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OBSERVAÇÕES INICIAIS
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Bons estudos!
SUMÁRIO
DIREITO CIVIL............................................................................................................................... 35
(A) aplica-se a causa de aumento de pena de 1/6 a 2/3, quando o crime de incitar a
discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional é
cometido por intermédio dos meios de comunicação social ou publicação de qualquer
natureza.
(C) a Lei prevê como um dos efeitos extrapenais específicos da condenação a perda do
cargo ou função pública para o sujeito ativo do crime que for servidor público, devendo
ser motivadamente declarado na sentença.
RESPOSTA: C
COMENTÁRIOS
(A) INCORRETA. Nos termos do art. 20, §2º, se qualquer dos crimes previstos no caput é
cometido por intermédio dos meios de comunicação social ou publicação de qualquer
natureza, a pena será de reclusão de 2 a 5 anos e multa, e não causa de aumento a ser
majorada pelo magistrado na terceira fase da dosimetria.
(B) INCORRETA. O erro da questão está em situar antes do trânsito em julgado o efeito
automático da condenação de destruição de materiais apreendidos.
(E) INCORRETA. Não há tal necessidade específica na lex poenalis cobrada pelo MPSP.
Segundo o art. 6º, é crime punível recusar, negar ou impedir a inscrição ou ingresso de
aluno em estabelecimento de ensino público ou privado de qualquer grau.
(C) A emoção e paixão, quando violentas, podem excluir a imputabilidade penal ou servir
como atenuante inominada.
(E) A embriaguez voluntária que não exclui a imputabilidade penal é somente aquela
decorrente do uso de álcool.
RESPOSTA: A
COMENTÁRIOS
(A) a figura do tráfico privilegiado (art. 33, § 4o) admite a substituição da pena privativa
de liberdade por restritivas de direitos, quando preenchidos os requisitos legais do art.
44, do CP, embora não afaste a natureza hedionda do delito.
(B) para a incidência da majorante prevista no art. 40, V, dessa Lei, é necessária a efetiva
transposição de fronteiras entre estados da federação, não sendo suficiente a
demonstração da intenção de realizar o tráfico interestadual.
(E) o agente condenado por tráfico de drogas, que nega a prática desse crime, mas
admite a posse ou a propriedade da droga para uso próprio, faz jus ao reconhecimento
da atenuante da confissão.
RESPOSTA: D
COMENTÁRIOS
(B) Em razão do bem jurídico protegido (intimidade e honra da pessoa), a ação penal
para esse delito é pública condicionada à representação do ofendido.
(C) Somente membros do Poder Judiciário, do Ministério Público e da Polícia podem ser
sujeitos ativos desse crime.
(E) Para a configuração dolosa desse tipo penal, não se exige especial finalidade de agir.
RESPOSTA: D
COMENTÁRIOS
(A) INCORRETA. Nos termos do art. 18 do CP salvo os casos expressos em lei ninguém
será punido por fato previsto como crime (legalidade) senão quando o pratica
dolosamente. Este dispositivo nos traz a regra de que a culpa deve ser necessariamente
exposta no cifra marginal para ser punida. Indo de encontro ao exposto, o art. 28 da Lei
n. 13.869/19 não prevê hipótese culposa da infração, nem mesmo admite o dolo
indireto, mas apenas aplicação da teoria da vontade para imputação.
(B) INCORRETA. De acordo com o art. 3º da Lei n. 13.869/19, os crimes previstos, sem
exceção, são de ação pública incondicionada. Insta destacar que esta já era a previsão
da antiga Lei n. 4.898/65. Outrossim, falha tecnicamente o legislador ao optar por
expressa previsão legal, uma vez que o art. 100 do CP prevê que a ação é pública, salvo
quando a lei expressamente a declara privativa do ofendido. Ou seja, bastaria silenciar
para a competência esfumaçar os entornos do Ministério Público.
(C) INCORRETA. O art. 2º da lex poenalis traz os sujeitos que podem praticar ativamente
o delito. Reza: Art. 2º É sujeito ativo do crime de abuso de autoridade qualquer agente
público, servidor ou não, da administração direta, indireta ou fundacional de qualquer
dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e de Território,
compreendendo, mas não se limitando a: I - servidores públicos e militares ou pessoas
a eles equiparadas; II - membros do Poder Legislativo; III - membros do Poder Executivo;
IV - membros do Poder Judiciário; V - membros do Ministério Público; VI - membros dos
tribunais ou conselhos de contas.
(D) CORRETA. É o que consta do art. 4º da Lei n. 13.869/19. Dois dos efeitos da
condenação só podem ocorrer em caso de reincidência, são: inabilitação para o
exercício de cargo, mandato ou função pública, pelo período de 1 a 5 anos; e perda do 9
cargo, do mandato ou da função pública. Ademais, não são automáticos, devendo ser
declarados motivadamente pelo Juiz/Juíza na sentença.
(E) INCORRETA. Todos os crimes da Nova Lei de Abuso de Autoridade exigem finalidade
específica. Trata-se de uma inovação legislativa que ganha muitas críticas pelos
operadores do direito, haja vista dificuldade no plano fático de configuração dos tipos.
Segundo o §1º do art. 1º, as condutas descritas nesta lei constituem crime de abuso de
autoridade quando praticadas pelo agente com a finalidade específica de prejudicar
outrem (1) ou beneficiar a si mesmo ou a terceiro (2), ou, ainda, por mero capricho ou
satisfação pessoal (3).
(C) o conflito aparente de normas entre o delito de violação de domicílio cometido como
meio para a consecução de um crime de furto resolve-se pelo princípio da especialidade,
punindo-se somente o furto.
(D) o furto qualificado pelo emprego de explosivo ou de artefato análogo que cause
perigo comum, em sua forma tentada, não é considerado crime hediondo.
(E) coisas abandonadas (res derelicta) ou não pertencentes a ninguém (res nullius) não
podem ser objeto material do crime de furto.
RESPOSTA: E
COMENTÁRIOS
(A) INCORRETA. Súmula n. 582 do STJ: Consuma-se o crime de roubo com a inversão da
posse do bem mediante emprego de violência ou grave ameaça, ainda que por breve
tempo e em seguida à perseguição imediata ao agente e recuperação da cosia roubada,
sendo prescindível a posse mansa e pacífica ou desvigiada. A mesma teoria se aplica
para a consumação do crime de furto, sendo correto afirmar que os Tribunais Superiores
aplicam a teoria amotio.
(B) INCORRETA. São dois os requisitos, segundo o §2º do art. 155 do CP: primariedade
do agente e pequeno valor da coisa furtada. Quanto aos efeitos, estes podem ser três:
substituição da PPL por detenção, diminuição de 1/3 a 2/3, ou aplicação única de pena
de multa.
(C) INCORRETA. Mesmo com uma crítica doutrinária afinca sobre a solução do conflito 10
aparente de normas (Fernando Abreu, Direito Penal para Concursos), podemos afirmar
que quatro são os princípios que resolvem tais questões: alternatividade, especialidade,
subsidiariedade e consunção. In casu, não reside o princípio da especialidade, mas o da
consunção, porquanto há uma sucessão de condutas com um nexo de dependência.
(D) INCORRETA. Nos termos do art. 1º da Lei n. 8.072/90, são considerados hediondos
os seguintes crimes consumados ou tentados. Segundo o inciso IX: furto qualificado pelo
emprego de explosivo ou de artefato análogo que cause perigo comum.
(E) CORRETA. Na res derelicta o dono não tem mais interesse em sua propriedade, por
isso a despreza. Dessa forma não há falar em furto. A mesma tese se aplica à res nullius,
que é a coisa de ninguém. A diferença básica entre estas duas coisas é que a primeira já
teve dono, enquanto esta segunda sequer foi de alguém algum dia.
I. a incidência da circunstância atenuante não pode reduzir a pena-base que foi fixada
acima do mínimo legal;
II. fixada a pena-base no mínimo legal, é vedado o estabelecimento de regime mais
gravoso do que o cabível em razão da sanção imposta com base apenas na gravidade
abstrata do delito;
IV. ainda que parcial, o réu fará jus à atenuante do artigo 65, III, “d”, do CP, quando a
confissão for utilizada para a formação do convencimento do julgador. Diante da
previsão legal e da jurisprudência consolidada no STJ, somente são corretas as
afirmações contidas nos itens
(B) I, II e IV.
(C) II e IV.
(D) II e III.
(E) I, II e III.
RESPOSTA: C 11
COMENTÁRIOS
I. Súmula n. 231 do STJ. Neste caso o juiz não pode agir abaixo do mínimo legal, não
acima do mínimo, como afirma a prova.
II. Súmula n. 440 do STJ: Fixada a pena base no mínimo legal, é vedado o
estabelecimento de regime prisional mais gravoso do que o cabível em razão da
sanção imposta, com cabe apenas na gravidade abstrata do delito.
III. Súmula n. 241 do STJ: A reincidência não pode ser considerada como circunstância
agravante e, simultaneamente, como circunstância judicial. Configuraria bis in idem.
IV. Súmula n. 545 do STJ: Quando a confissão for utilizada para a formação do
convencimento do julgador, o réu fará jus à atenuante prevista no art. 65, III, d, do
Código penal.
07. Assinale a alternativa correta acerca das penas restritivas de direito previstas no
Código Penal.
(B) Preenchidos os requisitos legais, réu condenado à pena de seis meses pode ter sua
pena privativa de liberdade substituída por prestação de serviços à comunidade.
(D) Preenchidos os requisitos legais, réu condenado à pena de um ano pode ter sua pena
privativa de liberdade substituída por limitação de fim de semana e multa.
COMENTÁRIOS
A questão pode ser OBJETO DE RECURSO, uma vez que duas respostas PODEM, POR
INTERPRETAÇÃO, SEREM CONCEBIDAS COMO CORRETAS, apesar de pouco provável a
alteração. A letra A tem como fundamento o art. 44, §4º do CP, bem assim, a letra B tem
como fundamento, casados, os arts. 43, IV e 44, §2º, ambos do CP. Vamos às
alternativas:
(A) CORRETA. Segundo o art. 44. §4º do CP, primeira parte, a pena restritiva de direitos
converte-se em privativa de liberdade quando o ocorrer o descumprimento injustificado
da restrição imposta.
(C) INCORRETA. Segundo o art. 45, §3º do CP: A perda de bens e valores pertencentes
aos condenados dar-se-á, ressalvada a legislação especial, em favor do FUNDO
PENITENCIÁRIO NACIONAL, e seu valor terá como teto o que for maior: o montante do
prejuízo causado ou do proveito obtido pelo agente o por terceiro, em consequência da
prática do crime.
Por sua vez, o art. 60, § 2º, dispõe que “a pena privativa de liberdade aplicada, não
superior a 6 (seis) meses, pode ser substituída pela de multa, observados os critérios 13
dos incisos II e III do art. 44 deste Código”, indicando, expressamente, requisitos das
penas restritivas de direito.
Não obstante a multa substitutiva não perder o seu caráter de multa, é possível, diante
da menção exemplificativa do enunciado da questão, interpretá-la como exemplo de
pena restritiva de direito, pois genericamente o art. 54 admite sua concepção em
substitutiva à pena privativa de liberdade.
08. Com a reforma de 1984 do Código Penal, a reabilitação passou a ser considerada
medida jurídica de política criminal, que visa à reinserção social do condenado. Em
relação a esse instituto, é incorreto afirmar:
(A) a reabilitação não exclui a possibilidade de o réu ser considerado reincidente caso
venha a cometer novo delito, já que a concessão dessa medida não extingue a
condenação anterior.
(B) negada a reabilitação, esta poderá ser novamente requerida no prazo de 02 (dois)
anos, cujo pedido deve estar instruído com os elementos comprobatórios dos requisitos
necessários.
(C) a prescrição da pretensão punitiva não permite a reabilitação, enquanto que a
prescrição da pretensão executória autoriza sua aplicação.
RESPOSTA: B
COMENTÁRIOS
Questão passível de recurso, uma vez que o CP afirma que poderá ser requerida a
qualquer tempo, e no prazo de 2 anos, como pede a questão, é a qualquer tempo.
Então está correta a afirmação, e não incorreta.
(B) INCORRETA. Segundo o art. 94, parágrafo único: Negada a reabilitação, poderá ser 14
requerida, a qualquer tempo, desde que o pedido seja instruído com novos elementos
comprobatórios dos requisitos necessários.
(E) INCORRETA. É o que consta do art. 95 do CP: a reabilitação será revogada, de ofício
ou a requerimento do MP, se o reabilitado por condenado, como reincidente, por
decisão definitiva, a pena que não seja de multa.
(A) os crimes unissubjetivos são aqueles que podem ser praticados por uma só pessoa,
não admitindo a coautoria.
(C) a autoria mediata é também conhecida como autoria intelectual, sendo ambos
(autor mediato e mentor intelectual) partícipes do crime executado por terceira pessoa.
(D) o crime de associação criminosa é exemplo de concurso necessário, em que os
integrantes da associação são considerados partícipes.
(E) o prévio ajuste entre os agentes não se constitui em requisito necessário para a
existência do concurso de agentes.
RESPOSTA: E
COMENTÁRIOS
(D) INCORRETA. Segundo Cezar Roberto Bitencourt (Tratado de Direito Penal): Ademais,
a associação delitiva não precisa estar formalizada enquanto tal: é suficiente a
associação fática, primária ou rudimentar. De fato, ‘basta uma organização social,
rudimentar, a caracterizar-se apenas pela continuada vontade de um esforço comum’.
Tampouco é necessária a hierarquia entre seus membros. Todos respondem pelo delito,
não importando se é o chefe da associação ou um simples membro. Ou seja Megeano
e Megeana, todos praticam o perceptum iuris, na mesma dimensão e dolosamente
voltados a um mesmo fim.
(E) CORRETA. Para que haja o concurso de pessoas, segundo doutrina nacional, é
necessário que sejam cumpridos seis requisitos: pluralidade de agentes, pluralidade de
condutas, relevância causal das condutas, liame subjetivo que ligue os agentes,
identidade de infração penal e fato punível.
10. A Lei no 11.340/2006, conhecida como Lei Maria da Penha, é importante marco
legal no enfrentamento e prevenção à violência doméstica e familiar contra a mulher
baseada no gênero, elencando as diversas formas de violência (física, psicológica,
sexual, patrimonial, moral), as quais encontram correspondência típica na legislação
penal. Assim, acerca dos delitos cometidos contra a mulher no contexto dessa Lei,
considere as afirmações:
II. os novos crimes contra a liberdade pessoal previstos no art. 147-A e art. 147-B, ambos
do CP, nominados, respectivamente, de perseguição (stalking) e violência psicológica
contra a mulher, têm como vítima a mulher, sendo a pena majorada se a ofendida é
criança, adolescente ou idosa;
III. o crime de divulgação de cena de sexo e nudez, sem o consentimento da vítima maior
de 18 anos, cometido por agente que tenha mantido relação íntima de afeto com a
ofendida, com o fim de vingança ou humilhação, é conhecido vulgarmente por revenge
porn;
IV. a Lei no 9.099/95 não é aplicável, sendo possível o acordo de não persecução penal
nos crimes cometidos sem violência ou grave ameaça, com pena mínima inferior a
quatro anos, em que o agente confessou o delito;
V. o crime do art. 129, § 13, CP, é qualificado, refere-se somente às lesões corporais de
16
natureza leve, e tem como vítima apenas a mulher, por razões da condição do sexo
feminino, podendo ser aplicado também fora do contexto da Lei Maria da Penha, uma
vez preenchidos os requisitos legais. É correto o que se afirma somente nos itens
(A) I, II e IV.
(B) I, III e V.
(D) III e V.
(E) II e III.
RESPOSTA: D
COMENTÁRIOS
I. Segundo o art. 147-A do CP, §3º, somente se procede mediante representação. Então
neste caso, à exceção dos demais crimes apresentados, a ação será pública
condicionada, por expressa previsão legal.
II. A causa de aumento vige apenas para o Stalking, não afirmando nada quanto ao 147-
B o legislador nacional. No primeiro caso, a pena será aumentada de metade se o crime
for cometido: contra criança, adolescente ou idoso; contra mulher por razões da
condição de sexo feminino, nos termos do §2º-A do art. 121 do CP; mediante concurso
de duas ou mais pessoas, ou com emprego de arma.
IV. Segundo o art. 28-A, §2º (incluído pela Lei n. 13.964/19) não será possível o ANPP
nos crimes praticados no âmbito de violência doméstica ou familiar, ou praticados contra
a mulher por razões da condição de sexo feminino, em favor do agressor.
V. Correta. Questão com leitura truncada do ponto de vista legal. Parece que está se
referindo à hipótese do §9º, que seria qualquer tipo de violência doméstica, mas
direciona para o §13, que realmente diz respeito à mulher em situação de
vulnerabilidade.
