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APRESENTAÇÃO
É com muita alegria que apresentamos o módulo de Direito Empresarial do preparatório para o 37º
exame da Ordem dos Advogados do Brasil. Sejam todos muito bem-vindos!
Preparei esse roteiro pensando no seu exame e sabendo da importância desses temas para sua prova,
então, valerá a pena o nosso esforço durante essas aulas!
Nosso módulo não dispensa suas anotações pessoais e, principalmente, a leitura e os grifos dos
dispositivos específicos de cada assunto que abordaremos. Utilize, portanto, o seu Vade Mecum (1ª Fase
da OAB e Concursos) e vamos juntos!
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Direito Empresarial
3 Igor Costa
1) EMPRESÁRIO
▪ A empresa é atividade econômica realizada pelo empresário > objeto social. O empresário ou
a sociedade empresária são os responsáveis por exercer a empresa, ou seja, a atividade
econômica.
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4 Igor Costa
Observação:
➢ O empresário que não está registrado na junta não deixa de ser empresário,
pois, o registro não é obrigatório para ser considerado empresário,
contudo, ele será considerado um empresário irregular.
➢ Para ser empresário, basta obedecer aos requisitos do art. 966, CC/02.
➢ Para ser considerado um empresário regular, é preciso estar registrado.
➢ Enunciado 198 do CJF: A inscrição do empresário na Junta Comercial não
é requisito para a sua caracterização, admitindo-se o exercício da empresa
sem tal providência.
➢ O empresário irregular reúne os requisitos do art. 966, sujeitando-se às
normas do Código Civil e da legislação comercial, salvo naquilo em que
forem incompatíveis com a sua condição ou diante de expressa disposição
em contrário.
➢ Enunciado 199 do CJF: A inscrição do empresário ou sociedade
empresária é requisito delineador de sua regularidade, e não da sua
caracterização.
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*requisitos cumulativos*
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NOME EMPRESARIAL
1.2. DENOMINAÇÃO: Espécie de nome social (sociedade), que se vale de uma expressão
linguística, acrescida do objeto social.
Ex.: Cimento Forte Tapa Tudo, Olho Vivo Vigilância, etc.
Observações:
→ Empresário individual e sociedades de responsabilidade ilimitada
(sociedade em nome coletivo e sociedade em comandita simples)
somente podem usar firma.
→ Eireli, sociedade em comandita por ações e sociedade limitada somente
podem usar firma ou denominação.
→ Sociedade anônima somente pode usar denominação.
→ Cooperativa será composta por “denominação + expressão
cooperativa”.
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▪ O nome empresarial não pode ser alienado, nos moldes do art. 1.164, CC/02.
▪ O nome empresarial precisa guardar pertinência com o empresário.
o O apelido pode ser acrescentado, porém, o nome ainda precisa estar presente. Ou seja, o
apelido pode ser adicionado, mas não pode substituir o nome empresarial.
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▪ O nome fantasia é o nome comercial do seu empreendimento, aquele que você coloca na faixada
do estabelecimento, à exemplo do Mc Donalds.
▪ O nome domínio é o endereço eletrônico do site da empresa, aquele que utilizamos para acessar
o canal online do empreendimento.
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ESCRITURAÇÃO
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12 Igor Costa
ESTABELECIMENTO
Art. 1.142, do CC/02. Considera-se estabelecimento todo complexo de bens organizado, para
exercício da empresa, por empresário, ou por sociedade empresária.
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PONTO COMERCIAL
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16 Igor Costa
atendimento desses
requisitos, de forma provada, pode intensificar a chance de
sucesso da ação renovatória.
Observação:
➢ Súmula 482, do STF: O locatário, que não for sucessor ou cessionário do
que o precedeu na locação, não pode somar os prazos concedidos a este,
para pedir a renovação do contrato, nos termos do Decreto 24.150.
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17 Igor Costa
4.1. HIPÓTESES
(I) (II) (III) (IV)
- Art. 72, II, LL. - Art. 72, III, LL. - Art. 52, I, LL. - Art. 52, II, LL.
- A proposta precisa - Caso a obra não seja iniciada em - Da utilização do imóvel
ser comprovada (art. três meses, há o direito a perdas no mesmo ramo (art. 52, §
72, § 2º, LL). e danos (art. 52, § 3º, LL). 1º, LL).
- Caso não alugue - Perdas e danos, e lucros
para terceiro após cessantes se não der
três meses, há o destino ao imóvel (art. 52,
pagamento de perdas § 3º, LL).
e danos, e lucros
cessantes (art. 52, §
3º, LL).
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1) Álvares Florence tem um filho relativamente incapaz e consulta você, como advogado(a), para saber
da possibilidade de transferir para o filho parte das quotas que possui na sociedade empresária
Redenção da Serra Alimentos Ltda., cujo capital social se encontra integralizado. Apoiado na disposição
do Código Civil sobre o assunto, você respondeu que:
A) é permitido o ingresso do relativamente incapaz na sociedade, bastando que esteja assistido
por seu pai no instrumento de alteração contratual.
B) não é permitida a participação de menor, absoluta ou relativamente incapaz, em sociedade,
exceto nos tipos de sociedades por ações.
C) não é permitida a participação de incapaz em sociedade, mesmo que esteja representado ou
assistido, salvo se a transmissão das quotas se der em razão de sucessão causa mortis.
D) é permitido o ingresso do relativamente incapaz na sociedade, desde que esteja assistido no
instrumento de alteração contratual, devendo constar a vedação do exercício da administração
da sociedade por ele.
