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Memorex OAB – Exame XXXIV – Rodada 04
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Memorex OAB – Exame XXXIV – Rodada 04
ÍNDICE
ÉTICA .................................................................................................................................... 4
FILOSOFIA DO DIREITO ........................................................................................... 15
DIREITO CONSTITUCIONAL .................................................................................... 18
DIREITOS HUMANOS .................................................................................................. 33
DIREITO INTERNACIONAL....................................................................................... 35
DIREITO TRIBUTÁRIO ............................................................................................... 38
DIREITO ADMINISTRATIVO .................................................................................... 44
DIREITO AMBIENTAL.................................................................................................. 59
DIREITO CIVIL ............................................................................................................... 61
ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE ................................................ 68
CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR ............................................................. 71
PROCESSO CIVIL .......................................................................................................... 75
DIREITO EMPRESARIAL ............................................................................................ 89
DIREITO PENAL ............................................................................................................. 93
PROCESSO PENAL....................................................................................................... 106
DIREITO DO TRABALHO .......................................................................................... 117
PROCESSO DO TRABALHO...................................................................................... 126
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ÉTICA
DICA 01
DO PROCESSO DISCIPLINAR
O processo Disciplinar é o meio pelo qual apura infração disciplinar dos profissionais
inscritos nos quadros da OAB.
Está fundamentado:
Artigos 68 a 77 do EAOAB;
Artigos 55 a 69 do CED;
Artigos 137-A a 144-A do RGEOAB.
Será aplicado subsidiariamente, ao processo disciplinar, as regras da legislação
processual penal comum.
O processo disciplinar será instaurado de ofício ou mediante representação de qualquer
autoridade ou pessoa interessada.
DICA 02
DAS REPRESENTAÇÕES NO PROCESSO DISCIPLINAR
Representações contra:
Processadas e julgadas Conselho Federal;
- Membros da DIRETORIA do
Conselho Federal; Conselho Pleno.
- Membros honorários vitalícios;
- Membros detentores da
medalha RUI BARBOSA.
Processadas e julgadas
Representações contra: Conselho Pleno.
- DIRIGENTE da Subseção.
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DICA 03
DA COMPETÊNCIA DO TRIBUBAL DE ÉTICA E DISCIPLINA
De acordo com o Art. 71 do CED, a competência do Tribunal de Ética e Disciplina é:
Estabelecer parcerias
com as escolas da
advocacia.
Em 1º grau: Julgar
processo ético
disciplinar
Suspender, forma Organizar, Promover e
preventiva, o acusado, Ministrar:
em caso de conduta que - Cursos;
prejudique a advocacia. - Palestras;
- Seminários;
- Eventos de Natureza
Ética Profissional;
DICA 04
DA COMPETÊNCIA DO TED COMO ÓRGÃO MEDIADOR
Segundo Inciso VI e alíneas “a, b e c” do Artigo 71 do CED; o Tribunal de Ética e Disciplina
ainda tem como competência atuar como órgão Mediador ou Conciliador, nas
questões:
Assinatura.
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DICA 06
DO SIGILO NO PROCESSO DISCIPLINAR
O Código de Ética e Disciplina estabelece todos os critérios para representação e seus
procedimentos.
As partes,
Seus defensores,
Autoridade competente.
O sigilo do processo se dá do início dele ao seu término, porém nos casos em que o
advogado for suspenso ou excluído dos quadros da OAB, este deverá ser publicado no
D.O.E.OAB.
DICA 07
DOS PRAZOS NO PROCESSO DISCIPLINAR
Os prazos para manifestação no processo, em geral, são de 15 dias, sendo computados
somente os dias úteis.
DICA 08
DA PRESCRIÇÃO DO PROCESSO DISCIPLINAR
O direito de ação contra infrações disciplinares acometidas pelo advogado prescreve em
05 anos, contados da constatação da data oficial dos fatos (Art. 43, caput EAOAB).
Também se observa no Estatuto da Advocacia, a prescrição intercorrente; que ocorre
quando o processo fica paralisado por mais de 03 anos, sem despacho ou julgamento,
podendo ser ARQUIVADA:
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De oficio;
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DICA 11
REVISÃO DO PROCESSO DISCIPLINAR
Haverá possibilidade de revisão do processo disciplinar, conforme preceituam os artigos
73, §5º do EAOAB e artigo 68 do CED.
Erro de julgamento;
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DICA 12
LINHA DO TEMPO DO PROCESSO DISCIPLINAR
Uma vez citado, o advogado deverá apresentar sua defesa; na ausência desta,
nomeia-se um defensor dativo.
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EFEITO SUSPENSIVO DE RECURSO EM PROCESSO DISCIPLINAR
DICA 15
ADVOGADO ESTRANGEIRO ATUANTE NO BRASIL
Fundamentado no Provimento 91/2000 do Conselho Federal da OAB.
I. Capacidade civil
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A exceção para tal ato, será do inciso III, ficando dispensado de juntar o título de
eleitor e a quitação do serviço militar.
DICA 17
BRASILEIRO FORMADO NO EXTERIOR E ADVOGAR NO BRASIL
É preciso que o advogado, que seja brasileiro formado no exterior e tenha a pretensão de
advogar no Brasil, faça prova do título de graduação, obtida em instituição
estrangeira, revalidada por órgão oficial brasileiro.
ATENÇÃO!
DICA 18
SOBRE A ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL – OAB
A OAB é uma entidade “Sui Generis”.
Sua natureza jurídica “Sui Generis” se dá pelo fato de abranger tanto o interesse
público com o privado. Sua dupla finalidade consiste em:
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Por ser serviço público, goza de imunidade tributária;
DICA 19
DOS ÓRGÃOS QUE COMPÕEM A OAB
I) O Conselho Federal;
III) As Subseções;
A OAB não é fiscalizada por qualquer órgão, realizando assim a sua própria
fiscalização, que ocorre internamente.
DICA 20
OUTRAS CARACTERÍSTICAS DA OAB
DICA 21
A RESPEITO DA IMUNIDADE DA OAB E CONTRIBUIÇÃO SINDICAL
A OAB tem imunidade tributária total;
De bens;
Sendo: Rendas;
Serviços.
Segundo o artigo 47 do EAOAB, o advogado terá um pagamento anual único a OAB.
O pagamento de contribuição anual isenta os inscritos de contribuição sindical
obrigatória.
O pagamento de anuidade pelo advogado é obrigatório.
Todos os direitos reservados. proibida cópia, plágio ou comercialização.
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DICA 22
DA DEFESA JUDICIAL DAS PRERROGATIVAS DO ADVOGADO
Os artigos 15 a 17 do regulamento geral da OAB, traz as características e as formalidades
a respeito da defesa judicial das prerrogativas do advogado.
Caso seja constrangido a depor, sob ameaça de prisão, tal pessoa incorrerá em
pena, sendo:
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A mesma pena incorre a quem prosseguir o interrogatório de:
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FILOSOFIA DO DIREITO
DICA 26
GUSTAV RADBRUCH
Este jurista alemão, que faz parte da Escola de Baden, foi durante sua juventude um
positivista, todavia com a ascensão do Nazismo na sua terra natal, a Alemanha e com
todo o ocorrido na Segunda Guerra Mundial, ele começou a criticar o positivismo jurídico e
se aproximar do jusnaturalismo. Um dos pontos que fez ele criticar o positivismo foi ver
que o Nazismo em muitas ocasiões se apoiou em leis para cometer suas atrocidades. As
chamadas Leis de Nuremberg são um exemplo de como Hitler utilizou o sistema jurídico a
favor de seus ideais desumanos. O jusnaturalismo.
DICA 27
MIGUEL REALE - FATO, VALOR E NORMA
Impossível falar de filosofia do direito sem abordar o jurista brasileiro Miguel Reale. A obra
mais famosa dele é Teoria Tridimensional do Direito. Para ele, o ordenamento jurídico tem
uma estrutural tríplice, aonde ele vê o fato, a norma e o valor como um processo de
interação 100% dinâmico.
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NORMA
FATO VALOR
DICA 28
HANNAH ARENDT
Ela nasceu na Alemanha, no ano de 1906, sendo autora de dois livros que marcaram o
século XX: Origens do totalitarismo, em 1951, e A condição humana, em 1958. Vale a
pena ressaltar que ela nasceu na Alemanha e tinha ascendência judaica, em um período
conturbado para os judeus neste país, visto o aumento do antissemitismo na Alemanha.
Hannah chegou a ser presa em um campo de concentração no ano de 1941, mas
conseguiu fugir de lá e se asilar nos EUA, mais precisamente em New York.
IMPORTANTE: Na obra “A Condição Humana”, Hannah leciona que os seres humanos
não são apenas objetos físicos, mas também ação e discurso.
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DICA 29
NORBERTO BOBBIO - PANORAMA GERAL
O italiano Norberto Bobbio já foi trabalhado em uma dica anterior. Mas aqui teremos um
panorama das ideias dele. Ele rejeitava tanto o fascismo quanto o comunismo. Para ele, a
democracia é o melhor regime político mais adequado, já que obsta que haja
novamente conflitos religiosos e perseguições políticas. Sabendo disto, é importante que
se tenha em mente que Bobbio era um ferrenho combatente do racismo e
autoritarismo.
Em suma, para ele os problemas no ordenamento jurídico nascem nos conflitos, ou seja,
deve haver uma unidade das normas ali vigentes.
DICA 30
MICHEL FOUCAULT
O francês Michel Foucault teve uma grande influência dos trabalhos de Thomas Hobbes,
John Locke, Jean-Jacques Rousseau, Karl Marx e, principalmente, de Martin Heidegger,
Jean-Paul Sartre e Friedrich Nietzsche. Porém, Foucault tem como sua obra mais famosa,
o livro “Vigiar e Punir”. Na famosa obra, Foucault defende a substituição das torturas
e dos suplícios pela pena de prisão, com o argumento da humanização das penas.
Ademais, é importante que você saiba que para ele, o direito é mais um instrumento de
dominação da classe governante do que uma formalidade legitimada pela sociedade.
Logo, o Poder Público antigamente utilizava o sistema de penas de suplício e torturas,
enquanto Estado Juiz. Lembrando que o Ius puniendi (direito de punir) pertence ao
Estado, aonde em nosso ordenamento jurídico se proíbe a vingança privada.
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DIREITO CONSTITUCIONAL
DICA 31
PODER EXECUTIVO
Regulamentar normas por meio de decreto, com objetivo central de se manter fiel à
execução da lei;
Nomear autoridades para ocupar cargos, tais como, ministro do Supremo tribunal
Federal, Governadores de Territórios, Procurador Geral da República, entre outros;
DICA 33
ATRIBUIÇÕES DELEGAVEIS DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA
A regra é a indelegabilidade (24 incisos do art. 84) e a exceção é a delegabilidade (3
incisos do art. 84).