(A) a vítima, nos crimes previstos no Estatuto do Idoso, é somente a pessoa idosa,
entendida como tal, para efeitos penais, aquela com idade superior a 60 anos.
(C) a relação dos estabelecimentos em que a pessoa idosa pode ser abandonada, para
fins de configuração do crime de abandono de idoso (art. 98), permite o emprego do
instituto da interpretação analógica.
(D) os crimes definidos no Estatuto do Idoso são de ação penal pública incondicionada,
sendo possível, porém, nos crimes patrimoniais contra o idoso, cometidos sem violência
ou grave ameaça, o reconhecimento das hipóteses de imunidade penal absoluta ou
relativa.
(E) o tipo penal “lavrar ato notarial que envolva pessoa idosa sem discernimento de seus
atos, sem a devida representação legal” é exemplo de crime comum e formal, que não
admite a coautoria.
RESPOSTA: C
COMENTÁRIOS
(B) INCORRETA. É exatamente o contrário. O STF usou de tais argumentos para fazer
dialogar a celeridade processual do rito sumaríssimo nas ações penais envolvendo o
Estatuto do Idoso, porquanto o benesse deve ser interpretada em favor da pessoa idosa.
(C) CORRETA. É a previsão do art. 98, que reza a conduta de abandonar idoso em
hospitais, causas de saúde, entidades de longa permanência, ou congêneres, ou não
prover suas necessidades básicas, quando obrigado por lei ou mandado. 18
(D) INCORRETA. Não se aplica aqui as hipóteses de escusa absolutória.
(C) Somente os crimes definidos nos itens I e II do art. 1o, do Decreto-lei no 201/1967,
são punidos com pena de reclusão.
(D) A perda do cargo e a inabilitação, por cinco anos, para o exercício do cargo ou função
pública, são efeitos automáticos da condenação definitiva apenas para os crimes
apenados com reclusão e pena superior a dois anos.
(E) O ex-prefeito, após o término de seu mandato, não pode ser processado pelos crimes
tipificados nesse Decreto-lei, ainda que cometidos durante o exercício do mandato.
RESPOSTA: C
COMENTÁRIOS
(B) INCORRETA. Segundo o art. 3º, o vice-prefeito, ou quem vier a substituir o Prefeito,
fica sujeito ao mesmo processo do substituído, ainda que tenha cessado a substituição.
(C) CORRETA. Questão bem apelativa do ponto de vista legal. Cobrou-se o art. 1º, §1º
do DL n. 201/67: Os crimes definidos neste artigo são de ação pública, punidos os dos
itens I e II, com a pena de reclusão, de dois a doze anos, e os demais, com a pena de
detenção, de três meses a três anos.
19
13. O Estatuto da Pessoa com Deficiência (Lei no 13.146/2015) destina-se a promover,
em condições de igualdade, o exercício dos direitos e das liberdades fundamentais por
pessoa com deficiência, visando à sua inclusão social. Para coibir e reprovar as
condutas que violam os direitos básicos das pessoas com deficiência, o Direito Penal
foi chamado a intervir como importante instrumento de controle social. Acerca dos
crimes previstos nesse Estatuto, é incorreto afirmar:
(A) não prover as necessidades básicas de pessoa com deficiência quando obrigado por
lei é figura típica de equiparação ao crime de abandono de pessoa com deficiência em
hospitais ou casas de saúde.
(C) os crimes dessa Lei são todos punidos a título de dolo, inexistindo a forma culposa.
(D) o sujeito passivo é somente a pessoa com deficiência considerada pela lei como
aquela que tem impedimento de longo prazo, de natureza física, mental, intelectual ou
sensorial, o qual, em interação com uma ou mais barreiras, pode obstruir sua
participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais
pessoas.
(E) as penas dos crimes previstos nessa Lei (arts. 88 a 91) são aumentadas de um a dois
terços, quando o agente do delito é curador ou tutor do ofendido.
RESPOSTA: E
COMENTÁRIOS
(A) INCORRETA. Art. 90. Abandonar pessoa com deficiência em hospitais, casas de
saúde, entidades de abrigamento ou congêneres: Pena - reclusão, de 6 (seis) meses a 3
(três) anos, e multa. Parágrafo único. Na mesma pena incorre quem não prover as
necessidades básicas de pessoa com deficiência quando obrigado por lei ou mandado.
(C) INCORRETA. Aplica-se regra já comentada nesta prova sobre a punibilidade dos
crimes culposos. Não há modalidade culposa no Estatuto.
(E) CORRETA. Segundo o art. 88, §1º aumenta-se a pena de 1/3 se a vítima encontra-se
sob o cuidado e responsabilidade do agente.
20
14. As alterações recentes promovidas pela Lei no 14.112, de 24.12.2020, na Lei de
Falências (Lei no 11.101, de 9.2.2005) pouco modificaram os dispositivos referentes à
matéria penal. Assinale a alternativa correta.
(B) O crime de fraude a credores previsto nessa Lei classifica-se como crime material e
de perigo concreto, exigindo-se que o ato fraudulento de que resulte prejuízo aos
credores seja cometido mediante escrituração contábil com dados inexatos.
(C) A prescrição dos crimes previstos na Lei de Falências rege-se por disposições próprias
e começa a correr do dia em que publicada a sentença de decretação da falência, da
concessão da recuperação judicial ou da homologação do plano de recuperação
extrajudicial.
(D) Nos termos do parágrafo único, do art. 182, dessa Lei, a decretação da falência do
devedor não interrompe a prescrição cuja contagem tenha se iniciado com a concessão
da recuperação judicial ou com a homologação do plano de recuperação extrajudicial.
(E) Os contadores e técnicos contábeis, que, de qualquer modo, concorrerem para as
condutas criminosas descritas no crime de fraude a credores dessa Lei, terão suas penas
aumentadas de 1/6 a 1/2.
RESPOSTA: A
COMENTÁRIOS
(A) CORRETA. Art. 180. A sentença que decreta a falência, concede a recuperação
judicial ou concede a recuperação extrajudicial de que trata o art. 163 desta Lei é
condição objetiva de punibilidade das infrações penais descritas nesta Lei.
(B) INCORRETA. Art. 168. Praticar, antes ou depois da sentença que decretar a falência,
conceder a recuperação judicial ou homologar a recuperação extrajudicial, ato
fraudulento de que resulte ou possa resultar prejuízo aos credores, com o fim de obter
ou assegurar vantagem indevida para si ou para outrem. No caso a pena será
aumentada de 1/6 a 1/3 se o agente elabora escrituração contábil ou balanço com dados
inexatos.
(C) INCORRETA. Art. 182. A prescrição dos crimes previstos nesta Lei reger-se-á pelas
disposições do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal, 21
começando a correr do dia da decretação da falência, da concessão da recuperação
judicial ou da homologação do plano de recuperação extrajudicial. Parágrafo único. A
decretação da falência do devedor interrompe a prescrição cuja contagem tenha iniciado
com a concessão da recuperação judicial ou com a homologação do plano de
recuperação extrajudicial.
15. Dos Crimes contra a Administração da Justiça, do Código Penal, assinale aquele no
qual se servir o agente de anonimato ou nome suposto para a prática do delito
constitui causa de aumento de pena.
COMENTÁRIOS
(C) INCORRETA. A pena do crime será aumentada de 1/6 a 1/3 se o crime for praticado
mediante suborno ou se cometido com o fim de obter prova destinada a prova
destinada a produzir efeito em processo penal, ou em processo civil em que for parte
entidade da administração pública direta ou indireta.
(A) Após a pronúncia, o prazo é de 5 (cinco) dias para o Promotor de Justiça arrolar as
testemunhas que irão depor em plenário, até o máximo de 8 (oito) testemunhas.
(B) A audiência de sorteio dos 25 (vinte e cinco) jurados (art. 433 do CPP) poderá ser
adiada no caso de ausência do Ministério Público, da Ordem dos Advogados do Brasil ou
da Defensoria Pública.
(C) Está isenta de servir como jurado a pessoa com mais de 60 (sessenta anos), desde
que requeira a sua dispensa.
(D) No sorteio dos 7 (sete) jurados, à medida que as cédulas forem sendo retiradas da
urna, o juiz presidente as lerá, e a defesa e, depois dela, o Ministério Público poderão
recusar os jurados sorteados, até 3 (três) cada parte, devendo motivar a recusa.
(E) Ao jurado que, sem causa legítima, deixar de comparecer no dia marcado para a
sessão ou retirar-se antes de ser dispensado pelo presidente será aplicada multa de 1
(um) a 10 (dez) salários-mínimos, a critério do juiz, de acordo com a sua condição
econômica.
RESPOSTA: E
COMENTÁRIOS
(A) De acordo com o art. 410 do CPP, o juiz determinará a inquirição das testemunhas e
a realização das diligências requeridas pelas partes, no prazo máximo de 10 (dez) dias.
(B) Conforme o art. 433 §2º do CPP, a audiência de sorteio não será adiada pelo não
comparecimento das partes.
(C) Estão isentos do serviço do júri os cidadãos maiores de 70 (setenta) anos que
requeiram sua dispensa, conforme o art. 437, IX do CPP.
(D) O erro da questão foi dizer que “deve motivar a recusa” sendo, portanto, sem
motivação da recusa. Vide art. 468 do CPP:
Art. 468. À medida que as cédulas forem sendo retiradas da urna, o juiz presidente as
lerá, e a defesa e, depois dela, o Ministério Público poderão recusar os jurados
sorteados, até 3 (três) cada parte, sem motivar a recusa.
23
(E) A resposta da assertiva encontra amparo no art. 442 do CPP, vejamos:
Art. 442. Ao jurado que, sem causa legítima, deixar de comparecer no dia marcado para
a sessão ou retirar-se antes de ser dispensado pelo presidente será aplicada multa de 1
(um) a 10 (dez) salários-mínimos, a critério do juiz, de acordo com a sua condição
econômica.
(A) sentenciado deverá cumprir 20% (vinte por cento) da pena para progressão de
regime, se for primário e o crime tiver sido cometido sem violência à pessoa ou grave
ameaça.
(B) sentenciado deverá cumprir 30% (trinta por cento) da pena para progressão de
regime, se for primário e se tratar de crime hediondo ou equiparado.
(C) sentenciado por crime hediondo com resultado morte, primário terá direito à
progressão de regime cumprida 60% (sessenta por cento) da pena, mas não terá direito
ao livramento condicional.
(D) sentenciado deverá cumprir 25% (vinte e cinco por cento) da pena para progressão
de regime, se for primário e o crime tiver sido cometido com violência à pessoa ou grave
ameaça à pessoa.
(E) em todos os casos, o apenado só terá direito à progressão de regime se ostentar
comportamento satisfatório, comprovado pelo diretor do estabelecimento, respeitadas
as normas que vedam a progressão.
RESPOSTA: D
COMENTÁRIOS
(C) INCORRETA. Vide art. 112, VII – se o apenado for reincidente na prática de crime
hediondo ou equiparado;
(E) INCORRETA. Vide art. 112 §1° - o apenado deverá ostentar de boa conduta carcerário
24
18. É correto afirmar:
(A) nos casos de infração penal com violência contra a mulher praticados no âmbito
doméstico e familiar, é possível a fixação de valor mínimo indenizatório a título de dano
moral na sentença, mesmo que não haja pedido expresso da acusação ou da parte
ofendida, ainda que não especificada a quantia, e independentemente de instrução
probatória.
(C) não estão obrigados a trabalhar os presos provisórios e os presos com mais de 60
(sessenta) anos de idade.
(D) o prazo para aditamento da queixa pelo Ministério Público é de 3 (três) dias, contado
da data em que o órgão do Ministério Público receber os autos.
(E) o exame de corpo de delito e outras perícias serão realizados por dois peritos oficiais,
portadores de diploma de curso superior.
RESPOSTA: D
COMENTÁRIOS
(A) INCORRETA. A alternativa versa sobre o art. 387, IV do CPP. Todavia, o Superior
Tribunal de Justiça fixou uma tese no REsp 1643051/MS, julgado em 28/02/2018:
(B) INCORRETA. Conforme o art. 49, parágrafo único da LEP - Parágrafo único. Pune-se
a tentativa com a sanção correspondente à falta consumada.
(D) CORRETA. Vide art. 46 §2º - O prazo para o aditamento da queixa será de 3 dias,
contado da data em que o órgão do Ministério Público receber os autos, e, se este não
se pronunciar dentro do tríduo, entender-se-á que não tem o que aditar, prosseguindo-
se nos demais termos do processo.
(E) INCORRETA. O exame de corpo de delito será realizado por perito oficial, portador
de diploma de curso superior, conforme art. 159, caput, do CPP.
25
(A) o processo será suspenso se o réu é citado por edital, mesmo que constitua
advogado.
(B) a citação por hora certa no processo penal caberá quando, por 3 (três) vezes, o oficial
de justiça houver procurado o citando em seu domicílio ou residência sem o encontrar.
Nesse caso, deverá o oficial de justiça, havendo suspeita de ocultação, intimar qualquer
pessoa da família ou, em sua falta, qualquer vizinho de que, no dia útil imediato, voltará
a fim de efetuar a citação, na hora que designar.
(C) no processo penal, os prazos são contados da data da intimação, e não da juntada
aos autos do mandado ou da carta precatória ou de ordem.
(D) é nula a citação por edital que apenas indica o dispositivo da lei penal, sem
transcrever a denúncia ou queixa, ou resumir os fatos em que se baseia.
(E) estando o réu no estrangeiro, mesmo que em lugar incerto e não sabido, será citado
mediante carta rogatória.
RESPOSTA: C
COMENTÁRIOS
(A) INCORRETA. O processo ficará suspenso caso o acusado não compareça e nem
constitua advogado, conforme art. 366 do CPP.
(B) INCORRETA. A assertiva encontra-se incorreta tendo em vista que a citação por hora
certa se dá quando por 2 (duas) vezes, o oficial de justiça houver procurado o citando
em seu domicílio ou residência sem o encontrar, deverá, havendo suspeita de ocultação,
intimar qualquer pessoa da família ou, em sua falta, qualquer vizinho de que, no dia útil
imediato, voltará a fim de efetuar a citação, na hora que designar.
(C) CORRETA. O STF consolidou o entendimento na súmula 710: "No processo penal,
contam-se os prazos da data da intimação, e não da juntada aos autos do mandado ou
da carta precatória ou de ordem."
(D) INCORRETA. De acordo com a súmula 366 – STF: Não é nula a citação por edital que
indica o dispositivo da lei penal, embora não transcreva a denúncia ou queixa, ou não
resuma os fatos em que se baseia.
(C) Quanto à natureza jurídica da decisão judicial que homologa o acordo de não
persecução penal, trata-se de uma decisão apenas declaratória, que se limitará a aferir
a voluntariedade e a legalidade do acordo, não se permitindo adentrar-se ao mérito.
(D) Não cabe o acordo de não persecução penal se for cabível a transação penal.
(E) O acordo de não persecução penal é cabível no caso de infrações penais sem
violência ou grave ameaça, e com pena mínima igual ou inferior a 4 (quatro) anos.
RESPOSTA: E
COMENTÁRIOS
(A) CORRETA. Vide art. 28-A, CPP.
(E) INCORRETA. O erro da questão se dá por ser cabível o ANPP na prática de infração
penal com pena mínima inferior a 4 (quatro) anos, conforme art. 28-A do CPP.
Art. 28-A. Não sendo caso de arquivamento e tendo o investigado confessado formal e
circunstancialmente a prática de infração penal sem violência ou grave ameaça e com
pena mínima inferior a 4 (quatro) anos, o Ministério Público poderá propor acordo de
não persecução penal, desde que necessário e suficiente para reprovação e prevenção
do crime.
(D) o acordo de colaboração premiada poderá incluir, dentre suas cláusulas, a renúncia
ao direito de impugnar a decisão homologatória do referido acordo.
RESPOSTA: A
COMENTÁRIOS
(A) CORRETA. Conforme art.4º, §14 da Lei n° 12.850/13 - § 14. Nos depoimentos que
prestar, o colaborador renunciará, na presença de seu defensor, ao direito ao silêncio
e estará sujeito ao compromisso legal de dizer a verdade.
(B) INCORRETA. Vide art.4º, §3º da Lei n° 12.850/13 - o prazo é de até 6 (seis) meses.
(C) INCORRETA. Vide art.4º, §5º da Lei n° 12.850/13 – a pena poderá ser reduzida até a
metade.
(D) INCORRETA. Conforme preceitua o art. art.4º, §7º-B da Lei n° 12.850/13 - São nulas
de pleno direito as previsões de renúncia ao direito de impugnar a decisão
homologatória.