2) Luzia Betim pretende iniciar uma sociedade empresária em nome próprio. Para tanto, procura
assessoria jurídica quanto à necessidade de inscrição no Registro Empresarial para regularidade de
exercício da empresa. Na condição de consultor(a), você responderá que a inscrição do empresário
individual é
A) dispensada até o primeiro ano de início da atividade, sendo obrigatória a partir de então.
B) obrigatória antes do início da atividade.
C) dispensada, caso haja opção pelo enquadramento como microempreendedor individual.
D) obrigatória, se não houver enquadramento como microempresa ou empresa de pequeno
porte.
3) Roberto desligou-se de seu emprego e decidiu investir na construção de uma hospedagem do tipo
pousada no terreno que possuía em Matinhos. Roberto contratou um arquiteto para mobiliar a pousada,
fez cursos de hotelaria e, com os ensinamentos recebidos, contratou empregados e os treinou. Ele
também contratou um desenvolvedor de sites de Internet e um profissional de marketing para divulgar
sua pousada. Desde então, Roberto dedica-se exclusivamente à pousada, e os resultados são
promissores. A pousada está sempre cheia de hóspedes, renovando suas estratégias de fidelização; em
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19 Igor Costa
4) Cruz Machado pretende iniciar o exercício individual de empresa e adotar como firma,
exclusivamente, o nome pelo qual é conhecido pela população de sua cidade – “Monsenhor”. De acordo
com as informações acima e as regras legais de formação de nome empresarial para o empresário
individual, assinale a afirmativa correta.
A) A pretensão de Cruz Machado é possível, pois o empresário individual pode escolher
livremente a formação de sua firma.
B) A pretensão de Cruz Machado não é possível, pois o empresário individual deve adotar
denominação indicativa do objeto social como espécie de nome empresarial.
C) A pretensão de Cruz Machado não é possível, pois o empresário individual opera sob firma
constituída por seu nome, completo ou abreviado.
D) A pretensão de Cruz Machado é possível, pois o empresário individual pode substituir seu
nome civil por uma designação mais precisa de sua pessoa.
GABARITO
1) D 2) B 3) D 4) A
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20 Igor Costa
DIREITO SOCIETÁRIO
1) ESPÉCIES DE SOCIEDADE
1.1. SOCIEDADES ESTRANGEIRAS (ARTIGOS 1.134 A 1.141, CC/02):
Sociedades constituídas originalmente em outras jurisdições.
Exemplo: Offshore, Xerox, Apple, HP, Coca Cola, etc.
Para que seja formada a sociedade estrangeira, é preciso obedecer a alguns
requisitos, quais sejam:
a) Autorização do Poder Executivo;
b) Registro prévio ao exercício da atividade;
c) Sujeição à jurisdição brasileira e nome empresarial; e
d) Exigência de representante permanente.
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22 Igor Costa
o Apesar da responsabilidade
ser limitada, todos os sócios respondem solidariamente pelo
capital social não integralizado.
O contrato social poderá prever a regência supletiva da sociedade
limitada pelas normas da sociedade anônima. Caso o empresário não
faça, o legislador fará, optando pela sociedade simples.
É vedada contribuição que consista em prestação de serviços.
Na hipótese de omissão do contrato social, o sócio pode transferir
sua quota para outro sócio sem anuência dos demais, porém, só
poderá transferir suas quotas para terceiro caso tenha aprovação de
¾ do capital social.
A sociedade pode ter um administrador não sócio, desde que
aprovado por ¾ do capital social. Se o capital estiver integralizado,
basta que seja aprovado por 50% + 1. Toda sociedade com até 10
sócios, deliberará em reunião, e caso tenha mais de 10 sócios,
deliberará em Assembleia.
Em regra, o administrador da sociedade pode conduzir livremente
os negócios da sociedade, salvo limitação imposta pelos demais
sócios.
No silêncio do contrato social, os poderes do administrador são
amplos e, com isso, a responsabilidade é da empresa.
Para o sócio administrador ser destituído é necessário que seja por
aprovação de mais de 50% do capital social.
A exclusão pode ser definida como o afastamento compulsório de
um ou mais sócios pela imposição dos demais, de forma judicial ou
extrajudicial, de forma motivada.
o Se um sócio sai, o capital não diminui automaticamente.
o Se o sócio minoritário sai da sociedade, terá responsabilidade
remanescente pelos débitos da empresa por dois anos. O
prazo é contado da averbação na junta comercial.
O herdeiro só participa da sociedade após a morte do sócio caso haja
previsão no contrato social.
No silêncio do contrato social, em caso de morte do sócio, haverá a
liquidação parcial das quotas para pagamento dos herdeiros.
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VAMOS CONFERIR ALGUMAS SOCIEDADES PERSONIFICADAS, MAS QUE NÃO SÃO EMPRESÁRIAS:
A) Sociedade Simples (Art. 997 a 1.038, CC/02)
Registradas no Cartório de Pessoas Jurídicas, possuindo personalidade jurídica e
separação patrimonial.
Desenvolvem uma atividade intelectual (não empresária).
o Quando o diagnóstico é mais importante que a situação econômica.
o Exemplos: Escritório de advocacia, consultório médico, consultório
odontológico, etc.
