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AULA 3

DIREITO SOCIETÁRIO

Prof. Érico Luz


INTRODUÇÃO

Nesta aula, vamos abordar assuntos que têm impacto considerável no


estudo, compreensão e aplicação de determinados conceitos atinentes às
sociedades no Brasil. Iniciaremos pela abordagem sobre as sociedades
personificadas e aquelas não personificadas. A não personificação da sociedade,
ou seja, a inexistência da sua personalidade jurídica, poderá ser uma opção dos
contratantes (sócios), como no caso da sociedade em comum, ou poderá ser uma
característica que a própria lei lhe imprimiu, como no caso da Sociedade em conta
de participação.
No caso da sociedade em comum, há um enorme risco decorrente de não
personificação, risco esse vinculado à possível responsabilização dos sócios por
dívidas da sociedade. A lei civil (Lei n. 10.406/2002), na parte do direito de
empresa, reconhece sua existência, porém, afirma sua despersonalização e sua
relação com os sócios em comum. No caso da SCP, podemos considerar que se
configura como uma relevante possibilidade de execução de negócios quando
não, entre os interessados, a vontade de constituir-se uma sociedade
personificada.
Outros assuntos que serão abordados compreendem as classificações
relativas às sociedades de pessoas e de capitais, sociedades contratuais e
instituições e, por fim, a sociedade cooperativa. Tais temas, embora não muito
comuns, merecem um destaque nos textos relativos ao direito societário.

TEMA 1 – SOCIEDADES NÃO PERSONIFICADAS

Quando tratamos das sociedades e suas diversas classificações, é


interessante notar que o direito de empresa inserido no Código Civil trata da
sociedade não personificada, porém, não a reconhece como um tipo jurídico,
embora ela possa existir. Isto, claro, porque o primeiro pressuposto de uma
sociedade é sua formalização, conforme prevê o art. 45 do referido código. Silva
(2007, p. 306) reconhece que “a sociedade pode não ter personalidade jurídica,
exatamente porque a personificação não é requisito para a existência da
sociedade: pode existir vínculo societário e não existir pessoa jurídica”. O autor
está se referindo aqui à sociedade em comum e à sociedade em conta de
participação.

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A Lei n. 10.406/2002 do Código Civil define claramente essa classificação
quando afirma que existem duas sociedades não personificadas, quais sejam:

1.1 Sociedade em comum

Esta sociedade está prevista no art. 986 da Lei n. 10.406/2002 (Brasil,


2002), conforme segue: “Art. 986. Enquanto não inscritos os atos constitutivos,
reger-se-á a sociedade, exceto por ações em organização, pelo disposto neste
Capítulo, observadas, subsidiariamente e no que com ele forem compatíveis, as
normas da sociedade simples”.
É a sociedade não personificada propriamente dita, que mesmo atuando
como um negócio, não efetuou o arquivamento do seu constitutivo no órgão
competente. Qual a consequência? Veja o que dispõe o art. 990: “Art. 990. Todos
os sócios respondem solidária e ilimitadamente pelas obrigações sociais, excluído
do benefício de ordem, previsto no art. 1.024, aquele que contratou pela
sociedade”.
O art. 1024 determina que os bens particulares dos sócios não podem ser
executados por dívidas da sociedade senão depois de executados os bens da
sociedade. Ou seja, seus sócios respondem solidária e ilimitadamente pelas
obrigações sociais. Isto poderá ocorrer depois de esgotados os bens sociais e a
sociedade tornar-se inadimplente. É o que se depreende pela interpretação do art.
989: “Art. 989. Os bens sociais respondem pelos atos de gestão praticados por
qualquer dos sócios, salvo pacto expresso limitativo de poderes, que somente terá
eficácia contra o terceiro que o conheça ou deva conhecer”.
Num cenário ideal de legalidade e redução de riscos na execução dos
negócios, nenhuma sociedade empresária ou simples deveria existir sem a devida
formalização de sua existência.
A sociedade é em comum porque existe apenas para os sócios, pois
terceiros não (necessariamente) sabem de sua existência. Lembremos que a
publicidade da sociedade se dá com a inscrição de seu ato constitutivo no órgão
oficial de registro. Tomazette (2020, p. 290), ao lecionar sobre esse tipo de
sociedade, discorre que “o direito positivo reconhece a existência de sociedades
que exercem atividades empresariais, mas não obedeceram aos ditames legais,
que determinam o registro dos atos constitutivos”. Portanto, há um risco
considerável de que os sócios venham a responder com seus bens pessoais por
dívidas do empreendimento, claro que depois de exauridos os bens sociais.