(E) INCORRETA. Vide art. Vide art.4º, §8º da Lei n° 12.850/13 - § 8º O juiz poderá recusar
a homologação da proposta que não atender aos requisitos legais, devolvendo-a às
partes para as adequações necessárias.
22. Analise as afirmações acerca da Lei Complementar no 105/2001, que trata do Sigilo
Bancário. Não constitui violação do dever de sigilo, dispensando a prévia autorização
judicial:
Estão corretas:
COMENTÁRIOS
A alternativa elenca o art.1°, §3º da LC n° 105/2001, o qual dispõe dos requisitos que
não constitui violação do dever do sigilo.
Por sua vez, a assertiva IV está prevista no art. 3º, §1º da LC n° 105/2001: 29
§ 1o Dependem de prévia autorização do Poder Judiciário a prestação de informações e
o fornecimento de documentos sigilosos solicitados por comissão de inquérito
administrativo destinada a apurar responsabilidade de servidor público por infração
praticada no exercício de suas atribuições, ou que tenha relação com as atribuições do
cargo em que se encontre investido.
II. No processo por crime de lavagem de dinheiro, o pedido de liberação total ou parcial
de bens pelo réu exige o seu comparecimento pessoal.
III. O programa de proteção à vítima e a testemunha ameaçadas terá a duração máxima
de três anos. Mas em circunstâncias excepcionais, perdurando os motivos que
autorizam a admissão, a permanência no programa poderá ser prorrogada.
IV. A exclusão dos perfis genéticos dos bancos de dados ocorrerá: no caso de absolvição
do acusado; ou no caso de condenação do acusado, mediante requerimento, após
decorridos 30 (trinta) anos do cumprimento da pena.
RESPOSTA: D
COMENTÁRIOS 30
Assertiva I:
Caso seja na situação comum será ação penal pública condicionada a representação da
vítima, só há processo se a vítima representar contra o autor da lesão, mas se nas
hipóteses de embriaguez, racha e velocidade acima de 50 km/h será de ação penal
pública incondicionada. CTB Lei 9.503/97:
Art. 291. Aos crimes cometidos na direção de veículos automotores, previstos neste
Código, aplicam-se as normas gerais do Código Penal e do Código de Processo Penal,
se este Capítulo não dispuser de modo diverso, bem como a Lei nº 9.099, de 26 de
setembro de 1995, no que couber.
Assertiva III:
Vide art. 11 da Lei n° 9.807/99 - Art. 11. A proteção oferecida pelo programa terá a
duração máxima de dois anos.
Assertiva IV:
Vide art. 7º-A, II - A exclusão dos perfis genéticos dos bancos de dados ocorrerá, no
caso de condenação do acusado, mediante requerimento, após decorridos 20 (vinte)
anos do cumprimento da pena.
(D) CORRETA. A assertiva tem como base o art. 4°, §3º da Lei n°9613/98, senão
vejamos:
(C) no caso de absolvição do réu por crime contra a economia popular (Lei no 1.521/51).
(E) no caso de absolvição do réu por crime contra a saúde pública (Lei no 1.521/51).
RESPOSTA: A
COMENTÁRIOS
(C) INCORRETA. De acordo com o art. 7º da Lei n° 1.51/1951 - Art. 7º. Os juízes
recorrerão de ofício sempre que absolverem os acusados em processo por crime
contra a economia popular ou contra a saúde pública, ou quando determinarem o
arquivamento dos autos do respectivo inquérito policial.
(A) sem autorização judicial ou fora das hipóteses legais, é ilícita a prova obtida mediante
abertura de carta, telegrama, pacote ou meio análogo.
(B) no Plenário do Júri, a nulidade relativa ocorrida após a decisão de pronúncia deve
ser arguida ao final do julgamento.
(C) a falta ou vício da citação estará sanada, desde que o acusado compareça em juízo
antes do ato consumar-se, embora declare que o faz para o único fim de argui-la. O juiz 32
ordenará, todavia, a suspensão ou o adiamento do ato, quando reconhecer que a
irregularidade poderá prejudicar direito da parte.
(E) no caso de nulidade relativa, nenhuma das partes poderá arguir nulidade a que haja
dado causa.
RESPOSTA: B
COMENTÁRIOS
(A) CORRETA.
(C) CORRETA.
(D) CORRETA.
(E) CORRETA.
(A) a falta grave abrange o descumprimento em regime aberto das condições impostas.
(B) a falta grave não abrange o condenado a pena restritiva de direito que descumpre,
injustificadamente, a restrição imposta.
(C) a decisão judicial que reconhece a falta grave faz com que seja obrigatório o exame
criminológico em eventual pedido de progressão de regime.
(D) a decisão judicial que reconhece a falta grave implica na perda de, no mínimo, de
1/3 dos dias remidos.
(E) a decisão judicial que reconhece a falta grave interrompe a contagem do período
para fins de comutação e indulto.
RESPOSTA: A 33
COMENTÁRIOS
Art. 50. Comete falta grave o condenado à pena privativa de liberdade que:
Parágrafo único. Ao exame de que trata este artigo poderá ser submetido o condenado
ao cumprimento da pena privativa de liberdade em regime semiaberto.
(D) INCORRETA. Conforme art. 127 da Lei n° 7.210/84, o juiz poderá revogar até 1/3, e
não somente no mínimo.
Art. 127. Em caso de falta grave, o juiz poderá revogar até 1/3 (um terço) do tempo
remido, observado o disposto no art. 57, recomeçando a contagem a partir da data da
infração disciplinar.
(E) INCORRETA. A assertiva buscou como base a súmula 441 do STJ:
(A) cabe recurso em sentido estrito no caso de decisão que indefere pedido ministerial
de prisão preventiva.
(B) não cabe recurso em sentido estrito contra decisão que indefere pedido de
livramento condicional.
(C) não cabe recurso em sentido estrito contra decisão que indefere reabilitação.
(D) não cabe recurso em sentido estrito contra decisão que decide sobre a unificação de
penas.
(E) cabe recurso em sentido estrito no caso de não recebimento da denúncia, inclusive
no caso de lesão leve envolvendo violência doméstica e também no caso de crimes de
competência dos juizados especiais criminais.
34
RESPOSTA: E
COMENTÁRIOS
(A) INCORRETA. Segundo o art. 581, V do CPP, caberá RESE da decisão, despacho ou
sentença que conceder, negar, arbitrar, cassar ou julgar inidônea a fiança, indeferir
requerimento de prisão preventiva ou revogá-la, conceder liberdade provisória ou
relaxar a prisão em flagrante.
(B) CORRETA. Questão passível de recurso, uma vez que é possível SIM RESE de decisão,
despacho ou sentença que conceder, negar ou revogar livramento condicional. Isso
conforme o art. 581, XII do CPP. O MPSP usou a palavra indeferimento, que realmente
não aparece no CPP, contudo negar um pedido de livramento condicional é INDEFERIR.
Portanto, correta a afirmação.
(B) referido direito pode ser reconhecido de modo genérico e abstrato e não exige
ponderação entre diversos princípios constitucionais.
(E) referido direito pode ser exigido após passados dez anos da divulgação dos fatos ou
dos dados, posto ser este o maior prazo prescricional previsto em nossa legislação.
RESPOSTA: C
COMENTÁRIO
STF. Plenário. RE 1010606/RJ, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 11/2/2021 (Repercussão
Geral – Tema 786) (Info 1005).
29. Hoje a pessoa transgênero tem direito fundamental subjetivo à alteração no
registro civil
(C) desde que obtenha autorização judicial para tanto, não sendo suficiente o
requerimento na via administrativa.
(E) sendo permitido a terceiros, desde que informem ter interesse concreto, obter uma
certidão de inteiro teor.
RESPOSTA: D
COMENTÁRIO
36
Responde a todas as alternativas.
(B) não tem previsão no Código Civil e se aplica aos casos de anulabilidade.
(C) permite que uma das partes converta um negócio jurídico, desde que válido, em
outro.
(E) tem previsão em lei especial e se relaciona diretamente com a dinâmica das relações
negociais celebradas por meio eletrônico.
RESPOSTA: D 37
COMENTÁRIO
A alternativa correta está em consonância com o disposto no art. 170 do Código Civil
que assim dispõe: Se, porém, o negócio jurídico nulo contiver os requisitos de outro,
subsistirá este quando o fim a que visavam as partes permitir supor que o teriam querido,
se houvessem previsto a nulidade.
31. Conforme definido pelo STF, no que concerne à responsabilidade civil contratual,
na fixação do valor da indenização por danos materiais decorrentes do extravio de
bagagem em transporte aéreo
(B) o Código Brasileiro de Aeronáutica por ser lei especial tem prevalência.
COMENTÁRIO
A tese fixada pelo STF no RE 636331/RJ (Tema 210) tem aplicação apenas aos pedidos
de reparação por danos materiais, vejamos:
38
32. Uma pessoa natural vende um automóvel usado ao seu vizinho. Constata-se, logo
após a venda, haver vício redibitório. Ainda não decorreu o prazo decadencial. O
adquirente quer desfazer o negócio, devolvendo o bem e recebendo seu dinheiro de
volta, além das despesas que arcou com a transferência da documentação junto ao
Departamento de Trânsito. Ainda almeja ser ressarcido pelo que gastou com o
reboque do veículo, isto a título de perdas e danos. Ocorre que o alienante alega e
prova que definitivamente desconhecia o vício. Pode-se dizer que
(A) o alienante comprovou estar de boa-fé e, por tal razão, fica isento de
responsabilidade e não deve restituir, nem total, nem parcialmente, o valor recebido,
tampouco ressarcir as despesas havidas. A boa-fé aqui se equipara ao caso fortuito e à
força maior, sendo excludente de culpabilidade e de antijuridicidade.
(B) embora não haja previsão legal regulando a referida situação, doutrina e
jurisprudência exigem prova do conhecimento do vício por parte do alienante, sendo
presumida, até que o contrário se demonstre, a boa-fé objetiva.
(D) a solução do problema dependerá de uma análise casuística a ser feita pelo
magistrado, à mingua de previsão na legislação em vigor e deverá ser estribada,
principalmente, no princípio da função social do contrato. Há que se perquirir a respeito
de quem é a parte mais fraca na relação negocial.
(E) como o vício redibitório recai sobre a coisa, sendo, portanto, objetivo, a boa-fé,
enquanto elemento subjetivo, é aqui irrelevante e nada altera em relação à extensão da
responsabilidade do alienante.
RESPOSTA: C
COMENTÁRIO
O fundamento para questão está contido no art. 443 do CC, que traz a previsão de que
se o alienante conhecia o vício ou o defeito da coisa, restituirá o que recebeu com perda
e danos, se o não conhecia, tão somente restituirá o valor recebido, mais as despesas
do contrato. Note que o enunciado da questão deixa claro que o alienante prova em
juízo definitivamente que desconhecia o vício, não respondendo, in casu, por perdas e
danos.
33. A legislação hoje em vigor prevê a realização de assembleias virtuais (por meio
eletrônico, na forma de videoconferências) pelos condomínios edilícios?
39
(A) Não, embora os tempos modernos demandem a futura criação de lei em tal sentido,
mormente em época de pós-pandemia e diante do progresso das telecomunicações.
(B) Sim, desde que se trate de assembleias gerais extraordinárias e haja a regular
convocação, pelo correio, com antecedência mínima de 10 dias.
(C) Não, pois não haveria a segurança necessária e nem todos os condôminos têm a
obrigação de contar com meios de acesso ao ambiente virtual, em especial os de idade
avançada, havendo que se respeitar o Estatuto do Idoso.
(D) Não, sendo tal exigência inconstitucional por gerar discriminação e ferir o direito de
ir e vir e os princípios da legalidade e da isonomia constitucional.
(E) Sim, desde que não sejam vedadas na convenção de condomínio e fiquem
preservados aos condôminos os direitos de voz, de debate e de voto.
RESPOSTA: E
COMENTÁRIO
Alternativa correta: (E), conforme recente alteração promovida pela Lei 14.309/22 no
art. 1.354 do CC, inovando no ordenamento jurídico para permitir a realização de
reuniões e deliberações virtuais pelas organizações da sociedade civil, assim como pelos
condomínios edilícios, e para possibilitar a sessão permanente das assembleias
condominiais:
34. Duas pessoas vêm mantendo, há dez anos, uma união estável, com coabitação
atual, não estando, portanto, separadas de fato. Ocorre que, há sete anos, uma delas
passou a ter, concomitantemente, um segundo relacionamento, com pessoa diversa,
igualmente público, duradouro e contínuo. Conforme recentemente definiu a nossa
Corte Suprema
(A) se poderá reconhecer o segundo relacionamento como união estável para fins
familiares e sucessórios.
(C) se poderá reconhecer o segundo relacionamento como união estável para fins
previdenciários.
40
(D) se poderá reconhecer o segundo relacionamento como união estável desde que se
dê no domicílio declarado como principal pela pessoa que com ambos mantém
relacionamento.
RESPOSTA: B
COMENTÁRIO
(B) são desnecessários vênia conjugal ou suprimento judicial, pois se trata de bem
particular do João.
(C) haveria diferente tratamento legal se João não fosse doar, mas sim hipotecar o bem.
(E) são desnecessários vênia conjugal ou suprimento judicial, pois o bem continuará
dentro da esfera familiar de João que será, mais adiante, o seu herdeiro.
RESPOSTA: D
COMENTÁRIO
A alternativa está em consonância com o disposto nos artigos 1647 e 1656 do Código 41
Civil.
(E) pode ser penhorado desde que se trate de locação não residencial.
RESPOSTA: A
COMENTÁRIO
(B) dispõe precipuamente sobre questões patrimoniais do testador para após a sua
morte.
(C) é previsto no nosso Código Civil como sendo uma das espécies dos testamentos
especiais.
RESPOSTA: D
COMENTÁRIOS
Testamento vital é, em linhas gerais, uma instrumentalização da vontade prévia do
paciente, especificamente quanto aos tratamentos a que deseja ou não ser submetido,
quando o testador encontrar-se em uma situação na qual lhe seja impossível expressar
sua vontade.
No Brasil, ainda que não haja uma regulamentação específica para a realização do
testamento vital, há disposições na Constituição Federal, no Código Civil e em Portarias
e Resoluções, editadas pelo Conselho Federal de Medicina que tornam viável a
realização do referido instituto sob o aspecto jurídico, como, por exemplo, a Resolução
nº 1.995/2012, que dispõe sobre as diretivas antecipadas de vontade dos pacientes.
Por fim, quanto aos limites do testamento vital, objeto principal do presente estudo,
entende-se que o referido instrumento de vontade prévia não poderá contrariar o
ordenamento jurídico brasileiro nem os valores éticos, morais e religiosos de todos os
envolvidos, sendo plenamente vedado o pedido de eutanásia, ainda que realizado pelo
paciente.
Espera-se, portanto, que o testador disponha sobre a não utilização de meios inúteis
e/ou extraordinários para a manutenção da própria vida, meios esses que
representariam um desgaste e seriam contrários à dignidade humana e à saúde mental
43
do paciente, bem como à saúde financeira de sua família.
38. Aquele que ingressa numa causa entre outras pessoas, tendo interesse jurídico em
que a sentença seja favorável a uma das partes, sem defender direito próprio, atua no
processo como:
(C) assistente.
(D) coobrigado.
(E) litisdenunciante.
RESPOSTA: C
COMENTÁRIO
(A) relativa para a proteção judicial de todos os interesses do idoso, pois é assegurada
prioridade na tramitação dos processos e procedimentos, e na execução dos atos e
diligências judiciais em que figure, como parte ou interveniente, pessoa com idade igual
ou superior a 60 (sessenta) anos, em qualquer instância.
(B) absoluta para a proteção judicial dos interesses difusos, coletivos e individuais 44
indisponíveis ou homogêneos, especialmente nas causas que versem sobre serviços à
saúde, assistência social ou limitação incapacitante ou doença infectocontagiosa.
(C) absoluta para a proteção judicial dos interesses difusos e coletivos, excluídos os
interesses individuais disponíveis e indisponíveis ou homogêneos que se submetem às
regras da competência relativa, assegurada prioridade na tramitação dos processos e
procedimentos e na execução dos atos e diligências judiciais em que figure, como parte
ou interveniente, pessoa com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos, em qualquer
instância.
(D) absoluta para a proteção judicial de todos os interesses do idoso, pois é assegurada
prioridade na tramitação dos processos e procedimentos, e na execução dos atos e
diligências judiciais em que figure, como parte ou interveniente, pessoa com idade igual
ou superior a 60 (sessenta) anos, em qualquer instância.
(E) relativa para a proteção judicial dos interesses difusos, coletivos e individuais
indisponíveis ou homogêneos especialmente nas causas que versem sobre serviços à
saúde, assistência social ou limitação incapacitante ou doença infectocontagiosa.
