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04/08/2022

Bibliografia:
Ricardo Negrão – Direito Empresarial
Márcia Clara – Curso Avançado de Direito Empresarial (para teoria geral do
direito empresarial).
Amador Paes de Almeida – Direito Empresarial
11/08/2022
AULA PRESENCIAL:
Evolução histórica
 Noções básicas
o Comerciante é aquele que pratica atos de comércio: atos de
comércio é a identificação e a aproximação das necessidades,
visando um ganho.
o Crédito é a antecipação presente de direito futuro.
 Prazo
 Confiança
 Subjetiva
 Objetiva (garantia)
o Situação de Fato
o Situação de Direito

Com o advento da 2ª guerra mundial, existe o surgimento da Teoria da


Empresa, positivada no Brasil em 2002, com o código civil, a partir do art. 966.

AULA 1 EAD:
TEORIA GERAL DO DIREITO EMPRESARIAL
 O comércio existe para além do Estado
Comércio  ambiente de circulação de riquezas  capaz de criar
regras éticas
Estado  grande fonte do direito  criador das leis
Junção de leis criadas + comércio e economia saudáveis = Direito
Empresarial
o Teoria dos Atos de Comércio  No passado, o Estado definiu
quais atos seriam comércio (o Estado enumerava o que seria ou
não comércio;
o Teoria da empresa  Atualmente, o Estado define
características, sendo que as atividades que se encaixem nelas
serão consideradas comerciais.

 Conceito de Empresário
o Aquele que exerce a empresa (empresa = atividade)
o Art. 966 do CC/2002:
 Serviços ou bens (entrega destes em nome próprio)
 Organizada (organização dos meios de produção:
investimento e reserva financeira, insumos, gestão da mão
de obra especializada e tecnologia)
 Profissional (habitualidade de realizar a atividade com
frequência)
 Atividade econômica (exercício de atividade visando lucro)
 Atividades econômicas civis
o Atividades intelectuais
 Parágrafo único, art. 966, CC/2002:
 Científicas
 Intelectuais
 Literárias
 Artísticas
 São atividades personalíssimas, isto é, a elas não se
aplicam a lógica de simples concorrência, mas sim
contratual.
o Empresário irregular
 Deixa de obedecer ao art. 967 do CC/2002
 Existe de fato, mas não se registra na junta
comercial
 Não existe para o Direito: impedido de exercer
direitos e obter vantagens empresariais
o Empresário rural
 Única atividade que não é obrigada a cumprir o art. 967 do
CC/2002
 Por força do art. 971 do CC/2002, PODERÁ se
inscrever na junta comercial
o Caso não se registre na junta comercial, será
considerado exercente de atividade
econômica civil e não empresário irregular
o Cooperativas
 Será sempre uma sociedade simples (art. 982, CC/2002)
 Não tem função de obtenção de lucro, mas potencializar a
atividade exercida pelos cooperados
 Não exercerá empresa
 Formas de exercer Empresa:
o Toda empresa precisa de um titular para exercer Empresa
 Pessoa Física:
 Empresário individual
o Exerce empresa em nome próprio
o Usa o próprio CPF, mas pode ter CNPJ
(mesmo assim, não configura como pessoa
jurídica)
o Responde ilimitadamente pelos
compromissos financeiros
 Pessoa Jurídica:
 Sociedade empresária
 Portes societários (Lei Complementar 126/06). A ideia era permitir que
empresários menores tivessem menos burocracia e mais facilidades; de
acordo com o tipo societário e o faturamento bruto, os empresários
poderão ser considerados:
o Microempreendedor individual:
 Obrigatoriamente pessoa física;
o Microempresa
 Sociedade simples: não exerce empresa, mas pode se
configurar como microempresa
 Pagam menos impostos
 Têm preferência em licitações
o Empresa de pequeno porte

PESQUISA: DESENVOLVIMENTO DA ATIVIDADE EMPRESARIAL


INDIVIDUAL E EM SOCIEDADE

18/08/2022
Notas da aula presencial:
Elemento de empresa é a situação em que o profissional considerado passa a
ser acervo da empresa extrapolando sua individualidade.
Capacidade superveniente é a perda da capacidade em razão de um
acontecimento, advindo de um acidente ou doença, após a aquisição da
capacidade.
Impedimento Relativo: Impede que o sujeito seja sócio, entretanto permite ser
acionista ou quotista.
Impedimento Absoluto: Impede que o sujeito seja sócio e não permite ser
acionista ou quotista.
Art. 977, CC/2002:
 Comunhão universal de bens: não podem integrar sociedade para evitar
confusão patrimonial e conflito de direitos.
 Separação obrigatória: casos de idosos com mais de 70 anos que se
casam.

25/08/2022.

