Resumo de Direito empresarial G1

O que é uma empresa? Sinônimo de atividade.

Estabelecimento empresarial? Conjunto de bens utilizados pelo empresário no

estabelecimento da atividade.

História do Direito Empresarial

Inicialmente havia o direito comercial, no qual, passou por duas fases históricas até chegar ao
direito empresarial (3° fase).

1° Fase Sistema Objetivo (Itália) – IDADE MÉDIA (cooperações)

-Itália (1941-1945) - Crise no sistema feudal

- Quem era comerciante? Integrantes da associação ou corporações de oficio, aplicável a quem

mantinha relação jurídica com comerciantes.

- A lei (lex. mercatória) era feita pelos próprios comerciantes já que não existia um poder estatal
centralizado.

2° Fase sistema objetivo Francês

- Surgimento do código napoleônico em 1850

- Poder centralizado no estado.

- Quem era comerciante? Quem participava com habitualidade do comércio.

* Rol dos atos de comércio: Compra e venda de bens, moveis e semoventes, indústria, bancos,
logística, espetáculos públicos e expedição de navios.

3° fase sistema subjetivo moderado (modelo italiano)

- Surgimento do CC italiano

- Quem é empresário? Quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada de

produção de circulação de bens ou serviços ao mercado.

- Poder centralizado.

- CC 2002: unificou o direito civil e empresarial.

Análises feitas em aula:

*Se Jair comprou a empresa, ele se responsabiliza pelas dividas mesmo trocando de CNPJ, ele
se torna solidário, pois o antigo dono continuará pagando.

*Se o CNPJ possuiu dívidas, para não chegar na pessoa (física), decreta-se falência da empresa.

Autonomia do direito empresarial

1- Unificação do direito privado

Em 2002 o código civil unificou o direito privado, trazendo em um único código tendo o direito
civil quanto o direito empresarial. O direito empresarial, seguiu sendo um ramo autônomo,
apenas em relação as meterias não previstas na parte especial do direito empresarial que o
operador de direito deveria socorrer as normas do direito civil (ex: nulidades e disposições gerais
dos contratos).

2- Princípios

Princípio da simplicidade: Títulos de Créditos

Princípio do cosmopolismo ou internacionalidade: O Direito busca internacionalizar o direito

empresarial, de modo em que a aplicação daqui seja o mesmo de fora, através de tratados.

Princípio da onerosidade: Direito em busca do lucro, ou seja, incentiva mento do lucro, a lei traz
limitações. Exemplo: patrimônio pessoal dos sócios não responde pelos deves da sociedade.

Princípio da proteção de credito: Títulos executivos, títulos de credito, proteger o credor.

Princípio da preservação da empresa: Preservar a atividade exercida pelo empresário,

fiscalização das empresas, penhora de faturamento, não é 100%, é até 10% do faturamento
líquido.

Art. 966.

ENQUADRAMENTO
Pessoa física ou jurídica?

PF- Pessoa natural

PJ- Ente autônomo sujeito de direitos e deveres próprios que não se confundem com os sócios.

EXCLUIDOS

- Profissionais Intelectuais no âmbito cientifico, literário e artístico.

- Caso o profissional intelectual passe a contar com uma grande estrutura organizando os fatores
de produção de modo que esta seja mais importante que sua atividade pessoal, ele passa a ser
empresário. Ex: Médico que atende pacientes sem grandes estruturas, não é empresário,
grandes clinicas em que a estrutura é mais importante que a atividade profissional, passa a ser
empresário.

EMPRESÁRIO INDIVIDUAL

Obtém CNPJ para fins tributários, ou seja, é uma pessoa física que exerce atividade empresarial.
(MEI´S)

- Ausência da pessoa Jurídica: Pode ser prejudicial pelo fato do CNPJ e CPF serem da mesma
pessoa, o CPF do empresário individual pode ser penhorado, assim como o CNPJ.

-Incapacidade art. 974 CC.

PROIBIÇÕES

-Servidor público, Magistrados e militares da ativa falidos

-Empresário e alienação de bens (art. 978) enunciado 58 da II jornada de direito comercial.

Empresário
1- Quem? PF ou PJ
 2- Atividade? Conjunto de ações
3- Econômica? Gera riquezas
4- Organizada? Organização dos fatores de produção
5- De produção ou circulação
6- De bens ou serviços

Pessoas jurídicas de Direito Público

1- Externo: art. 42, estados estrangeiros e pessoas rígidas pelo direito internacional
público.
2- Interno: art. 41, união, estados e DF, municípios e autarquias.

- Pode entrar com uma ação contra o município? Não. A prefeitura é só uma repartição.