RESPOSTA: B
COMENTÁRIO
A letra B traz as literalidades combinadas dos artigos 79 e 80 da Lei 10.741/03.
40. Responde por perdas e danos aquele que litigar de má-fé como autor, réu ou
interveniente. A respeito da litigância de má-fé e suas consequências, é correto
afirmar que
(A) é litigância de má-fé deduzir pretensão ou defesa contra texto expresso de lei ou
fato incontroverso; alterar a verdade dos fatos; usar do processo para conseguir objetivo
ilegal; opor resistência injustificada ao andamento do processo; provocar incidente
manifestamente infundado; interpor recurso com intuito manifestamente protelatório.
A litigância de má-fé será declarada a requerimento da parte, e o valor da indenização
será fixado pelo juiz ou, caso não seja possível mensurá-lo, liquidado por arbitramento
ou pelo procedimento comum, em autos apartados.
(B) é litigância de má-fé deduzir pretensão ou defesa contra texto expresso de lei ou fato
incontroverso; alterar a verdade dos fatos; usar do processo para conseguir objetivo
ilegal; opor resistência injustificada ao andamento do processo; invocar prescrição ou
decadência infundadas; provocar incidente manifestamente infundado; interpor
recurso com intuito manifestamente protelatório. A litigância de má-fé será declarada
de ofício ou a requerimento da parte, e o valor da indenização será fixado pelo juiz ou,
caso não seja possível mensurá-lo, liquidado por arbitramento ou pelo procedimento
comum, nos próprios autos. 45
(C) é litigância de má-fé deduzir pretensão ou defesa contra texto expresso de lei ou fato
incontroverso; alterar a verdade dos fatos; usar do processo para conseguir objetivo
ilegal; opor resistência injustificada ao andamento do processo; invocar prescrição ou
decadência infundadas; provocar incidente manifestamente infundado; interpor
recurso com intuito manifestamente protelatório. A litigância de má-fé será declarada a
requerimento da parte, e o valor da indenização será fixado pelo juiz ou, caso não seja
possível mensurá-lo, liquidado por arbitramento, nos próprios autos.
(D) é litigância de má-fé deduzir pretensão ou defesa contra texto expresso de lei ou
fato incontroverso; alterar a verdade dos fatos; usar do processo para conseguir objetivo
ilegal; opor resistência injustificada ao andamento do processo; provocar incidente
manifestamente infundado; interpor recurso com intuito manifestamente protelatório.
A litigância de má-fé será declarada de ofício ou a requerimento da parte, e o valor da
indenização será fixado pelo juiz ou, caso não seja possível mensurá-lo, liquidado por
procedimento comum, em autos apartados.
(E) é litigância de má-fé deduzir pretensão ou defesa contra texto expresso de lei ou fato
incontroverso; alterar a verdade dos fatos; usar do processo para conseguir objetivo
ilegal; opor resistência injustificada ao andamento do processo; provocar incidente
manifestamente infundado; interpor recurso com intuito manifestamente protelatório.
A litigância de má-fé será declarada de ofício ou a requerimento da parte, e o valor da
indenização será fixado pelo juiz ou, caso não seja possível mensurá-lo, liquidado por
arbitramento ou pelo procedimento comum, nos próprios autos.
RESPOSTA: E
COMENTÁRIO
41. A execução forçada compete ao credor a quem a lei confere título executivo e,
também, a outros que poderão promovê-la ou nela prosseguir, em sucessão ao
exequente originário. O Código de Processo Civil omitiu-se, contudo, em relação a
determinadas figuras que ostentam legitimidade, como ensina a doutrina e acolhe a
jurisprudência. Assinale a alternativa que contempla as figuras que não foram
textualmente relacionadas como legitimados ativos para a execução pelo legislador.
RESPOSTA: D
COMENTÁRIO
42. Acerca da execução por quantia certa contra o devedor insolvente, que institui o
concurso universal de credores com traços de falência civil, é correto afirmar que
(D) o Código de Processo Civil de 2015 não dispôs a respeito, mantendo em vigor as
disposições do Código de Processo Civil revogado (1973) a respeito da matéria até que
seja editada futura lei especial.
RESPOSTA: D
COMENTÁRIO
47
43.A execução por quantia certa realiza-se pela expropriação dos bens do executado,
ressalvadas as execuções especiais. A respeito da execução por quantia certa, assinale
a alternativa correta.
(E) Se o executado não tiver outros bens penhoráveis ou se, tendo-os, esses forem de
difícil alienação ou insuficientes para saldar o crédito executado, o juiz poderá ordenar
a penhora de até 10% do faturamento da empresa para que não torne inviável o
exercício da atividade empresarial ou a coloque em situação de crise econômico-
financeira.
RESPOSTA: C
COMENTÁRIO
(B) Sua função é assegurar ao interessado o conhecimento das informações que lhe
digam respeito e permitir a respectiva retificação quando incorretos os registros, ou a
anotação nos seus assentamentos de contestação ou explicação sobre dado verdadeiro,
justificável e que esteja sob pendência judicial ou amigável, e apenas a pessoa cujos
dados constam do registro indigitado pode manejar o Habeas Data contra o mantenedor
do banco de dados, tratando-se de direito personalíssimo, independente de recusa
prévia de informações por parte da autoridade administrativa.
(C) Sua função é assegurar ao interessado o conhecimento das informações que lhe
digam respeito e permitir a respectiva retificação quando incorretos os registros, ou a
anotação nos seus assentamentos de contestação ou explicação sobre dado verdadeiro,
justificável e que esteja sob pendência judicial ou amigável, e se trata de processo com
prioridade sobre todos os atos judiciais, inclusive mandado de segurança e habeas
corpus, e na superior instância deverá ser levado a julgamento na primeira sessão a que
se seguir à data em que, feita a distribuição, for concluso ao relator.
(D) Sua função é assegurar ao interessado o conhecimento das informações que lhe
digam respeito e permitir a respectiva retificação quando incorretos os registros, ou a
anotação nos seus assentamentos de contestação ou explicação sobre dado verdadeiro,
justificável e que esteja sob pendência judicial ou amigável, e se trata de processo de
conhecimento cuja sentença sujeita-se ao recurso de apelação, recebido no efeito
suspensivo.
(E) Sua função é assegurar ao interessado o conhecimento das informações que lhe
digam respeito e permitir a respectiva retificação quando incorretos os registros, ou a
anotação nos seus assentamentos de contestação ou explicação sobre dado verdadeiro,
justificável e que esteja sob pendência judicial, e por comportar sentença mandamental
sujeita-se ao recurso de agravo de instrumento na forma da legislação processual civil.
RESPOSTA: A
COMENTÁRIO
(B) A total improcedência liminar é admitida nas causas que dispensem a fase
instrutória, independentemente da citação do réu, se o pedido contrariar súmula do
Supremo Tribunal Federal ou do Superior Tribunal de Justiça, acórdão proferido pelo
Supremo Tribunal Federal ou do Superior Tribunal em julgamento de recursos
repetitivos, entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas
ou de assunção de competência ou enunciado de súmula de tribunal de justiça sobre
direito local, e reconhecer a ocorrência de prescrição ou de decadência, após prévia
intimação do autor.
(C) A total improcedência liminar é admitida nas causas que dispensem a fase
instrutória, independentemente da citação do réu, se o pedido contrariar súmula do
Supremo Tribunal Federal ou do Superior Tribunal de Justiça, acórdão proferido pelo
Supremo Tribunal Federal ou do Superior Tribunal em julgamento de recursos
repetitivos, entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas
ou de assunção de competência e reconhecer, desde logo, a ocorrência de prescrição
ou de decadência, após a intimação das partes para se manifestar.
(D) A parcial improcedência liminar é admitida nas causas que dispensem a fase
instrutória, independentemente da citação do réu, se o pedido contrariar súmula do
Supremo Tribunal Federal ou do Superior Tribunal de Justiça, acórdão proferido pelo
Supremo Tribunal Federal ou do Superior Tribunal em julgamento de recursos
repetitivos, entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas
ou de assunção de competência e reconhecer, desde logo, a ocorrência de prescrição
ou de decadência.
(E) A total improcedência liminar é admitida nas causas que dispensem a fase
instrutória, com prévia citação do réu, se o pedido contrariar súmula do Supremo
Tribunal Federal ou do Superior Tribunal de Justiça, acórdão proferido pelo Supremo
Tribunal Federal ou do Superior Tribunal em julgamento de recursos repetitivos,
entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de
assunção de competência, enunciado de súmula de tribunal de justiça sobre direito local
e reconhecer, desde logo, a ocorrência de prescrição ou de decadência, após prévia
intimação do réu.
RESPOSTA: B
COMENTÁRIO
(A) os livros empresariais fazem prova a favor de seu autor, desde que preencham os
requisitos exigidos por lei, exceto em litígio que envolva consumidor, que poderá
demonstrar, por todos os meios permitidos em direito, que os lançamentos não
correspondem à verdade dos fatos, depois de determinada a exibição integral deles
(livros empresariais).
(B) a exibição dos livros comerciais e dos documentos do arquivo não poderá ser total,
será ordenada parcialmente pelo Juiz em caso de liquidação da sociedade, na sucessão
por morte de sócio, para resolver questões relativas à sucessão, comunhão ou
sociedade, administração ou gestão à conta de outrem, falência e recuperação judicial.
(C) a exibição dos livros comerciais e dos documentos do arquivo poderá ser total, será
ordenada pelo Juiz, de ofício ou a requerimento da parte, em falência e recuperação
judicial, e será parcial em caso de liquidação da sociedade, na sucessão por morte de
sócio, e em hipóteses determinadas pela lei, como, por exemplo, em litígios que
envolvam o consumidor.
(D) a exibição dos livros comerciais e dos documentos do arquivo poderá ser total e será
ordenada pelo Juiz, de ofício, em falência e recuperação judicial, e será parcial em caso
de liquidação da sociedade, na sucessão por morte de sócio, e em hipóteses
determinadas pela lei, como, por exemplo, em litígios que envolvam o consumidor.
(E) os livros empresariais fazem prova contra seu autor, mas, se o litígio se estabeleceu
entre dois empresários, eles provam a favor de seu autor desde que preencham os
requisitos exigidos por lei. Em todos os casos é lícito à parte demonstrar, por todos os
meios permitidos em direito, que os lançamentos não correspondem à verdade dos
fatos.
RESPOSTA: E
COMENTÁRIO
(A) A sentença que julga pedido de restituição sujeita-se ao recurso de apelação com
efeito suspensivo. 51
(B) A sentença que decreta a falência sujeita-se ao recurso de agravo.
(D) A sentença que decreta a falência sujeita-se ao recurso de apelação sem efeito
suspensivo.
(E) A sentença que decreta a falência e a sentença que julga pedido de restituição
sujeitam-se ao recurso de apelação sem efeito suspensivo.
RESPOSTA: B
COMENTÁRIO
(A) Desde a posse, os Deputados e Senadores não poderão aceitar ou exercer cargo,
função ou emprego público na Administração Direta, Autárquica e Fundacional, bem
como nas empresas estatais.
(E) O subsídio dos vereadores é fixado pelas respectivas Câmaras Municipais, observado
o que dispõe a Lei Orgânica e os limites máximos da Constituição, não sendo nunca 52
inferior a 20% do subsídio dos Deputados Estaduais e nunca superior a 65% do subsídio
dos Deputados Estaduais.
RESPOSTA: C
COMENTÁRIOS
Art. 135. Os servidores integrantes das carreiras disciplinadas nas Seções II e III deste
Capítulo serão remunerados na forma do art. 39, § 4º.
VI - o subsídio dos Vereadores será fixado pelas respectivas Câmaras Municipais em cada
legislatura para a subsequente, observado o que dispõe esta Constituição, observados
os critérios estabelecidos na respectiva Lei Orgânica e os seguintes limites
máximos: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 25, de 2000) (...)
f) em Municípios de mais de quinhentos mil habitantes, o subsídio máximo dos
Vereadores corresponderá a setenta e cinco por cento do subsídio dos Deputados
Estaduais;
(A) Para o Supremo Tribunal Federal, o direito ao esquecimento não se coaduna com a
Constituição, assim compreendido como o poder de obstar, em razão da passagem de
tempo, a divulgação de fatos ou dados, verídicos ou não, publicados em meios de
comunicação social analógicos ou digitais.
(B) É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios
proporcionar os meios de acesso à ciência, tecnologia, pesquisa e inovação.
(C) Embora a autorização prévia para biografia constitua censura, o autor poderá ser
responsabilizado pelo abuso da liberdade de expressão que afete a intimidade, a
privacidade, a honra ou a imagem do biografado, sem prejuízo do direito de resposta.
RESPOSTA: A
COMENTÁRIOS
STF. Plenário. RE 1010606/RJ, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 11/2/2021 (Repercussão
Geral – Tema 786) (Info 1005)
Para que seja publicada uma biografia NÃO é necessária autorização prévia do indivíduo
biografado, das demais pessoas retratadas, nem de seus familiares. Essa autorização
prévia seria uma forma de censura, não sendo compatível com a liberdade de expressão
consagrada pela CF/88. As exatas palavras do STF foram as seguintes:
Caso o biografado ou qualquer outra pessoa retratada na biografia entenda que seus 57
direitos foram violados pela publicação, terá direito à reparação, que poderá ser feita
não apenas por meio de indenização pecuniária, como também por outras formas, tais
como a publicação de ressalva, de nova edição com correção, de direito de resposta
etc.
STF. Plenário. ADI 4815/DF, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgado em 10/6/2015 (Info 789).
(D) CORRETA. A alternativa deixa assente que o due process of law, o que por si já
denota a constitucionalidade da decisão administrativa. Outro ponto que deve ser
levado em consideração é o fato do mérito em decisões que envolvam recursos públicos
de entes. Se há pela agência de fomento parecer no sentido de insuficiência do projeto,
há que optar por outro projeto, em nome, sobretudo, dos princípios explícitos do caput
do art. 37 da CF/88.
LXXIX - é assegurado, nos termos da lei, o direito à proteção dos dados pessoais,
inclusive nos meios digitais. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 115, de 2022)
RESPOSTA: D
COMENTÁROS
STF. Plenário. MS 37760 MC-Ref/DF, Rel. Min. Roberto Barroso, julgado em 14/4/2021
(Info 1013).
(A) Mediante lei poderá ser exigido ato de liberação, a ser concedido pelo Poder Público,
como condição para exercício de atividade econômica.
(D) Para fins de ordenação urbanística, visando ao melhor planejamento das cidades,
leis municipais podem restringir a instalação de estabelecimento comercial em
determinado perímetro geográfico porque no mesmo local já existem outros
estabelecimentos do mesmo ramo, de modo a levá-lo a se fixar em áreas desabastecidas
por esse segmento da atividade econômica.
(E) Ofende a livre iniciativa lei municipal que estabeleça ato de liberação para exercício
de atividade econômica cujos requisitos sejam extremamente custosos ou
desnecessários, cabendo controle via ação direta de inconstitucionalidade em face da
Constituição Federal.
RESPOSTA: A
COMENTÁROS
(A) CORRETA. Segundo a Lei n. 13.874/2019, art. 3º São direitos de toda pessoa, natural
ou jurídica, essenciais para o desenvolvimento e o crescimento econômicos do País,
observado o disposto no parágrafo único do art. 170 da Constituição Federal:
STF. Plenário. ADPF 449/DF, Rel. Min. Luiz Fux; RE 1054110/SP, Rel. Min. Roberto
Barroso, julgados em 8 e 9/5/2019 (repercussão geral) (Info 939). 61
(D) INCORRETA. Resumo
Súmula vinculante 49-STF: Ofende o princípio da livre concorrência lei municipal que
impede a instalação de estabelecimentos comerciais do mesmo ramo em determinada
área.
RESPOSTA: E
COMENTÁRIOS
A questão tá versando sobre eficácia das normas. Então é necessário lembrar que
segundo José Afonso da Silva as normas podem ser de eficácia plena, contida e limitada.
As normas plenas são aquelas que já possuem efetividade, pelo simples fato de
existirem na CF/88. As de eficácia contida, em que pese terem efeito imediato e geral,
podem ser reguladas pela legislação infraconstitucional, que pode limitar o âmbito de
aplicação da norma. Já as de eficácia limitada são aquelas que dependem,
necessariamente, de um outra norma para produzirem efeitos.
Tendo em vista isso, o art. 41, §1º, I afirma que são estáveis após três anos de efetivo
exercício os servidores nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de
concurso público. Ademais, o servidor público estável só perderá o cargo mediante
62
procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei complementar,
assegurada ampla defesa. Note que essa norma é de eficácia limitada.