Memorize:
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funcionamento da Administração Ministros de Estado
Federal
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DICA 34
RESPONSABILIDADES DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA
Diferentemente dos parlamentares, o Presidente da República não possui imunidade
material, contudo tem imunidade formal em relação à prisão e em relação ao processo.
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não pode ser responsabilizado por atos estranhos ao exercício de suas funções.
Memorize!
Crime de responsabilidade: Julgado pelo Senado, desde que 2/3 da Câmara
autorize.
Crime comum atrelado ao ofício (foro por prerrogativa de função): Julgado pelo STF,
desde que a 2/3 da Câmara autorize.
Crime comum alheio ao exercício do cargo: somente após o término do mandato.
DICA 36
RESPONSABILIDADE DE GOVERNADORES
Governadores podem ser responsabilizados por crimes comuns e crimes de
responsabilidade.
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ATENÇÃO!
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O subsídio dos Ministros dos Tribunais Superiores (STJ, TST, TSE, STM)
corresponderá a 95% do subsídio dos Ministros do STF.
No art. 37, inciso XI, da CF, dispõe que o subsídio dos desembargadores será
limitado a 90,25% do subsídio dos Ministros do STF.
São vedadas as férias coletivas nos juízos de primeiro e segundo graus, funcionando
o plantão judiciário, nos dias em que não houver expediente no fórum.
Por fim, o número de juízes na unidade jurisdicional será proporcional à efetiva demanda
judicial e à respectiva população.
DICA 41
ÓRGÃO ESPECIAL
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A criação do ÓRGÃO ESPECIAL ocorre para facilitar a decisão de algumas questões
afetas ao Tribunal, tendo em vista que o Órgão Especial é constituído por no mínimo 11 e
no máximo 25 julgadores.
A metade dos cargos do Órgão Especial é provido por antiguidade e a outra metade
por eleição do Tribunal Pleno.
DICA 42
CLÁUSULA DE RESERVA DE PLENÁRIO
A CF dispõe no art. 97 - “Somente pelo voto da maioria absoluta de seus membros ou dos
membros do respectivo órgão especial poderão os tribunais declarar a
inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder Público.”.
“Viola a cláusula de reserva de plenário (CF, art. 97) a decisão de órgão fracionário
de tribunal que, embora não declare expressamente a inconstitucionalidade de lei ou ato
normativo do Poder Público, afasta a sua incidência no todo ou em parte.”
NÃO se aplica a Cláusula de Reserva de Plenário:
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reserva de plenário, a referida Turma dá provimento ao recurso sem declarar
expressamente a inconstitucionalidade do ato normativo X, embora tenha afastado a sua
incidência no caso concreto.
De acordo com o sistema jurídico-constitucional brasileiro, o acórdão proferido pela 3ª
Turma Cível
(a) está juridicamente perfeito, posto que, nestas circunstâncias, a solução
constitucionalmente expressa é o afastamento da incidência, no caso concreto, do ato
normativo inconstitucional.
(b) não segue os parâmetros constitucionais, pois deveria ter declarado, expressamente, a
inconstitucionalidade do ato normativo que fundamentou a sentença proferida pelo juízo a
quo.
(c) está correto, posto que a 3ª Turma Cível, como órgão especial que é, pode arrogar
para si a competência do Órgão Pleno do Tribunal de Justiça do Estado Alfa.
(d) está incorreto, posto que violou a cláusula de reserva de plenário, ainda que não tenha
declarado expressamente a inconstitucionalidade do ato normativo.
GABARITO: Letra D.
COMENTÁRIO: Art. 97 CF. Somente pelo voto da maioria absoluta de seus membros ou
dos membros do respectivo órgão especial poderão os tribunais declarar a
inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder Público.
Súmula Vinculante de nº 10: Viola a cláusula de reserva de plenário (CF, artigo 97) a
decisão de órgão fracionário de tribunal que, embora não declare expressamente a
inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder Público, afasta sua incidência, no
todo ou em parte.
DICA 43
SÚMULA VINCULANTE E REPERCUSSÃO GERAL
ATENÇÃO!
Presidente da República;
Mesa do Senado Federal;
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Mesa da Câmara dos Deputados;
Mesa de Assembleia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito Federal;
Governador de Estado ou do Distrito Federal;
Procurador-Geral da República;
Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil;
Partido político com representação no Congresso Nacional;
Confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional.
O CNJ foi criado pela Emenda Constitucional nº. 45/2004. Trata-se de órgão com
competência administrativa e não jurisdicional.
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DICA 45
DO CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA
ATENÇÃO!
Apenas advogados e “cidadãos” contam com 02 (dois) membros, o restante dos órgãos
conta com apenas um membro, o que facilita a memorização.
DICA 46
DO CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA
O Conselho Nacional de Justiça compõe-se de:
15 (quinze) membros;
15 membros
Conselho
Mandato de 2 anos
Nacional de
Justiça Admitida 1 recondução
DICA 47
COMPOSIÇÃO DO CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA
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DOIS advogados, indicados pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil;
DICA 48
DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
der a lei federal interpretação divergente da que lhe haja atribuído outro tribunal.
DICA 49
DOS TRIBUNAIS REGIONAIS FEDERAIS E DOS JUÍZES FEDERAIS
os Juízes Federais.
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CRITÉRIO DE IDADE:
QUINTO CONSTITUCIONAL:
OS DEMAIS:
DICA 50
DOS DIREITOS E DEVERES DA MAGISTRATURA
vitaliciedade, que, no primeiro grau, só será adquirida após dois anos de exercício,
dependendo a perda do cargo, nesse período, de deliberação do tribunal a que o juiz
estiver vinculado, e, nos demais casos, de sentença judicial transitada em julgado;
inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, na forma do art. 93, VIII;
Art. 93, VIII - o ato de remoção ou de disponibilidade do magistrado, por interesse
público, fundar-se-á em decisão por voto da maioria absoluta do respectivo tribunal ou do
Conselho Nacional de Justiça, assegurada ampla defesa;
irredutibilidade de subsídio, ressalvado o disposto nos arts. 37, X e XI, 39, § 4º,
150, II, 153, III, e 153, § 2º, I.
DICA 51
DOS DIREITOS E DEVERES DA MAGISTRATURA
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dedicar-se à atividade político-partidária;
DICA 54
DA AUTONOMIA ADMINISTRATIVA E FINANCEIRA DO PODER JUDICIÁRIO
Ao Poder Judiciário é assegurada autonomia administrativa e financeira.
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- Autonomia administrativa
Poder Judiciário
- Autonomia financeira
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DICA 56
DOS TRIBUNAIS E JUÍZES DOS ESTADOS
Cabe aos Estados a instituição de representação de inconstitucionalidade de leis ou
atos normativos estaduais ou municipais em face da Constituição Estadual, vedada a
atribuição da legitimação para agir a um único órgão.
TOME NOTA!
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DIREITOS HUMANOS
DICA 57
PRINCIPAIS PROTEÇÕES AOS DIREITOS HUMANOS NA COSTITUIÇÃO FEDERAL
DE 1988
A Constituição de 1988 é um marco na proteção dos direitos humanos, pois o Brasil
assumiu uma posição importante na internalização dos Tratados firmados, demonstrando
um processo evolutivo de afirmação dos Direitos Humanos.
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ESTRANGEIRO: é possível.
Exceção: crime político ou de opinião (art. 5º, LII da CF);
BRASILEIRO NATO: Não é possível, mas pode ser entregue ao TPI para ser
julgado por crime contra humanidade.
DICA 60
AÇÕES AFIRMATIVAS NA PROMOÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS
São ações afirmativas que visam proteger grupos de pessoas que foram
prejudicadas historicamente, por meio de uma discriminação positiva, que objetiva a
igualdade social de oportunidades e fruição dos Direitos Humanos.
A Convenção Internacional sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação
Racial é um importante tratado que busca que os Estados promovam o acesso de direitos
sem qualquer discriminação. No Brasil, foi criada a Lei nº 12,288/10, o Estatuto da
Igualdade Racial.
O Estatuto da Igualdade Racial prevê em seu art. 1º, conceitos de discriminação racial ou
étnico-racial; desigualdade racial e desigualdade de gênero e raça.
As ações afirmativas encontram fundamentos constitucionais na dignidade da pessoa
humana, na promoção do bem de todos, na prevalência dos direitos humanos e na
possibilidade de criação de mais direitos e garantias.
DICA 61
INTERVENÇÃO FEDERAL NA DEFESA DOS DIREITOS HUMANOS
No caso de violação dos Direitos Humanos, a intervenção é um mecanismo de defesa.
Possui como previsão o art. 34, inciso VII, alínea b, da Constituição Federal.
A União poderá intervir nos Estados e no Distrito Federal, para assegurar a observância
de princípios fundamentais, entre eles os diretos da pessoa humana.
É uma exceção, pois a regra é a independência da União, dos Estados e do Distrito
Federal.
Será necessária uma avaliação em relação a adequação, necessidade e
proporcionalidade da medida, as vantagens devem superar as desvantagens.
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DIREITO INTERNACIONAL
DICA 62
DIREITO DIPLOMÁTICO
As relações consulares e as diplomáticas formam o Direito Diplomático, considerado
um dos braços do Direito Internacional. Os Estados necessitam de representações para
estabelecer a relação com outros Estados ou Organizações Internacionais.
As Convenções de Viena sobre Relações Diplomáticas (1961) e a das Relações Consulares
(1963) são as bases para o Direito Diplomático.
No Brasil, a escolha dos chefes de missão diplomática será feita pelo Chefe do Poder
Executivo (indicação é política), mediante aprovação do Senado Federal.
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EXCEÇÕES: impostos indiretos de mercadorias, taxas de registro e hipoteca de imóveis.
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Em relação a imunidade tributária, não será automática, dependerá de tratativa
entre os dois Estados.
Poderão ser chamados a depor como testemunha, o que não pode ser aplicado para os
agentes diplomáticos.
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DIREITO TRIBUTÁRIO
DICA 67
RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA
Hipóteses de infração previstas no art. 137 referem-se mais precisamente às infrações
tributárias. Ou seja, refere-se à responsabilidade pela multa derivada do ato que essa
pessoa praticar. Art. 137. CTN A responsabilidade é pessoal ao agente.
Hipóteses:
Infração tributária que exige dolo específico do agente: agente será responsabilizado
pessoalmente. II - quanto às infrações em cuja definição o dolo específico do agente seja
elementar;
Infração tributária que exige dolo específico contra alguém por quem responde: agente
será responsabilizado pessoalmente. III - quanto às infrações que decorram direta e
exclusivamente de dolo específico: a) das pessoas referidas no artigo 134, contra aquelas
por quem respondem; b) dos mandatários, prepostos ou empregados, contra seus
mandantes, preponentes ou empregadores; c) dos diretores, gerentes ou representantes
de pessoas jurídicas de direito privado, contra estas. Nas duas últimas alíneas, o dolo
é sempre de prejudicar essas pessoas.
