Você está na página 1de 8

Direito comercial (27/02/2023)

 Natureza jurídica das sociedades comercias e o porquê de estas surgirem


Para ser comerciante tanto podia ser uma pessoa singular (em nível individual) como
uma pessoa coletiva (art1n2 CSC) e art13 do C.Com.
A vantagem de ser comerciante e adotar a forma societária, seja ela a sociedade em
nome coletivo, sociedade em comandita, sociedade por quotas ou sociedade anonima,
e a vantagem comum a estes quatro tipos tem a ver com a questão das
responsabilidades económicas, pois quanto mais pessoas existirem numa
sociedade, mais repartida está a responsabilidade relativamente aos valores
patrimoniais envolvidos no desenvolvimento de determinado negócio. Por isso é bom
tanto para quem começa uma atividade económica como para os credores.
Outra vantagem mas apenas para as sociedades anonimas e para a sociedade por
quotas que está relacionada com a autonomia patrimonial perfeita, o que significa
que em relação às primeiras é totalmente perfeita e às anonimas nem tanto, mas esta
autonomia diz-nos que o património dos sócios é distinto do património da sociedade,
ou seja, é possível colocar a salvo os bens próprios em relação à sociedade, daí estes
serem os tipos societários mais adotados no nosso pais.
Olhamos para esta autonomia patrimonial no plano interno e plano externo, nas
sociedades anonimas tanto existem os dois planos e os sócios não são responsáveis
pelos demais sócios e não respondem para além daquilo que é a quota-parte. Na
sociedade por quotas apesar de no plano externo, relações com terceiros a autonomia
patrimonial dos sócios está salvaguardada, no plano interno não. Os sócios desta
sociedade respondem pela sua quota mas também pelos demais sócios que não
cumprirem. Ou seja, a lei diz que os sócios de uma determinada sociedade por quotas
respondem pela sua quota e a dos demais consócios se estes não as cumprirem, por
isso é que esta autonomia apesar de existir não é totalmente perfeita.
A sociedade por quotas é uma sociedade com enorme sucesso no nosso país pois não
há capital social mínimo apesar de a generalidade das pessoas as associar ao capital
mínimo de cinco mil euros. As sociedades por quotas são mais pequenas (mais
socialistas), em que há uma relação de proximidade entre os sócios, pelo contrário a
sociedade anonima por natureza é mais capitalista.
Personalidade jurídica da sociedade
Tradicionalmente, entende-se que a personalidade jurídica é a suscetibilidade para se
ser, em abstrato, titular de direitos e deveres; é a aptidão ou idoneidade para se ser um
centro de imputação de efeitos jurídicos; é a qualidade de ser sujeito de Direito, pessoa
singular ou pessoa coletiva.
Personalidade jurídica art5 do CSC as sociedades gozam de personalidade jurídica a
partir de três momentos:

 Momento da realização do contrato


 Momento do registo
 Momento da publicidade
Só no registo definitivo é que se atribui a personalidade
Art980CC remeter no art5CSC. O direito comercial é direito privado especial, mas em
caso de precisar de recorrer a algum direito, é ao direito civil geral devido à
subsidiariedade do artigo 2 do CSC.
Regra geral, as sociedades regidas pelo código civil, exclusivamente, não possuem
personalidade jurídica, como é o caso, por exemplo, das sociedades de advogados
artigo 980 CC e 1n4 CSC, tal como as cooperativas.
O artigo 980 CC é visto como uma referência, temos sempre de fazer uma interpretação
adequada aquilo que são as sociedades comerciais, este artigo será um ponto de
partida- Art9CC (interpretação)
A sociedade comercial tem 4 elementos:

 Elementos pessoais
 Elemento patrimonial
 Objeto
 Fim
Elemento pessoal:
conceito de sociedades cíveis duas sou mais pessoas, mas nos comerciais não é assim
pois temos sociedades unipessoal por quotas (art272 e 273CSC) onde diz uma só
pessoa e remetemos para o Art488 e 270G e por isso este elemento do CC temos de
adaptar ás sociedades comercias.
A sociedade comercial pode ser:

• pluripessoal, se for criada por dois ou mais sujeitos de Direito, pessoas


singulares ou pessoas coletivas (sócios); ou
• Unipessoal, se for criada por um único sujeito de Direito, pessoa singular ou
pessoa coletiva (sócio único). É o caso das sociedades unipessoais por quotas
e das sociedades anónimas unipessoais (cfr. arts. 7.º, n.º 2, 270.º-A a 270.º-G,
488.º e 481.º).
Elemento patrimonial:
“Contribuir em bens e serviços”, o elemento patrimonial de qualquer sociedade faz com
que os sócios tenham de contribuir com bens, seja dinheiro ou bens em espécie (carro,
terreno…). Nos serviços, as sociedades em nome coletivo e em comandita podemos ter
a contribuição de indústria ( força de trabalho). As restantes sociedades não é bem
assim.
-Tem de ser ou dinheiro ou bens suscetíveis de penhora.
A sociedade comercial tem autonomia patrimonial, isto é, tem um património próprio e
distinto do património dos respetivos sócios, composto por bens, direitos e obrigações
em dinheiro ou suscetíveis de avaliação em dinheiro.
Objeto:
“Para o exercício em comum de certa atividade economia que nao seja mera fruição” é
a própria sociedade que vai exercer a atividade económica por si só. O conceito está
feito para sociedades civis. O objeto da sociedade deve constar no contrato (art11n2
csc e art9n1 d) CSC)
Uma atividade de fruição é quando nós obtemos um determinado rendimento é retirado
como fruição do bem e o mesmo acontece quando recolhemos um fruto de uma arvore,
tiramos uma fruta e não acontece nada á arvore.
Fim: “a fim de repartirem o lucro resultantes dessa atividade”
O fim de qualquer sociedade é o lucro a sociedade comercial tem que praticar atos de
modo a geral lucro (por exemplo compra para revenda).
Estas atividades económicas que vão ser exercidas pelas sociedades comerciais tem
de ter sempre em conta o previsto no artigo 280 CC, pois as mesmas devem ser licitas
e possíveis.
Quem exerce uma atividade economia pretende ter o lucro.
O lucro tem duas dimensões, o da sua obtenção (através da atividade económica) e a
sua repartição. Quando é uma sociedade pluripessoal tem de se repartir o lucro. Se for
unipessoal o lucro é atribuído.
A doutrina vai apelidando de:
-Dimensão objetiva-lucro obtido pela sociedade, aquele que se produz na esfera
jurídica da sociedade.
-Dimensão subjetiva- distribuído pelos sócios ou atribuído ao socio único.
O termo lucro pode ser explicado como um acréscimo patrimonial verificado ao longo
de um determinado intervalo de tempo, sendo o fim lucrativo, em ultima analise, o
principal fator de distinção entre as sociedades e as outras entidades que lhes são
dogmaticamente próximas.
A sociedade tem um fim egoísta pois é obter lucro.
Art6 n2CSC-capacidade. Quando fala das liberalidades tem que ver com os patrocínios,
campanhas… (ex. Natal)
Questões doutrinarias sobre o art980 CC:
Há uma parte da doutrina que diz que o legislador neste artigo quis tipificar as
sociedades comerciais, mas se o código civil é de 1966 e as sociedades só surgem 20
anos depois, seriam impossível titicar algo que não existia.
Há outra parte da doutrina que é a maioria que entende que aquilo que o legislador quis
foi dar uma definição de sociedades civil que depois de 20 anos e criadas as sociedades
comerciais, acaba por ser a base de construção do conceito daquilo que é a sociedade
comercial, com as devidas adaptações.
Tipos de sociedades comerciais:
Olhar para as sociedades do art1 n2 CSC como um elenco taxativo, são apenas e só
as que estão no artigo.