(A) A edição de decreto pelo chefe do Poder Executivo dispondo sobre requisitos ou
critérios subjetivos para nomeação a cargos comissionados ou políticos, como
experiência profissional específica e formação compatível com o cargo, afasta a
caracterização do nepotismo.
(B) Não cabe ao Poder Judiciário, que não tem função legislativa, aumentar vencimentos
de servidores públicos sob o fundamento de isonomia.
(C) Os cargos em comissão apenas se prestam ao exercício das funções de direção, chefia
e assessoramento, assim como daquelas atividades burocráticas, técnicas ou
operacionais que requeiram confiança.
RESPOSTA: B
COMENTÁRIOS
63
A) INCORRETA. Conforme os princípios constitucionais da impessoalidade e da
moralidade, o STF, por meio da Súmula Vinculante n.º 13, considerou proibida a prática
de nepotismo na administração pública.
B) CORRETA. STF decide que não cabe ao Poder Judiciário aumentar vencimentos de
servidores sob o fundamento do princípio da isonomia.
II. Embora seja admitido o amicus curiae nas ações de controle concentrado de
constitucionalidade, inexiste direito subjetivo à intervenção, cabendo ao relator do
processo decidir pela admissibilidade, ou não, podendo, inclusive, considerar a
racionalidade e a economia processual.
IV. Cabe medida cautelar em ação direta de inconstitucionalidade por omissão, em caso
de excepcional urgência e relevância da matéria, mediante manifestação dos órgãos e
autoridades responsáveis pela omissão inconstitucional, sendo-lhes facultada
sustentação oral no julgamento do pedido de medida cautelar.
65
V. As leis e atos normativos gozam de presunção iuris tantum de constitucionalidade,
cabendo àquele que alega a inconstitucionalidade o ônus da prova. Estão corretas:
(C) apenas I e V.
RESPOSTA: E
COMENTÁRIOS
IV. Conforme a Lei 9868/99 que dispõe sobre o processo e julgamento da ação direta de
inconstitucionalidade e da ação declaratória de constitucionalidade perante o Supremo
Tribunal Federal.
O termo “Iuris Tantum” é uma expressão em latim que significa “presunção relativa”, ou
seja, abre a possibilidade para que se prove ao contrário daquilo que foi exposto.
A) INCORRETA
B) INCORRETA
C) INCORRETA
D) INCORRETA
E) CORRETA
(A) Os órgãos e entidades da Administração Pública devem avaliar suas políticas públicas
e dar a devida publicidade do objeto avaliado e dos resultados alcançados, na forma da
lei. 67
(B) A enunciação de direitos sociais pela Constituição gera o reconhecimento de direitos
individuais e coletivos, além de incumbir o Estado de sua concretização por meio de
políticas públicas, da prestação direta ou indireta desses direitos, do incentivo e da
parceria com a iniciativa privada.
(D) Incumbe ao Ministério Público zelar pelo efetivo respeito dos serviços de relevância
pública, assim reconhecidos por serem titularizados pelo Estado ou livres à iniciativa
privada, bem como promover as medidas necessárias à sua garantia conforme o
ordenamento jurídico brasileiro. (E) Cabe controle judicial sempre que a falta de norma
regulamentadora torne inviável o exercício de direitos constitucionais sociais.
RESPOSTA: C
COMENTÁRIOS
(B) Por meio de lei específica poderão ser criados órgãos da Administração Pública Direta
e são criadas as entidades da Administração Pública Indireta.
(D) Sanções administrativas não podem ser criadas por meio de medidas provisórias,
mas tão somente por lei formal, considerando-se o princípio da anterioridade da lei 68
formal.
RESPOSTA: A e E
COMENTÁRIOS
A) CORRETA. Questão que tem por fundamento decisão do STF sobre a competência
para definição de logradouros. Vejamos o acordado pela Corte: [...] Diante do exposto,
com base no art. 21, §§ 1º e 2º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal,
DOU PROVIMENTO AO RECURSO EXTRAORDINÁRIO PARA DECLARAR A
CONSTITUCIONALIDADE do art. 33, XII, da Lei Orgânica do Município de Sorocaba,
concedendo-lhe interpretação conforme à Constituição Federal, no sentido da
existência de uma coabitação normativa entre os Poderes Executivo (decreto) e o
Legislativo (lei formal), para o exercício da competência destinada a denominação
de próprios, vias e logradouros públicos e suas alterações”, cada qual no âmbito de
suas atribuições. Publique-se. Brasília, 9 de fevereiro de 2019. Ministro Alexandre de
Moraes Relator Documento assinado digitalmente (STF - RE: 1151237 SP - SÃO PAULO,
Relator: Min. ALEXANDRE DE MORAES, Data de Julgamento: 09/02/2019, Data de
Publicação: DJe-030 14/02/2019)
(C) Apenas por razões de relevante interesse público os membros do Ministério Público
podem ser removidos ou promovidos, mediante decisão privativa do correspondente
Procurador-Geral, assegurada a ampla defesa.
RESPOSTA: E
COMENTÁRIOS
A) INCORRETA. As funções indicadas na alternativa são do Corregedor nacional –
artigo 130-A, § 3º, I, da CRFB.
B) INCORRETA. De acordo com o artigo 130-A da CRFB a sabatina é feita pela maioria
absoluta do Senado e não de Comissão.
C) INCORRETA. O artigo 128, § 5º, I, “b”, da CRFB estabelece que a decisão é tomada
pelo colegiado do MP.
RESPOSTA: D
COMENTÁRIOS
(B) Decorrido mais de quinze dias do término do regular processo legislativo, sem
manifestação do chefe do Executivo, opera-se a sanção tácita e a lei entra em vigor
imediatamente.
RESPOSTA: E
COMENTÁRIO
(A) INCORRETA. Art. 66. A Casa na qual tenha sido concluída a votação enviará o projeto
de lei ao Presidente da República, que, aquiescendo, o sancionará.
I. O adotado possui direito de conhecer sua origem biológica a partir dos 18 (dezoito)
anos, sendo vedado esse direito, em qualquer caso, se menor de 18 (dezoito) anos.
II. Em caso de adoção por pessoa ou casal residente ou domiciliado fora do País, o
estágio de convivência será de, no mínimo, 20 (vinte) dias e, no máximo, 45 (quarenta e
cinco) dias, prorrogável por até igual período, uma única vez, mediante decisão
fundamentada da autoridade judiciária.
III. Os brasileiros residentes no exterior terão preferência aos estrangeiros, nos casos de
adoção internacional de criança ou adolescente brasileiro. 72
IV. Podem adotar os maiores de 21 (vinte e um) anos, independentemente do estado
civil. É(são) correta(s)
RESPOSTA: B
COMENTÁRIO
Item I: INCORRETO: Art. 48. O adotado tem direito de conhecer sua origem biológica,
bem como de obter acesso irrestrito ao processo no qual a medida foi aplicada e seus
eventuais incidentes, após completar 18 (dezoito) anos. Parágrafo único. O acesso ao
processo de adoção poderá ser também deferido ao adotado menor de 18 (dezoito)
anos, a seu pedido, assegurada orientação e assistência jurídica e psicológica.
Item II: INCORRETO: Art. 46, §3º. Em caso de adoção por pessoa ou casal residente ou
domiciliado fora do País, o estágio de convivência será de, no mínimo, 30 (trinta) dias e,
no máximo, 45 (quarenta e cinco) dias, prorrogável por até igual período, uma única vez,
mediante decisão fundamentada da autoridade judiciária.
Item III: CORRETO: Art.51, §2º. Os brasileiros residentes no exterior terão preferência
aos estrangeiros, nos casos de adoção internacional de criança ou adolescente
brasileiro.
Item IV: INCORRETO: Art. 42. Podem adotar os maiores de 18 (dezoito) anos,
independentemente do estado civil.
RESPOSTA: B
COMENTÁRIO
(A) INCORRETA: A sanção é fixada em moeda (reais), conforme aponta o art. 258-
A: Deixar a autoridade competente de providenciar a instalação e operacionalização dos
cadastros previstos no art. 50 e no § 11 do art. 101 desta Lei: Pena - multa de R$ 1.000,00
(mil reais) a R$ 3.000,00 (três mil reais).
(C) INCORRETA: Não haveria sentido exigir-se culpa E dolo para o cometimento de
infrações administrativas, tendo em vista serem elementos subjetivos excludentes entre
si. Ou o agente pratica a conduta de forma dolosa ou culposa, o contrário resultaria em
uma punição por responsabilidade objetiva.
(D) INCORRETA: A pena para quem comete tal infração administrativa é a multa de três
a vinte salários de referência, aplicando-se o dobro em caso de reincidência.
Originariamente a redação do ECA trouxe a expressão “ou suspensão da programação
da emissora até por dois dias, bem como da publicação de periódico até por dois
números”, que, entretanto, foi julgada inconstitucional pelo STF na ADIN 869-2, razão
pela qual a alternativa está incorreta.
RESPOSTA: C
COMENTÁRIO
(A) INCORRETA: A lei não traz a tal recomendação a respeito dos meses preferenciais
em que as audiências devem acontecer, razão pela qual a alternativa está incorreta.
RESPOSTA: A
COMENTÁRIO
II - opinião e expressão;
(A) é possível o julgamento à revelia no caso de apuração de ato infracional face ao não
comparecimento do adolescente à audiência de apresentação, sendo apenas necessária
a prévia cientificação pessoal do adolescente e dos seus pais ou responsável quanto ao
teor da representação e da notificação destes para comparecimento em audiência.
RESPOSTA: D
COMENTÁRIO
(C) INCORRETA:
(E) INCORRETA: A alternativa está em desacordo com o disposto no art. 173 e seguintes
do ECA:
Art. 173. Em caso de flagrante de ato infracional cometido mediante violência
ou grave ameaça a pessoa, a autoridade policial, sem prejuízo do disposto nos
arts. 106, parágrafo único, e 107, deverá:
78
65. Assinale a alternativa correta acerca dos crimes do Estatuto da Criança e do
Adolescente.
(A) Não existe um tipo penal no ECA acerca da simulação de participação de criança ou
adolescente em cena de sexo explícito ou pornográfica, devendo, para configuração de
crime, existir a real participação de criança ou adolescente nesse tipo de cena.
(B) O tipo penal do art. 228 do ECA (“Deixar o encarregado de serviço ou o dirigente de
estabelecimento de atenção à saúde de gestante de manter registro das atividades
desenvolvidas, na forma e prazos referidos no art. 10, bem como de fornecer à
parturiente ou a seu responsável, por ocasião da alta médica, declaração de nascimento,
onde constem as intercorrências do parto e do desenvolvimento do neonato”) admite
somente a forma dolosa e não a culposa.
(C) O tipo penal do art. 229 do ECA (“Deixar o médico, enfermeiro ou dirigente de
estabelecimento de atenção à saúde de gestante de identificar corretamente o neonato
e a parturiente, por ocasião do parto, bem como deixar de proceder aos exames
referidos no art. 10 desta Lei”) admite somente a forma dolosa e não a culposa.
(D) O tipo penal do art. 241-D do Estatuto da Criança e do Adolescente, que trata do
aliciamento, assédio, instigação ou constrangimento, por qualquer meio de
comunicação, possui como sujeito passivo a criança ou o adolescente.
(E) O armazenamento doloso de fotografia, por qualquer meio, que contenha cena de
sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente é crime do art. 241-B
do ECA, excetuando as hipóteses previstas no § 2o do referido art. 241-B do ECA.
RESPOSTA: A
COMENTÁRIO
(A) CORRETA: Em que pese a banca, em seu gabarito preliminar, ter apontado a
alternativa como incorreta, entendemos que sua interpretação está de acordo com o
disposto na legislação que regula o tema. Vejamos:
Ora, a alternativa expressa exatamente o que dispõe o texto legal. Será crime a conduta
descrita no caput, exceto se praticada nas hipóteses previstas no §2º do referido art.
241-B.
(B) INCORRETA: Além da modalidade dolosa, a lei traz também a modalidade culposa
em seu art. 229, parágrafo único, vejamos: “se o crime é culposo: Pena – detenção de
dois a seis meses, ou multa”.
(D) INCORRETA: Além da modalidade dolosa, a lei traz também a modalidade culposa
em seu art. 228, parágrafo único, vejamos: se o crime é culposo: Pena – detenção de dois
a seis meses, ou multa”.
(E) INCORRETA: A banca apontou, equivocadamente, esta alternativa como correta,
posição da qual discordamos. A conduta descrita subsume-se à conduta preceituada no
art. 241-C do ECA. A seguir:
Parágrafo único. Incorre nas mesmas penas quem vende, expõe à venda,
disponibiliza, distribui, publica ou divulga por qualquer meio, adquire, possui
ou armazena o material produzido na forma do caput deste artigo.
III. A ação civil pública de responsabilidade por danos causados aos investidores no
mercado de valores mobiliários, sem prejuízo da ação de indenização do prejudicado, é
de legitimidade ativa do Ministério Público ou da Comissão de Valores Mobiliários, pelo
respectivo órgão de representação judicial.
RESPOSTA: E
COMENTÁRIO
O Item I após a redação da Lei 14.112/20 está errado, conforme artigo 83, § 5º, da Lei
14.112/20.
Item II – CORRETO. Artigos 106 e 107 da Lei 6404/76.
III CORRETO – Artigo 1º da Lei 7913/89.
IV – ERRADO. A fração é ¼, conforme artigo 1057 do CC. V – CORRETA – Conforme artigo
974, § 3º, do CC.
68. A emissão pública de valores mobiliários somente poderá ser colocada no mercado
por meio do sistema de distribuição que compreende, dentre outras, as instituições
financeiras e demais sociedades que tenham por objeto distribuir a emissão de valores
mobiliários, seja como agentes da companhia emissora, seja por conta própria,
subscrevendo ou comprando a emissão para colocar no mercado. Essa atuação das
instituições financeiras especializadas na captação de recursos para as companhias,
por meio de distribuição pública de ações, debêntures e outros valores mobiliários
dela (companhia) é uma das principais atividades desenvolvidas no mercado de
capitais, constituindo-se em negócio jurídico denominado de underwriting ou
“contrato de garantia de colocação”. A companhia é designada como ofertante, a
instituição financeira é chamada de underwriter e os investidores são os destinatários
da oferta pública. A respeito desse contrato, é correto afirmar que
RESPOSTA: B
COMENTÁRIO
Conceito totalmente doutrinário.
69. Debêntures, títulos representativos de um contrato de mútuo entre a companhia
e pessoas indeterminadas, são valores mobiliários que conferem aos investidores
(mutuantes) o direito de crédito perante a sociedade anônima (mutuária), nas
condições constantes do certificado, se houver, e da escritura de emissão, podendo
sua emissão ser pública ou privada. Nas emissões de debêntures destinadas ao
mercado de capital, é obrigatória a figura do agente fiduciário, para representar a
comunhão de interesses dos debenturistas. A respeito do agente fiduciário, é correto
afirmar que
(C) poderá ser pessoa física que satisfaça aos requisitos para o exercício de cargo de
administração na companhia ou instituição financeira, autorizada pelo Banco Central
para o exercício da função e que tenha por objeto a administração ou custódia de bens
de terceiros; será escolhido pela sociedade anônima emissora, podendo este (o agente
fiduciário), na condição de substituto processual dos debenturistas, para proteção de
direitos ou defesa de interesses dos debenturistas, dentre outras atribuições, declarar o
vencimento antecipado das debêntures e promover a execução do principal e dos juros,
excutindo garantias se houver, ou pedir a falência da companhia emissora na ausência
de outros meios para realização do crédito debenturístico, sendo que, no caso de
decretação da falência, recuperação judicial ou liquidação extrajudicial da sociedade
anônima, o agente fiduciário será o representante dos debenturistas, salvo deliberação
em contrário da assembleia deles (debenturistas).
(D) poderá ser pessoa física que satisfaça aos requisitos para o exercício de cargo de
administração na companhia ou instituição financeira, autorizada pelo Banco Central
para o exercício da função e que tenha por objeto a administração ou custódia de bens
de terceiros; será escolhido pelos debenturistas na escritura de emissão, podendo este
(o agente fiduciário), na condição de litisconsorte necessário dos debenturistas, para
proteção de direitos ou defesa de interesses dos debenturistas, dentre outras
atribuições, declarar o vencimento antecipado das debêntures e promover a execução
do principal e dos juros, excutindo garantias se houver, ou pedir a falência da companhia
emissora na ausência de outros meios para realização do crédito debenturístico, sendo
que, no caso de decretação da falência, recuperação judicial ou liquidação extrajudicial
da sociedade anônima, o agente fiduciário será o representante dos debenturistas, salvo
deliberação em contrário da assembleia deles (debenturistas). (E) poderá ser pessoa
física que satisfaça aos requisitos para o exercício de cargo de administração na
companhia ou instituição financeira, autorizada pelo Banco Central para o exercício da
função e que tenha por objeto a administração ou custódia de bens de terceiros; será
escolhido pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), sendo que o agente fiduciário
tem seus deveres, atribuições e responsabilidades fixados na legislação e na escritura
de emissão de debêntures, sendo reputadas não-escritas quaisquer cláusulas restritivas,
tais como a disposição que exclua a responsabilidade do agente fiduciário perante os
debenturistas pelos prejuízos que lhes causar por culpa ou por dolo no exercício de suas
funções, ou a disposição que afaste sua representação pelos debenturistas na falência.
