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CONSUMIDOR
AULA 3
Informa o Código Civil que, não tendo registrado seus atos constitutivos,
as sociedades serão consideradas não personificadas, e é claro, irregulares.
Mas, para regularizar situações que de fato já aconteciam, o legislador
resolveu considerar algumas sociedades não personificadas, até mesmo para
proteger terceiros, ou seja, aqueles que com elas negociam, como clientes ou
fornecedores.
Portanto, podemos encontrar, devidamente dispostas na Lei n. 10.406/02,
duas sociedades não personificadas: a sociedade em comum e a sociedade em
conta de participação.
A sociedade em comum é a sociedade não personificada propriamente
dita, pois não registrou seu ato constitutivo do órgão competente ou nem mesmo
o possui.
A responsabilidade dos sócios é solidária e ilimitada em relação às
obrigações assumidas pela sociedade.
Já a sociedade em conta de participação tem outras particularidades.
Possui dois tipos de sócios: o ostensivo, que responde por todas as obrigações
perante terceiros; e o participante, também denominado de sócio oculto, que só
tem responsabilidade perante o ostensivo, mas também participa dos
resultados na sociedade.
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é empresário, sendo aquele que exerce profissão intelectual. Em
seguida, determina as regras para a criação das sociedades, determina
nas regras para a criação da sociedade simples (S/S), que pode ser
instituída por profissionais que exercem atividade intelectual de
natureza artística, científica ou literária, assim como as cooperativas,
sendo que suas disposições servem de maneira subsidiária para as
demais sociedades.
Assim será enquanto não estiver presente o elemento empresa, ou
seja, não se transformar em atividade econômica organizada, caso em
que se transmudaria em sociedade empresária. Deverá, por
conseguinte, explorar a atividade intelectual particular de cada um dos
sócios, na cada um possui suas habilidades técnicas, especificamente
para a qual foi instituída.
O entendimento é simples: basta os sócios não atuarem mais em suas
profissões de origem, contratando como colaboradores outros
profissionais para que desempenhem suas funções, enquanto eles
mesmos desenvolvem atividade de administração, de gestão da
sociedade, momento em que se transformam em empresários.
Um bom exemplo de sociedade simples é quando dois ou mais
profissionais liberais – que podem ser médicos, dentistas, contadores
etc. – resolvem trabalhar juntos em um mesmo escritório ou
consultório, para exercerem suas profissões, constituindo uma
sociedade formal entre si, explorando de forma profissional e pessoal
a prestação de serviços a eles inerentes.
A sociedade simples é a primeira no rol das sociedades personificadas
ou regulares dispostas pelo CC, tendo seu ato constitutivo
devidamente registrado e arquivado no órgão competente, que, nesse
caso, é o Cartório de Registro Civil das Pessoas Jurídicas. Nesse
momento adquire personalidade jurídica, sendo sujeito de direito,
podendo contrair obrigações e exercer direitos.
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quotas sociais, e no segundo, as quotas e, em consequência, o capital social
não são integralizados, quando da constituição, mas posteriormente.
Para deixar a sociedade, a alienação das quotas pelo sócio a terceiro
interessado em nela ingressar é admitida pelo Código Civil, quando o contrato
social não contém cláusula vedando a alienação a terceiros, sem anuência dos
demais. Assim, sem cláusula contratual proibitiva, o sócio pode alienar suas
quotas independentemente da concordância dos demais, tendo a sociedade
características de sociedade de capital; mas, se o contrato social contiver a
proibição, a sociedade tem característica de sociedade de pessoas.
A classificação das sociedades limitadas, como de pessoas, depende da
proibição de alienação das quotas pelo sócio sem anuência dos demais, e em
consequência, da dificuldade da penhora das quotas do sócio por dívida
particular. Sendo de pessoas, o credor propõe ação de execução em relação ao
sócio devedor, obtém penhora das quotas, que são levadas a leilão, mas quem
as arremata não pode ingressar na sociedade pela proibição contratual,
recebendo somente os lucros apurados e os haveres relativos às quotas, na
liquidação da sociedade, pois a sociedade não pode ser prejudicada com a
exclusão do sócio e liquidação da quota, para pagamento do credor, enquanto
os sócios não são obrigados a permitir o ingresso do terceiro adquirente de
quotas da sociedade, por ser estranho.
Características gerais:
A sociedade anônima se caracteriza por ter a responsabilidade de seus
sócios limitada ao preço de suas ações. Além disso, possui algumas
peculiaridades, a saber:
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• Mercantilidade: independentemente da atividade a ser explorada,
obrigatoriamente será sociedade empresária.
• Subsidiária integral: pode instituir uma sociedade constituída por um
só sócio, descaracterizando a regra máxima de que uma sociedade
somente pode ser composta por duas ou mais pessoas.
• Denominação social: deve utilizar como nome comercial a espécie
denominação social, acrescida dos termos S/A, Cia., Sociedade
Anônima ou Companhia.
• Administração: deve ser realizada por meio de órgãos bem definidos,
como a assembleia geral, que é órgão de deliberação, o conselho de
administração e a diretoria, que são órgãos de execução, e o
conselho fiscal, que é órgão de controle.
• Certificados: de acordo com o art. 23 da Lei n. 6.404/1976, poderão
ser emitidos para a materialização das ações, após terem sido
cumpridas as formalidades necessárias ao funcionamento legal da
companhia.
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Ocorre a sociedade em comandita simples quando duas ou mais
pessoas se associam, para fins comerciais, obrigando-se uns como
sócios solidários, ilimitadamente responsáveis, e sendo outros
simplesmente prestadores de capitais, com a responsabilidade limitada
às suas contribuições de capital. Aqueles são chamados sócios
comanditados, e, estes, sócios comanditários.
NA PRÁTICA
FINALIZANDO
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REFERÊNCIAS