 Sociedades em nome coletivo


 Sociedades por quotas
 Sociedade anonima.
 Sociedades em comandita simples ou por ações
O conceito de sociedades comerciais pode também ter apoio no que refere à
subsidiariedade revista no artigo 2 do CSC, sobre adaptar o artigo do código civil às
sociedades comerciais.
Art1n2 tipificação das sociedades comerciais o requisito de comercialidade tem duas
vertentes, a prática de atos de comércio (requisito material) e o requisito formal de
comercialdiade uma das formas no art1n2, ou seja a adoção de um dos tipos de
sociedade comercial presente no artigo.
Os atos de comércio estão no art2CSC e o art230 C.COM, temos de fazer uma critica a
este artigo deve ser criticado, depois de
vermos as características das sociedades comerciais e civis, pois ao olharmos para o
referido artigo percebemos que haver-se-ão por comerciais as empresas singulares ou
coletivas e no conceito de sociedade será sempre uma pessoa coletiva e nunca singular,
mas atendendo à data do código comercial e ao facto dos primórdios das sociedades
comerciais remontarem à idade media, era mais comum haverem empresários em nome
individual do que pessoas organizadas, logo é necessário dar aqui alguma
condescendência a esta norma do artigo 230 do Código Comercial.
-Dominamos as técnicas de interpretação art9.

Artigos:
Sociedades em nome coletivo-art175 a 196 CSC.
Sociedades por quotas- art197 a 270G CSC
Sociedade anonima. -271 a 464 CSC.
Sociedades em comandita simples ou por ações- art465 a 480 CSC

Sociedade irregular-Podemos ter sociedade comercial, as só cíveis e as cíveis que