DICA 68
NORMA ANTIELISÃO FISCAL
A fuga da tributação pode ocorrer por meios lícitos (elisão fiscal, ou planejamento
tributário) e ilícitos (evasão fiscal).
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DICA 69
MULTAS TRIBUTÁRIAS
As penalidades pecuniárias impostas pelo descumprimento da legislação tributária,
possuem natureza sancionatória punitivista, pois são sempre exigíveis junto com o tributo
e não cumprem a função de indenizar ou reparar o dano gerado pela conduta. São
obrigações principais, junto com a obrigação de pagar tributo. Art. 113. CTN A obrigação
tributária é principal ou acessória. § 1º A obrigação principal surge com a ocorrência do
fato gerador, tem por objeto o pagamento de tributo ou penalidade pecuniária e extingue-
se juntamente com o crédito dela decorrente.
Súmula 547 STF: Não é lícito à autoridade proibir que o contribuinte em débito
adquira estampilhas, despache mercadorias nas alfândegas e exerça suas atividades
profissionais.
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DICA 72
DENÚNCIA ESPONTÂNEA
A denúncia espontânea tem como objetivo incentivar sujeito passivo que está
irregular voltar a sua situação de regularidade. Seria a “Ponte de Ouro” que
conduziria a situação de regularidade.
Regra, visa excluir a responsabilidade por infrações (multa, etc.), quando o agente
confessa a irregularidade e realiza o pagamento integral do tributo (com juros e correção).
Art. 138. CTN- A responsabilidade é excluída pela denúncia espontânea da
infração, acompanhada, se for o caso, do pagamento do tributo devido e dos juros de
mora, ou do depósito da importância arbitrada pela autoridade administrativa, quando o
montante do tributo dependa de apuração.
STJ pacificou entendimento que denúncia afasta tanto a multa moratória quanto a
multa punitiva, pois o art. 138 não faz distinção entre as duas (AgRg nos EDcl no Ag
755.008/SC).
DICA 73
DENÚNCIA ESPONTÂNEA
O depósito em dinheiro só é admitido para fins de denúncia espontânea se a apuração
depende de atuação da administração. Caso não (como ocorre na maioria dos tributos) o
depósito, para além de configurar a assunção do crédito (o que já inviabiliza a denúncia,
pois para ter denúncia o Fisco não pode conhecer essa situação), ainda não se confunde
com o pagamento (ou seja, falta o requisito do pagamento integral para configurar
denúncia).
DICA 74
DENÚNCIA ESPONTÂNEA
A Denúncia espontânea somente pode ocorrer antes que a Fazenda inicie qualquer
procedimento administrativo ou medida de fiscalização com objetivo de apurar aquela
infração. Considera-se iniciado o procedimento com a lavratura de auto de infração.
Não exige qualquer forma especial para a notificação.
Art.138 CTN Parágrafo único. Não se considera espontânea a denúncia apresentada
após o início de qualquer procedimento administrativo ou medida de fiscalização,
relacionados com a infração.
DICA 75
DENÚNCIA ESPONTÂNEA
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Descumprimento de obrigação acessória: se houvesse essa possibilidade, o fisco
iria ter que isentar a pessoa da multa, ficando sem sanção o descumprimento da
obrigação principal. Art. 113. CTN A obrigação tributária é principal ou acessória. § 3º A
obrigação acessória, pelo simples fato da sua inobservância, converte-se em obrigação
principal relativamente à penalidade pecuniária.
DICA 76
DENÚNCIA ESPONTÂNEA
Denúncia espontânea em tributos de lançamento por homologação: No caso dos tributos
declarados e não pagos, não há direito a denúncia espontânea, pois declaração é
dever do contribuinte nos tributos com lançamento por homologação, e não faculdade.
Ademais, a declaração do contribuinte efetivamente constitui o crédito e, assim, não se
pode mais falar que o fisco o “desconhecia” a obrigação tributária para fins de auferir a
espontaneidade da denúncia.
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Memorex OAB – Exame XXXIV – Rodada 04
A regra geral é a escolha desse domicílio. Porém, o fisco pode recusar essa escolha
caso essa impossibilite ou dificulte a fiscalização e arrecadação (decisão de recusa tem
que ser motivada).
Na falta de eleição o domicílio será: Art. 127. CTN Na falta de eleição, pelo
contribuinte ou responsável, de domicílio tributário, na forma da legislação aplicável,
considera-se como tal:
Regra subsidiária: local dos bens/local dos fatos que deram origem à obrigação.
Art.127 CTN § 1º Quando não couber a aplicação das regras fixadas em qualquer dos
incisos deste artigo, considerar-se-á como domicílio tributário do contribuinte ou
responsável o lugar da situação dos bens ou da ocorrência dos atos ou fatos que deram
origem à obrigação.
DICA 79
CRÉDITO TRIBUTÁRIO
Embora a obrigação tributária se aperfeiçoe com a ocorrência do fato gerador o crédito
tributário somente reputa-se constituído (e com a possibilidade de ser cobrado) a partir do
lançamento tributário.
Art. 142. CTN Compete privativamente à autoridade administrativa constituir o crédito
tributário pelo lançamento, assim entendido o procedimento administrativo tendente a
verificar a ocorrência do fato gerador da obrigação correspondente, determinar a matéria
tributável, calcular o montante do tributo devido, identificar o sujeito passivo e, sendo
caso, propor a aplicação da penalidade cabível.
O surgimento do crédito tributário decorre da obrigação tributária. Por isso, o
crédito e obrigação têm a mesma natureza, pois derivam de mesma relação jurídica. Disto
também decorre que o crédito tributário pode cobrar tanto tributo, quanto multa.
Art. 139. CTN O crédito tributário decorre da obrigação principal e tem a mesma
natureza desta.
42
Memorex OAB – Exame XXXIV – Rodada 04
DICA 80
LANÇAMENTO TRIBUTÁRIO
Competência: Cada lei determinará uma pessoa que pode realizar lançamento.
Competência para realizar o lançamento é exclusiva do auditor fiscal (autoridade
administrativa), não pode ser delegado. Atuação do auditor no procedimento do
lançamento é vinculada, pois, observada a ocorrência do fato gerador é dever de
autoridade competente realizar o lançamento, sob pena de responsabilidade funcional,
não sendo cabível juízo de conveniência e oportunidade.
Art.142 CTN Parágrafo único. A atividade administrativa de lançamento é vinculada e
obrigatória, sob pena de responsabilidade funcional.
DICA 81
LANÇAMENTO TRIBUTÁRIO
Calcular o montante devido do tributo: deve aplicar alíquota da época do fato gerador
em cima da base de cálculo. Não importa se depois ela aumentou/diminuiu, pois no
momento do fato gerador, congela-se aquela situação jurídica.
Aplicar sanção cabível: Esse é único ato que pode ocorrer ou não, porque somente aplica-
se multa quando se detecta uma irregularidade.
43
Memorex OAB – Exame XXXIV – Rodada 04
DIREITO ADMINISTRATIVO
DICA 82
SERVIÇO PÚBLICO - CONCEITUAÇÃO
Serviços públicos prestados sem discriminação quanto aos usuários, quando tenham a
mesma condição técnica e jurídica para a fruição.
IMPORTANTE! As tarifas poderão ser diferenciadas em função das características
técnicas e dos custos específicos provenientes do atendimento aos distintos segmentos de
usuários.
44
Memorex OAB – Exame XXXIV – Rodada 04
No entanto, NÃO se caracteriza como descontinuidade do serviço a sua interrupção
em situação de emergência ou após prévio aviso, quando:
JURISPRUDÊNCIA STJ
O corte no fornecimento de energia elétrica somente pode recair sobre o imóvel que
originou o débito, e NÃO sobre imóveis de propriedade do inadimplente (STJ, REsp
662214/RS).
Princípio da Cortesia: o serviço público deve ser prestado de maneira cortês, por
pessoas (físicas ou jurídicas) que tratem os usuários com respeito e educação.
DICA 84
DA REPARTIÇÃO DE COMPETÊNCIAS NA PRESTAÇÃO DO SERVIÇO PÚBLICO
A separação constitucional de competências entre os entes da Federação, no que tange à
prestação de serviços públicos, rege-se pelo Princípio da Predominância do Interesse.
Neste sentido, podemos e identificar e separar as competências conforme o ente mais
interessado:
45
Memorex OAB – Exame XXXIV – Rodada 04
ATENÇÃO!
União art. 21
Comum art. 23
Municípios art. 30
JURISPRUDÊNCIA STJ
O corte no fornecimento de energia elétrica somente pode recair sobre o imóvel que
originou o débito, e NÃO sobre imóveis de propriedade do inadimplente (STJ, REsp
662214/RS).
DICA 85
ELEMENTOS DO SERVIÇO PÚBLICO
Conceitualmente a doutrina sobre Direito Administrativo divide o serviço público em
três elementos:
Elemento material: o serviço público é uma atividade administrativa que se
materializa em prestação de utilidade ou comodidade, material ou imaterial,
usufruído individual ou coletivamente, pelos administrados.
Elemento subjetivo: a titularidade desses serviços pertence ao poder público,
conforme previsão expressa do artigo 175 da Constituição Federal: Incumbe ao poder
público, na forma da lei, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, sempre
através de licitação, a prestação de serviços públicos. Ou seja, no serviço público
46
Memorex OAB – Exame XXXIV – Rodada 04
propriamente dito a titularidade da atividade deve ser sempre do Estado
(publicatio).
Elemento formal: a atividade definida como serviço público submete-se a um regime
jurídico de direito público, conferindo, por conseguinte, a obrigatoriedade de
observância de regras e princípios comuns à atividade administrativa.
ATENÇÃO!
A sujeição ao regime jurídico de direito público PODERÁ ser total ou parcial, a depender
da própria natureza do serviço público, pois objetiva entregar meios que garantam a
efetividade desses serviços.
DICA 86
CLASSIFICAÇÃO DOS SERVIÇOS PÚBLICOS
QUADRO RESUMO
Específicos ou
individuais Os serviços públicos são prestados especificamente ou
individualmente ao administrado.
(Uti singuli)
QUADRO RESUMO
Gerais
Os serviços públicos NÃO são prestados para um
administrado específico.
(Uti universi)
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Memorex OAB – Exame XXXIV – Rodada 04
ATENÇÃO!
DICA 87
DA EXECUÇÃO DOS SERVIÇOS PÚBLICOS
ESPÉCIES DE DESCENTRALIZAÇÃO:
Descentralização legal, técnica, por serviços ou mediante outorga: a
Administração Pública Direta cria ou autoriza a criação de uma entidade integrante
da Administração Pública Indireta (autarquias, fundações, sociedades de economia
mista e empresas públicas), através de uma lei editada especialmente para esse fim, na
qual também haverá a previsão da capacidade administrativa específica, isto é, da
competência para atuar numa área determinada. Traduz o comando do art. 37, XIX da
CRFB/88.