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24 Igor Costa
2) Miguel e Paulo pretendem constituir uma sociedade do tipo limitada porque não pretendem
responder subsidiariamente pelas obrigações sociais. Na consulta a um advogado previamente à
elaboração do contrato, foram informados de que, nesse tipo societário, todos os sócios respondem
a) solidariamente pela integralização do capital social.
b) até o valor da quota de cada um, sem solidariedade entre si e em relação à sociedade.
c) até o valor da quota de cada um, após cinco anos da data do arquivamento do contrato.
d) solidariamente pelas obrigações sociais.
3) Rosana e Carolina pretendem reunir esforços para empreender uma atividade econômica,
constituindo uma Empresa Individual de Responsabilidade Limitada,(EIRELI). Essa iniciativa será
possível se observada a seguinte condição:
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4) O engenheiro agrônomo Zacarias é proprietário de quatro fazendas onde ele realiza, em nome
próprio, a exploração de culturas de soja e milho, bem como criação intensiva de gado. A atividade em
todas as fazendas é voltada para exportação, com emprego intenso de tecnologia e insumos de alto
custo. Zacarias não está registrado na Junta Comercial. Com base nessas informações, é correto afirmar
que
a) Zacarias, por exercer empresa em caráter profissional, é considerado empresário
independentemente de ter ou não registro na Junta Comercial.
b) Zacarias, mesmo que exerça uma empresa, não será considerado empresário pelo fato de não
ter realizado seu registro na Junta Comercial.
c) Zacarias não pode ser registrado como empresário, porque, sendo engenheiro agrônomo,
exerce profissão intelectual de natureza científica, com auxílio de colaboradores.
d) Zacarias é um empresário de fato, por não ter realizado seu registro na Junta Comercial antes
do início de sua atividade, descumprindo obrigação legal.
5) Sebastião e Marcelo constituíram uma sociedade sem que o documento de constituição tivesse sido
levado a registro. Marcelo assumiu uma dívida em seu nome pessoal, mas no interesse da sociedade.
Barros é credor de Marcelo pela referida obrigação. Barros poderá provar a existência da sociedade
a) de qualquer modo, e os bens sociais respondem pelos atos de gestão praticados por Marcelo.
b) somente por escrito, e os bens sociais respondem pelos atos de gestão praticados por Marcelo.
c) de qualquer modo, e somente os bens particulares de Marcelo respondem pelos atos de gestão
por ele praticados.
d) somente por escrito, e os bens particulares de Marcelo e Sebastião respondem pelos atos de
gestão praticados por Marcelo.
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7) Perseu, em 2012, ingressa numa sociedade simples, constituída em 2008, formada por cinco pessoas
naturais e com sede na cidade de Primeira Cruz. De acordo com as disposições do Código Civil sobre a
sociedade simples, assinale a afirmativa correta.
a) Perseu é responsável por todas as dívidas sociais anteriores à admissão.
b) Perseu responde apenas pelas dívidas sociais posteriores à admissão.
c) Perseu responde apenas pelas dívidas sociais contraídas no ano anterior à admissão.
d) Perseu não responde pelas dívidas sociais anteriores e posteriores à admissão.
8) A sociedade Bonafonte Agronegócios S.A., necessitando expandir sua área de pesquisa em métodos
de inovação e desenvolvimento tecnológico, decide aumentar seu capital social através da emissão
pública de novas ações. Para levar a efeito a operação, os administradores devem necessariamente
observar certas exigências legais, dentre elas:
a) O Conselho Fiscal, se estiver em funcionamento, deverá ser necessária e obrigatoriamente
ouvido antes de qualquer deliberação sobre o aumento de capital.
b) O aumento de capital mediante a emissão de novas ações sempre exige deliberação
assemblear e alteração estatutária.
c) O capital social deve estar totalmente integralizado, sob pena de a CVM não autorizar o
aumento de capital.
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9) No que se refere aos órgãos sociais da sociedade anônima, é correto afirmar que:
a) Os poderes da assembleia geral são absolutos e ilimitados.
b) O Conselho de Administração é órgão de presença obrigatória na sociedade anônima.
c) Compete ao Conselho Fiscal opinar sobre as propostas dos órgãos de administração.
d) É de competência privativa da assembleia deliberar sobre a inserção de cláusula no estatuto
que restrinja as hipóteses de recesso
10) Em relação às sociedades por quotas de responsabilidade limitada, dispõe o Código Civil:
a) A assembleia dos sócios deve realizar-se ao menos uma vez por ano, nos três meses seguintes
ao término do exercício social, com o objetivo, dentre outros, de tomar as contas dos
administradores e designar membros do conselho fiscal.
b) Pode a sociedade reduzir o capital, mediante a correspondente modificação do contrato,
depois de integralizado, se houver perdas irreparáveis, e, se excessivo em relação ao objeto da
sociedade.
c) A assembleia será presidida e secretariada por sócios estabelecidos no contrato social, e a
cópia da ata autenticada pelos administradores, ou pela mesa, será, nos trinta dias subsequentes
à reunião, apresentada ao Registro Público de Empresas Mercantis para arquivamento e
averbação.
d) Sem prejuízo dos poderes da assembleia dos sócios, pode o contrato instituir conselho fiscal
composto de dois ou mais membros e respectivos suplentes, necessariamente sócios, residentes
no País, eleitos na assembleia anual ou extraordinária.
e) Ressalvado o disposto no contrato social, integralizadas as quotas, pode ser o capital
aumentado, com a correspondente modificação do contrato, e até vinte dias após a deliberação,
terão os sócios preferência para participar do aumento, na proporção das quotas de que sejam
titulares.