RESPOSTA: C
86
COMENTÁRIO
(A) Obras de infraestrutura, ainda que realizadas para beneficiar direta ou indiretamente
a rede escolar.
(B) Levantamentos estatísticos, estudos e pesquisas visando precipuamente ao
aprimoramento da qualidade e à expansão do ensino.
RESPOSTA: A
COMENTÁRIOS
Consoante a Constituição Federal, os Municípios devem aplicar vinte e cinco por cento, no
mínimo, da receita resultante de impostos, compreendida a proveniente de transferências, na
manutenção e desenvolvimento do ensino. No entanto, a liberdade do Poder Executivo para
aplicar o dinheiro público é restrita.
Nesse sentido, o art. 71 da LDB estabelece as atividades que NÃO PODEM ser computadas como
despesas inerentes à educação. Vejamos:
III - formação de quadros especiais para a administração pública, sejam militares ou civis,
inclusive diplomáticos;
Assim, caso o gestor público utilize os recursos destinados à educação com as despesas
previstas no art. 71 supracitado, infringirá a Lei de Diretrizes e Bases, bem como
a Constituição Federal.
Ao revés, o art. 70 da LDB aduz que considerar-se-ão como de manutenção e
desenvolvimento do ensino as despesas realizadas com vistas à consecução dos
objetivos básicos das instituições educacionais de todos os níveis, compreendendo as
que se destinam a:
71. O artigo 5o, § 1o, inciso III, da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei
no 9.394/96) preceitua que o acesso à educação básica obrigatória é direito público
subjetivo, e que o Poder Público, na esfera de sua competência federativa, deverá
zelar, junto aos pais ou responsáveis, pela frequência à escola, sendo certo que, não
obtendo êxito, nos termos do artigo 56, inciso II, do Estatuto da Criança e do
Adolescente (Lei no 8069/90), o Conselho Tutelar deverá ser comunicado para
aplicação de medida protetiva. Se mesmo assim o aluno continuar faltando às aulas,
reiteradamente, o Ministério Público deverá ser comunicado para:
(A) ajuizar ação civil pública objetivando o cumprimento de obrigação de fazer pelo
Poder Público, consistente em providenciar aulas domiciliares que impeçam a evasão
escolar.
(B) requisitar entrevista e visita a ser realizada por assistente social ou pedagogo no
domicílio do aluno, com a finalidade de verificar se, por conveniência circunstancial,
pode ser autorizado o ensino domiciliar (homeschooling), a fim de evitar a evasão
escolar.
(D) requisitar a condução coercitiva dos pais ou responsáveis até a unidade escolar, para
serem orientados acerca da necessidade de frequência do aluno às aulas.
RESPOSTA:E
COMENTÁRIOS
A esse respeito, dispõe o Estatuto da Criança e do Adolescente que cabe aos dirigentes
de estabelecimentos de ensino fundamental comunicar ao Conselho Tutelar os casos de
reiteração de faltas injustificadas e de evasão escolar, esgotados os recursos escolares.
De posse dessas informações, aduz o art. 136, II do ECA, o Conselho Tutelar deve
atender e aconselhar os pais ou responsável, aplicando as medidas protetivas previstas
no art. 129, I a VII do mesmo diploma. Dentre essas medidas está a obrigação de
matricular o filho ou pupilo e acompanhar sua frequência e aproveitamento escolar.
Nesse sentido, caso o Conselho tutelar constate que, mesmo com a aplicação da medida
protetiva, os pais reiteradamente descumprem as obrigações inerentes ao poder
familiar, deve representar ao Ministério Público para efeito das ações de perda ou
suspensão do poder familiar, prestando-lhe informações sobre os motivos de tal
entendimento e as providências tomadas para a orientação, o apoio e a promoção social
da família.
‘‘art. 1.638 - Perderá por ato judicial o poder familiar o pai ou a mãe que:
(...)
Art. 1.637. Se o pai, ou a mãe, abusar de sua autoridade, FALTANDO AOS DEVERES A
ELES INERENTES ou arruinando os bens dos filhos, cabe ao juiz, requerendo algum
parente, ou o Ministério Público, adotar a medida que lhe pareça reclamada pela
segurança do menor e seus haveres, até suspendendo o poder familiar, quando
convenha.
90
72. Celso Ribeiro Bastos e Ives Gandra Martins ensinam, em Comentários à
Constituição do Brasil. São Paulo: Saraiva, 1998. 8o vol., p.435, que A liberdade de
ensino possibilita e garante um desenvolvimento amplo da ciência e da pesquisa no
país. Essa liberdade, frisamos, visa a exterminar qualquer tipo de autoritarismo e de
manipulação que a educação possa sofrer. A liberdade de ensino pressupõe, antes de
tudo, a ideia de que os professores podem trabalhar segundo suas convicções, não
estando obrigados a ensinar o que os outros impõem. Dessa lição doutrinária se extrai
qual dos princípios legais a seguir?
(B) A ordem social tem como base o primado do trabalho, e como objetivos o bem-estar
e a justiça sociais.
RESPOSTA: D
COMENTÁRIOS
(D) natureza indivisível de que seja titular o grupo, categoria ou classe de pessoas ligadas
entre si ou com a parte contrária por uma relação jurídica-base.
RESPOSTA: B
COMENTÁRIOS
Diz respeito a uma classificação dos direitos coletivos stricto sensu a que alude Motauri Ciochetti
de Souza, Procurador de Justiça do MP/SP, no livro Ação Civil Pública e Inquérito Civil. Vejamos:
‘‘(…) Caracteriza os interesses coletivos, ainda, o vínculo jurídico, que, nos termos
do Código, pode existir ligando os integrantes do grupo entre si ou com a parte
contrária. Cumpre destacar que essa relação jurídica deve preexistir à lesão ou a
sua ameaça. Ao trazer a possibilidade de existência da relação jurídica base
ligando os integrantes do grupo entre si ou com a parte contrária, o Código criou
situações distintas. Com efeito, o vínculo organizacional somente pode ocorrer
com a existência da relação jurídica-base ligando entre si os integrantes do grupo,
categoria ou classe. Assim é com o condomínio (a convenção é o vínculo jurídico que
liga seus integrantes entre si), o grupo de consórcio (formado pela união contratual
de vontades dos titulares de cotas), ou os membros de uma sociedade ou associação
de classe (o estatuto respectivo é o elo comum a todos). Em tais casos, costuma-se
falar em interesse coletivo próprio. Contudo, quando a relação jurídica prevista
pelo Código liga os integrantes do grupo a um mesmo terceiro (à parte contrária),
inexistirá, ao menos em princípio, a figura organizacional. Como exemplo do que
acabamos de dizer, podemos citar os empregados de determinada empresa (todos
mantêm contratos individuais de trabalho), os alunos de certo estabelecimento de
ensino e os contratantes de seguro de vida com a mesma seguradora: mencionadas
pessoas não mantêm entre si vínculo organizacional qualquer; não obstante,
possuem todas elas relação contratual de idêntica natureza com um mesmo
terceiro: o empregador, a escola ou a empresa de seguros. Impende asseverar que,
mesmo sem o vínculo organizacional, a natureza indivisível do objeto impõe que 92
a solução do problema enfrentado por todos necessariamente seja comum.
Exemplo típico de tal situação é o de aumento nos planos de saúde ofertados pela
empresa "x" ou de mensalidades escolares por determinado
estabelecimento.Inexistindo o vínculo organizacional prévio, mas impondo o tema
solução comum a todos, a doutrina costuma falar em interesse coletivo impróprio
ou por extensão, vez que a sua identificação coletiva surgiu apenas em face do
conceito legal traçado pelo art. 81, parágrafo único, II, do CDC.’’
RESPOSTA:B
COMENTÁRIOS
Podem, consequentemente, ser tutelados em juízo pelo próprio titular individual. Sua
homogeneidade com outros direitos da mesma natureza, determinada PELA ORIGEM
COMUM, é que dá ensejo à tutela de todos eles em forma coletiva, mediante demanda
proposta em regime de substituição processual por um dos órgãos ou entidades para
tanto legitimados.
COLETIVOS
DIFUSOS INDIVIDUAIS HOMOGÊNEOS
(em sentido estrito)
Há uma
transindividualidade ARTIFICIA
São transindividuais São transindividuais
L, formal ou relativa (são
direitos individuais que, no
(há uma transindividualidade (há uma transindividualidade real
entanto, recebem tratamento
real ou material). ou material).
legal de direitos
transindividuais).
(C) que haja desapropriação do entorno com finalidade de demolição para destacar o
imóvel tombado.
(E) que não se possa construir de forma a impedir ou reduzir a visibilidade do bem
protegido.
RESPOSTA:E
COMENTÁRIOS
Vejamos:
Art. 18. Sem prévia autorização do Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, não se
poderá, na vizinhança da coisa tombada, fazer construção que lhe impeça ou reduza a
visibilidade, nem nela colocar anúncios ou cartazes, sob pena de ser mandada destruir a obra
ou retirar o objeto, impondo-se neste caso a multa de cinquenta por cento do valor do mesmo
objeto.
76. Como se explica que, nos termos da Constituição Federal, a União tem
competência concorrente com os Estados e Distrito Federal para legislar sobre
proteção do meio ambiente, nos termos do seu artigo 24 caput combinado com o § 1o
do mesmo dispositivo, se a mesma União tem competência privativa para legislar
sobre atividades nucleares de qualquer natureza, conforme artigo 22, inciso XXVI, da
mesma Constituição da República?
(A) O artigo 22, inciso XXVI, da Constituição da República, no que tange ao seu inciso
XXXVI, diz respeito apenas à regulamentação da exploração, implantação e instalação
de minérios nucleares. 95
(B) A expressão “atividades nucleares de qualquer natureza” não diz respeito ao tema
meio ambiente.
(C) O artigo 22, inciso XXVI, da Constituição Federal, configura exceção à regra em razão
da segurança nacional.
(E) O artigo 22, inciso XXVI, da Constituição da República, no que tange ao seu inciso
XXXVI, diz respeito apenas à prevenção e reparação de danos ambientais.
RESPOSTA: A
COMENTÁRIOS
Nesse sentido:
STF. Plenário. ADI 6909/PI e ADI 6913/DF, Rel. Min. Alexandre de Moraes, julgados em
17/9/2021 (Info 1030)
(A) pelas Comissões Tripartites Estaduais, formadas por representantes dos Poderes
Executivos da União, dos Estados e dos Municípios.
(B) pela Comissão Bipartite, formada pelos integrantes dos Poderes Executivos da União
e dos Estados, preferencialmente pelo Ministro do Meio Ambiente e pelos Secretários
Estaduais do Meio Ambiente.
(D) pela Comissão Tripartite Nacional, formada por representantes dos Poderes
Executivos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
COMENTÁRIOS
97
78. O Ministério Público tem legitimidade para ajuizar ação civil pública objetivando a
interdição de loja que funciona no interior de prédio com valor histórico e artístico de
forma incompatível, se o bem pertence a particular e não tenha sido previamente
tombado?
(A) Não, pois embora o artigo 1o, inciso III, da Lei no 7.347/85, e o artigo 25, inciso IV,
alínea “a”, da Lei no 8.625/93 (LONMP), confiram tal legitimidade à instituição, sem o
precedente tombamento não se pode obrigar o particular a compatibilizar o uso do bem
com o patrimônio cultural.
(B) Sim, desde que não haja licença ou autorização da Municipalidade para
funcionamento da loja no interior do prédio que se reputa de valor histórico e artístico,
pois embora o artigo 1o, inciso III, da Lei no 7.347/85, e o artigo 25, inciso IV, alínea “a”,
da Lei no 8.625/93 (LONMP), confiram tal legitimidade à instituição, a licença ou
autorização da Administração Pública revela a compatibilidade.
(C) Sim, se em fase de tombamento, como garantia de futura preservação, mesmo que
o bem seja particular, pois o artigo 1o, inciso III, da Lei no 7.347/85, e o artigo 25, inciso
IV, alínea “a”, da Lei no 8.625/93 (LONMP), conferem tal legitimidade à instituição.
(D) Sim, porquanto o artigo 1o, inciso III, da Lei no 7.347/85, e o artigo 25, inciso IV,
alínea “a”, da Lei no 8.625/93 (LONMP), conferem legitimidade à instituição para a
defesa do patrimônio cultural, independentemente de o bem ser público ou particular,
tombado, em fase de tombamento, ou não tombado, assim como independentemente
de existir ou não licença ou autorização da Administração para funcionamento da loja
em prédio de valor histórico ou artístico.
(E) Não, pois embora o artigo 1o, inciso III, da Lei no 7.347/85, e o artigo 25, inciso IV,
alínea “a”, da Lei no 8.625/93 (LONMP), confiram tal legitimidade à instituição, o
tombamento é pressuposto legal para reconhecimento do valor histórico e/ou artístico,
independentemente de o bem pertencer ao Estado ou a particulares.
RESPOSTA: D
COMENTÁRIOS
Senão vejamos:
98
”AÇÃO CIVIL PÚBLICA PARA PROTEÇÃO DO PATRIMÔNIO CULTURAL. LEGITIMIDADE DO
MINISTÉRIO PÚBLICO. POSSIBILIDADE DA PROPOSITURA DA AÇÃO AINDA QUE O BEM
QUE PRETENDA PROTEGER SEJA PARTICULAR E NÃO TENHA SIDO TOMBADO. RECURSO
ESPECIAL PROVIDO.
1. O Ministério Público do Estado de Minas ajuizou Ação Civil Pública com pedido de
declaração, por sentença, da incompatibilidade do funcionamento de loja Ricardo Eletro
no interior do Mercado Central de Belo Horizonte, edificação de reconhecido valor
cultural e artístico.
2. O Juízo do primeiro grau deferiu liminar para a interdição da loja. Todavia o Tribunal
de Justiça a suspendeu com o argumento de que o bem é particular, e não tombado, e
de que o Ministério Público seria parte ilegítima para promover Ação Civil Pública
visando à proteção do patrimônio cultural.
(A) cadastro dos idosos residentes, a fim de informar aos responsáveis por programas
habitacionais ou subsidiados com recursos públicos sobre a prioridade destes na
aquisição de imóvel para moradia própria, sob pena de interdição, além de atender a
toda a legislação pertinente.
(B) identificação externa visível, sob pena de interdição, além de atender a toda a
legislação pertinente.
(C) um espaço para atividades com base no livre acesso à rede mundial de
computadores, objetivando a inclusão digital do idoso, sob pena de interdição, além de
atender a toda a legislação pertinente.
(D) um espaço com biblioteca, televisão e rádio, sob pena de interdição, além de
atender a toda a legislação pertinente.
(E) ciclo mensal de palestras acerca dos direitos à vida, à liberdade, ao respeito e à
dignidade, à saúde, à educação, à cultura, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, ao
trabalho, e à assistência social, sob pena de interdição, além de atender a toda a
legislação pertinente.
RESPOSTA: B 99
COMENTÁRIOS
Art. 37. O idoso tem direito a moradia digna, no seio da família natural ou substituta, ou
desacompanhado de seus familiares, quando assim o desejar, ou, ainda, em instituição pública
ou privada.
(A) aos idosos contando com mais de oitenta anos que não possuírem meios para prover
a própria subsistência, nem de tê-la provida por sua família, é assegurado o benefício
mensal de 1 (um) salário-mínimo, nos termos da Lei Orgânica de Assistência Social.
(B) é assegurada prioridade especial, para os que contem com mais de oitenta anos,
atendendo-se suas necessidades sempre preferencialmente em relação aos demais
idosos.
(E) o Sistema Único de Saúde manterá, para os idosos com mais de oitenta anos,
unidades especiais de geriatria e gerontologia social.
RESPOSTA:B
COMENTÁRIOS
100
Literalidade do art. 3º do Estatuto do Idoso. Vejamos:
Art. 3o
(...)
81. Ajuizada ação popular colimando anulação de ato lesivo ao patrimônio público, e
a condenação ao ressarcimento dos responsáveis e possíveis beneficiários, pode-se
dizer que
(A) a ação popular é imprescritível. (B) o prazo prescricional da ação popular é de quinze
anos, mas o ressarcimento por ato doloso é imprescritível.