XIX – somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de
empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei
complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação;
Descentralização por colaboração ou por delegação negocial: É a delegação da
execução de determinado serviço público não exclusivo, a particulares. Podendo ser
concretizada através de contrato, como ocorre na concessão e na permissão de serviços
48
Memorex OAB – Exame XXXIV – Rodada 04
públicos, ou mediante ato unilateral da Administração, a exemplo da autorização de
serviço público.
ATENÇÃO!
Ressalta-se, que, conforme doutrina majoritária, o Estado não deixa de ser o titular
dos serviços públicos. Ele apenas se retira da atividade econômica e transfere a execução
de determinado serviço a iniciativa privada.
49
Memorex OAB – Exame XXXIV – Rodada 04
DICA 89
PRINCIPAIS DIFERENÇAS ENTRE CONCESSÃO E PERMISSÃO DE SERVIÇOS
PÚBLICOS
Quanto ao Natureza do
Licitação
particular vínculo contratual
DICA 90
DA CONCESSÃO DE SERVIÇO PÚBLICO
QUADRO RESUMO
CONCESSÕES COMUNS
CONCESSÕES ESPECIAIS
50
Memorex OAB – Exame XXXIV – Rodada 04
ATENÇÃO!
DICA 91
DA POLÍTICA TARIFÁRIA
Os valores pagos pelos usuários dos serviços concedidos possuem natureza de preço
público e como tais são fixados por ato do Poder Concedente. Critérios de
proporcionalidade entre os custos de prestação do serviço e a adequada remuneração do
concessionário, de forma a:
GARANTIR o equilíbrio econômico-financeiro do contrato e;
evitar lucros ou prejuízos excessivos aos concessionários, à concedente e aos
usuários.
A tarifa poderá sofrer revisão a fim de se adequar aos custos do serviço, visando
manter sempre o equilíbrio contratual.
Não pode a Administração, sem prévia justificativa, alterar o valor das tarifas. Neste
caso, o concessionário buscará a tutela judicial para declarar abusiva a alteração e anular
o ato.
Somente no caso de previsão contratual, redução dos ônus e encargos do concessionário
ou mediante indenização, poderá o poder concedente alterar o valor das tarifas, de
forma a manter o equilíbrio contratual.
DICA 92
DA RESPONSABILIDADE DO CONCESSIONÁRIO
51
Memorex OAB – Exame XXXIV – Rodada 04
contratos de prestação de obras ou serviços
A Lei 11.079 trata de normais gerais, o que NÃO impede que Estados e Municípios
tenham suas próprias regras sobre PPP’s, observadas as normas gerais;
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Memorex OAB – Exame XXXIV – Rodada 04
DICA 95
IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA
Recentemente, a Lei 14.230/21 promoveu diversas modificações na Lei de Improbidade
administrativa.
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Memorex OAB – Exame XXXIV – Rodada 04
ATENÇÃO!
54
Memorex OAB – Exame XXXIV – Rodada 04
Fique atento!
A Lei 14.230/21, no que diz respeito a frustação da ilicitude de concurso público, alterou a
sua redação, passando a prever que a conduta de [...] “frustrar, em ofensa à
imparcialidade, o caráter concorrencial de concurso público, de chamamento ou de
procedimento licitatório, com vistas à obtenção de benefício próprio, direto ou indireto, ou
de terceiros” atenta contra os princípios da Administração Pública.
Do mesmo modo, no que se refere a frustação da licitação pública, a Lei 14.230/21
alterou a sua redação, passando a prever que a conduta de [...] “frustrar a licitude de
processo licitatório ou de processo seletivo para celebração de parcerias com entidades
sem fins lucrativos, ou dispensá-los indevidamente, acarretando perda patrimonial
efetiva” atenta contra os princípios da Administração Pública.
DICA 98
ENRIQUECIMENTO ILÍCITO
Oabeiro, sei que já são muitos conceitos que você precisa decorar para sua prova, mas,
esse é mais que necessário!
Portanto, o que é em si a conduta de improbidade administrativa que se configura como
enriquecimento ilícito?
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Memorex OAB – Exame XXXIV – Rodada 04
ENRIQUECIMENTO ILÍCITO: auferir + ato doloso + qualquer tipo de vantagem
patrimonial indevida + em razão do exercício do cargo, mandato, função, emprego
OU de atividades nas entidades
Mas, aqui, atente-se que é “em razão do exercício” do cargo (...). Ou seja, não
precisa estar necessariamente o agente o público no interior da repartição de seu cargo,
mas, precisa a conduta ser em razão deste!
DICA 99
ENRIQUECIMENTO ILÍCITO – SANÇÕES
É necessário que você vá para sua prova sabendo quais as sanções aplicáveis em caso
de conduta ímproba decorrente de ato que gera enriquecimento ilícito. Pensando
nisso, fizemos esse quadrinho esquemático para você.
Veja só:
DICA 100
ENRIQUECIMENTO ILÍCITO – SUJEITOS
Em se tratando de Lei de Improbidade Administrativa, um dos tópicos mais cobrados
pelas bancas é: quem pode incorrer em ato ímprobo?
E, isso, a própria lei responde: o agente público! Ok, isso eu já entendi, mas para fins
dessa lei, o que é considerado agente público? Veja só:
Art. 2º Para os efeitos desta Lei, consideram-se agente público o agente político, o
servidor público e todo aquele que exerce, ainda que transitoriamente ou sem
remuneração, por eleição, nomeação, designação, contratação ou qualquer outra forma
de investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função nas entidades referidas no
art. 1º desta Lei.
56
Memorex OAB – Exame XXXIV – Rodada 04
DICA 101
SITUAÇÕES QUE CONFIGURAM ENRIQUECIMENTO ILÍCITO
Uma das apostas para cair em sua prova, quando se trata desse assunto, são os incisos
do artigo 9º. Ou seja, o examinador, provavelmente vai colocar um enunciado na
questão e você terá que dizer se aquilo é enriquecimento ilícito ou outra modalidade de
conduta ímproba.
Para tanto, nessa dica, vamos trabalhar com o inciso I, bem como com um exemplo para
você fixar isso em mente!
I - receber, para si ou para outrem, dinheiro, bem móvel ou imóvel, ou qualquer outra
vantagem econômica, direta ou indireta, a título de comissão, percentagem, gratificação
ou presente de quem tenha interesse, direto ou indireto, que possa ser atingido ou
amparado por ação ou omissão decorrente das atribuições do agente público;
Ex.: João, servidor público do Poder Judiciário, recebe de Pedro, seu amigo, um
presente: uma viagem para Maldivas com tudo pago! Ocorre que, Pedro, tem total
interesse na tramitação de um processo que, João, por ser servidor público, pode atuar.
DICA 102
SITUAÇÕES QUE CONFIGURAM ENRIQUECIMENTO ILÍCITO
Um ponto que merece destaque é a diferença entre ato que gera enriquecimento
ilícito e ato que causa prejuízo ao erário.
57
Memorex OAB – Exame XXXIV – Rodada 04
A declaração compreenderá
imóveis, móveis, semoventes,
dinheiro, títulos, ações, e qualquer
outra espécie de bens e valores
patrimoniais, localizado no País ou
no exterior, e, quando for o caso, REVOGADO
abrangerá os bens e valores
Art. 13, § 1º
patrimoniais do cônjuge ou
companheiro, dos filhos e de
outras pessoas que vivam sob a
dependência econômica do
declarante, excluídos apenas os
objetos e utensílios de uso
doméstico.
58
Memorex OAB – Exame XXXIV – Rodada 04
DIREITO AMBIENTAL
DICA 104
CRIAÇÃO, ALTERAÇÃO E DESAFETAÇÃO DE UNIDADES DE CONSERVAÇÃO
A criação é feita por ato do poder público (lei ou decreto) devendo ser precedida de
estudos técnicos e de consulta pública a fim de identificar a localização, a dimensão e os
limites mais adequados para a unidade.
A alteração, desafetação ou redução dos limites de uma unidade de conservação
somente podem ser feita mediante lei específica.
A ampliação dos limites da unidade de conservação pode ocorrer pelo instrumento do
mesmo nível hierárquico, ou seja, se foi criada por decreto pode ser ampliada também
por decreto. Deve se observar ainda a necessidade dos estudos técnicos e a consulta
pública.
Pode haver alteração do grupo de Unidade de Conservação de Uso Sustentável para
de Proteção Integral.
CUIDADO! Não é possível alteração do grupo de Unidade de Conservação de
Proteção Integral para Unidade de Conservação de Uso Sustentável.
DICA 105
ZONA DE AMORTECIMENTO E CORREDORES ECOLÓGICOS
Com exceção da Área de Proteção Ambiental e Reserva Particular do Patrimônio
Natural, as unidades de conservação devem possuir zona de amortecimento e, quando
conveniente, corredores ecológicos.
Cada Unidade de Conservação deve ter seu Plano de Manejo no prazo máximo de 5
anos após sua criação.
59
Memorex OAB – Exame XXXIV – Rodada 04
O plano deve abranger a área da unidade de conservação, sua zona de amortecimento
e os corredores ecológicos, incluindo medidas com o fim de promover sua integração às
comunidades vizinhas.
OBS.: São proibidos quaisquer usos ou atividades dentro das unidades de
conservação que estejam em desacordo com seus objetivos ou com o Plano de Manejo.
DICA 107
DA COMPENSAÇÃO
Nos casos de licenciamento ambiental de empreendimentos de significativo impacto
ambiental, assim considerado pelo órgão ambiental competente, com fundamento no
EIA/RIMA, o empreendedor é obrigado a apoiar a implantação e manutenção de unidade
de conservação do Grupo de Proteção Integral, mediante o pagamento de
compensação ambiental.
O valor da compensação não pode ser inferior a 0,5% dos custos totais previstos
para a implantação do empreendimento, sendo o percentual fixado pelo órgão ambiental
licenciador, de acordo com o grau de impacto ambiental causado pelo empreendimento.
A compensação poderá, em virtude do interesse público, ser cumprida em unidades
de conservação de posse e domínio públicos do grupo de Uso Sustentável,
especialmente as localizadas na Amazônia Legal.
DICA 108
DO SANEAMENTO BÁSICO
Saneamento básico é o conjunto de serviços públicos, infraestruturas e
instalações operacionais de:
60
Memorex OAB – Exame XXXIV – Rodada 04
DIREITO CIVIL
DICA 109
TEORIA FUNDAMENTAL DA POSSE
De acordo com o art. 1.196 do CC, houve a consagração da Teoria Objetiva de Ihering
(exteriorização da posse por aquele que a exerça com poderes de dono e imprima uma
destinação econômica à coisa).
IMPORTANTE! Segundo o STJ, possuidor é aquele que dispõe do efetivo poder sobre
a coisa, podendo ser uma pessoa física, uma pessoa jurídica e, até́ mesmo, um ente
despersonalizado.