Pessoas Jurídicas de Direito privado

Associações: Pessoas jurídicas de direito composto para um exercício de atividade sem fins
lucrativos.

Sociedades: Única PJ com bens lucrativos para os sócios.

- Simples, 997 e sig

- Empresariais: 139 e sig

Fundações: Não há pessoas vinculadas (art. 62). O investidor separa uma parte do bem e se
desvincula do bem (sem fins lucrativos).

Associações:

- Organização religiosa, ou seja, não visa bens lucrativos, Art. 44

- Não pode fugir da sua finalidade.
- Propagação da fé.
- Partidos políticos lei 9096/95) espécies de direito privado sem fins lucrativos, criados
para fins eleitorais.

Sociedades-art. 981 CC

- Finalidade lucrativa.
- Cooperativas.
- Escritório de advocacia- sociedade simples não empresarial.
- Natureza contratual- é um contrato bilateral ou plurilateral
- Todos os sócios contribuem com bens ou serviços
- Capital sem fins lucrativos, não é sociedade, sim associações
-Sociedade os objetivos estão necessariamente ligados ao exercício de atividade
econômica

Art. 63- para fins não econômicos- associação – pode exercer uma atividade econômica,
mas não busca adquirir lucro atividade meio, não fim, pois seria sociedade

Nem toda sociedade é pessoa jurídica, mas toda pessoa jurídica é sociedade
Enquadramento

União de pessoas para exercício de uma atividade empresarial ou não. Que pode adquirir
personalidade jurídica se os atos constituiríeis forem levados a registro do órgão competente.

Elementos, o que tem que ter?

Contribuição dos sócios: contribuir para a formação de uma sociedade, dinheiro, bens, serviços.
Capital social, participação nos lucros, patrimônio, poder deliberativo.

Apenas as sociedades simples puras, não são empresarial/profissão não intelectuais

Participação nos lucros e perdas.

O sócio tem que ter obrigatoriamente participação nos lucros. O lucro normalmente é
distribuído de forma proporcional a participação do sócio no capital social, salvo estipulação em
contrato no contrato social. O sócio de serviço perderá o porcentual estipulado contratualmente
e se não couber estipulação do porcentual dos sócios de serviços! Receberá a média dos lucros.

“Affectio societatis”

-Afeição societária

-Mútua confiança

Pluralidade das partes.

- Sociedade pressupõe a existência de duas ou mais pessoas

- Obs. atentar para a relativização que contempla deste elemento. Sociedade limitada impessoal
que possui apenas um sócio.

Ato constitutivo.

Documento que rege a relação entre os sócios.

Contrato plurilateral

Regra: A maioria das sociedades pressupõe a existência de 3 ou mais polos; pessoa jurídica 1º,
2º sócio 1, sócio 2, todos possuem obrigações recíprocas em si do contrato bilateral, em que há
apenas 2 polos. No contrato plurilateral quanto mais sócios houver + polos teremos.

Ato institucional

Estatuto social, existem algumas sociedades que ao serem formadas há a criação de instituição,
entidade que cumpre uma função social relevante.

Existência de personalidade

Sociedade com personalidade jurídica- personificada

Sociedade sem personalidade jurídica- despersonificada

Quanto a forma do capital social

- Valor investido para continuar o investimento estipulado pelos sócios

- Valor necessário para o único de atividades

PJ SEMPRE SERÁ SOCIEDADES

EMPRESÁRIO INDIVIDUAL NÃO É PJ. SIM FÍSICA, E USA CNPJ PARA FINS TRIBUTÁRIOS

EMPRESÁRIO IND IVIDUAL DEPENDE DO FATURAMENTO.

- Valor fixado pelos sócios no contrato social o qual será aportado pelos sócios normalmente, o
capital social corresponde ao valor necessário para o exercício da atividade.

Quanto à natureza empresarial ou simples

Atividade empresarial da sociedade se enquadra no conceito de empresa.

Atividade Simples não se enquadra no do conceito de empresa.

Quanto a importância dos sócios

Soc de pessoas, pessoas mais importantes

Soc de capitais, capital mais importante que pessoas

Desconsideração da personalidade jurídica

O que é?

Sócios passam a ser devedores?

Episodicamente dentro de um processo especial a autonomia patrimonial é desconsiderada

para atingir o patrimônio dos sócios e administradores.

Excepcionalidade
Desconsideração da personalidade deve ser a última hipótese, não pode virar regra sob pena de
desvirtuamento da limitação da responsabilidade trazida pela maioria das pessoas jurídicas do
dir. privado.

