Este documento é uma contrarrazão a um recurso inominado movido no processo no 0801752-03.2022.8.18.0009 no Juizado Especial Cível e Criminal Zona Centro 1 em Teresina, Piauí. A ação original foi movida por Gabriel Rodrigues da Silva contra a Equatorial S/A para indenização por danos materiais causados pela queda de um poste da ré sobre o veículo do autor. A contrarrazão defende a manutenção da sentença condenatória.
Este documento é uma contrarrazão a um recurso inominado movido no processo no 0801752-03.2022.8.18.0009 no Juizado Especial Cível e Criminal Zona Centro 1 em Teresina, Piauí. A ação original foi movida por Gabriel Rodrigues da Silva contra a Equatorial S/A para indenização por danos materiais causados pela queda de um poste da ré sobre o veículo do autor. A contrarrazão defende a manutenção da sentença condenatória.
Este documento é uma contrarrazão a um recurso inominado movido no processo no 0801752-03.2022.8.18.0009 no Juizado Especial Cível e Criminal Zona Centro 1 em Teresina, Piauí. A ação original foi movida por Gabriel Rodrigues da Silva contra a Equatorial S/A para indenização por danos materiais causados pela queda de um poste da ré sobre o veículo do autor. A contrarrazão defende a manutenção da sentença condenatória.
EXCELENTISSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DO JUIZADO
ESPECIAL CÍVEL E CRIMINAL ZONA CENTRO 1 – Sede DES. PIRES DE
CASTRO.
PROCESSO Nº :0801752-03.2022.8.18.0009
GABRIEL RODRIGUES DA SILVA, já qualificado nos autos do processo em
epígrafe, AÇÃO DE RESPONSABILIDADE CIVIL C/C INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS E LUCROS CESSANTES C/C ANTECIPAÇÃO DE TUTELA, na condição de Autor, vem, por intermédio do advogado infra –assinado, portador da OAB/PI 9.189, com endereço profissional na Rua Goiás nº 1175, Bairro: Ilhotas, á presença de Vossa Excelência, com fulcro nos arts. 42, §2º, e seguinte da Lei nº 9.099/95, em termos e tempestivamente, apresentar
CONTRARRAZÕES AO RECURSO INOMINADO
em face do Recurso Inominado de ID:38950448, requerendo que se digne
Vossa Excelência mandar processá-la para que suba a Egrégia Turma Recursal.
Fones: 86 99982-9988. Na sua petição inicial, o Recorrido aduziu que pleiteia a condenação da requerida ao pagamento de indenização por danos materiais e morais decorrentes de queda de poste em seu veículo. Pelas fotos acostadas aos autos (ID 30070276), verifica-se que a causa dos danos suportados pelo autor foi a queda de um poste de energia elétrica, mantido pela ré, que atingiu o veículo do autor, que estava transitando próximo ao local.
Logo, tem-se por inequívoco que os danos causados ao autor
decorreram da queda de poste de energia de responsabilidade da ré. A alegação da empresa ré de que a queda teria sido ocasionada por um cabo de telefonia, o que não foi comprovado, não tem o condão de afastar sua responsabilidade.
Por se tratar de relação de consumo, a responsabilidade da requerida
pela reparação dos danos advindos da má prestação de seus serviços, é de natureza objetiva, independente de culpa (art. 14 do CDC).
Assim, postulou pela condenação do Recorrente ao pagamento de
R$ 28.260,00 (vinte e oito mil, duzentos e sessenta reais), a título de dano material, acrescido de correção monetária, a partir da data do orçamento de ID 30070259, e de juros de mora de 1% ao mês (art. 406 do CC), a contar da do evento danoso.
Em sua resposta, em síntese, o Recorrente afirmou que o Juizados
Especiais não é competente pra julgar a causa, pela sua complexidade e por não realização de perícia. Ademais, constatou que a fiação que fez derrubar o poste é de linha telefônica e não de linha de energia, que o cabo que fora arrastado pelo caminhão sequer é de responsabilidade da concessionária de energia elétrica.
Ao longo do processo, foi possível verificar desde, a colisão do poste, a
Equatorial consertou ,mas a fiação ficou baixa, em decorrência disso, nunca a energia ficou normal no bairro, por conta desses fios abaixo do permitido(conforme relato de testemunhas). Rua Goiás, 1175 • Ilhotas • CEP: 64.014-055 • Teresina-PI • e-mail: msales.pi@gmail.com Fones: 86 99982-9988. Entretanto, devido a tantos ocorridos, danos e riscos que os fios da Equatorial, proporcionou, atualmente o poste se encontra em estado normal (conforme fotos antes e depois do ocorrido). O Autor, pela sua boa-fé, foi até a Equatorial, tentar resolver administrativamente, com protocolos em, mas foi contrariado, por conta de não obter resultado devido. Destarte, acerto, a d. Sentença recorrida acolheu as postulações autorais julgou procedente em parte, condenando o Recorrente ao pagamento de R$ 28.260,00 (vinte e oito mil, duzentos e sessenta reais), a título de dano material, acrescido de correção monetária, a partir da data do orçamento de ID 30070259, e de juros de mora de 1% ao mês (art. 406 do CC), a contar da do evento danoso.
Inconformado com a condenação, o Recorrente interpôs o recurso em
tela, alegando que que o Juizados Especiais não é competente pra julgar a causa, pela sua complexidade e por não realização de perícia. Ademais, constatou que a fiação que fez derrubar o poste é de linha telefônica e não de linha de energia, que o cabo que fora arrastado pelo caminhão sequer é de responsabilidade da concessionária de energia elétrica.