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GABARITO
1. A 2. A 3. A 4. B 5. A 6. A 7. A 8. D 9. C 10. B 11. B
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❖ Atuação, Objeto e Destinatário (art. 1, da LESC): A Empresa Simples de Crédito (ESC), de âmbito
municipal ou distrital, com atuação exclusivamente no Município de sua sede e em Municípios
limítrofes, ou, quando for o caso, no Distrito Federal e em Municípios limítrofes, destina-se à
realização de operações de empréstimo, de financiamento e de desconto de títulos de crédito,
exclusivamente com recursos próprios, tendo como contrapartes microempreendedores
individuais, microempresas e empresas de pequeno porte, nos termos da Lei Complementar nº 123,
de 14 de dezembro de 2006 (Lei do Simples Nacional).
❖ Forma da ESC (art. 2, da LESC): A ESC deve adotar a forma de empresa individual de
responsabilidade limitada (Eireli), empresário individual ou sociedade limitada constituída
exclusivamente por pessoas naturais e terá por objeto social exclusivo as atividades enumeradas no
art. 1º desta Lei Complementar.
❖ Nome empresarial (art. 2, §1, da LESC): O nome empresarial de que trata o caput deste artigo
conterá a expressão “Empresa Simples de Crédito”, e não poderá constar dele, ou de qualquer texto
de divulgação de suas atividades, a expressão “banco” ou outra expressão identificadora de
instituição autorizada a funcionar pelo Banco Central do Brasil.
❖ Capital Social (art. 2, § 2 c/c art. 4, da LESC): O capital inicial da ESC e os posteriores aumentos
de capital deverão ser realizados integralmente em moeda corrente.
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❖ Cobrança de Juros pela ESC (art. 5, inciso I, § 4, da LESC): Nas operações referidas no art. 1º desta
Lei Complementar, devem ser observadas as seguintes condições:
I - a remuneração da ESC somente pode ocorrer por meio de juros remuneratórios, vedada a
cobrança de quaisquer outros encargos, mesmo sob a forma de tarifa;
❖ A Falência e a Recuperação Judicial da ESC (art. 7, da LESC): As ESCs estão sujeitas aos regimes
de recuperação judicial e extrajudicial e ao regime falimentar regulados pela Lei nº 11.101, de 9 de
fevereiro de 2005 (Lei de Falências).
❖ A ESC e a lei de lavagem de dinheiro (art. 11, da LESC c/c art. 9, inciso V, da Lei 9.613/98): O
art. 9 da Lei nº 9.613, de 3 de março de 1998 (Lei de Lavagem de Dinheiro), passa a vigorar com a
seguinte redação:
V - as empresas de arrendamento mercantil (leasing), as empresas de fomento comercial
(factoring) e as Empresas Simples de Crédito (ESC)
❖ Repercussão criminal (art. 9, da LESC): Constitui crime o descumprimento do disposto no art. 1º,
no § 3º do art. 2º, no art. 3º e no caput do art. 5º desta Lei Complementar.
Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa.
❖ A ESC e o SIMPLES: Art. 17, da LC 123/2006 (Alterada pela LC 167/2019): Não poderão recolher
os impostos e contribuições na forma do Simples Nacional a microempresa ou empresa de pequeno
porte:
I - que explore atividade de prestação cumulativa e contínua de serviços de assessoria creditícia,
gestão de crédito, seleção e riscos, administração de contas a pagar e a receber, gerenciamento
de ativos (asset management) ou compra de direitos creditórios resultantes de vendas mercantis
a prazo ou de prestação de serviços (factoring) ou que execute operações de empréstimo, de
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INOVA SIMPLES
❖ Conceito de Startup: Considera-se startup a empresa de caráter inovador que visa a aperfeiçoar
sistemas, métodos ou modelos de negócio, de produção, de serviços ou de produtos, os quais,
quando já existentes, caracterizam startups de natureza incremental, ou, quando relacionados à
criação de algo totalmente novo, caracterizam startups de natureza disruptiva (art. 65-A, § 1º, LC
167/2019).
o Regime diferenciado para abertura e fechamento de empresas do tipo startup.
Startup Disruptiva: Aqueles que iniciam uma atividade, como Uber, Ifood, etc.
Startup Incremental: Aqueles que incrementam uma atividade, como Uber eats,
99pop, etc.
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❖ Tratamento Diferenciado: O tratamento diferenciado a que se refere o caput deste artigo consiste
na fixação de rito sumário para abertura e fechamento de empresas sob o regime do Inova Simples,
que se dará de forma simplificada e automática, no mesmo ambiente digital do portal da Rede
Nacional para a Simplificação do Registro e da Legalização de Empresas e Negócios (Redesim), em
sítio eletrônico oficial do governo federal, por meio da utilização de formulário digital próprio,
disponível em janela ou ícone intitulado Inova Simples, facilitando a abertura e fechamento, nos
moldes do art. 65-A, § 3º, da LC 167/2019.
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❖ Simples Nacional (art. 12 e 13, LC 123/06): O SIMPLES é o nome dado ao sistema de tributação
simplificada criado em 1996 através de medida provisória e convertida na Lei nº 9.317/1996 pelo
governo do Brasil cujo objetivo é facilitar o recolhimento de contribuições das microempresas e
médias empresas.
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❖ Desconsideração da personalidade jurídica (art. 50, CC/02 c/c art. 133 e seguintes do
CPC/15): Diferente de Despersonalização
a) Teorias aplicáveis:
a.1) Teoria menor: Todas as vezes que se encontrar obstáculos para a satisfação do
débito.
a.2) Teoria maior: Há a autorização da autonomia patrimonial das pessoas jurídicas ser
ignorada, como forma de coibir fraudes e abusos praticados através delas.