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1.2 Sociedade em conta de participação

Da mesma forma que a sociedade comum, a sociedade em conta de


participação, não tem personalidade jurídica, tratando-se em essência de um
contrato efetuado entre interessados na execução de determinado negócio.
A respeito, veja-se o teor do art. 991 do Código Civil:

Art. 991. Na sociedade em conta de participação, a atividade constitutiva


do objeto social é exercida unicamente pelo sócio ostensivo, em seu
nome individual e sob sua própria e exclusiva responsabilidade,
participando os demais dos resultados correspondentes.

Figura 1 – Sociedade em conta de participação

Sociedade em Conta
de Participação

Sócio Sócio
Ostensivo Participante

Executa atos de gestão.


Responde perante terceiros Participa do negócio e obriga-se
assumindo as somente perante o sócio
responsabilidades ostensivo. Não deve tomar parte
decorrentes dos contratos na gestão sob pena de
responsabilidade solidária
efetuados.
Fonte: Luz, 2021.

O sócio responsável pela administração e condução dos negócios é


denominado de “Sócio Ostensivo”, sendo os demais sócios classificados como
“Sócios participantes”, pois apenas participam do negócio, não devendo tomar
parte na gestão, pois, caso isso ocorra, poderão responder solidariamente com o
sócio ostensivo com relação a problemas jurídicos ou financeiros da SCP.

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É importante que esse aspecto da responsabilidade seja destacado tendo
em vista que a própria norma prevê as responsabilidades de cada tipo de sócio.
Vale anotar o que afirma o professor Tomazette (2020, p. 294) ao comentar sobre
esse tipo de sociedade. Afirma o doutrinador que “a sociedade em conta de
participação é uma sociedade oculta, que não aparece perante terceiros, sendo
desprovida de personalidade jurídica”.
Pode-se considerar que a SCP é uma considerável oportunidade de se
fazer negócios de forma mais flexível, o que facilita a captação de recursos pelos
interessados. Essa flexibilidade é fruto da principal característica desse tipo de
sociedade não personificada, como bem expressam os arts. 992 e 993 do Código
Civil:

Art. 992. A constituição da sociedade em conta de participação


independe de qualquer formalidade e pode provar-se por todos os meios
de direito.
Art. 993. O contrato social produz efeito somente entre os sócios, e a
eventual inscrição de seu instrumento em qualquer registro não confere
personalidade jurídica à sociedade.

Portanto, mesmo que seja deferido o arquivamento do contrato no órgão


de registro, a sociedade em conta de participação não terá personalidade jurídica,
tratando-se com efeito na exploração de certo empreendimento empresarial em
proveito comum, sob o nome e responsabilidade de um ou alguns dos sócios, a
quem cabe a administração da sociedade.

TEMA 2 – SOCIEDADES PERSONIFICADAS

E as sociedades personificadas? Como o próprio nome indica, são aquelas


sociedades que formalizam sua criação arquivando seu ato constitutivo (contrato
social ou estatuto social) no órgão competente. Tomazette (2020, p. 220) ensina
que “a personalidade jurídica é a aptidão genérica para adquirir direitos e contrair
obrigações”. Essa personalização confere à pessoa jurídica a aptidão para
assumir obrigações no mundo empresarial e, em contrapartida, adquirir direitos
por meio da consecução de sua atividade. A personalização traz a garantia
também de que a sociedade substitui os seus sócios como sujeito de direitos,
afastando suas responsabilidades pessoais por dívidas da sociedade.