OBRIGAÇÕES DO EMPRESÁRIO
Noções Gerais
São sempre contínuas; se modulam e adaptam-se de acordo com a atividade
exercida, entretanto, são inerentes ao empresário em sua razão de ser.
Obrigação registral: é aquela decorrente da necessidade da outorga de
segurança jurídica para terceiros, de controle do Estado e para atender o
quesito do profissionalismo da atividade empresarial (art. 967, CC/2002). No
início da atividade empresarial sem o devido registro, os sócios respondem
solidária e ilimitadamente (arts. 986 e 990, CC/2002). Ver também arts. 986 e
997, CC/2002.
Obrigação contábil (art. 1.179, CC/2002): para manter a sociedade:
 Obrigação de ser organizada;
 Obrigação tributária (arts. 113 e 114, CTN, Lei nº 5.172/1966.
01/09/2022.
ESTABELECIMENTO (arts. 1.142 a 1.149, CC/2002):
Não existe atividade empresária sem estabelecimento.

Estabelecimento: Capital, insumos e tecnologia (técnica para desenvolver a


atividade empresarial; propriedade industrial).
 Mão-de-obra:
o Relação de trabalho:
 pessoalidade (não substituição do funcionário)
 se a pessoalidade não é imprescindível para o
desenvolvimento da atividade empresarial, sobre
essa perspectiva, não faz parte do
estabelecimento empresarial a mão de obra.
 se a pessoalidade caracterizar a empresa e for
imprescindível (ver elemento de empresa), sobre
essa perspectiva, faz parte do estabelecimento
empresarial a mão de obra.
 habitualidade (frequência)
 onerosidade
 pessoa natural
 subordinação
Natureza jurídica: “é a essência”; uma universalidade de Direito.
Trespasse: venda de um estabelecimento comercial ou empresarial, mas não
configura, necessariamente, venda da empresa.
 “Como fica a mão-de-obra na questão do trespasse, haja vista que
existem duas teorias interpretativas para ela?”
o Não necessariamente se manterá os funcionários, salvo vínculo
posto em contrato.

ATIVIDADE: ELABORAR UM CONTRATO SOCIAL DE UMA SOCIEDADE


PLURAL LIMITADA, COM DUAS CLÁUSULAS FACULTATIVAS
DESTACADAS EM VERMELHO, NEGRITO, ITÁLICO E SUBLINHADO.
15/09/2022

O capital social é garantia mínima dos credores.


Subscrição é comprometer-se com a integralização. Integralização, por sua
vez, é transferência da titularidade do bem do sócio para a titularidade da
sociedade, ou seja, a prática do comprometimento.
ATIVIDADE EMPRESARIAL
 Individual
 Coletivo

22/09/2022

PROPRIEDADE INDUSTRIAL: É uma proteção para a atividade intelectual


desenvolvida no meio empresarial. Elemento do estabelecimento empresarial.
Modalidades:
1. Invenção e modelos de utilidade:
Conceitos – Art. 8º e 9º, Lei 9279/96 – Patenteável.
Não é invenção – art. 10, Lei 9279/96.
Art. 10. Não se considera invenção nem modelo de utilidade:

I - descobertas, teorias científicas e métodos matemáticos;


II - concepções puramente abstratas;
III - esquemas, planos, princípios ou métodos comerciais, contábeis,
financeiros, educativos, publicitários, de sorteio e de fiscalização;
IV - as obras literárias, arquitetônicas, artísticas e científicas ou qualquer
criação estética;
V - programas de computador em si;
VI - apresentação de informações;
VII - regras de jogo;
VIII - técnicas e métodos operatórios ou cirúrgicos, bem como métodos
terapêuticos ou de diagnóstico, para aplicação no corpo humano ou animal; e
IX - o todo ou parte de seres vivos naturais e materiais biológicos encontrados
na natureza, ou ainda que dela isolados, inclusive o genoma ou germoplasma
de qualquer ser vivo natural e os processos biológicos naturais.

Prazo – Art. 40.


Licença compulsória – Art. 68.
2. Da registrabilidade:
Art. 95 em diante
Marca – Art. 122 em diante
Prazo – Art. 107.
Da cessão: art. 6º, § 2º.