- Hipóteses: Abuso da personalidade jurídica, que é o desvio de finalidade ou confusão
patrimonial.
- Legitimidade: Partes interessadas ou o MP (quando couber).
- Efeito: Ultrapassar ou superar a personalidade jurídica e a autonomia patrimonial.
- Alcance: Busca alcançar todos os sócios e terceiros envolvidos, que foram
beneficiados direta ou indiretamente.
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39 Igor Costa
TÍTULOS DE CRÉDITO
❖ Art. 887, CC/02: O título de crédito, documento necessário ao exercício do direito literal e
autônomo nele contido, somente produz efeito quando preencha os requisitos da lei.
o São títulos extrajudiciais, com característica de permitir a circulação do credito.
❖ Regidos legalmente pelo art. 903, do CC/02 e pela Lei Universal de Genebra.
o Considerando o princípio da especialidade, em caso de divergência entre o CC/02 e a Lei
Universal de Genebra, seguir-se-á Lei específica.
1) PRINCÍPIOS NORTEADORES
a) Princípio da Cartularidade: O direito só pode ser exercido mediante apresentação do título de
crédito.
b) Princípio da Literalidade: O direito limita-se ao que consta no título de crédito.
c) Princípio da Autonomia (subprincípios da inoponibilidade das exceções aos terceiros de
boa-fé): O título de crédito é autônomo em relação ao negócio jurídico que o originou.
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5) TITULOS DE CRÉDITO
5.1. Nota Promissória: Nota promissória é um título cambiário em que seu criador assume a
obrigação direta e principal de pagar o valor correspondente no título.
o O emitente é a pessoa que deve – quem preenche o título. O beneficiário (credor da
dívida) fica com a nota até a data do pagamento. Ela só é devolvida ao devedor no dia
em que a dívida for quitada.
o O sacador e o sacado são a mesma pessoa.
o Aplicabilidade dos institutos do endosso, aval e protesto.
o Aplicabilidade da causa “não à ordem” (impede o endosso, mas permite a
transferência via cessão civil), “sem garantia” (ausência de responsabilidade pelo
pagamento), “sem despesas” (possibilidade de cobrar fora do prazo) ou “sem
protestos” (protesto fora do prazo impossibilita cobrança do título).
o Prazo prescricional de 5 anos (quinquenal) para ação monitória visando cobrar nota
promissória, a contar do dia seguinte ao vencimento do título (Súmula 504/STJ).
5.2. Duplicata: Título de crédito pelo qual o comprador se obriga a pagar dentro do prazo a
importância representada na fatura.
o Documento nominal emitido pelo comerciante (vendedor/sacador), com o valor
global e o vencimento da fatura > quem paga é o comprador/sacado.
o Contempla o instituto do aceite, com reservas > pode ser negado, caso o produto esteja
em desconformidade com o que foi contratado.
o Aplicabilidade dos institutos do endosso, aval e protesto.
o Aplicabilidade da causa “não à ordem” (impede o endosso, mas permite a
transferência via cessão civil), “sem garantia” (ausência de responsabilidade pelo
pagamento), “sem despesas” (possibilidade de cobrar fora do prazo) ou “sem
protestos” (protesto fora do prazo impossibilita cobrança do título).
o O protesto da duplicata deve ser feito sempre no prazo de 30 dias.
o A triplicata é uma segunda via da duplicata.
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43 Igor Costa
5.3. Cheque: É uma ordem de pagamento à vista. Pode ser recebido em dinheiro diretamente na
agência em que o emitente mantém conta, ou pode ser depositado em outra agência, para ser
compensado e creditado na conta do beneficiário. Ao emitir um cheque, ele poderá ser
descontado imediatamente.
o O cheque pode ser cruzado (só pode ser descontado na boca do caixa), visado (valor
assegurado pela instituição financeira para o pagamento do título, mediante bloqueio
em conta) e administrativo (emitido pelo próprio sacado, com seus valores
preenchidos e o fundo já aprovado pelo banco ou correntista).
o O cheque pode ser sustado por revogação (feito fora do prazo, por contra-ordem
escrita e motivando o ato) ou oposição (feito dentro do prazo, por aviso escrito).
o O prazo prescricional do cheque é de 6 meses.
o O endosso parcial é nulo, e o aval parcial é válido.
o Aplicabilidade dos institutos do endosso, aval e protesto.
o Aplicabilidade da causa “não à ordem” (impede o endosso, mas permite a
transferência via cessão civil), “sem garantia” (ausência de responsabilidade pelo
pagamento), “sem despesas” (possibilidade de cobrar fora do prazo) ou “sem
protestos” (protesto fora do prazo impossibilita cobrança do título).
o O cheque pré-datado é um cheque comum, com uma data futura preenchida > coloca-
se a data em que deseja que o valor seja compensado (não tem previsão legal).
1) Pedrinho emitiu quatro cheques em 26 de março de 2017, mas esqueceu de depositar um deles.
Tendo um débito a honrar com Kennedy e sendo beneficiário desse quarto cheque, Pedrinho o endossou
em preto, datando no verso “dia 20 de maio de 2017”. Sabe-se que o lugar de emissão do quarto cheque
é o mesmo do de pagamento. Sobre esse endosso, assinale a afirmativa correta.