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Mamede (2020, p. 20) explica de forma brilhante essa personificação ao
expor que “são distintas as ideias de ser humano e de pessoa. Ser humano é um
conceito biológico. Pessoa, para o direito, é o sujeito capaz de titularizar direitos
e deveres”.
Em decorrência da aquisição da personalidade jurídica, a sociedade terá
patrimônio próprio, distinto de seus sócios, e esse conjunto de bens e direitos é
que responderá pelas respectivas obrigações assumidas pela pessoa jurídica.
Essa é a regra geral, comportando em algumas situações a responsabilidade
subsidiária dos sócios. É o que Ramos (2020, p. 180) alerta ao afirmar que

não obstante a importância do princípio da autonomia patrimonial das


pessoas jurídicas para a economia do País e, consequentemente, para
o direito empresarial, ele não pode ser visto como um dogma absoluto,
sobretudo porque, muitas vezes, pode ser utilizado de forma abusiva ou
fraudulenta.

Nestes casos, é necessário, para proteção dos credores e da própria


sociedade, que seja direcionada a esses sócios a responsabilidade por certas
obrigações.
Graficamente, podemos destacar as consequências da personalização:

Esquema 2 – Consequências da personalização

Personificação

Consequências

Capacidade Capacidade Existência Autonomia


Nome Domicílio Contratual processual distinta patrimonial

Fonte: Luz, 2021.

A personalização permite à sociedade a escolha de um nome próprio


(denominação empresarial) que a identificará e que será, dentro dos limites

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regulados pela legislação especifica, protegido em face de usos indevidos por
terceiros.
Outro aspecto importante trazido pela personificação é a existência de um
domicílio próprio, o que conferirá o foro específico em caso de demandas e
comunicações com credores e clientes. De relevo também é a aquisição da
capacidade processual (demandar ou ser demanda judicialmente) de forma a
afastar a responsabilidade dos sócios nesses casos. A capacidade contratual
coloca a sociedade como sujeita de direitos e obrigações, por conta inclusive da
sua existência distinta em relação aos sócios, que ocorre também em função de
sua autonomia patrimonial. Sim, pois ao adquirir personalidade jurídica, a
sociedade indica e formaliza seu patrimônio de afetação (bens e direitos de sua
propriedade), que responderá pelas dividas sociais. Disso tudo, só se pode
concluir que só há vantagens em se promover a personalização da sociedade.

TEMA 3 – SOCIEDADES DE PESSOAS E DE CAPITAIS

Essa pode ser considerada umas das classificações relevantes quando


nosso objetivo é compreender a sociedade em sua relação com os sócios e até
com terceiros. Mas qual a razão dessa relevância?
Ser uma sociedade de pessoas ou de capital não está vinculada a uma
imposição da lei e nem se configura como uma escolha por parte dos sócios.
Portanto, ela decorre de outros fatores. Para contribuir com o esclarecimento
sobre essa classificação, temos a lição de Tomazette (2020, p. 286), a qual propõe
que “o que caracteriza uma sociedade como de pessoas ou de capitais é o papel
exercido pela pessoa do sócio na vida da sociedade, é a influência das suas
qualidades pessoais na constituição e funcionamento da sociedade”. Isto posto,
pode-se considerar que uma das características da sociedade de pessoas está
relacionada diretamente com as características exigidas dos sócios, como num
escritório jurídico ou contábil.
Nesses casos, para ingressar como sócio não basta ter o capital
necessário, mas também possuir as qualidades pessoais requeridas, no caso, ser
advogado ou contador. Silva (2007, p. 315) confirma essa assertiva ao asseverar
que “ao contrário do que ocorre nas chamadas sociedades de capitais, nas
chamadas sociedades de pessoas há relevância e prevalência na atividade
pessoal dos sócios para o sucesso dos negócios da sociedade”.