III-DOS FUNDAMENTOS DA MANUTENÇÃO DA SENTENÇA
Data vênia, mas, a toda evidencia, merece ser mantida a r. sentença
recorrida que julgou procedente os pedidos formulados pelo Recorrido. O referido decisum deve ser mantido porque, diferentemente do que foi afirmado pelo Recorrente, está em absoluta harmonia com os fatos apurados, estando bem fundamentado e em sintonia com o ordenamento jurídico pátrio. Note-se que o nobre Magistrado a quo enfrentou a causa examinando-a de acordo com os dispositivos legai pertinentes, analisando “a responsabilidade da requerida pela reparação dos danos advindos da má prestação de seus serviços, é de natureza objetiva, independente de culpa (art. 14 do CDC).” Rua Goiás, 1175 • Ilhotas • CEP: 64.014-055 • Teresina-PI • e-mail: msales.pi@gmail.com Fones: 86 99982-9988. À luz do quanto disposto em seus fundamentos, na parte dispositiva, deliberou-se que:
“É que a pretendida indenização pressupõe a ocorrência de abalo à
moral ou à imagem que acarrete considerável e injusto sofrimento ao agredido, de modo que, por não haver dano patrimonial propriamente dito, repara-se financeiramente o sofrimento, abalo à reputação ou transtornos relevantes que eventual ato ilícito tenha causado.
Ressalte-se que, ao contrário do alegado pelo Recorrente,
contesta a fiação de telefonia, sendo que é responsável objetivamente, pois a fiscalização da utilização de postes públicos, o que incluí as empresas de telefonia e internet, é responsabilidade da COMPANHIA DE ENERGIA ELÉTRICA, como também a responsabilidade objetiva.
IV.DA SIMETRIA ENTRE A SENTENÇA RECORRIDA E A JURISPRUDÊNCIA
DO TJ.
Por fim, importante salientar que a sentença recorrida está em perfeita
sintonia com as normas estaduais pertinentes á hipótese. Consoante, o TJ/PA tem entendido, acerca dos arts. 12 e 14 do CDC em que a imposição que obriga o fornecedor a reparar os danos causados aos consumidores decorrentes de vicio de produto, informações insuficientes ou inadequadas ou, ainda, de falhas na prestação de serviços, independentemente da existência de culpa. Decorrência do expendido e do constante nos autos, verifica-se totalmente descabida as afirmativas do Réu, pois este contesta a fiação de telefonia, sendo que é responsável objetivamente, pois a fiscalização da utilização de postes públicos, o que incluí as empresas de telefonia e internet, é responsabilidade da COMPANHIA DE ENERGIA ELÉTRICA, como também a responsabilidade objetiva. Segundo jurisprudência do TJ/PR:
Fones: 86 99982-9988. TJ-PR PROCESSO CIVEIL E DO TRABALHO Recurso de apelação apl xxxxx20158160132 PR XXXX- 73.2015.8.16.0132(acordão) (TJ-PR) APELAÇÃO “AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS. CAMINHÃO DE PROPRIEDADE DA EMPRESA AUTORA QUE AO SER CONDUZIDO POR FUNCIONARIO, ENROSCA NA FIAÇÃO LIGADA ENTRE POSTES, CAUSANDO QUEDA DO POSTE E CURTO- CIRCUITO, INCENDIO. COMPARTILHAMENTO DE POSTES ENTRE A EMPRESA DE ENERGIA E TELEFONIA. APLICAÇÃO DO CODIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR. RESPONSABILIDADE OBJETIVA. SOLIDARIEDADE, FALHA NA PRESTAÇÃO DO SERVIÇO. CONSUBSTANCIADA NA OMISSÃO/NEGLIGÊNCIA EM FISCALIZAR A FIAÇÃO, INCUMBÊNCIA DE AMBAS AS EMPRESAS, DEVER DE IDENIZAR. DANOS MATERIAIS CONFIRMADOS. SENTENÇA MANTIDA . RECURSO DESPROVIDO (TJPR-10°C. Civel-XXXXX-73.2015.8.16.0132- PeabiruRel: Desembargadora Ângela Khury- J 21.03.2019).
Por se tratar de relação de consumo, a responsabilidade da requerida
pela reparação dos danos advindos da má prestação de seus serviços, é de natureza objetiva, independente de culpa (art. 14 do CDC).
Ademais, o fornecedor de serviços responde, independentemente da
existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e riscos, pois a fiscalização da utilização de postes públicos, o que incluí as empresas de telefonia e internet, é responsabilidade da COMPANHIA DE ENERGIA ELÉTRICA.
Fones: 86 99982-9988. V. DO NÃO ACOLHIMENTO DA PRELIMINAR DE INCOMPETÊNCIA ABSOLUTA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL.
A ré, contrapõe no Recurso inominado, a perícia, sendo que não cabe
perícia nos Juizados Especiais, pois a parte Autora tem pareceres técnicos e documentos elucidativos que consideram suficientes. A alegação da empresa ré de que a queda teria sido ocasionada por um cabo de telefonia, o que não foi comprovado, não tem o condão de afastar sua responsabilidade. Portanto, vossa Excelência, peço a manutenção da Sentença que foi julgada procedente em parte, pois o recurso inominado não merece ser mantido por medida de justiça. V.I DOS PEDIDOS
Ex positis, requer a essa egrégia Turma, caso admitido o recurso
inominado em tela, o seu improvimento, com a manutenção da decisão recorrida, por seus próprios e doutos fundamentos, condenando a parte recorrida nos ônus sucumbenciais (art 55, infine, da Lei nº 9.099/95). Pugna-se, outrossim, na remota hipótese de acolhimento do recurso interposto, pela expressa manifestação quanto á compatibilidade da decisão recursal com a jurisprudência prevalente dos Tribunais de Justiça.