DIRECIONAMENTO PARA A PROVA

 Sociedade Limitada – Art. 1.052, CC/02 e a questão da nomenclatura. O


que é errado não é a limitação da sociedade, mas sim da
responsabilidade.
 Responsabilidade pelo exercício do empresário em relação a questão da
capacidade (quem são os capazes de serem empresários e quais as
causas disso?) – Art. 973, CC/02.
 EIRELLI – Importância histórica – Contexto de criação e extinção. Art.
980-A.
 Impedidos/proibidos de empresariar – Art. 1.011, § 1º, CC/02.
 Origem do Direito empresarial. Contexto histórico. Teoria Subjetiva.
 Contrato social – Art. 997, CC/02. As cláusulas essenciais/obrigatórias.
 Propriedade industrial. Concentração na marca – Art. 123, Lei 9279/96
(Lei dos direitos e obrigações relativos à propriedade industrial).
 Propriedade industrial. Interpretação sistemática. Invenção deve ser
registrável ou patenteável?
 Propriedade industrial. Cessão de patente.
 Propriedade industrial. Licença compulsória.
 Incapacidade – Arts. 973 e 974, § 1º, CC/02.
 Caracterização do empresário – Art. 966, CC/02.
 Estabelecimento empresarial – Arts. 1.142 a 1.149, CC/02.
 Termo inicial e final da responsabilidade.
 Obrigações registrais. Inscrição da sociedade – Arts. 967 e 980, CC/02.
 Conceito civilista de empresário – Art. 966, CC/02.
 Capacidade de empresariar – Art. 972, CC/02.
 Exceção ao conceito civilista de empresário. Art. 966, § único, CC/02.

2º BIMESTRE
06/10/2022.
Calendário
Sociedades anônimas / Valores imobiliários / Demais tipos societários (tipos
menores) / Nome empresarial / Transformação.
SOCIEDADES ANÔNIMAS
 Lei 6.404/1976  Dispõe sobre as Sociedades por Ações, conforme
dispõe o art. 1.088 do Código Civil de 2002.
 Na S.A. é anônima a participação dos acionistas.
 A Sociedade Anônima é estatutária, enquanto a Sociedade Limitada é
contratual.
 O prospecto.

10/10/2022; 17/10/2022  Aulas 3º Período – Noturno e 13/10/2022 matutino.


Trabalho Bimestral:
 Identifique um exemplo de sociedade em comandita simples com CNPJ,
composição societária e capital social.
 Identifique um exemplo de sociedade em nome coletivo nos mesmos
termos que o item anterior.
VALORES MOBILIÁRIOS:
São títulos de crédito emitidos pela companhia com ou sem relação com o
capital social. Representam a forma de captação de recursos no mercado de
capitais, tratando-se de uma sociedade de capital aberto ou de captação de
recursos “interna corporis” quando sociedade de capital fechado.
Sociedade aberta e fechada: diferenciam-se conforme os valores imobiliários
de sua emissão (art. 4º, da Lei 6.404/1976).

Tipos: Ações, partes beneficiárias, debentures e bônus de subscrição.


 Ação: é a menor parcela do capital social (para facilitar: enquanto as
sociedades limitadas possuem quotas, as sociedades abertas ou
fechadas se fragmentam em ações), podendo ser classificadas:
o Quanto ao preço:
Com valor nominal: é aquela resultante de uma
proporção matemática entre o capital social e o número de
ações emitidas. Ou seja, o capital social dividido pelo
número de ações e ela sempre tem um valor mínimo e,
portanto, menos risco e menos ganhos.
 Sem valor nominal: é aquela que circula sem seu valor
expresso, mas com valor estabelecido na constituição da
companhia (prospecto  art. 84 da Lei 6.404/1976). Cada
ação pode ter valor diferente entre elas, pois este valor
está atrelado ao desempenho da empresa.
o Quanto às espécies e classes (arts. 15 e seguintes, da Lei
6.404/1976):
Perspectiva de critérios:
 Ordinárias (art. 16, I, II, III e IV, da Lei 6.404/1976): são
aquelas de companhia fechada que dão I. direito a
converter em preferencial e direito de voto. Restrita ao
capital social. II. Exigência de nacionalidade brasileira. III.
Direito de voto em separado para preenchimento de cargos
administrativos. IV. Atribuição de voto plural a uma ou mais
classes de ações.
 Preferenciais (art. 17, I e II, da Lei 6.404/1976): são
aquelas de companhia aberta que outorgam I. prioridade
nos lucros (dividendos) e II. reembolso de capital, a
depender do tipo de ação. Não há o direito ao voto; “troca-
se um direito para o outro”.
 Fruição: são aquelas oriundas/derivadas de amortização
integral de ações pela companhia.
 É necessário compreender o que é
reembolso/resgate e amortização:
o Resgate: pagamento no valor das ações para
retirá-las de circulação, com ou sem redução
do capital social (art. 44, § 1º, da Lei
6.404/1976).
o Amortização: “distribuição aos acionistas, a
título de antecipação e sem redução do
capital social, de quantias que lhes poderiam
tocar em caso de liquidação da companhia”
(art. 44, §§ 2º, 3º, 4º e 5º, da Lei 6.404/1976).
Amortizar “significa reduzir a dívida da
companhia”.
o Reembolso: é a operação pela qual, nos
casos previstos em lei, a companhia paga
aos acionistas dissidentes de deliberação da
assembleia-geral o valor de suas ações (art.
45, da Lei 6.404/1976).
1. Para complemento: Assistir a última aula EAD disponível
2. Pesquisar: o que é sócio dissidente
3. Pesquisar: ações blue chips.