adotam forma comercial para terem personalidade, se a sociedade não tiver todos os
requisitos apesar desta sociedade padecer de um vicio esta não deixa de ser comercial,
mas é irregular. Padece de vicio, mas continua a ser sociedade comercial.
Responsabilidade limitada:
Quem tem sociedades em nome coletivo ou comandita responde por tudo, e quando
falamos em responsabilidade limitada temos de conta o plano interno e externo –
internamente é a responsabilidade dos sócios uns para com os outros, no plano externo
falamos da responsabilidade da sociedade relativamente a dividas que esta possa ter
em relação a terceiros.
Há responsabilidade limitada no plano externo para ambas, mas no plano interno
apenas para as sociedades anonimas. Se fizermos um contrato de sociedade hoje em
princípio as obrigações e entrada de um socio, é possível dizer que se vai adiar a
entrada de bens. Se adiarmos os restantes consócios terão de assumir esta
responsabilidade, com o direito de regresso. Nas sociedades anonimas isto não
acontece.
Se virmos o artigo 197º CSC, a propósito das sociedades por quotas, diz-se que o capital
está dividido em quotas e os sócios são solidariamente responsáveis, ou seja, aqui só
está prevista a responsabilidade interna, mas apesar de existir esta prerrogativa de
autonomia patrimonial no que refere à parte externa, o artigo 198 CSC permite a um ou
mais sócios assumir as responsabilidades externamente (embora tal não faça muito
sentido na prática).
Numa sociedade anonima se um socio quiser assumir uma divida perante terceiro não
o pode fazer.
O regime da responsabilidade limitada aparece no Art197CSC e abertura do
Art198CSC, mas se formos ao 271CSC na sociedade anonima é dividida as ações e
cada socio limita a sua responsabilidade ao valor que sobrescreveu em ações.
Art175n1 vemos que na sociedade em nome coletivo, tem uma forma ilimitada.
Sociedades em comandita: Em relação às sociedades em comandita, a norma é o
artigo 465n1 CSC diz-nos que nesta cada um dos sócios responde apenas pela sua
entrada, mas o facto é que este tipo societário está cada vez mais extinto.
Os sócios subsidiariamente acabam por responder em relação a terceiros e no que diz
respeito ao consócio pode pedir a qualquer um deles.
No livro iremos ver a sociedade usada como paradigma da não propriedade
(desviar património pessoa, para a sociedade) , pessoa cria a sociedade para desviar
bens do seu património pessoal para salvaguardar património ex. pessoas com dividas
grandes ao fisco e a sociedade comercial, divorcio sem consentimento… são
designadas de sociedades cofre instrumentalizadas literalmente para desviar património
de alguém para que os terceiros fiquem desvirtuados.
Normalmente a comercialização de bens nomeadamente, antiguidades, bens moveis,
imoveis…
Distinção da sociedade, empresa e estabelecimento:
Sociedade comercial-tipificada no art1 n2csc
Empresa-realidade jurídica que pode ser explorada por uma sociedade comercial como
acontece na maioria dos casos ou por uma pessoa singular, física, chamado empresário
em nome individual.
Estabelecimento deve ser qualificado como um bem movel suis generis, pois é um
conjunto de elementos como clientela, aviamento, utensílios, .. o estabelecimento tanto
pode ser uma sociedade comercial estruturas integrantes destas sociedades como
também podem estar ligados a empresas no sentido que demos á pouco, ou por
sociedades comerciais como por sociedades comerciais.
Analise das sociedades pessoalistas e capitalistas:
Pessoalistas-dão mais importância a pessoa dos sócios. São sociedades que dão mais
importância ao elemento pessoal, ou seja, à pessoa dos sócios. O papel dos sócios
possui maior relevo nomeadamente nas sociedades em nome coletivo oucomandita
simples.
As sociedades em nome coletivo são o modelo das sociedades pessoalistas porque
desde logo os sócios são responsáveis pelas dividas da sociedade nos termos do artigo
175n1CSC, a transmissão das prestações sociais está sempre dependente do
consentimento dos sócios nos termos do artigo 182n1 CSC e cada socio é titular de um
direito de voto, isto supletivamente, nos termos do artigo 190 CSC.
Capitalistas-dão mais importância ao património seja dinheiro ou bens em espécie.
espécie. Por exemplo as sociedades anonimas e as sociedades em comandita por
ações, aqui é dado maior relevo ao elemento patrimonial da sociedade.
As sociedades anonimas podem ser consideradas o tipo perfeito das sociedades
capitalistas porque desde logo os sócios não respondem por dividas sociais em relação
a terceiros nem pelas entradas dosa consócios nos termos do artigo 271º CSC e a
transmissão das ações é, em regra, livre, feita por ato voluntário como refere o artigo
328n 1 CSC.
Em relação ao voto, esta sociedade tem uma característica marcadamente capitalista
pois a cada ação corresponde um voto, logo se há um sócio com 20 ações, esse possui
vinte votos, mas se outro possuir 100, esse terá direito a 100 votos.
Apesar de o número de ações possuído ser livre, os sentidos de voto em termos de
deliberações sociais devem ir no mesmo sentido, ou seja, a posição do socio é unitária
e as 20 ou 100 ações devem ir no mesmo sentido, favorável ou desfavorável, não
podendo ir metade para cada sentido.
Tipo híbrido:
As sociedades por quotas são um tipo híbrido, pois elas tanto têm de pessoalistas como
de capitalistas, e o que determina se são mais de um caracter ou de outro é o contrato
de sociedade que as estabeleceu.
O artigo 228n2 CSC diz que não há produção de efeitos sem reconhecimento, ou seja,
esta previsão do consentimento dos sócios é uma característica eminentemente
pessoalista, mas não só a lei acaba por excecionar esta regra no que respeita ao
cônjuge, como também se permite que no contrato de sociedade esta necessidade de
obtenção do consentimento dos sócios possa ser afastada, e aqui já rege a
característica eminentemente capitalista.
No que diz respeito ao direito ao voto, nas sociedades por quotas está eminentemente
ligado à percentagem do capital social que aquele tem, logo é também uma
característica capitalista.
As sociedades por quotas são híbrido tanto tem de pessoalistas como capitalistas e o
que determina que são mais capitulastes do que pessoalistas é o contrato de sociedade.
As sociedades anonima são consideradas o tipo perfeito de sociedades capitalista pois
desde logo não repodem por dividas sociais, nem pelas entradas dos consócios art271.
Esta categorização de sociedades capitalistas e pessoalistas pode se desvirtuar
concitante o contrato sociedade e assim atende mais para um lado do que ara o outro.
Nada impede ter um contrato sociedade. Privilegia a autonomia da vontade, desde que
legal.
firma e denominação- todas as sociedades comerciais são abrigadas adotar uma firma
e identificar corretamente consoante o seu tipo societário, atender aos princípios ,
etc…podemos ter firmas nome, fantasia e mista.
Características:
Exercício da sociedade- medida cronológica segundo o qual se ordena a atividade da
sociedade, a vida de uma pessoa coletiva tem de seguir determinadas etapas e se
organizamos a vida consoante os anos cíveis pela questão do lucro do exercício, e este
tem e ter a duração e um ano art9n1 i) CSC.
O exercício considera-se igual ao ano civil, mas se no contrato de sociedade determinar
que o exercício começa a 1/4 este termina no 30/4 do ano seguinte.
Exercício comercial 1/1 a 31/12 de um determinado ano, faz 365 dias. mas se no
contrato se determinar que o exercício começa a 1 de abrir de determinado ano, e
determina a 30 de abril do ano seguinte.
O artigo 65n 1 CSC aborda a questão do relatório da gestão, e quando os órgãos de
administração tem de apresentar relatórios, estes são referentes ao exercício da
atividade, daí ser importante saber o seu período temporal.
O artigo 297 CSC tem a ver com o adiantamento de lucros distribuíveis no decurso do
exercício, e tal demonstra que a criação de um exercício social existe porque o próprio
código possui estas menções relevantes.
O artigo 376CSC, ainda a propósito das sociedades anonimas, releva importância ao
exercício e tem a ver com a assembleia geral anual realizada neste tipo de sociedades.
As sociedades comerciais celebram o aniversario no fim do exercício. Período
cronológico que se avalia atividades económica de uma sociedade.
Capital social e património social
Art35CSC, confunde estes dois conceitos.
O Capital social-cifra abstrata expressa em números e esse número representa a soma
de um valor nominal de todas as participações sociais. Se eu entro com um euro e o
meu socio entra com outro euro, o capital social é só um número.
Diferentemente é o património social-conjunto de relações jurídicas suscetíveis de
avaliação pecuniária, ou seja, o valor que a sociedade tem ao seu dispor para realizar
a sua atividade.
Doutrina: o capital social pode ter 5 funções e a professora acha que só pode ter duas