DICA 110
POSSE PRECÁRIA
É uma posse a título de favor, que pode ser requisitada a qualquer momento.
Este empréstimo não tem aptidão a gerar usucapião, pois lhe falta o animus domini
(intenção de ser dono).
OBS: Se o dono da coisa exigir a coisa de volta, e o possuidor resistir, a posse passa a
ser injusta pelo vício da precariedade.
DICA 111
POSSE DIRETA OU INDIRETA
Posse Direta: Aquele que está em contato com a coisa. Ex.: Inquilino.
61
Memorex OAB – Exame XXXIV – Rodada 04
DICA 113
POSSE PRÓPRIA E IMPRÓPRIA
Posse Originária é aquela que não tem vínculo de aquisição com o possuidor
anterior. Ou seja, não há vínculo com o proprietário anterior. Ex.: pego um livro
abandonado em um depósito de lixo.
62
Memorex OAB – Exame XXXIV – Rodada 04
DICA 118
PROPRIEDADE
Refere-se a um direito real complexo e compreendido das faculdades reais de usar,
gozar/fruir, dispor e reivindicar a coisa, conforme a sua função social (art. 1.228,
CC). Se todos esses poderes forem reunidos, o sujeito irá adquirir a propriedade plena. A
propriedade é instrumentalizada através do domínio.
OBS: A propriedade é uma relação jurídica complexa, pois o proprietário se
encontra em uma situação ativa e passiva, e só poderá́ demandar abstenção da
coletividade se promover o cumprimento da função social.
DICA 119
ESTRUTURA DO DIREITO DE PROPRIEDADE
Os poderes do proprietário são conferidos no art. 1.228, CC, sendo eles: usar, gozar,
dispor ou reaver a coisa.
DICA 120
ATRIBUTOS DO DIREITO DE PROPRIEDADE
63
Memorex OAB – Exame XXXIV – Rodada 04
Exclusivo Via de regra, a propriedade não pode ser de mais de uma pessoa,
exceção: condomínio.
DICA 121
REGISTRO
O registro imobiliário é o modo de adquirir a propriedade, firmando, como regra, a
presunção relativa de veracidade (art. 1.245, CC).
Por aluvião;
Por avulsão;
64
Memorex OAB – Exame XXXIV – Rodada 04
Requisitos da Usucapião:
O decurso do tempo.
DICA 124
ESPÉCIES DE USUCAPIÃO
A usucapião pode ser classificada como extraordinária, ordinária e especial.
Na Usucapião Extraordinária a posse deve ser mansa e pacífica, por 15 anos, com
animus domini, independentemente de justo título ou boa-fé́ (art. 1.238, CC).
O possuidor de imóvel urbano com até́ 250m2 que exercer posse mansa, pacífica e
ininterrupta por 5 anos, independentemente da existência de justo título e boa-fé́,
poderá́ adquirir a propriedade, se nela fixou moradia.
Já́ o possuidor de imóvel rural com até́ 50ha, sem oposição por 5 anos, se fixada
residência e realizado investimentos, poderá́ usucapir o bem.
Em ambos os casos, para usucapir o bem o indivíduo não poderá́ ser
proprietário de outro imóvel urbano ou rural (arts. 1.239 e 1.240, CC).
DICA 126
PERDA DA PROPRIEDADE
A propriedade pode ser extinta por via convencional ou legal. Em casos de: alienação,
renúncia, abandono, perecimento do objeto e desapropriação.
ALIENAÇÃO E RENÚNCIA:
65
Memorex OAB – Exame XXXIV – Rodada 04
DICA 127
ABANDONO E PERECIMENTO DO OBJETO
O abandono é um ato unilateral, no entanto, não exige instrumentalização e registro.
Caracteriza-se pela mera conduta (animus) do proprietário em não se conservar
como proprietário. Ex.: ausência de pagamento de IPTU durante anos.
Já o perecimento do objeto é a perda, o deixar de existir. Um bem quando perece,
perde suas propriedades e não serve mais à finalidade a qual era destinado. Uma vez
perecido o bem, perde-se a propriedade, pois ele (objeto da propriedade) deixou de
existir.
DICA 128
DESAPROPRIAÇÃO
A desapropriação é um meio de aquisição de propriedade privada utilizado pelo Poder
Público. Por meio da desapropriação perde-se a propriedade, que passa a se tornar de
domínio público. É uma modalidade de aquisição da propriedade exclusiva da
Administração Pública e somente poderá́ ser utilizada mediante necessidade pública,
utilidade pública ou interesse social. Toda desapropriação é precedida de indenização
prévia e justa em dinheiro ou em títulos da dívida pública.
DICA 129
DIREITO DE VIZINHANÇA
O direito de vizinhança poderá́ ensejar uma restrição parcial da propriedade privada.
Essa restrição poderá ocorrer quando um proprietário, ao utilizar sua propriedade, excede
manifestamente os limites dos bons costumes, ocasionando desarmonia social.
Ex.: Som alto depois das 22h em dias de semana (infração à lei do silêncio). Os
demais proprietários, incomodados com o uso anormal da propriedade, poderão entrar
com uma demanda judicial em face do vizinho inconveniente solicitando que seja
diminuído o volume do som.
DICA 130
ÁRVORES LIMÍTROFES
As árvores limítrofes se situam entre duas propriedades e serão conservadas e
mantidas, constituindo condomínio necessário. Ambos serão proprietários das
árvores e, por isso, partilharão também os seus frutos. Caso as raízes, galhos e folhas
de uma árvore situada em um imóvel transcendam a linha limítrofe e invadam a
propriedade vizinha, poderá́ o proprietário, independentemente da autorização do outro,
cortá-los. Os frutos que caírem no terreno de cada um, somente a ele pertencem.
DICA 131
PASSAGEM FORÇADA
A passagem forçada concede ao proprietário (que não possui acesso a via pública) o
direito de passar pelo terreno vizinho (com acesso a via pública), mediante
indenização (art. 1.258).
NÃO CONFUNDIR!! Não se confunde a passagem forçada com a servidão, esta é
sempre constituída e não decorre diretamente da lei. Além disso, a passagem forçada
parte do pressuposto de que o imóvel não tem saída, o que não se verifica,
Todos os direitos reservados. proibida cópia, plágio ou comercialização.
Pensar Concursos.
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Memorex OAB – Exame XXXIV – Rodada 04
necessariamente, na servidão. Sendo assim, sofrerá o constrangimento o vizinho cujo
imóvel mais natural e facilmente se prestar à passagem.
DICA 132
PASSAGEM DE CABOS E TUBULAÇÕES
A passagem de cabos e tubulações ocorre quando o proprietário é compelido a tolerar a
passagem através de seu imóvel de cabos, tubulações ou outros condutos atrelados aos
serviços de utilidade pública (água e esgoto; cabos aéreos ou subterrâneos, encanamento
etc.). Apesar da obrigatoriedade de tolerância desta restrição, o proprietário terá́ o direito
de ser indenizado em eventuais prejuízos que a passagem forçada lhe ocasionar.
OBS.: Sempre que possível, a passagem de cabos e tubulações será́ feita da forma
menos gravosa ao proprietário do bem.
DICA 133
CONDOMÍNIO
O condomínio é compreendido pela pluralidade no exercício do direito de propriedade
sobre determinado bem. No condomínio há́ uma pluralidade de sujeitos com unicidade
de objeto, isto é, duas ou mais pessoas exercem o mesmo direito de propriedade sobre a
mesma coisa.
Legal ou necessário: Quando imposto pela lei, como no caso de paredes, cercas,
muros e valas (art. 1.327, CC).
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Memorex OAB – Exame XXXIV – Rodada 04
ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE
DICA 134
PROCEDIMENTO NO ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE (ECA) –
DISPOSIÇÕES GERAIS
A criança e o adolescente recebem um tratamento diferenciado, os procedimentos são
específicos e, em caráter subsidiário e aplicado a legislação processual pertinente.
Nos processos e procedimentos que envolvem criança e adolescente gozam de prioridade
absoluta, sob pena de responsabilidade, assim como na execução dos atos e diligências.
Em relação ao prazo, os mesmos são contados em dias corridos, excluído o dia do
começo e incluído o dia de vencimento, impedindo a aplicação subsidiária do art. 219
do CPC (STJ).
É vedado prazo em dobro para a Fazenda Pública e o Ministério Público.
A criança possui incapacidade civil absoluta, para estarem em juízo precisam ser
representados pelos pais ou responsáveis.
68
Memorex OAB – Exame XXXIV – Rodada 04
contados da intimação.
Da sentença que deferir a adoção, produz efeito desde logo, cabível apelação, com
efeito devolutivo, exceto: caso de adoção internacional ou houver perigo de dano
irreparável ou de difícil reparação.
Da sentença que destituir ambos ou qualquer dos genitores do poder familiar, cabe
apelação, com efeito devolutivo.
DICA 136
PAPEL DO ADVOGADO
O advogado, indispensável para a manutenção da justiça, possui papel importante
nos procedimentos previstos no ECA.
69
Memorex OAB – Exame XXXIV – Rodada 04
Tio e sobrinho;
Padrasto ou Madrasta Enteado.
OBS.: Estende-se o impedimento do conselheiro, em relação à autoridade judiciária e
ao representante do Ministério Público com atuação na Justiça da Infância e da Juventude,
em exercício na comarca, foro regional ou distrital.
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Memorex OAB – Exame XXXIV – Rodada 04
CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR
DICA 139
RESPONSABILIDADE POR VÍCIO DE SERVIÇO
a reexecução dos serviços, sem custo adicional e quando cabível, que pode ser confiada
a terceiros capacitados, por conta e risco do fornecedor
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Memorex OAB – Exame XXXIV – Rodada 04
Dica 141
RESPONSABILIDADE DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA NO ÂMBITO DO DIREITO DO
CONSUMIDOR
Em se tratando de uma relação jurídica de consumo, a Administração Pública direta e
indireta, inclusive as Empresas Públicas e Sociedades de Economia mista que exercem
atividade econômica, responderão de forma objetiva.
Além do mais, a administração pública deverá fornecer serviços adequados, eficientes,
seguros e, quanto aos essenciais, de forma contínua.
NÃO CONFUNDIR a relação jurídico tributária com a relação de consumo que pode
existir entre a Administração Pública e o consumidor, quando, por exemplo, a
concessionaria cobra preço ou tarifa por um determinado serviço, como o fornecimento de
energia elétrica. Nessa situação perfeitamente aplicável o CDC. Diferentemente de quando
o Estado cobra uma Taxa de Coleta de Lixo, pois aqui haverá um tributo.
Conforme o art. 23 do CDC, a ignorância do fornecedor sobre os vícios de qualidade por
inadequação dos produtos e serviços não o exime de responsabilidade.