17/10/2022 e 20/10/2022.
 Partes Beneficiárias: Na definição de Fábio Ulhôa Coelho, são “valores
mobiliários que asseguram ao seu titular direito de crédito eventual
contra a sociedade anônima emissora, consistente numa participação
nos lucros desta”. Não possui conexão com o capital social (art. 46 e
seguintes, da Lei 6.404/1976); estão associadas ao lucro. Pode ser até
10% dos lucros. “A companhia pode criar, a qualquer, tempo títulos
negociáveis, sem valor nominal e estranhos ao capital social,
denominadas ‘partes beneficiárias’”.
 Debentures: é um valor mobiliário emitido por sociedades por ações,
representativo de dívida, que assegura a seus detentores o direito de
crédito contra a companhia emissora (art. 52 e seguintes, da Lei
6.404/1976). Não tem relação com o capital social.
 Bônus de subscrição: estão conectados com o capital social,
especialmente com relação ao aumento deste. São títulos negociáveis
emitidos por sociedades por ações que conferem aos seus titulares, nas
condições constantes do certificado, o direito de subscrever ações do
capital social da companhia, dentro do limite de capital autorizado no
estatuto (art. 75 e seguintes, da Lei 6.404/1976). É a possibilidade de
compra do direito à integralização futura do capital. “É como um cupom
de desconto na hora de comprar as ações no ato de integralização”.
27/10/2022.
Finalizaram-se as notas referentes às partes beneficiárias, debêntures e aos
bônus de subscrição.

NOME EMPRESARIAL (Capítulo II, do CC/2002. Art. 1.155)


O nome empresarial é a identidade que distingue as empresas. É
fundamentado pelos princípios da veracidade, da novidade e da territorialidade.
O princípio da veracidade impõe que a adoção do nome esteja correlacionada
com a atividade empresarial desenvolvida e, desse modo, espelha a realidade
daquela empresa considerada.
O princípio da novidade impõe ineditismo no nome adotado (art. 1.163, do
CC/2002).
O princípio da territorialidade implica na exclusividade do uso do nome
empresarial nos limites do respectivo estado (art. 1.166, do CC/2002).
A escolha pode ser por firma ou denominação.
Exemplos de firma ou denominação para próxima aula.

03/11/2022.
O nome empresarial pode ser por firma ou denominação (art. 1.158, do
CC/2002).
Art. 1.158. Pode a sociedade limitada adotar firma ou denominação,
integradas pela palavra final "limitada" ou a sua abreviatura.

§ 1º A firma será composta com o nome de um ou mais sócios, desde


que pessoas físicas, de modo indicativo da relação social.

§ 2º A denominação deve designar o objeto da sociedade, sendo


permitido nela figurar o nome de um ou mais sócios.

§ 3º A omissão da palavra "limitada" determina a responsabilidade


solidária e ilimitada dos administradores que assim empregarem a
firma ou a denominação da sociedade.

TIPOS SOCIETÁRIOS MENORES (demais tipos societários)


10/11/2022.
Direcionamento para a prova.
Grande tema: tipos societários.
1. Tipos societários (base para outros). Arts. 991, 1.039, 1.045 e 1.052 do
CC/2002.
2. Responsabilidade dos sócios nos tipos societários, especialmente sobre
registro. Arts. 1.151, § 3º e 1.154, do CC/2002.
3. Tipos societários. Art. 992, 1.039, 1.051 e 1.082, do CC/2002.
4. Tipos societários. Art. 990, 1.045, do CC/2002.
5. Sociedades anônimas. Art. 235, da Lei 6.404/96.
6. Tipos societários. Mesmos artigos anteriores.
7. Lei Complementar 123/06. Art. 3º. Configuração de ME e EPP, de
acordo com o valor da empresa.
8. Tipos societários. Art. 992, parágrafo único do CC/2002.
9. ME e EPP. Dos que não podem exercer estes tipos societários. Art. 3º, §
4º, da LC 123/06.
10. Tipos societários. Mesmos artigos anteriores.
11. Contrato social. Art. 997, do CC/2002.
12. Sociedades Anônimas. Súmula 269, do TST. Decorar a súmula.
13. Tipos societários. Mesmos artigos anteriores.
14. Repete questão.
15. Repete questão.
16. Repete questão.
17. Repete questão.
18. Tipos societários. Mesmos artigos anteriores.
19. ME. Art. 3º, da LC 123/06.
20. Repete questão.
21. Tipos societários.
22. Repete.
23. Tipo societário. Mesmos artigos anteriores.
24. Repete questão.
25. Repete questão.

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