 Financiamento da sociedade
 Avaliação económica
 Garantia
 Contabilidade
 ordenação
(Para a professora só serve a função contabilidade e ordenação)
Não é correto dizer-se que a sociedade é financiada pelo capital social pois o capital
social pode ser retirado a qualquer momento; no que refere à avaliação económica esta
não é fidedigna, porque podemos ter uma sociedade com capital social de cinco mil
euros e património de cinco milhões ou o oposto, logo não é viável a avaliação nestes
termos; por fim, no que refere à garantia, a professora entende que esta função é
cumprida indiretamente, pois numa fase inicial da constituição da sociedade o capital
social pode perdurar intacto por um mês, e se entretanto nesse tempo um credor vier
saldar uma divida, à partida terá garantia, mas fora da fase inicial da criação da
sociedade é muito pouco provável.
Princípio da intangibilidade do capital social:
Faz com que os sócios nunca possam deixar o capital social numa situação que seja
inferior ao valor do capital social acrescido do valor das reservas impostas por lei ou
pelo contrato de sociedade, ou seja, como existe este principio previsto nos artigos 33º
e seguintes CSC há uma função de garantia indireta, pois as variações das sociedades
raramente cumprem este principio.
A função da contabilidade cumpre-se com o capital social porque a distribuição dos
lucros do exercício nunca pode implicar que o património da sociedade passe a
corresponder a um valor inferior ao do capital social (artigo 35º/ 2 CSC).
No que refere à função de ordenação, esta diz respeito ao facto de sabermos se
através do capital social qual é o direito dos coios participarem nos lucros e qual o seu
poder em relação aos votos, logo esta função aparece efetivamente cumprida.
De acordo com o artigo 35º CSC, se o património social se encontrar reduzido ao valor
correspondente a metade ou menos de metade do capital social, isso não pode ser
deixado à merce dos órgãos sociais.

Você também pode gostar