Dica 142
GARANTIAS AO CONSUMIDOR
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Memorex OAB – Exame XXXIV – Rodada 04
Dica 143
DECADÊNCIA E PRESCRIÇÃO
Prazo vício oculto: Em relação aos vícios que não são de fácil constatação,
denominados vícios ocultos, o CDC traz prazo diverso para o consumidor reclamar dos
mesmos. Assim, de acordo com a legislação, art. 26, §3° tratando-se de vício oculto, o
prazo decadencial inicia-se no momento em que ficar evidenciado o defeito.
A partir do momento em que o consumidor verificar o vício do produto ou do fornecimento
do serviço, quando se fala em vício oculto, é que se começará a fluir o prazo decadencial
do art. 26. Não confunda esse prazo decadencial com o prazo para propor ação
indenizatória.
O prazo decadencial aqui previsto para que o consumidor possa exigir uma das
alternativas previstas no art.20, CDC, quais sejam, reexecução de serviços, restituição de
quantia paga ou abatimento proporcional do preço.
Por fim, em relação ao vício oculto, a doutrina e a jurisprudência consolidaram-se no
sentido de que os bens de consumo têm uma durabilidade determinada, que seria a
chamada vida útil do produto, não sendo, portanto, de durabilidade eterna.
Doutrina entende em sua maioria, que as causas acima que obstam a decadência são
causas SUSPENSIVAS.
73
Memorex OAB – Exame XXXIV – Rodada 04
Não há previsão de causas suspensivas ou interruptivas da prescrição do art. 27,
CDC, razão pela qual devem ser aplicadas as causas gerais de suspensão e interrupção
previstas no Código Civil em seus artigos 197 a 204.
Doutrina entende que o prazo prescricional quinquenal do artigo 27 aplica-se apenas aos
acidentes de consumo, sendo que, em relação a demandas diversas do fato do produto ou
serviço, deverá ser aplicada o Código Civil em seus artigos 197 a 204.
O Código de Defesa do Consumidor não tem dispositivo sobre prazo prescricional sobre
indenização decorrente de inadimplemento contratual, e, portanto, deve ser utilizado
o prazo geral decenal do art.205, CC/02.
74
Memorex OAB – Exame XXXIV – Rodada 04
PROCESSO CIVIL
DICA 144
DO PROCEDIMENTO COMUM
No processo civil, os procedimentos são o comum e o especial. O CPC/15 não mais
subdivide o procedimento comum em ordinário e sumário. Nota-se, portanto, que o
CPC/15 visou a simplificação do procedimento.
Segundo previsão do art. 318 do CPC aplica-se a todas as causas o procedimento
comum, salvo disposição legal em contrário.
OBS.: Mesmo quando não aplicado de forma integral, o procedimento comum será
aplicado subsidiariamente aos demais procedimentos especiais e ao processo de
execução.
DICA 145
DA CONTESTAÇÃO E SEU TERMO INICIAL
Contestação é a defesa do réu no procedimento comum, deve ser feita por petição escrita
e oferecida no prazo de 15 dias ÚTEIS.
Existem algumas espécies de defesa que podem ser trazidas pelo réu na
CONTESTAÇÃO:
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Memorex OAB – Exame XXXIV – Rodada 04
Ex.: autor requer indenização por danos morais, o réu concorda com os fatos,
mas explicita que não são passíveis de gerar dano, configurando mero
aborrecimento.
Defesa de mérito indireta: réu traz novo fato modificativo, impeditivo ou
extintivo do direito do autor.
Ex.: autor aviou uma ação de cobrança, em sua defesa, porém, o réu alega o
pagamento (novo fato extintivo).
DICA 147
DO PRINCÍPIO DA EVENTUALIDADE
Segundo o qual, cabe ao réu alegar a totalidade da matéria de defesa, ainda que
possa parecer contradição.
Esse ônus é tido como ônus da eventualidade ou princípio da concentração.
Nesse sentido, prevê o art. 336 do CPC que: “incumbe ao réu alegar, na contestação, toda
a matéria de defesa, expondo as razões de fato e de direito com que impugna o pedido do
autor e especificando as provas que pretende produzir.
Apesar da regra da concentração, após a contestação ainda é lícito ao réu alegar
determinadas matérias em sua defesa, conforme previsão do art. 342:
Fato ou direito superveniente.
Matéria conhecível de ofício;
Quando houver autorização legal para tanto.
OBS.: Porém, não se deve confundir a possibilidade de trazer novas alegações (art.
342 do CPC), com possibilidade de “complementação da contestação”. Não é possível a
complementação devido a preclusão consumativa.
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Memorex OAB – Exame XXXIV – Rodada 04
DICA 148
DO ÔNUS DA IMPUGNAÇÃO ESPECIFICADA
Conforme previsão do art. 341 do CPC, incumbe também ao réu manifestar-se
precisamente sobre as alegações de fato constantes da petição inicial, presumindo-se
verdadeiras as não impugnadas, salvo se:
não for admissível, a seu respeito, a confissão;
a petição inicial não estiver acompanhada de instrumento que a lei considerar da
substância do ato;
estiverem em contradição com a defesa, considerada em seu conjunto.
ATENTE-SE! O ônus da impugnação especificada dos fatos não se aplica ao defensor
público, ao advogado dativo e ao curador especial.
DICA 149
DAS ESPÉCIES DE PRELIMINARES NA CONTESTAÇÃO
Preliminares são matérias de natureza processual que a parte vai suscitar antes de
discutir propriamente o mérito.
Essas preliminares se dividem em três grupos:
Preliminares dilatórias: são aquelas que, caso acolhidas, não extinguem o processo.
Ex.: preliminar de incompetência, o processo é apenas remetido ao juízo competente e
não extinto.
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Memorex OAB – Exame XXXIV – Rodada 04
falta de caução ou de outra prestação que a lei exige como preliminar – dilatória
potencialmente peremptória;
DICA 151
PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS
Os pressupostos processuais são condições mínimas de constituição e de desenvolvimento
do processo.
A ausência de um pressuposto acarreta a extinção do processo sem resolução do
mérito, com base no inciso IV do art. 485.
Objetivo: Demanda;
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Memorex OAB – Exame XXXIV – Rodada 04
Pressupostos de desenvolvimento/validade: sem esses o processo não se
desenvolve de forma válida e regular.
Subjetivos:
Objetivos:
Assim, após ficar decidido, com o registro ou distribuição, o órgão jurisdicional que irá
julgar a causa, em regra, a jurisdição não será mais alterada – é a chamada perpetuatio
jurisdictionis.
Apesar da perpetuatio jurisdictionis, que veda a alteração posterior à fixação da
competência (registro ou distribuição), e que prevê como irrelevantes todas as
modificações de fato ou de direito, o art. 43 do CPC elenca duas exceções:
supressão de órgão judiciário ou alteração de competência absoluta.
Apesar do art. 43 do CPC, trazer apenas duas exceções, o STJ já decidiu por
uma terceira, conforme o julgado:
Dessa forma, pode-se extrair uma terceira exceção do julgado acima: quando há
alteração no domicílio do menor.
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DICA 153
ESPÉCIES DE COMPETÊNCIA
DICA 154
DA FORMA E DO MOMENTO PARA ALEGAÇÃO DA INCOMPETÊNCIA RELATIVA
Anteriormente existia a chamada exceção de incompetência, peça própria, incidente
processual apartado, hoje em dia porém, a forma de se arguir a incompetência relativa é
a mesma da incompetência absoluta - em preliminar de contestação.
Ao contrário da incompetência absoluta em que se pode alegar em qualquer tempo e
grau de jurisdição, a incompetência relativa somente pode ser alegada na
contestação.
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Memorex OAB – Exame XXXIV – Rodada 04
Do mesmo modo, diferentemente da incompetência absoluta que pode ser reconhecida
de ofício, a incompetência relativa não pode ser reconhecida de ofício.
Súmula 33, STJ: A incompetência relativa não pode ser declarada de ofício.
Exceção: quando se tratar de cláusula de eleição de foro abusiva, o juiz poderá
reputá-la ineficaz e, consequentemente, deixará de ser competente, devendo remeter o
feito de ofício ao juízo competente.
DICA 155
DO FORO DE DOMICÍLIO DO RÉU
É a regra mais geral de competência territorial. As ações que versem sobre direitos
pessoais e reais mobiliários (bens móveis) serão propostas no foro de domicílio do
réu.
Assim, de acordo com o art. 46 do CPC, a ação fundada em direito pessoal ou em direito
real sobre bens móveis será proposta, em regra, no foro de domicílio do réu.
No caso de haver mais de um domicílio, o réu será demandado no foro de qualquer
deles.
Sendo incerto ou desconhecido o domicílio do réu, ele poderá ser demandado onde
for encontrado ou no foro de domicílio do autor.
Quando o réu não tiver domicílio ou residência no Brasil, a ação será proposta no
foro de domicílio do autor, e, se este também residir fora do Brasil, a ação será
proposta em qualquer foro.
Havendo 2 ou mais réus com diferentes domicílios, serão demandados no foro de
qualquer deles, à escolha do autor.
OBS.: A execução fiscal será proposta no foro de domicílio do réu, no de sua
residência ou no do lugar onde for encontrado.
DICA 156
DO FORUM SHOPPING E FORUM NON CONVENIENS
Quando há faculdade ao autor em relação a escolha do foro, há o que doutrina e
jurisprudência denominam de forum shopping.
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Memorex OAB – Exame XXXIV – Rodada 04
DICA 157
DO FORO DE SITUAÇÃO DA COISA
As ações fundadas sobre direitos reais imobiliários (bens imóveis), deverão ser propostas
no local onde a coisa está (foro de situação da coisa).
A lei faculta ao autor a propositura da ação no domicílio do réu ou no foro de
eleição.
Entretanto, o litígio não deve recair sobre direito de propriedade, vizinhança,
servidão, divisão e demarcação de terras e de nunciação de obra nova.
Nessas ações, apesar de figurarem no capítulo de competência territorial, são de
competência absoluta.
MACETE: Competência absoluta de situação da coisa:
DVDs POP:
D ivisão;
V izinhança;
D emarcação;
S ervidão;
P ropriedade;
O bra nova;
P ossessórias imobiliárias.
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Memorex OAB – Exame XXXIV – Rodada 04
Se não houver filho incapaz, será o último domicílio do casal.
De domicílio do réu, se nenhuma das partes residir no antigo domicílio do casal;
Ex.: fungibilidade das possessórias, prevista no art. 554 que assim prevê: A
propositura de uma ação possessória em vez de outra não obstará a que o juiz
conheça do pedido e outorgue a proteção legal correspondente àquela cujos
pressupostos estejam provados.