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Mas há um outro fator que qualifica uma sociedade de pessoas, o qual está
relacionado com as responsabilidades subsidiárias dos sócios com relação às
obrigações com terceiros. Embora este seja um dos aspectos de análise, pode-se
inferir que é um dos mais relevantes.
Dessa forma, e de maneira até simplista, podemos propor que três
aspectos caracterizam uma sociedade de pessoas:

a. Quando, por disposição de lei ou contrato, é imposta uma responsabilidade


solidária ou subsidiária aos sócios pelas dívidas da sociedade;
b. Quando, pela natureza da atividade, a sociedade só pode conter sócios
com um perfil pessoal específico, como as profissões regulamentadas;
c. Nos casos de cláusulas contratuais que imponham sérias restrições ao
ingresso de novos sócios.

Nos casos das sociedades de capitais, é livre a movimentação dos títulos


representativos do capital social (ações ou quotas), não havendo
responsabilização dos sócios por passivos da sociedade, e qualquer pessoa
(independentemente do perfil) poderá adquirir essas ações ou quotas.
Resumidamente, vamos nos valer da contribuição do professor Tomazette,
que com grande clareza e didática, oferece um quadro-resumo dos principais
aspectos que caracterizam a sociedade de pessoas e sociedade de capitais.
Lembrando que a sociedade simples se enquadra, conforme a doutrina,
como sociedade de pessoas, e a sociedade limitada pode ser considerada como
um modelo híbrido, a depender da análise dos casos que se apresentarem no dia
a dia.

Quadro 1 – Sociedade de pessoas e de capitais

Sociedade de Pessoas Sociedade de Capitais

A administração só pode ser exercida Há uma dissociação entre


por quem é sócio administração e propriedade

Pelo menos uma classe de sócios Todos os sócios possuem


possui responsabilidade solidária e responsabilidade limitada à sua
ilimitada contribuição ou ao total do capital
social

Não é livre a entrada de novos sócios É livre o ingresso de novos sócios

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Morte ou incapacidade dos sócios A morte ou incapacidade dos sócios
pode gerar a dissolução total ou não influi na vida da sociedade
parcial da sociedade

Não admite a participação de Admite a participação de incapazes


incapazes

Usa razão social Usa denominação

Admite a exclusão de sócios pela Não admite exclusão pela simples


quebra da affectio societatis quebra da affectio societatis
Fonte: Tomazette, 2020, p. 289.

Nesse sentido, e nos valendo da objetividade, pode-se afirmar que a


sociedade anônima é uma legítima sociedade de capitais; sociedade em nome
coletivo é uma verdadeira sociedade de pessoas; e a sociedade limitada (a
depender da maior ou menor restrição para movimentação de sócios) pode conter
características tanto de uma quanto de outra.

Saiba mais
O que é o affectio societatis?
Consiste na vontade de os sócios somarem esforços conjuntos para o
alcance do sucesso do negócio. Todos trabalham em prol dos objetivos da
sociedade.

TEMA 4 – SOCIEDADES CONTRATUAIS E INSTITUCIONAIS

Esta é uma outra classificação interessante das sociedades e possui


estreita relação com o modelo de constituição definido pelos sócios. As
sociedades contratuais, pela própria denominação, são aquelas cujo ato
constitutivo é um contrato em que se estipulam as cláusulas que vão regular a
vida da sociedade. Sendo assim, são contratuais as seguintes sociedade:

1. Sociedade simples;
2. Sociedade limitada;
3. Sociedade em nome coletivo;
4. Sociedade em comandita simples.

E são institucionais as sociedades:

1. Sociedade anônima;
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2. Sociedade em comandita por ações;
3. Sociedade cooperativa.

Para uma melhor compreensão dessa classificação, servimo-nos da lição


de Silva (2007, p. 314), que considera que

a principal diferença entre as sociedades contratuais e institucionais é


sempre quanto ao regime jurídico: as sociedades contratuais são regidas
pelo código civil e as regras da Lei das Sociedades por Ações (Lei
6.404/76) não são aplicáveis ou somente serão aplicáveis, em certos
casos, subsidiariamente; já as sociedades institucionais são regidas pela
Lei das Sociedades por Ações e o código civil é aplicado somente de
forma subsidiária.