A) O endosso produz seus efeitos legais porque a transmissão do cheque se deu dentro do prazo
de apresentação.
B) No endosso em preto, o endossatário fica dispensado da apresentação em tempo hábil do
cheque ao sacado.
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44 Igor Costa
3) Resende & Piraí Ltda. sacou duplicata de serviço em face de Italva Louças e Metais S/A, que a aceitou.
Antes do vencimento, o título foi endossado para Walter. Há um aval em preto no título dado por
Casimiro Cantagalo em favor do sacador. Após o vencimento, ocorrido em 11 de setembro de 2018,
duplicata foi levada a protesto por falta de pagamento, em 28 de setembro do mesmo ano. Com base
nas informações dadas, assinale a opção que indica contra quem Walter, endossatário da duplicata,
poderá promover a ação de execução.
A) Italva Louças e Metais S/A, exclusivamente, em razão da perda do direito de ação em face dos
coobrigados pela apresentação da duplicata a protesto por falta de pagamento além do prazo de
1 (um) dia útil após o vencimento.
B) Resende & Piraí Ltda. e Casimiro Cantagalo, somente, pois a duplicata foi apresentada a
protesto tempestivamente, assegurando o portador seu direito de ação em face dos coobrigados,
mas não em face do aceitante.
C) Resende & Piraí Ltda. e Italva Louças e Metais S/A, somente, em razão da perda do direito de
ação em face do avalista pela apresentação da duplicata a protesto por falta de pagamento além
do prazo de 1 (um) dia útil após o vencimento.
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45 Igor Costa
4) Três Coroas Comércio de Artigos Eletrônicos Ltda. subscreveu nota promissória em favor do Banco
Dois Irmãos S.A. com vencimento a dia certo. Após o vencimento, foi aceita uma proposta de moratória
feita pelo devedor por 120 (cento e vinte) dias, sem alteração da data de vencimento indicada no título.
O beneficiário exigiu dois avalistas simultâneos, e o devedor apresentou Montenegro e Bento, que
firmaram avais em preto no título. Sobre esses avais e a responsabilidade dos avalistas simultâneos,
assinale a afirmativa correta.
A) Por ser vedado, no direito brasileiro, o aval póstumo, os avais simultâneos são considerados
não escritos, inexistindo responsabilidade cambial dos avalistas.
B) O aval lançado na nota promissória após o vencimento ou o protesto tem efeito de fiança,
respondendo os avalistas subsidiariamente perante o portador.
C) O aval póstumo produz os mesmos efeitos do anteriormente dado, respondendo os avalistas
solidariamente e autonomamente perante o portador.
D) O aval póstumo é nulo, mas sua nulidade não se estende à obrigação firmada pelo subscritor
(avalizado), em razão do princípio da autonomia.
5) Borba Eletrônicos Ltda. celebrou contrato de abertura de crédito em conta corrente com o Banco
Humaitá S/A, lastreado em nota promissória emitida em garantia da dívida. Sobre a nota promissória e
o contrato de abertura de crédito em conta corrente, diante do inadimplemento do mutuário, assinale
a afirmativa correta.
A) O contrato, ainda que acompanhado de extrato da conta corrente e assinado por duas
testemunhas, não é título executivo extrajudicial, e a nota promissória a ele vinculada não goza
de autonomia, em razão da iliquidez do título que a originou.
B) O contrato, desde que acompanhado de extrato da conta corrente e assinado por duas
testemunhas, é título executivo extrajudicial, porém a nota promissória a ele vinculada não goza
de autonomia, em razão da abusividade da cláusula de mandato.
C) O contrato, ainda que acompanhado de extrato da conta corrente e assinado por duas
testemunhas, não é título executivo extrajudicial, porém a nota promissória a ele vinculada goza
de autonomia, em razão de sua independência.
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46 Igor Costa
6) Para realizar o pagamento de uma dívida contraída pelo sócio M. Paraguaçu em favor da sociedade
Iguape, Cananeia & Cia Ltda., o primeiro emitiu uma nota promissória à vista, com cláusula à ordem no
valor de R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais). De acordo com essas informações e a respeito da cláusula
à ordem, é correto afirmar que
A) a nota promissória, na omissão dessa cláusula, somente poderia ser transferida pela forma e
com os efeitos de cessão de crédito.
B) a cláusula implica a possibilidade de transferência do título por endosso, sendo o endossante
responsável pelo pagamento, salvo cláusula sem garantia.
C) a cláusula implica a possibilidade de transferência do título por endosso, porque a modalidade
de vencimento da nota promissória é à vista.
D) tal cláusula implica a possibilidade de transferência do título por cessão de crédito, não
respondendo o cedente pela solvência do emitente, salvo cláusula de garantia.
7) Um cliente apresenta a você um cheque nominal à ordem com as assinaturas do emitente no anverso
e do endossante no verso. No verso da cártula, também consta uma terceira assinatura, identificada
apenas como aval pelo signatário.
Com base nessas informações, assinale a afirmativa correta.
A) O aval dado no título foi irregular, pois, para a sua validade, deveria ter sido lançado no
anverso.
B) A falta de indicação do avalizado permite concluir que ele pode ser qualquer dos signatários
(emitente ou endossante).
C) O aval dado no título foi na modalidade em branco, sendo avalizado o emitente.
D) O aval somente é cabível no cheque não à ordem, sendo considerado não escrito se a emissão
for à ordem.