DICA 161
DOS ELEMENTOS ESSENCIAIS DA SENTENÇA
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Memorex OAB – Exame XXXIV – Rodada 04
DICA 162
DAS HIPÓTESES EM QUE NÃO SE CONSIDERA FUNDAMENTADA QUALQUER
DECISÃO JUDICIAL
Nos termos do art. 489, §1º do CPC, não será considera fundamentada qualquer
decisão judicial, seja ela interlocutória, sentença ou acórdão, que:
se limitar à indicação, à reprodução ou à paráfrase de ato normativo, sem explicar
sua relação com a causa ou a questão decidida;
empregar conceitos jurídicos indeterminados, sem explicar o motivo concreto de sua
incidência no caso;
invocar motivos que se prestariam a justificar qualquer outra decisão;
não enfrentar todos os argumentos deduzidos no processo capazes de, em tese,
infirmar a conclusão adotada pelo julgador;
se limitar a invocar precedente ou enunciado de súmula, sem identificar seus
fundamentos determinantes nem demonstrar que o caso sob julgamento se ajusta àqueles
fundamentos;
deixar de seguir enunciado de súmula, jurisprudência ou precedente invocado pela
parte, sem demonstrar a existência de distinção no caso em julgamento ou a superação
do entendimento.
No caso de colisão entre normas, o juiz deve justificar o objeto e os critérios gerais da
ponderação efetuada, enunciando as razões que autorizam a interferência na norma
afastada e as premissas fáticas que fundamentam a conclusão.
A decisão judicial deve ser interpretada a partir da conjugação de todos os seus elementos
e em conformidade com o princípio da boa-fé.
DICA 163
PRINCÍPIO DA INALTERABILIDADE DA SENTENÇA
Após a publicação da sentença, em regra esta fica inalterável. Entretanto há duas
exceções legais previstas no CPC/15 em que o juiz poderá alterá-la:
para corrigir lhe, de ofício ou a requerimento da parte, inexatidões materiais ou erros
de cálculo;
Pode ser feita de oficio ou a requerimento e é possível mesmo após o trânsito em
julgado.
por meio de embargos de declaração.
É quando o juiz reconhece a ocorrência de omissão, obscuridade, contradição ou do
próprio erro material.
DICA 164
DA HIPOTECA JUDICIÁRIA
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Memorex OAB – Exame XXXIV – Rodada 04
A sentença condenatória ao pagamento de quantia é um título de hipoteca
judiciária, significando dizer que o credor pode utilizar a sentença em um Cartório de
Imóveis que o devedor tenha propriedades registradas e registrar a dívida.
Trata-se, portanto, de hipoteca que não decorre de contrato, mas sim de efeito
secundário de sentença condenatória.
Conforme previsão do art. 495, a decisão que condenar o réu ao pagamento de
prestação consistente em dinheiro e a que determinar a conversão de prestação de fazer,
de não fazer ou de dar coisa em prestação pecuniária valerão como título constitutivo
de hipoteca judiciária.
A decisão produz a hipoteca judiciária:
embora a condenação seja genérica;
ainda que o credor possa promover o cumprimento provisório da sentença ou esteja
pendente arresto sobre bem do devedor;
mesmo que impugnada por recurso dotado de efeito suspensivo.
A hipoteca judiciária poderá ser realizada mediante apresentação de cópia da
sentença perante o cartório de registro imobiliário, independentemente de ordem
judicial, de declaração expressa do juiz ou de demonstração de urgência.
No prazo de até 15 dias da data de realização da hipoteca, a parte informá-la-á ao
juízo da causa, que determinará a intimação da outra parte para que tome ciência do ato.
A hipoteca judiciária, uma vez constituída, implicará, para o credor hipotecário, o direito
de preferência, quanto ao pagamento, em relação a outros credores, observada a
prioridade no registro.
Sobrevindo a reforma ou a invalidação da decisão que impôs o pagamento de
quantia, a parte responderá, independentemente de culpa, pelos danos que a outra
parte tiver sofrido em razão da constituição da garantia, devendo o valor da indenização
ser liquidado e executado nos próprios autos.
DICA 165
DA REMESSA NECESSÁRIA
Está sujeita ao duplo grau de jurisdição, não produzindo efeito senão depois de
confirmada pelo tribunal, a sentença:
Não há previsão de sociedade de economia mista nem empresa pública, afinal são
pessoas jurídicas de direito privado.
que julgar procedentes, no todo ou em parte, os embargos à execução fiscal.
Se nos casos citados acima não for interposta a apelação no prazo legal, o juiz
ordenará a remessa dos autos ao tribunal, e, se não o fizer, o presidente do
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Memorex OAB – Exame XXXIV – Rodada 04
respectivo tribunal avocá-los-á. Logo, de toda forma o tribunal é quem julgará a
remessa necessária.
Não se aplica a remessa necessária quando a condenação ou o proveito
econômico obtido na causa for de valor certo e líquido inferior a:
1.000 salários-mínimos para a União e as respectivas autarquias e fundações de direito
público;
500 salários-mínimos para os Estados, o Distrito Federal, as respectivas autarquias e
fundações de direito público e os Municípios que constituam capitais dos Estados;
100 salários-mínimos para todos os demais Municípios e respectivas autarquias e
fundações de direito público.
Também não se aplica a remessa necessária quando a sentença estiver fundada em:
súmula de tribunal superior;
acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça
em julgamento de recursos repetitivos;
entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de
assunção de competência;
entendimento coincidente com orientação vinculante firmada no âmbito administrativo
do próprio ente público, consolidada em manifestação, parecer ou súmula administrativa.
En. 164, FPPC.: A sentença arbitral contra a Fazenda Pública não está sujeita à
remessa necessária.
DICA 166
DO JULGAMENTO DAS AÇÕES RELATIVAS ÀS PRESTAÇÕES DE FAZER, DE NÃO
FAZER E DE ENTREGAR COISA
Na ação que tenha por objeto a prestação de fazer ou de não fazer, o juiz, se
procedente o pedido, concederá a tutela específica ou determinará providências que
assegurem a obtenção de tutela pelo resultado prático equivalente.
Na ação que tenha por objeto a entrega de coisa, o juiz, ao conceder a tutela
específica, fixará o prazo para o cumprimento da obrigação.
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Memorex OAB – Exame XXXIV – Rodada 04
Tratando-se de entrega de coisa determinada pelo gênero e pela quantidade, o autor
individualizá-la-á na petição inicial, se lhe couber a escolha, ou, se a escolha couber ao
réu, este a entregará individualizada, no prazo fixado pelo juiz.
A obrigação somente será convertida em perdas e danos se o autor o requerer ou se
impossível a tutela específica ou a obtenção de tutela pelo resultado prático equivalente.
A indenização por perdas e danos dar-se-á sem prejuízo da multa fixada periodicamente
para compelir o réu ao cumprimento específico da obrigação.
Na ação que tenha por objeto a emissão de declaração de vontade, a sentença que
julgar procedente o pedido, uma vez transitada em julgado, produzirá todos os efeitos
da declaração não emitida.
DICA 167
COISA JULGADA
Material: A coisa julgada material, também chamada de “lei entre as partes”, atinge
apenas as decisões de mérito, de cognição exauriente.
A imutabilidade de uma decisão, quando atingida pela coisa julgada material, se projeta
para fora do processo.
Gera uma estabilidade chamada exoprocessual (anprocessual).
A coisa julgada material atinge sentenças, acórdãos e, até mesmo, decisões
interlocutórias (art. 356 CPC).
DICA 168
EFEITOS DA COISA JULGADA
A coisa julgada pode ter os seguintes efeitos:
NEGATIVO: A coisa julgada impede a rediscussão da mesma questão jurídica. O
réu, quando alega a coisa julgada, está aduzindo justamente a esse efeito negativo.
O STJ assim já decidiu com base no efeito negativo: A respeito da afronta à coisa
julgada como requisito para o ajuizamento da ação rescisória, o que se proíbe é o "novo
julgamento, independentemente ou não de o juiz confirmar o anterior: ele, o segundo
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Memorex OAB – Exame XXXIV – Rodada 04
juiz, simplesmente está impedido de conhecer a matéria, em razão do chamado efeito
negativo da coisa julgada material". (STJ, AR 5.524/20178)
POSITIVO: Vinculação do juízo ao que foi decidido na causa em que a coisa
julgada foi produzida.
O juiz fica vinculado ao que foi decidido na fase anterior.
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Memorex OAB – Exame XXXIV – Rodada 04
DIREITO EMPRESARIAL
DICA 169
DIREITO CAMBIÁRIO: ATOS CAMBIÁRIOS
É ato cambiário pelo qual o avalista, que é um terceiro na relação jurídica, fica
responsável pelo pagamento da obrigação constante do título. Ao contrário do
endosso, que deve ser realizado no verso do título, o aval deve ser realizado no anverso
do título, mas se for realizado no verso do título, deverá haver uma menção de que se
trata de aval, sob pena de se confundir com endosso. O instituto está regulamentado na
Lei Uniforme de Genebra, art.30 e 897 do CC/02. O avalista é equiparado ao devedor.
Avalista de título de crédito vinculado a contrato de mútuo responde como devedor
solidário pela obrigação total pactuada, não podendo alegar o benefício de ordem.
(Súmula 26 – STJ)
DICA 171
DIFERENÇA ENTRE AVAL E FIANÇA
FIANÇA: é instituto do direito civil que consiste em uma garantia. Trata-se de uma
obrigação acessória e, dessa forma, caso haja nulidade da obrigação principal, também
haverá da obrigação acessória, seguindo o destino da obrigação principal. Em geral, o
fiador responde de forma subsidiária pelas obrigações contratuais, ou seja, o fiador
somente responde em segundo lugar, após o devedor principal, no que se denomina
benefício de ordem. Apenas de forma excepcional, caso previsto expressamente em
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Memorex OAB – Exame XXXIV – Rodada 04
clausula contratual, o fiador poderá abdicar do benefício de ordem e passa a responder de
forma solidária junto com devedor principal.
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Memorex OAB – Exame XXXIV – Rodada 04
O prazo inicial da patente é a partir do depósito do pedido do INPI e não a data da
concessão, mas desde o pedido já haverá uma proteção provisória, podendo haver a
retroação de seus efeitos, caso o pedido seja concedido.
DICA 174
PATENTES: LICENCIAMENTO
A Lei 14.200 de 2021, já em vigor desde setembro de 2021, trouxe importantes
mudanças na Lei de Propriedade industrial, dentre essas, vale destacar aquelas relativas à
licença compulsória de patentes. Mas, antes, devemos distinguir os tipos de licenciamento
de patentes:
Licenças voluntárias: são aquelas que o inventor permite que outra pessoa se utilize
do objeto patenteado, como uma espécie de aluguel, através de pagamento de royalties.
Licenças compulsórias: são aquelas que o inventor não permite que outra pessoa
se utilize de seu invento, mas ainda assim terá o seu bem móvel imaterial utilizado
livremente, desde que preenchidas alguns requisitos vistos a seguir.