(C) o prazo prescricional da ação popular é de dez anos, mas o ressarcimento por ato
doloso é imprescritível.
(D) o prazo prescricional da ação popular é de vinte anos, mas o ressarcimento por ato
doloso é imprescritível.
(E) o prazo prescricional da ação popular é de cinco anos, mas o ressarcimento por ato
doloso é imprescritível.
RESPOSTA: E
COMENTÁRIOS
Isso porque, o Supremo Tribunal Federal, ao definir que são imprescritíveis as ações de
ressarcimento ao erário fundadas na prática de ato doloso tipificado na Lei de
Improbidade Administrativa, não restringiu o meio processual adotado para a
pretensão. Assim, é perfeitamente possível que, por exemplo, no bojo de uma ação 101
popular se pleiteie ressarcimento ao erário.
Senão vejamos:
‘‘É inaplicável o prazo de prescrição previsto na Lei de Ação Popular (art. 21 da Lei n.
4717/65) às pretensões de ressarcimento ao erário, em razão da imprescritibilidade das
ações de ressarcimento ao erário estabelecida pelo § 5o do art. 37 da CF/88.
82. É correto afirmar, no que tange aos instrumentos jurídicos da política urbana, que
(A) inexiste concessão de uso especial para fins de moradia no ordenamento jurídico
brasileiro.
(B) o usucapião especial de imóvel urbano é direito a ser reconhecido apenas duas vezes
ao mesmo possuidor, demonstrado que exercido, uma vez para moradia de seu núcleo
familiar primário, a outra para moradia de núcleo familiar secundário, nos termos do
Estatuto da Cidade (Lei no 10.257/2001).
(C) aquele que, até 22 de dezembro de 2016, possuiu como seu, por cinco anos,
ininterruptamente e sem oposição, até duzentos e cinquenta metros quadrados de
imóvel público, situado em área com características urbanas, ainda que com finalidades
rurais, e que o utilize para sua moradia e sustento, tem direito de uso especial para fins
de moradia em relação ao bem objeto da posse, desde que não seja proprietário ou
concessionário, a qualquer título, de outro imóvel urbano ou rural, conforme a Lei no
13.465/17, que alterou a Medida Provisória no 2.220/2001.
(D) todos os instrumentos da política urbana devem ser objeto de controle social,
garantida a participação de comunidades, movimentos e entidades da sociedade civil,
nos termos do Estatuto da Cidade (Lei no 10.257/2001).
(E) o imóvel público situado em área com características e finalidade urbanas, com mais
de duzentos e cinquenta metros quadrados, ocupados até 22 de dezembro de 2016, por
população de baixa renda para sua moradia, por cinco anos, ininterruptamente e sem
oposição, cuja área total dividida pelo número de possuidores seja inferior a duzentos e
cinquenta metros quadrados por possuidor, terá conferida concessão de uso especial
para fins de moradia, de forma coletiva, desde que os possuidores não sejam
proprietários ou concessionários, a qualquer título, de outro imóvel urbano ou rural,
conforme a Lei no 13.465/17, que alterou a Medida Provisória no 2.220/2001.
RESPOSTA: E 102
COMENTÁRIOS
Art. 1o Aquele que, até 22 de dezembro de 2016, possuiu como seu, por cinco anos,
ininterruptamente e sem oposição, até duzentos e cinquenta metros quadrados de
imóvel público situado em área com características e finalidade urbanas, e que o utilize
para sua moradia ou de sua família, tem o direito à concessão de uso especial para fins
de moradia em relação ao bem objeto da posse, desde que não seja proprietário ou
concessionário, a qualquer título, de outro imóvel urbano ou rural.
Art. 2o Nos imóveis de que trata o art. 1o, com mais de duzentos e cinquenta metros
quadrados, ocupados até 22 de dezembro de 2016, por população de baixa renda
para sua moradia, por cinco anos, ininterruptamente e sem oposição, cuja área total
dividida pelo número de possuidores seja inferior a duzentos e cinquenta metros
quadrados por possuidor, a concessão de uso especial para fins de moradia será
conferida de forma coletiva, desde que os possuidores não sejam proprietários ou
concessionários, a qualquer título, de outro imóvel urbano ou rural.
▪ adquirir-lhe-á o domínio,
Vejamos:
Art. 4o Para os fins desta Lei, serão utilizados, entre outros instrumentos:
(...)
§ 3o Os instrumentos previstos neste artigo QUE DEMANDAM DISPÊNDIO DE RECURSOS
por parte do Poder Público municipal devem ser objeto de controle social, garantida a
participação de comunidades, movimentos e entidades da sociedade civil.
Art. 1o Aquele que, até 22 de dezembro de 2016, possuiu como seu, por cinco anos,
ininterruptamente e sem oposição, até duzentos e cinquenta metros quadrados de
imóvel público situado em área com características e finalidade urbanas, e que o utilize
para sua moradia ou de sua família, tem o direito à concessão de uso especial para fins
de moradia em relação ao bem objeto da posse, desde que não seja proprietário ou
concessionário, a qualquer título, de outro imóvel urbano ou rural.
Art. 2o
83. Por não refletir a normatização do Código de Defesa do Consumidor quanto aos
acidentes de consumo, pode-se dizer que é incorreta qual das sentenças a seguir?
RESPOSTA:D
COMENTÁRIOS
De início, percebam, a questão trata de acidente de consumo (fato ou defeito).
FATO/DEFEITO VÍCIO
O art. 12 afirma que responsabilidade pelo fato o art. 18 do CDC não faz qualquer
do produto é objetiva e solidária entre o diferenciação entre os
fabricante, o produtor, o construtor e o fornecedores, estabelecendo a
importador, ou seja, todos os fornecedores que
integram a cadeia de consumo irão responder
responsabilidade solidária de
todos eles.
105
conjuntamente independentemente de culpa.
Art. 12 (...)
DIREITOS HUMANOS
RESPOSTA: A
COMENTÁRIO
Dispõe o artigo 24 da Lei 12.288/10 (Estatuto da igualdade racial) que:
Art. 24. O direito à liberdade de consciência e de crença e ao livre
exercício dos cultos religiosos de matriz africana compreende: (...) VIII
- a comunicação ao Ministério Público para abertura de ação penal em
face de atitudes e práticas de intolerância religiosa nos meios de
comunicação e em quaisquer outros locais.
RESPOSTA: B
COMENTÁRIO
Responde as alternativas (A) e (B):
Afirma o art. 2º da Recomendação 53 do CNMP: Art. 2º A situação de asseio ou
vestimenta não condizentes com as eventualmente exigidas por órgãos do Ministério
Público não constituirá óbice ao exercício do direito previsto no artigo anterior pela
população em situação de rua.
Responde as alternativas (C) e (D):
Art. 3º Se as normas de segurança interna exigirem a exibição de
documento pessoal para acesso às dependências do Ministério
Público, será concedida autorização especial para o ingresso de
pessoas em situação rua, sem que lhe sejam impostas situações de
constrangimento ou humilhação. Parágrafo único. A autorização
especial não dispensará a identificação da pessoa em situação de rua,
como o registro fotográfico e o fornecimento de informações pessoais,
quando possível.
86. Cumprindo a obrigação constante do inciso VI, do artigo 439, do Ato Normativo no
675/2010-PGJ-CGMP, de 28 de dezembro de 2010, o membro do Ministério Público do
Estado de São Paulo deve visitar e fiscalizar periodicamente os estabelecimentos que
prestam serviços às pessoas com deficiência; incumbindo-lhe tomar providências para
fazer cumprir a lei no que tange à internação psiquiátrica se
(A) a internação compulsória tiver sido determinada, de acordo com a ordem jurídica,
pelo juiz competente, levando em conta as condições de segurança do estabelecimento,
quanto à salvaguarda do paciente, dos demais internados e funcionários, com
recomendação médica de profissional registrado em outro Conselho Regional de
Medicina que não o do Estado de São Paulo.
(B) o paciente com transtorno mental estiver sendo tratado em ambiente terapêutico
por meios invasivos, ainda que reputados necessários pelo responsável pelo
tratamento.
(C) o paciente com transtornos mentais tiver sido internado em instituição com
características asilares.
(D) pesquisas científicas para fins de diagnósticos ou terapêuticos não tiverem sido
comunicadas ao Ministério Público, embora com o consentimento expresso do
paciente, de seu representante legal, e com a comunicação ao conselho profissional
competente e ao Conselho Nacional de Saúde.
(E) o internado involuntariamente manifestar, por escrito, que pretende o término do
tratamento hospitalar, nada obstante a vontade contrária de seu familiar ou
responsável legal, como forma de fazer prevalecer seu direito humano à locomoção.
RESPOSTA: C
COMENTÁRIO
Alternativa A: O erro da alternativa está em condicionar a internação compulsória
(aquela determinada pelo juiz) a requisito trazido pela lei especificamente à internação
involuntária (requerida por terceiro, sem o consentimento do usuário), qual seja, a
recomendação médica de profissional registrado no Conselho Regional de Medicina do
Estado em que se localizar o estabelecimento.
Alternativa B: Dispõe o art. 2º, parágrafo único, inciso VII, da Lei 10.216/01, que é direito 109
da pessoa portadora de transtorno mental ser tratada em ambiente terapêutico pelos
meios menos invasivos possíveis. Desta forma, os meios invasivos não são inadmitidos,
mas devem ser ministrados da forma mais branda possível, visando sempre a saúde da
pessoa submetida ao tratamento.
Alternativa C: A internação em instituição com característica asilar viola frontalmente
direito expressamente estabelecido em lei: art. 4º, §3º É vedada a internação de
pacientes portadores de transtornos mentais em instituições com características
asilares, ou seja, aquelas desprovidas dos recursos mencionados no § 2o e que não
assegurem aos pacientes os direitos enumerados no parágrafo único do art. 2o.
Alternativa D: A comunicação ao MP não é condição necessária à realização de pesquisas
científicas, conforme afirma o art. 11 da lei: Art. 11. Pesquisas científicas para fins
diagnósticos ou terapêuticos não poderão ser realizadas sem o consentimento expresso
do paciente, ou de seu representante legal, e sem a devida comunicação aos conselhos
profissionais competentes e ao Conselho Nacional de Saúde.
RESPOSTA:
COMENTÁRIO
A alternativa correta traz ipsis litteris o exposto no acórdão da referida Ação de
Descumprimento de preceito fundamental:
10. No âmbito do direito constitucional brasileiro, o direito das pessoas LGBTI
à não discriminação e à proteção física e mental tem amparo: (i) no princípio
da dignidade humana[9], (ii) no direito à não discriminação em razão da
identidade de gênero ou em razão da orientação sexual[10], (iii) no direito à
vida e à integridade física[11], (iv) no direito à saúde[12], (v) na vedação à
tortura e ao tratamento desumano ou cruel[13] e na cláusula de abertura da
Constituição de 1988 ao direito internacional dos direitos humanos[14]. Há,
igualmente, jurisprudência consolidada no Supremo Tribunal Federal
reconhecendo o direito deste grupo a viver de acordo com a sua identidade
de gênero e a obter tratamento social compatível com ela (ADI 4275, red.
p/o acórdão Min. Edson Fachin; RE 670.422, rel. Min. Dias Toffoli).
DIREITO ADMINISTRATIVO
(B) Como modo de aquisição originária de propriedade por pessoas jurídicas políticas, é
vedada a transferência dos bens desapropriados a terceiros.
RESPOSTA: A
COMENTÁRIOS
I. Os atos administrativos inválidos devem ser anulados quando eivados de vício, mas
devem ser preservados se transcorrido mais de cinco anos de sua edição e não for
constatada má-fé do seu beneficiário, ressalvado no Estado de São Paulo, que deve
seguir o prazo decadencial de 10 anos.
II. Municípios paulistas que não disponham de leis próprias de processo administrativo
112
devem aplicar a Lei de Processo Administrativo do Estado de São Paulo (Lei no
10.177/98).
III. É inválida decisão administrativa que não seja precedida de motivação, ressalvados
os atos discricionários.
RESPOSTA: B
COMENTÁRIOS
Vamos por afirmação.
I. Incorreta. Não há tal prazo na Lei do Processo Administrativo do Estado de São Paulo.
II. Incorreta. Segundo o art. 2º da Lei n. 10.177/1998: As normas desta Lei aplicam-se
subsidiariamente aos atos e procedimentos administrativos com disciplina legal
específica. O que este dispositivo prega é que pode haver a ocorrência de leis
municipais, aplicando-se subsidiariamente a lei estadual, bem como a lei federal n.
9.784/99.
IV. Correta. O primeiro período da questão está em total consonância com a norma
administrativista. A Administração Pública, ante o poder regulamentar, se utiliza do
processo administrativo em suas manifestações.
(A) INCORRETA.
(B) CORRETA.
(C) INCORRETA.
(D) Pelo regime da Lei no 14.133/2021, o TCE-SP deverá avaliar, antes da anulação
automática do contrato, se há possibilidade de saneamento e se a invalidação é medida
de interesse público. Mesmo irregular, o contrato poderá ser continuado se sua
anulação e consequente paralização da prestação do serviço não forem medidas de
interesse público, considerando, por exemplo, os riscos sociais, ambientais e a
segurança da população local.
RESPOSTA: D
COMENTÁRIOS
(A) INCORRETA. De acordo o Decreto n. 9.830/2019, art. 8º, na interpretação de normas 114
sobre gestão pública, serão considerados os obstáculos, as dificuldades reais do agente
público e as exigências das políticas públicas a seu cargo, sem prejuízo dos direitos dos
administrativos.
(B) INCORRETA. Nos termos do mesmo Decreto citado, art. 5º: A decisão que determinar
a revisão quanto à validade de atos, contratos, ajustes, processos ou normas
administrativos cuja produção de efeitos esteja em curso ou que tenha sido concluída
levará em consideração as orientações gerais da época. É vedado declarar inválida
situação plenamente constituída devido à mudança posterior de orientação geral. O
disposto no §1º não exclui a possibilidade de suspensão de efeitos futuros de relação em
curso. Para fins do disposto neste artigo, consideram-se orientações gerais as
interpretações e as especificações contidas em atos públicos de caráter geral ou em
jurisprudência judicial ou administrativa majoritária e as adotadas por prática
administrativa reiterada e de amplo conhecimento público.
(C) A banca deu como correta, contudo entendemos que é possível a anulação desta
questão, porquanto a alternativa C carrega falhas do ponto de vista legal e doutrinário.
A LINBD foi alterada pela Lei n. 13.655/2018, que fez incluir o art. 21 com a seguinte
previsão: A decisão que, nas esferas administrativa, controladora ou judicial, decretar a
invalidação de ato, contrato, ajuste, processo ou norma administrativa deverá indicar
DE MODO EXPRESSO SUAS CONSEQUÊNCIAS JURÍDICAS E ADMINISTRATIVA. No
mesmo sentido, a regulamentação dada pelo Decreto n. 9.830/19 fez constar no art. 4º,
§1º que a consideração das consequências jurídicas e administrativas é limitada aos
fatos e fundamentos de mérito jurídicos que se espera do decisor no exercício diligente
de sua atuação.
Note Megeano e Megeana, todos estes pontos devem ser observados pelo órgão
controlador, estamos diante de um mandamento constitucional – art. 37, caput e incisos
da CF/88. Há subsídios no enunciado que atestam estes fatos? O Mege reafirma: NÃO. 115
Merece portanto ser ANULADA a questão, haja vista ausência de exposição pela banca
de dados que pudessem razoavelmente levar à solução da afirmação C. Pensar diferente
disso é exigir dos candidatos e candidatas fatos fora da prova, o que não é permitido e
pode ensejar ações judiciais em obediência a jurisprudência dos Tribunais Superiores.
(D) CORRETA. A afirmação está correta por está incorreta segundo o MPSP, isso mesmo.
A nova lei de licitações e contratos, em seu art. 147 que trata dos contratos, afirma que:
constatada irregularidade no procedimento licitatório ou na execução contratual, caso
não seja possível o saneamento, a decisão sobre a suspensão da execução ou sobre a
declaração de nulidade do contrato somente será adotada na hipótese em que se
revelar medida de interesse público, com avaliação, entre outros, dos seguintes
aspectos: I - impactos econômicos e financeiros decorrentes do atraso na fruição dos
benefícios do objeto do contrato; II - riscos sociais, ambientais e à segurança da
população local decorrentes do atraso na fruição dos benefícios do objeto do contrato
[...]
Essa afirmação o Mege já considera como correta, nos termos legais. A legislação está
sendo obedecida conforme o pedido na afirmação em consonância com o enunciado.
Dessa forma, se banca não mudar o gabarito, é hipótese de anulação. Se houver alguma
retificação, é possível que essa letra D seja dada como incorreta.