GABARITO
1) C 2) D 3) D 4) C 5) A 6) B 7) C
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47 Igor Costa
FALÊNCIA
Lei 11.101/2005
Esta Lei disciplina a recuperação judicial, a recuperação extrajudicial e a
falência do empresário e da sociedade empresária, doravante referidos
simplesmente como devedor.
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48 Igor Costa
b) Execução Frustrada ou Tríplice Omissão (art. 94, II, LFRE): A falência poderá ser
decretada se houver execução, por qualquer quantia líquida, desde que o devedor não pague,
não deposite e não nomeie bens suficientes à penhora, dentro do prazo legal.
- O protesto é dispensável, mas a execução é obrigatória.
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49 Igor Costa
c) Atos de Falência (art. 94, III, LFRE): Atitudes escapistas praticadas pelo devedor. Praticar
qualquer um dos atos seguintes, exceto se fizer parte do plano de recuperação judicial.
c.1) procede à liquidação precipitada de seus ativos ou lança mão de meio ruinoso ou
fraudulento para realizar pagamentos;
c.2) realiza ou, por atos inequívocos, tenta realizar, com o objetivo de retardar
pagamentos ou fraudar credores, negócio simulado ou alienação de parte ou da totalidade
de seu ativo a terceiro, credor ou não;
c.3) transfere estabelecimento a terceiro, credor ou não, sem o consentimento de todos
os credores e sem ficar com bens suficientes para solver seu passivo;
c.4) simula a transferência de seu principal estabelecimento com o objetivo de burlar a
legislação ou a fiscalização ou para prejudicar credor;
c.5) dá ou reforça garantia a credor por dívida contraída anteriormente sem ficar com
bens livres e desembaraçados suficientes para saldar seu passivo;
c.6) ausenta-se sem deixar representante habilitado e com recursos suficientes para
pagar os credores, abandona estabelecimento ou tenta ocultar-se de seu domicílio, do
local de sua sede ou de seu principal estabelecimento;
c.7) deixa de cumprir, no prazo estabelecido, obrigação assumida no plano de
recuperação judicial.
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50 Igor Costa
6) DECRETAÇÃO DA FALÊNCIA
a) Recurso (art. 100, LFRE):
Da decretação de falência pelo juízo, caberá agravo de instrumento.
Da sentença que julga a improcedência do pedido, caberá apelação.
b) Massa falida e a formação do juízo universal da falência (art. 76, LFRE): O juízo da
falência é indivisível e competente para conhecer todas as ações sobre bens, interesses e
negócios do falido, ressalvadas as causas trabalhistas, fiscais e aquelas não reguladas nesta Lei
em que o falido figurar como autor ou litisconsorte ativo.
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51 Igor Costa
8.2. Quanto aos atos praticados pelo falido (art. 129 e 130 da LFRE):
Atos ineficazes, atos defeitos:
o Art. 129. São ineficazes em relação à massa falida, tenha ou não o contratante
conhecimento do estado de crise econômico-financeira do devedor, seja ou não
intenção deste fraudar credores:
o Art. 130. São revogáveis os atos praticados com a intenção de prejudicar credores,
provando-se o conluio fraudulento entre o devedor e o terceiro que com ele contratar
e o efetivo prejuízo sofrido pela massa falida.
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53 Igor Costa
10.2. Restituição Especial (art. 86, I, II, III, IV, LFRE): Restituição feita em dinheiro.
▪ Hipóteses:
I – se a coisa não mais existir ao tempo do pedido de restituição, hipótese em que o
requerente receberá o valor da avaliação do bem, ou, no caso de ter ocorrido sua venda,
o respectivo preço, em ambos os casos no valor atualizado;
o O bem não está em posse da falida.
o O valor da restituição será correspondente ao valor do bem.
II – da importância entregue ao devedor, em moeda corrente nacional, decorrente de
adiantamento a contrato de câmbio para exportação, na forma do art. 75, §§ 3º e 4º, da
Lei nº 4.728, de 14 de julho de 1965, desde que o prazo total da operação, inclusive
eventuais prorrogações, não exceda o previsto nas normas específicas da autoridade
competente;
III – dos valores entregues ao devedor pelo contratante de boa-fé na hipótese de
revogação ou ineficácia do contrato, conforme disposto no art. 136 desta Lei;
IV - às Fazendas Públicas, relativamente a tributos passíveis de retenção na fonte, de
descontos de terceiros ou de sub-rogação e a valores recebidos pelos agentes
arrecadadores e não recolhidos aos cofres públicos. (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020)
(Vigência)
o Tributos sujeitos a retenção na fonte.
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*macete*
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56 Igor Costa
RECUPERAÇÃO JUDICIAL
3) MANIFESTAÇÃO JURISDICIONAL
▪ Depois que o pedido de recuperação chega nas mãos do juiz, ele poderá:
a) Denegação do pedido de RJ: Inépcia.
b) Constatação prévia (art. 51-A, LFRE): Ato do perito de atestar a regularidade
documental para o pedido de RJ.
O juiz não pode analisar a viabilidade econômica.
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57 Igor Costa
1) Ribamar é sócio da sociedade empresária Junco, Fiquene & Cia. Ltda. Após uma infrutífera negociação
de plano de recuperação judicial, a assembleia de credores rejeitou o plano, acarretando a decretação
de falência da sociedade. O desgaste, que já existia entre Ribamar e os demais sócios, intensificou-se
com a decretação da falência, ensejando pedido de retirada da sociedade, com base nas disposições
reguladoras da sociedade limitada. Diante dos fatos narrados, assinale a afirmativa correta.
