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DIREITO SOCIETÁRIO
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A Lei n. 10.406/2002 do Código Civil define claramente essa classificação
quando afirma que existem duas sociedades não personificadas, quais sejam:
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1.2 Sociedade em conta de participação
Sociedade em Conta
de Participação
Sócio Sócio
Ostensivo Participante
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É importante que esse aspecto da responsabilidade seja destacado tendo
em vista que a própria norma prevê as responsabilidades de cada tipo de sócio.
Vale anotar o que afirma o professor Tomazette (2020, p. 294) ao comentar sobre
esse tipo de sociedade. Afirma o doutrinador que “a sociedade em conta de
participação é uma sociedade oculta, que não aparece perante terceiros, sendo
desprovida de personalidade jurídica”.
Pode-se considerar que a SCP é uma considerável oportunidade de se
fazer negócios de forma mais flexível, o que facilita a captação de recursos pelos
interessados. Essa flexibilidade é fruto da principal característica desse tipo de
sociedade não personificada, como bem expressam os arts. 992 e 993 do Código
Civil:
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Mamede (2020, p. 20) explica de forma brilhante essa personificação ao
expor que “são distintas as ideias de ser humano e de pessoa. Ser humano é um
conceito biológico. Pessoa, para o direito, é o sujeito capaz de titularizar direitos
e deveres”.
Em decorrência da aquisição da personalidade jurídica, a sociedade terá
patrimônio próprio, distinto de seus sócios, e esse conjunto de bens e direitos é
que responderá pelas respectivas obrigações assumidas pela pessoa jurídica.
Essa é a regra geral, comportando em algumas situações a responsabilidade
subsidiária dos sócios. É o que Ramos (2020, p. 180) alerta ao afirmar que
Personificação
Consequências
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regulados pela legislação especifica, protegido em face de usos indevidos por
terceiros.
Outro aspecto importante trazido pela personificação é a existência de um
domicílio próprio, o que conferirá o foro específico em caso de demandas e
comunicações com credores e clientes. De relevo também é a aquisição da
capacidade processual (demandar ou ser demanda judicialmente) de forma a
afastar a responsabilidade dos sócios nesses casos. A capacidade contratual
coloca a sociedade como sujeita de direitos e obrigações, por conta inclusive da
sua existência distinta em relação aos sócios, que ocorre também em função de
sua autonomia patrimonial. Sim, pois ao adquirir personalidade jurídica, a
sociedade indica e formaliza seu patrimônio de afetação (bens e direitos de sua
propriedade), que responderá pelas dividas sociais. Disso tudo, só se pode
concluir que só há vantagens em se promover a personalização da sociedade.
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Mas há um outro fator que qualifica uma sociedade de pessoas, o qual está
relacionado com as responsabilidades subsidiárias dos sócios com relação às
obrigações com terceiros. Embora este seja um dos aspectos de análise, pode-se
inferir que é um dos mais relevantes.
Dessa forma, e de maneira até simplista, podemos propor que três
aspectos caracterizam uma sociedade de pessoas:
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Morte ou incapacidade dos sócios A morte ou incapacidade dos sócios
pode gerar a dissolução total ou não influi na vida da sociedade
parcial da sociedade
Saiba mais
O que é o affectio societatis?
Consiste na vontade de os sócios somarem esforços conjuntos para o
alcance do sucesso do negócio. Todos trabalham em prol dos objetivos da
sociedade.
1. Sociedade simples;
2. Sociedade limitada;
3. Sociedade em nome coletivo;
4. Sociedade em comandita simples.
1. Sociedade anônima;
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2. Sociedade em comandita por ações;
3. Sociedade cooperativa.
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TEMA 5 – SOCIEDADES COOPERATIVAS
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Como se vê, o Código Civil apenas tem regência supletiva em relação ao
regulamento das cooperativas, pela Lei n. 5.764/71.
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REFERÊNCIAS
BERTOLDI, M.; RIBEIRO, M.; C. P. Curso avançado de direito comercial. 4.
ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2020.
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