(E) INCORRETA. Dada a segurança jurídica exigível nas ações do administrador e dos
órgãos de controle na aplicação das normas, o art. 19 do Decreto n. 9.830/19 afirma que
as autoridades públicas atuação com vistas a aumentar a segurança jurídica na
aplicação das normas, inclusive pode meio de normas complementares, orientações
normativas, súmulas, enunciados e respostas a consultas.
(A) São órgãos autônomos e independentes do chefe do Poder Executivo, de modo que
suas decisões não podem ser por ele revistas, ressalvadas aquelas contrárias a políticas
públicas, que expressamente afrontem texto de lei ou que impactem significativamente
no orçamento público.
(C) A regulação não é uma atribuição privativa das Agências Reguladoras, podendo ser
exercida por outros órgãos e entes públicos que receberem esta competência por lei.
(D) Aquelas que se qualificarem, como autarquias, são criadas por lei de inciativa do
chefe do Poder Executivo e têm regime especial, definido pela competência regulatória
normativa.
(E) Para assegurar a expertise técnica das Agências Reguladoras, os dirigentes devem 116
possuir reputação ilibada e notório conhecimento no campo de sua especialidade,
requisitos esses aferíveis em fase própria, quando da indicação pelo Chefe do Poder
Executivo.
RESPOSTA: C
COMENTÁRIOS
(A) INCORRETA. Primeiro ponto de análise é que os órgãos autônomos não são
independentes, ou seja, estão subordinados a estes, em que pese gozarem de grande
autonomia. A afirmação coloca as Agências Reguladoras em pé de igualdade com o alto
escalação da Administração Pública, o que não deve ser tido como verdade.
(B) INCORRETA. A Lei n. 13.848/19 faz constar três ações fundamentais das Agências
Reguladoras: fiscalizatória, sancionatória e arbitral. Contata-se ainda que é vedada a
delegação de competências normativas da Agências Reguladoras.
(C) CORRETA. É sabido que não só uma agência reguladora exerce atividade de
regulação. Outros agentes jurídicos com personalidade definida em lei pode possuir tal
caráter. Segundo o parágrafo único do art. 2º da Lei n. 13.848/2019, ressalvado o que
dispuser a legislação específica, aplica-se o disposto nesta Lei ás autarquias especiais
caracterizadas, nos termos desta Lei, como agências reguladoras e criadas a partir de
sua vigência.
(A) Ela veda a aquisição de artigos de luxo pela Administração Pública, mas confere aos
Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário competência para delimitar, em regulamento,
os limites para enquadramento dos bens de consumo nas categorias comum e luxo, sem
o qual não poderão ser realizadas novas compras de bens de consumo.
117
(B) Trata-se de lei geral das contratações públicas, aplicando-se integralmente à
Administração Pública Direta, Autárquica e Fundacional, bem como às empresas estatais
dependentes.
(E) É uma lei marcada por delegações legislativas, exigindo-se que a União, os Estados,
o DF e os Municípios editem regulamentos próprios para cada uma das hipóteses de
delegação legislativa como condição de aplicabilidade da Nova Lei de Licitações e
Contratos Administrativos (Lei no 14.133/2021).
RESPOSTA: A
COMENTÁRIOS
(A) CORRETA. Segundo o art. 20 da Lei n. 14.133/21, os itens de consumo adquiridos
para suprir as demandas das estruturas da Administração Pública deverão ser de
qualidade comum, não superior à necessária para cumprir as finalidades às quais se
destinam, vedada a aquisição de artigos de luxo. Contudo, os Poderes Executivo,
Legislativo e Judiciário definirão em regulamento os limites para o enquadramento dos
bens de consumo nas categorias comum e luxo.
(B) INCORRETA. Às empresas estatais aplica-se o regime específico delimitado pela Lei
n. 13.303/2016.
(C) INCORRETA. Não há possibilidade de combinação de leis, formando uma lex tertia.
Isso é previsão expressa da NLDLC. Em seu artigo 191 prevê que até o decurso do prazo
de que trata o art. 193 (2 anos), a Administração poderá optar por licitar ou contratar
diretamente de acordo com esta Lei ou de acordo com as leis citadas no referido inciso,
e a opção escolhida deverá ser indicada expressamente no edital ou no aviso ou
instrumento de contratação direta, vedada a aplicação combinada desta Lei com as
citadas no referido inciso.
(E) INCORRETA. Não é o que consta do art. 1º inciso I da NLDLC. Esta Lei estabelece
normas gerais de licitação e contratação para as Administrações Públicas diretas,
autárquicas e fundacionais da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. 118
(A) O exame de regularidade da contratação direta deve considerar, além dos limites
objetivos da lei, o processo de planejamento da contratação direta, o regime de
execução do contrato, a intenção do agente público, as peculiaridades do caso concreto
e os danos que gerarem para a Administração Pública.
RESPOSTA: B
COMENTÁRIOS
(A) INCORRETA. Segundo o art. 156, § 1º da NLDLC: Na aplicação das sanções serão
considerados: I - a natureza e a gravidade da infração cometida; II - as peculiaridades do
caso concreto; III - as circunstâncias agravantes ou atenuantes; IV - os danos que dela
provierem para a Administração Pública; V - a implantação ou o aperfeiçoamento de
programa de integridade, conforme normas e orientações dos órgãos de controle. A
119
intensão do agente não é requisito formal.
(B) CORRETA. De acordo com o art. 71 da NLDLC, inciso III, a autoridade superior poderá
proceder à anulação da licitação, de ofício ou mediante provocação e terceiros, sempre
que presente ilegalidade insanável. Já nos termos do art. 169, II da NLDLC as
contratações públicas deverão submeter-se a práticas contínuas e permanentes de
gestão de riscos e de controle preventivo, inclusive mediante a adoção de recursos de
tecnologia da informação, e, além de estar subordinadas ao controle social, sujeitar-se-
ão às seguintes linhas de defesa – II: [...] unidades de assessoramento jurídico e de
controle interno do próprio órgão ou entidade. Ademais, na dicção do art. 73 na hipótese
de contratação direta indevida ocorrida com dolo, fraude ou erro grosseiro, o contratado
e o agente público responsável responderão solidariamente pelo dano causado ao
erário, sem prejuízo de outras sanções legais cabíveis. Alfim, a quarta afirmação também
é correta, uma vez que foi criado o PNCP (Portal Nacional de Contratações Públicas), em
sítio eletrônico oficial destinado à divulgação centralizada e obrigatória dos atos
exigidos por lei.
(C) INCORRETA. É um caso de dispensa de licitação, nos termos do art. 75, VIII da
NLDLC. Sendo possível, e não gerando automaticamente uma ação que cause ato de
improbidade administrativa apurável.
(A) Conceitos jurídicos indeterminados podem ter seu conteúdo delimitado pela
interpretação da norma à luz da experiência.
(B) Nos atos administrativos vinculados, inexiste margem de apreciação pela autoridade
competente do modo de aplicação da lei ao caso concreto, visto que a única decisão
juridicamente válida é aquela expressa no texto legal.
(D) Para serem válidos, os atos administrativos devem se compatibilizar com a lei e o
Direito, abarcando a autovinculação do Poder Público aos seus regulamentos e o dever
120
de observância de pareceres vinculantes.
(E) Pela teoria dos graus de vinculação à juridicidade, são reconhecidos diferentes graus
de vinculação dos atos administrativos ao ordenamento jurídico.
RESPOSTA: C
COMENTÁRIOS
(A) Incumbe ao Estado a proteção dos dados pessoais, tais como os dados pessoais
sensíveis, os dados anonimizados e os dados utilizados para formação de perfil
comportamental de pessoa natural identificada ou identificável.
(B) Cidadão cujo pedido de benefício social tenha sido indeferido pode solicitar o nome
do servidor público responsável pelo seu processo administrativo e pode ingressar com
ação por danos diretamente em face desse agente público.
(E) O pedido de acesso à informação pode ser apresentado por qualquer interessado,
por qualquer meio legítimo, cabendo ao órgão ou entidade pública conceder o acesso
imediato ou negá-lo nas hipóteses específicas previstas em lei ou regulamento, sendo
sempre imprescindível a motivação nesse caso.
RESPOSTA: E
COMENTÁRIOS
(A) INCORRETA. A própria Constituição Federal veda o anonimato em seu art. 5º (direito
fundamental).
(D) INCORRETA. As questões que merecem o devido sigilo não se qualificam como
direito público subjetivo.
122
96. Assinale a alternativa correta sobre a extinção dos contratos administrativos,
considerando o regime da Nova Lei de Licitações e Contratos Administrativos (Lei no
14.133/2021).
RESPOSTA: A
COMENTÁRIOS
Questão passível de recurso.
(A) CORRETA. Segundo o art. 137 da NLDLC: § 2º O contratado terá direito à extinção
do contrato nas seguintes hipóteses: I - supressão, por parte da Administração, de
obras, serviços ou compras que acarrete modificação do valor inicial do contrato além
do limite permitido no art. 125 desta Lei; II - suspensão de execução do contrato, por
ordem escrita da Administração, por prazo superior a 3 (três) meses; III - repetidas
suspensões que totalizem 90 (noventa) dias úteis, independentemente do pagamento
obrigatório de indenização pelas sucessivas e contratualmente imprevistas
desmobilizações e mobilizações e outras previstas; IV - atraso superior a 2 (dois) meses,
contado da emissão da nota fiscal, dos pagamentos ou de parcelas de pagamentos
devidos pela Administração por despesas de obras, serviços ou fornecimentos; V - não
liberação pela Administração, nos prazos contratuais, de área, local ou objeto, para
execução de obra, serviço ou fornecimento, e de fontes de materiais naturais
especificadas no projeto, inclusive devido a atraso ou descumprimento das obrigações
atribuídas pelo contrato à Administração relacionadas a desapropriação, a desocupação
de áreas públicas ou a licenciamento ambiental.
(B) INCORRETA. Nos termos do art. 137 da NLDLC, constituirão motivos para a extinção
do contrato, o qual deverá ser formalmente motivado nos autos do processo,
assegurados o contraditório e a ampla defesa [...]
(C) INCORRETA. Mesmo fundamento da afirmação A. 123
Ademais, art. 138. A extinção do contrato poderá ser: I - determinada por ato unilateral
e escrito da Administração, exceto no caso de descumprimento decorrente de sua
própria conduta; II - consensual, por acordo entre as partes, por conciliação, por
mediação ou por comitê de resolução de disputas, desde que haja interesse da
Administração; III - determinada por decisão arbitral, em decorrência de cláusula
compromissória ou compromisso arbitral, ou por decisão judicial.
(D) INCORRETA. O Mege considera esta questão passível de recurso, uma vez que o art.
139 da NLDLC prevê a retenção dos créditos decorrentes do contrato até o limite dos
prejuízos causados à Administração Pública e das multas aplicadas. Desta forma, a
extinção determinada por ato unilateral da Administração poderá acarretar a retenção,
mas não das garantias prestadas. Vamos à leitura do disposto na íntegra que para
fundamento possível de recurso:
Art. 139. A extinção determinada por ato unilateral da Administração poderá
acarretar, sem prejuízo das sanções previstas nesta Lei, as seguintes consequências: I
- assunção imediata do objeto do contrato, no estado e local em que se encontrar, por
ato próprio da Administração; II - ocupação e utilização do local, das instalações, dos
equipamentos, do material e do pessoal empregados na execução do contrato e
necessários à sua continuidade; III - execução da garantia contratual para: a)
ressarcimento da Administração Pública por prejuízos decorrentes da não execução; b)
pagamento de verbas trabalhistas, fundiárias e previdenciárias, quando cabível; c)
pagamento das multas devidas à Administração Pública; d) exigência da assunção da
execução e da conclusão do objeto do contrato pela seguradora, quando cabível; IV -
retenção dos créditos decorrentes do contrato até o limite dos prejuízos causados à
Administração Pública e das multas aplicadas. § 1º A aplicação das medidas previstas
nos incisos I e II do caput deste artigo ficará a critério da Administração, que poderá dar
continuidade à obra ou ao serviço por execução direta ou indireta. § 2º Na hipótese do
inciso II do caput deste artigo, o ato deverá ser precedido de autorização expressa do
ministro de Estado, do secretário estadual ou do secretário municipal competente,
conforme o caso.
(E) INCORRETA. Nos termos da Lei n. 14.133/21.
(D) Embora possam obter lucro quando do exercício regular de suas atividades, as
entidades do terceiro setor não podem distribui-lo entre seus sócios ou associados,
assim como conselheiros, diretores, empregados, doadores ou terceiros, devendo
obrigatoriamente aplicá-lo na consecução do objeto social, inclusive por meio da
constituição de fundos patrimoniais (endowment).
(E) O contrato de gestão celebrado entre Poder Público e organização social estabelece
parceria para prestação de serviços de relevância pública, como a saúde e a cultura, e
dispõe sobre o fomento por meio de doação de bens públicos necessários ao
cumprimento do contrato de gestão, destinação de recursos orçamentários e
afastamento de empregado público para as organizações sociais, com ônus para a
origem.
RESPOSTA: D
COMENTÁRIOS
(B) INCORRETA. A proposta dos indivíduos não é para que o Poder Público realize
chamamento público, mas o chamamento é uma ação do Poder Público a partir da
manifestação da sociedade.
(C) INCORRETA. Por expressa disposição legal inserta no Código Civil Brasileiro, art. 66,
o dever de velar pelas fundações recai, excetuando-se as públicas, sobre o Ministério
Público do Estado onde ela estiver situada. Em outras palavras, significa dizer que cabe
ao Ministério Público Estadual a atribuição fiscalizatória sobre tais entes. A ele deverão,
por força de lei, obrigatoriamente prestar contas todas as fundações instituídas e
disciplinadas segundo os ditames do Código Civil. Portanto, as aludidas fundações
deverão originariamente prestar contas ao Ministério Público, independentemente de
gerirem ou não recursos públicos. Assim, pode-se concluir que esta obrigação legal das
fundações faz surgir ao Órgão Fiscal da Lei uma importante atribuição relativa a tais
institutos, qual seja a atribuição fiscalizatória originária das fundações instituídas e
disciplinadas segundo as disposições civis, no que diz com seus aspectos finalísticos e
contábeis.
DIREITO ELEITORAL
(B) pode ser integrada por partidos políticos sem registro definitivo no TSE.
(C) não pode ter sua existência limitada à realização da eleição de 2022.
(D) impõe aos partidos políticos nela reunidos permanecer juntos por, no máximo,
quatro anos.
(E) pode ser formada após o prazo de realização das convenções partidárias.
RESPOSTA: C
COMENTÁRIOS
(A) INCORRETA. A Federação Partidária terá abrangência nacional e seu registro será
encaminhado ao TSE.
(C) CORRETA. De acordo com o que fez prever a Lei n. 14.208 de 2021, dois ou mais
partidos políticos poderão reunir-se em federação, a qual, após sua constituição e
respectivo registro perante o TSE, atuará como se fosse uma única agremiação
partidária. No mesmo sentido, aplicam-se á federação de partidos todas as normas que
regem o funcionamento parlamentar e a fidelidade partidária.
(B) não pode ter sua existência limitada à realização de uma só eleição.
(C) impõe aos partidos políticos nela reunidos permanecer juntos por, no mínimo,
quatro anos.
(D) não pode ser instituída para as eleições majoritárias.
RESPOSTA: E
COMENTÁRIOS
(B) INCORRETA. As alianças em coligação valem apenas até a eleição, diferente das
federações partidárias.
(E) CORRETA. Segundo a Lei das Eleições (9.504/97), art. 6º é facultado aos partidos
políticos, dentro da mesma circunscrição, celebrar coligações para eleição majoritária.
100. O candidato que vier a doar, oferecer, prometer, ou entregar, ao eleitor, com o
fim de obter-lhe o voto, bem ou vantagem pessoal de qualquer natureza, inclusive
127
emprego ou função pública, desde o registro da candidatura até o dia da eleição,
pratica uma conduta ilícita que
RESPOSTA: C
COMENTÁRIOS
(C) CORRETA. Segundo o art. 41-A da Lei das Eleições: Ressalvado o disposto no art. 26
e seus incisos, constitui captação de sufrágio, vedada por esta Lei, o candidato doar,
oferecer, prometer, ou entregar, ao eleitor, com o fim de obter-lhe o voto, bem ou
vantagem pessoal de qualquer natureza, inclusive emprego ou função pública, desde o
registro da candidatura até o dia da eleição, inclusive, sob pena de multa de mil a
cinqüenta mil Ufir, e cassação do registro ou do diploma, observado o procedimento
previsto no art. 22 da Lei Complementar no 64, de 18 de maio de 1990. (Incluído pela Lei
nº 9.840, de 1999)
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