A) A decretação da falência suspende o exercício do direito de retirada do sócio Ribamar.
B) A sociedade deverá apurar os haveres do sócio dissidente Ribamar, que serão pagos como
créditos extraconcursais.
C) O juiz da falência deverá avaliar o pedido de retirada do sócio Ribamar e, eventualmente,
deferi-lo na ação de dissolução parcial.
D) A decretação de falência não suspende o direito de retirada do sócio Ribamar, mas o
pagamento de seus haveres deverá ser incluído como crédito subordinado.
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60 Igor Costa
3) Jacinto Almenara EIRELI teve um bem de sua propriedade arrecadado pelo administrador judicial
na falência de Rubim & Divisa Ltda., mas foi informado que o referido bem já tinha sido alienado pela
massa. Ciente dessa circunstância, o(a) advogado(a) da EIRELI
A) não poderá pleitear a restituição do bem nem receber o preço da venda em razão de já ter
sido alienado pela massa falida.
B) deverá habilitar o crédito no processo de falência, com a classificação de quirografário, diante
da impossibilidade de sua restituição in natura.
C) poderá pleitear a restituição em dinheiro, recebendo o preço obtido com a venda do bem
arrecadado, devidamente atualizado.
D) deverá ajuizar ação revocatória para obter indenização da massa falida pela venda ilegal do
bem arrecadado, que deveria lhe ter sido restituído.
4) Indústria de Celulose Três Rios Ltda. requereu homologação de plano de recuperação extrajudicial
no lugar do seu principal estabelecimento. No plano de recuperação apresentado há um crédito
quirografário em moeda estrangeira, com pagamento segundo a variação cambial do euro. Foi prevista
ainda pelo devedor a supressão da variação cambial pela substituição da moeda euro pelo real. O plano
foi aprovado por credores que titularizam mais de três quintos dos créditos de cada classe, mas Licínio,
o credor titular deste crédito, não o assinou. De acordo com as disposições legais para homologação da
recuperação extrajudicial, assinale a afirmativa correta.
A) O plano pode ser homologado porque, mesmo sem a assinatura de Licínio, houve aprovação
por credores que titularizam mais de três quintos dos créditos de cada classe.
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61 Igor Costa
5) A Fazenda Pública do Estado de Pernambuco ajuizou ação de execução fiscal em face de sociedade
empresária. No curso da demanda, houve o processamento da recuperação judicial da sociedade. Em
relação à execução fiscal em curso, assinale a afirmativa correta.
A) Fica suspensa com o processamento da recuperação até seu encerramento.
B) Não é suspensa com o processamento da recuperação judicial.
C) Fica suspensa com o processamento da recuperação judicial até o máximo de 180 (cento e
oitenta) dias.
D) É extinta com o processamento da recuperação judicial.
6) Antes da decretação de falência da sociedade Talismã & Sandolândia Ltda., foi ajuizada ação de
execução por título extrajudicial por Frigorífico Rio Sono Ltda., está enquadrada como empresa de
pequeno porte. Com a notícia da decretação da falência pela publicação da sentença no Diário da Justiça,
o advogado da exequente tomará ciência de que a execução do título extrajudicial
A) não será suspensa, em razão do enquadramento da credora como empresa de pequeno porte.
B) está suspensa pelo prazo improrrogável de 180 (cento e oitenta) dias, contados da publicação
da sentença.
C) não será suspensa, em razão de ter sido ajuizada pelo credor antes da decretação da falência.
D) está suspensa, devendo o credor se submeter às regras do processo falimentar e ter seu
crédito verificado e classificado.
7) Concessionária de Veículos Primeira Cruz Ltda. obteve concessão de sua recuperação judicial. Diante
da necessidade de alienação de bens do ativo permanente, não relacionados previamente no plano de
recuperação, foi convocada assembleia geral de credores. A proposta de alienação foi aprovada em
razão do voto decisivo da credora Dutra & Corda Representações Ltda., cujo sócio majoritário P. Dutra
tem participação de 32% (trinta e dois por cento) no capital da sociedade recuperanda. Com base nesses
dados, é correto afirmar que
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62 Igor Costa
8) O empresário individual Ives Diniz, em conluio com seus dois primos, realizou empréstimos
simulados a fim de obter crédito para si; por esse e outros motivos, foi decretada sua falência. No curso
do processo falimentar, o administrador judicial verificou a prática de outros atos praticados pelo
devedor e seus primos, antes da falência; entre eles, a transferência de bens do estabelecimento a
terceiros lastreados em pagamentos de dívidas fictícias, com nítido prejuízo à massa. De acordo com o
enunciado e as disposições da Lei de Falência e Recuperação de Empresas, o advogado contratado pelo
administrador judicial para defender os direitos e interesses da massa deverá
A) requerer, no juízo da falência, a instauração do incidente de desconsideração da
personalidade jurídica.
B) ajuizar ação revocatória em nome da massa falida no juízo da falência.
C) ajuizar ação pauliana em nome do administrador judicial no juízo cível.
D) requerer, no juízo da falência, o sequestro dos bens dos primos do empresário como medida
antecedente à ação de responsabilidade civil.
GABARITO
1) A 2) C 3) B 4) B 5) B 6) D 7) B 8) B
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63 Igor Costa
CONTRATOS MERCANTIS
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64 Igor Costa
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65 Igor Costa
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66 Igor Costa
NÓS ACREDITAMOS
EM VOCÊ!!
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