De todo o exposto, pode-se resumir no quadro a seguir essas diferenças:

Quadro 2 – Diferenças entre sociedades contratuais e institucionais

Sociedade Contratuais Sociedade Institucionais

Reguladas por um contrato social Reguladas por um estatuto

Os sócios contratam entre si e com a Os sócios aderem ao estatuto


sociedade

Há uma relação pessoal e direta entre À princípio os sócios não se


os sócios, embora não seja um conhecem embora não seja uma
requisito determinante característica intrínseca à essa
sociedade.

A saída ou entrada de um novo sócio A saída e entrada de sócios é feita em


implica numa alteração contratual documento separado, não
necessitando alteração do estatuto.

Reguladas pela Lei n. 10.406/2002, Reguladas pela Lei n. 6.404/76


do Código Civil, e de forma
subsidiária podem sê-lo pela Lei n.
6.404/76

Em certos tipos, há o affectio Não há o affectio societatis. Até


societatis porque os sócios por vezes nem se
conhecem

Fonte: Luz, 2021.

Embora possam existir outras características, podemos considerar que o


quadro espelha as principais que as qualificam.

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TEMA 5 – SOCIEDADES COOPERATIVAS

A sociedade cooperativa é uma sociedade simples por expressa disposição


da Lei n. 10.406/2002 (Código Civil), que em seu art. 982, parágrafo único:
“Parágrafo único. Independentemente de seu objeto, considera-se empresária a
sociedade por ações; e, simples, a cooperativa”.
As cooperativas possuem regulamentação própria por meio da Lei n. 5.764,
de 16 de dezembro de 1971 (Brasil, 1971), que definiu a Política Nacional de
Cooperativismo e instituiu o regime jurídico das Cooperativas. Configura-se como
uma associação de pessoas com interesses comuns e, em regra, possui as
seguintes características:

a) É uma sociedade de pessoas;


b) Tem como principal objetivo a prestação de serviços a seus associados;
c) Normalmente não tem um número limitado de cooperados, cuja
participação se dá pelo voto;
d) Não está sujeita aos benefícios da recuperação judicial, extrajudicial e
falência.

Um aspecto com relação ao seu nome é que deve vir acompanhado da


palavra “cooperativa”.
O Código Civil, em seu art. 1.096, determina que “no que a lei for omissa,
aplicam-se as disposições referentes à sociedade simples, resguardadas as
características estabelecidas no artigo 1.904”.
O citado art. 1.094 prevê:

Art. 1.094. São características da sociedade cooperativa:


I – variabilidade, ou dispensa do capital social;
II – concurso de sócios em número mínimo necessário a compor a
administração da sociedade, sem limitação de número máximo;
III – limitação do valor da soma de quotas do capital social que cada
sócio poderá tomar;
IV – intransferibilidade das quotas do capital a terceiros estranhos à
sociedade, ainda que por herança;
V – quorum , para a assembléia geral funcionar e deliberar, fundado no
número de sócios presentes à reunião, e não no capital social
representado;
VI – direito de cada sócio a um só voto nas deliberações, tenha ou não
capital a sociedade, e qualquer que seja o valor de sua participação;
VII – distribuição dos resultados, proporcionalmente ao valor das
operações efetuadas pelo sócio com a sociedade, podendo ser atribuído
juro fixo ao capital realizado;
VIII – indivisibilidade do fundo de reserva entre os sócios, ainda que em
caso de dissolução da sociedade.

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Como se vê, o Código Civil apenas tem regência supletiva em relação ao
regulamento das cooperativas, pela Lei n. 5.764/71.

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REFERÊNCIAS
BERTOLDI, M.; RIBEIRO, M.; C. P. Curso avançado de direito comercial. 4.
ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2020.

GONÇALVES NETO, A. A. Direito de empresa. São Paulo: Revista dos


Tribunais, 2019.

MAMED, G. Direito societário: sociedades simples e empresárias. São Paulo:


Atlas, 2020.

TOMAZETTE, M. Curso de direito empresarial: Teoria geral e direito societário.


São Paulo: Saraiva, 2020.

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