na verdade os
últimos que decidem por ela (embora hajam administradores), a sociedade há-de ser
sempre uma instituição e não um contrato. Isto é, o contrato em si nada reflecte senão
aquela pessoa colectiva (instituição) que define e caracteriza todo o esquema que esteve
por detrás do próprio contrato de sociedade.
Os elementos do Contrato de Sociedade com base o artigo 980º do CC, podemos retirar
os seguintes:
1. Elemento pessoal;
2. Elemento patrimonial;
3. Elemento finalístico;
4. Elemento teleológico.
16
Luís Brito Correia, ob.cit, pag.116.
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Conclusão
Referências Bibliográficas
Legislação
Doutrina
Luís Brito Correia. (1989). Direito Comercial, Sociedades Comerciais. (Vol. II). 3a
Tiragem AAFDL.