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DIREITO EMPRESARIAL I Aula nº. 04
PESSOA JURÍDICA. DEFINIÇÃO.
DIREITO EMPRESARIAL I Aula nº. 04
01.- PESSOA JURÍDICA. DEFINIÇÃO.
É o ente personalizado, composto por duas ou mais pessoas físicas, unidas por
um objetivo comum e especifico, a quem a lei confere personalidade jurídica
para atuar na ordem civil, tendo direitos e obrigações, como uma pessoa natural,
entretanto, embora sendo formada por pessoas, a personalidade destas não se
mistura com a da entidade, que tem sua personalidade própria independente da
dos componentes do grupo, esta é, inclusive, a principal característica da pessoa
jurídica. O empresário individual (EI) e uma exceção a regra, pois regramento
especial lhe permite adquirir personalidade jurídica.
É a União Federal, os Estados, o Distrito Federal, os Territórios, os Municípios, os
entes da administração indireta (Autarquias), fundações públicas criadas ou
instituídas por lei.
E o acervo de bens com destinação especial, qual serão administrados e geridos
separadamente aqueles bens, dando-lhes a lei personalidade jurídica, surgindo
assim uma fundação.
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02.- PESSOA JURÍDICA. CARACTERÍSTICAS.
Contudo, para a constituição ou o nascimento da pessoa jurídica é necessária a
conjunção de três requisitos:
I - Vontade humana criadora - È a vontade gregária que marca o surgimento das
pessoas jurídicas, vontade eminentemente criadora que, para ser eficaz, deve
emitir-se na conformidade do que prescreve o direito positivo.
II - Observância das condições legais – É a lei que determina a forma a que
obedece aquela declaração de vontade, franqueando aos indivíduos a adoção de
instrumento particular ou exigindo o instrumento público.
III - Liceidade de seu propósito - Por óbvio não é possível reconhecer validade a
um ente que atue em descompasso com o ordenamento jurídico que possibilitou
seu surgimento, daí porque a liceidade é imprescindível à vida da pessoa
jurídica.
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03.- A PERSONALIDADE DA PESSOA JURÍDICA.
A personalização da PJ realiza-se em duas fases. A primeira através da exteriori-
zação da vontade humana em instrumento escrito, também conhecido como
contrato social; a segunda por meio do registro no órgão competente.
O início se dá com o registro, pois o Código Civil dispõe em seu artigo 45, que a
existência da PJ começa a partir da inscrição do ato constitutivo no órgão
próprio, onde serão averbadas todas as alterações implementadas ao ato
constitutivo.
04.- DIVISÃO DAS PESSOAS JURÍDICAS.
Assim dispõe o Código Civil, art. 40 – As pessoas jurídicas são de direito público,
interno ou externo, e de direito privado.
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DIVISÃO DAS PESSOAS JURÍDICAS.
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05.- AS PESSOAS JURÍDICAS DE DIREITO PÚBLICO.
I – União Federal,
II – Os Estados, o Distrito Federal e os Territórios,
III – Os Municípios,
IV – As autarquias e as associações públicas,
V – Demais entidades de caráter público criadas por lei.
06.- AS PESSOAS JURÍDICAS DE DIREITO PRIVADO.
I – As associações (religiosas, pias, morais, culturais, científicas, literárias, recreativas, desportivas, etc.),
II – As sociedades (não personificadas ou personificadas; simples e empresárias; de pessoas e de capital),
III – As fundações (Tem por objeto um fim de utilidade pública ou beneficente),
IV – As organizações religiosas,
V – Os partidos políticos,
VI - As empresas individuais de responsabilidade limitada.
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07.- O REGISTRO DA EMPRESA E SUA FUNÇÃO.
Se empresária, a sociedade será inscrita no Registro Público de Empresas
Mercantis (Juntas Comerciais). Se não for empresária será inscrita no Registro
Civil das Pessoas Jurídicas e não estará sujeita à falência, que há de atingir
apenas as sociedades empresárias.
O registro tem por objetivo dar conhecimento ao público da existência da
empresa e de seus momentos mais importantes, de tal que mesmo o registro de
uma ata de reunião da sociedade ou da assembleia, possibilita a divulgação e
publicidade dos atos da empresa.
A transferência de controle importa em transferência de patrimônio, portanto a
incidência de tributos. O registro das mudanças internas serve de meio para
averiguar a exação fiscal.
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08.- SOCIEDADE EMPRESÁRIA. PRINCÍPIOS.
A sociedade empresária, como espécie do gênero empresário, é um contrato
(acordo de duas ou mais partes para constituir, regular ou extinguir entre elas
uma relação jurídica de direito patrimonial — nesse sentido é o teor do art.
1.321 Código Civil italiano).
Sócios podem ser pessoas físicas ou jurídicas. Não existe sociedade que envolva
apenas uma pessoa. Uma sociedade pressupõe no mínimo duas partes. A s partes
que firmam um contrato de sociedade passam a ser sócias.
Há dois princípios básicos que norteiam a sociedade empresária: princípio da
separação patrimonial e princípio da limitação da responsabilidade.
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08.- SOCIEDADE EMPRESÁRIA. PRINCÍPIOS.
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No primeiro princípio, separação patrimonial (ou autonomia patrimonial), o
patrimônio da empresa é diferente do patrimônio pessoal dos sócios, pois estes
ao constituírem uma sociedade fazem um aporte de bens ou capital para formar
o patrimônio da empresa. Isso faz com que o seu patrimônio de sócio (pessoa física
ou jurídica) seja diferente do patrimônio da empresa (sociedade), sendo que, em
geral, seu patrimônio pessoal não poderá ser afetado por dívidas da sociedade
(abstração do CPC, art. 795) [Vide CPC/73, art. 596, caput].
Já no segundo princípio, o da limitação da responsabilidade, a responsabilidade
dos sócios é limitada ao valor de sua participação na sociedade, ou seja, ao
valor de suas quotas ou ações (dependendo do tipo societário, pois em alguns casos isso não
acontece). Assim, ao se constituir uma sociedade a responsabilidade dos sócios é
limitada se ocorrer insucesso da atividade.tas de cada sócio do capital social da sociedade (o
do art. 1.052 do Código Civil, sobretudo para o caso das sociedades limitadas)
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08.- SOCIEDADE EMPRESÁRIA. PRINCÍPIOS.
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Vale destacar que, enquanto um ente dotado de personalidade jurídica, com
direitos, deveres e patrimônio próprios, a sociedade responde por suas dívidas com
todo o seu patrimônio empresarial (que muitas vezes torna-se maior do que o capital social
previsto em seu contrato societário).
Esses princípios não são aplicáveis ao empresário individual. Neste caso não há a
separação de patrimônio (civil e empresarial) nem limitação de responsabilidade (seu
patrimônio é único e responde por todas as dívidas de qualquer natureza, civil ou empresarial).