Aplicação (teoria maior)

Art. 50 CC

-Uso abusivo da PJ

-Desvio de finalidade

Apartamento, FRAUDE, ato ilícito, mas no fundo é ilícito

- Confusão patrimonial

Ausência de destinação clara do que é patrimônio da empresa PJ e dos códigos PF.

Teoria menor (art. 28 parágrafos 5º CDC)

- Divida decorrente da relação de trab. (Processo trabalhista)

- Dívida decorrente da relação e exonerai

- Dívida decorrente de danos do meio ambiente

- PJ explora causando danos morais ao meio ambiente

- Ação coletiva poder público

- Não terá dinheiro, desconsidera-se personalidade para os sócios

- Dano

- Relações de consumo

- Trabalhista teoria menor? Teve dificuldade não?

Dissolução Irregular: Quando uma empresa fecha as portas sem avisar os órgãos
competentes. Fechamento das portas sem obedecer ao procedimento legal para o
encerramento da sociedade, isto é, sem comunicar os órgãos competentes.

 É uma causa para desconsideração da personalidade jurídica?

Imprescritibilidade: Resp. 1180714. (Recurso especial) existe prazo para o credor

solicite a desconsideração da personalidade jurídica? Prescrição e decadência. O stj entendeu
que a descosi da personalidade jurídica envolve direito potestativo, sendo aplicável a
decadência, que quando não há prazo fixado em lei, pode ser exercido a qualquer momento.

Prescrição- perda da pretensão do direito processual, direito prestacional. R-10 anos.

Descendência- direito potestativo, R- não tem prazo.

Grupos econômicos: quando existe 2 ou mais sociedades que estão sobre a mesma
direção/grupo econômico. Ex: Recanto maestro, foil, fundação. PJ diferentes, cada uma
responde por suas dívidas mas formam um grupo econômico pois estão sob a mesma direção.

É quando, duas ou mais pessoas jurídicas, estão sendo dirigidas pela mesma pessoa. Cada pessoa
jurídica integrante do grupo, conserva sua personalidade jurídica, isto é, uma não responde
pelas dividas da outra. É possível desconsiderar uma personalidade jurídica para desconsiderar
de uma pessoa do grupo?

Consumidor (p 2° do art. 28 do CDC) – Subsidiaria

Trabalhista (p 2° e 3° do art. 2° da CLT) – Solidariedade

Pessoas atingidas pela desconsideração:

*Resp. 1347243 – Minoritário

* Enunciado 7 da I Jornada de dir. civil- Sócios e adm. que mantenham o incorrido

Desconsideração inversa: Quando o sócio tem uma dívida e a pessoa jurídica é

responsabilizada quando houver a presença dos requisitos.

Incidente de desconsideração (art. 133 e seg.CPC): é o mecanismo

processual no meio do qual o credor pode buscar a desconsideração.

Ação---------------------------------------------------(Processo já está em tramitação) Incidente-----------

----Réu (citação para defesa e indicam as provas que pretendem produzir no prazo de 15 dias)
---------Perícia +testemunhas -------decisão (aplicado ou não aplicado) (agravo de instrumento)
--------------
Sociedades despersonificadas- São sociedades sem personalidade jurídica. O ato
constitutivo se quer existe ou se existe não foi levado a registro do órgão competente.

Sociedade em comum (art. 986). São exercidas no nome da própria pessoa física.

1- Enquadramento

Sociedade em comum, propriamente dita- sociedade em formação queremos constituir uma

sociedade mais para frente, haverá contrato social, exemplo loja de iphone online e depois
constituir nome jurídica. Era a personalidade jurídica, mas em quanto os atos constitutivos não
são levados a registro, aplica-se as regras da sociedade em comum. Ex: sociedade com
personalidade jurídica, as para vender iphone, em quando não se registra, aplica-se esse
argumento.

Sociedade de fato- só de fato, mas existe sociedade, apenas no mundo dos fatos, nem interesse
em formalizar, sem documento.

Sociedade Irregular – Sem documento, documento foi feito, mas foi engavetado, contrato
particular com validade entre as partes o documento escrito existe, mas, não está regularmente
registrado no órgão competente.

Responsabilidade solidaria e limitada

Quando não existe um ente autônomo pj, os bens, as dívidas são contraídas na pessoa física,
responsabilidade limita, responde com o patrimônio pessoal dela. O credor, pode cobrar todos
os sócios ainda que a dívida tenha sido eventualmente contraída em nome de apenas um dos
sócios e Limitada significa que os sócios respondem com seus bens pessoais de forma ilimitada.

Benefício de ordem

Resp 1706812

Os bens sociais da sociedade devem responder em 1° lugar 986 1024, somente na hipótese de
os bens sociais não serem suficientes os bens particulares responderão.