DICA 175
LICENÇA COMPULSÓRIA DE PATENTES
A licença compulsória de patentes pode ser concedida como uma espécie de punição, por
uma questão técnica ou por interesse público, conforme arts. 68 e seguintes da lei de
patentes. Nesse sentido:
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Memorex OAB – Exame XXXIV – Rodada 04
Art. 71. Nos casos de emergência nacional ou internacional ou de interesse público
declarados em lei ou em ato do Poder Executivo federal, ou de reconhecimento de estado
de calamidade pública de âmbito nacional pelo Congresso Nacional, poderá ser concedida
licença compulsória, de ofício, temporária e não exclusiva, para a exploração da patente
ou do pedido de patente, sem prejuízo dos direitos do respectivo titular, desde que seu
titular ou seu licenciado não atenda a essa necessidade. (Redação dada pela Lei nº
14.200, de 2021).
A mudança legislativa surgiu em um momento crítico que a sociedade moderna está
passando com o problema das vacinas, por exemplo, razão pela qual merece um estudo
mais detalhado. A quebra de patentes é tema sempre importante para o Direito e para
as economias, razão pela qual mereceu as dicas aqui apresentadas.
Por fim, vale destacar o surgimento de nova modalidade de licenciamento por
razões humanitárias previsto no art.71, da Lei de Patentes:
Art. 71-A. Poderá ser concedida, por razões humanitárias e nos termos de tratado
internacional do qual a República Federativa do Brasil seja parte, licença compulsória
de patentes de produtos destinados à exportação a países com insuficiente ou
nenhuma capacidade de fabricação no setor farmacêutico para atendimento de
sua população. (Incluído pela Lei nº 14.200, de 2021)
DICA 178
MARCAS
Segundo Fabio Ulhoa Coelho, Marca é o designativo que identifica produtos e
serviços, não se confundindo com outros designativos presentes na empresa, assim o
nome empresarial (que identifica o empresário), o nome de domínio (designativo do canal
de negócios ambientado na internet) e o título de estabelecimento (referido ao local do
exercício da atividade econômica). Para o referido autor, são três os requisitos para
registro da Marca no INPI:
Novidade relativa: A marca deve apresentar uma novidade relativa, ou seja, não
precisa ser absoluta. A utilização do signo na identificação de produtos industrializados ou
comercializados, ou de serviços prestados, é que deve ser nova.
Não pode colidir com marca notória: ainda que a referida marca não seja
registrada no INPI, consoante previsão na Convenção de Paris que o Brasil é signatário.
Não pode haver impedimento legal para o registro da marca: nome civil, armas
oficiais, etc, previsão, art.124, Lei de Patentes.
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Memorex OAB – Exame XXXIV – Rodada 04
DIREITO PENAL
DICA 179
PUNIBILIDADE E SUAS CAUSAS DE EXTINÇÃO
PUNIBILIDADE
EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE
EFEITOS:
ANTES da sentença:
DICA 180
ANISTIA
É a clemência do estado;
Voltada para o esquecimento de fatos considerados criminosos;
Em crimes hediondos;
Coletivo;
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Memorex OAB – Exame XXXIV – Rodada 04
É a clemência do estado;
Individual;
É a clemência do estado;
Voltada à um condenado;
motivo torpe;
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Memorex OAB – Exame XXXIV – Rodada 04
DICA 184
FEMINICÍDIO
O Feminicídio é outra hipótese de homicídio qualificado;
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Memorex OAB – Exame XXXIV – Rodada 04
contra maior de 60 (sessenta) anos (CUIDADO, pois não é contra o IDOSO, pois
idoso é todo aquele com 60 anos ou mais e para aumentar a pena no feminicídio é
preciso que a vítima tenha MAIS de 60 anos);
integrantes das polícias: federal, rodoviária federal, ferroviária federal, civis, militares
e corpos de bombeiros militares, penais federal, estaduais e distrital.
Parentes até terceiro grau atinge, por exemplo: avô e bisavô, tios e tias, irmãos,
filhos, netos. NÃO abrange, contudo, os primos, que são parentes de quarto grau.
DICA 186
HOMICÍDIO PRIVILEGIADO
para que esteja configurado o agente deve agir impelido por motivo de relevante
valor social ou moral;
relevante valor social é aquele que inspira clamor social, como por exemplo, alguém
que matasse o criminoso Lázaro, que vinha aterrorizando a população no centro do País;
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Memorex OAB – Exame XXXIV – Rodada 04
relevante valor moral é aquele relacionado a interesse privado do agente, como por
exemplo aquele que mata o estuprador de sua filha;
além das hipóteses, o agente deve agir sob o domínio de violenta emoção e logo
após injusta provocação da vítima;
provocação não se confunde com agressão. Se for agressão será legítima defesa;
MUITA ATENÇÃO: o agente deve estar sob o domínio da violenta emoção; se a
questão trouxer sob a influência, não será hipótese de homicídio privilegiado, mas de
homicídio simples com circunstância atenuante;
DICA 187
INDUZIMENTO, INSTIGAÇÃO OU AUXÍLIO AO SUICÍDIO OU AUTOMUTILAÇÃO
CUIDADO! O crime foi muito alterado em 2019;
induzir é colocar a ideia na cabeça de alguém; instigar é alimentar uma ideia que já
existe; auxiliar é prestar qualquer ajuda material, como emprestar a corda para a pessoa
se enforcar ou o canivete para se automutilar;
o crime, em sua forma simples, é formal, ou seja, não precisa de resultado; ainda
que a vítima nem chegue a tentar o suicídio o crime estará consumado;
se do ato a vítima sofrer lesão LEVE, o crime será na forma simples, mas se a lesão
for GRAVE, GRAVÍSSIMA ou ocorrer a MORTE, o crime será qualificado;
além das formas qualificadas (nova pena mínima e máxima), o artigo ainda prevê
algumas causas de aumento:
DUPLICADA (2X)
vítima é menor ou tem diminuída, por qualquer causa,
a capacidade de resistência.
ATENÇÃO!
Para que a pessoa possa ser induzida, instigada ou auxiliada a cometer suicídio ou
praticar automutilação é preciso que ela tenha capacidade de tomar essa decisão; por
este motivo, a lei entende que se a vítima tiver menos de 14 anos ou for deficiente
mental sem capacidade de discernimento ou não puder oferecer resistência, ela não
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tem condições de fazer essa escolha; assim, se o agente induzir, instigar ou auxiliar
qualquer das pessoas acima a se suicidar ou automutilar, ele não responderá por este
crime, e sim pela lesão corporal gravíssima ou pelo homicídio;
CONTUDO, essa exceção ocorre apenas se o resultado for lesão GRAVÍSSIMA ou
MORTE.
DICA 188
ABORTO PROVOCADO PELA GESTANTE
É chamado de autoaborto;
Se o aborto se der por tentativa de suicídio e a gestante não morrer pode ser aborto
tentado ou consumado;
É INDISPENSÁVEL o exame de corpo de delito, mas pode ser substituído por prova
testemunhal;
O chamado aborto econômico, quando a mãe pratica por não ter condições
financeiras, é crime;
a pena será aumentada de 1/3 se houver lesão grave ou duplicadas se houver morte
da gestante;
DICA 189
NÃO SERÃO PUNIDAS AS HIPÓTESES DE ABORTO LEGAL
Lesão corporal leve é toda aquela que não é grave, gravíssima ou seguida de morte;
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Memorex OAB – Exame XXXIV – Rodada 04
perigo de vida
1 a 5 anos 2 a 8 anos
Dentes quebrados: lesão grave. (art. 129, §1º, III – debilidade permanente);
Lesão corporal seguida de morte: não admite tentativa, por ser crime preterdoloso,
ou seja, o agente tem o dolo (intenção) de lesionar e a morte acaba sendo uma
consequência;
DICA 191
DOS CRIMES CONTRA A HONRA: CALÚNIA
Ex.: dizer “João é ladrão” não é calúnia, mas sim difamação, pois o fato não é
determinado. Calúnia seria “Foi João quem roubou a bolsa de Maria ontem”.
O agente tem que SABER que o fato é falso, se ele achar que é verdade não é calúnia.
É punível contra os mortos (mas a vítima não é o morto e sim a sua família);
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Memorex OAB – Exame XXXIV – Rodada 04
INJÚRIA PRECONCEITUOSA:
É INAFIANÇÁVEL.
DICA 194
EXCEÇÃO DA VERDADE
Exceção da verdade: quando aquele que pratica a calúnia, injúria e difamação tem a
possibilidade de comprovar o que está dizendo;
A exceção da verdade cabe no crime de calúnia, a não ser que esteja falando do
Presidente da República ou chefe de governo estrangeiro ou o agente já tiver sido
absolvido;
A exceção da verdade na difamação apenas quando se tratar de funcionário público;
Pedido de explicações: acontece quando a vítima fica na dúvida se a fala foi ofensiva
ou não e vai em juízo pedir que o autor da declaração explique o que quis dizer;
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0
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Não admite perdão judicial Não admite perdão judicial Admite perdão judicial
DICA 195
PERSEGUIÇÃO
perseguir alguém;
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A Ausência de periculosidade
I Inexpressiva lesividade
DICA 197
FURTO QUALIFICADO
Abuso de confiança;
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Fraude: utilizada para distrair a vítima. No estelionato a fraude é empregada para
que a própria vítima entregue o bem ao autor;
Escalada: de modo anormal que não significa necessariamente subir, pode ser meio
subterrâneo, pular muro.
aumenta-se de 1/3 (um terço) a 2/3 (dois terços), se o crime é praticado mediante
a utilização de servidor mantido fora do território nacional;
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3
Memorex OAB – Exame XXXIV – Rodada 04
interessado.
Júlio e Felipe, tranquilos com a venda que seria realizada, subtraíram o carro referido e
Paulo efetuou a compra e o pagamento respectivo. Dias após, Paulo vende o carro para
o cliente. Todavia, a polícia identificou a autoria do furto, em razão de a ação ter sido
monitorada pelo sistema de câmeras do supermercado, sendo o veículo apreendido e
recuperado com o cliente de Paulo.
Paulo foi denunciado pela prática dos crimes de receptação qualificada e furto
qualificado em concurso material. Confirmados integralmente os fatos durante a
instrução, inclusive com a confissão de Paulo, sob o ponto de vista técnico, cabe ao
advogado de Paulo buscar o reconhecimento do
(a) crime de receptação simples e furto qualificado, em concurso material.
(b) crime de receptação qualificada, apenas.
(c) crime de furto qualificado, apenas.
(d) crime de receptação simples, apenas.
GABARITO: Letra C.
COMENTÁRIO: CP, art. 155 - Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel: §
4º. A pena é de reclusão de dois a oito anos, e multa, se o crime é cometido: IV -
mediante concurso de duas ou mais pessoas (qualificadora).
CP, art. 29. Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este
cominadas, na medida de sua culpabilidade (concurso de pessoas).
No caso da questão, Paulo participa do delito, por isso não há que se falar em
receptação. Tal crime apenas ocorreria se Paulo não soubesse e, após a consumação do
delito, praticasse algum dos verbos nucleares do tipo penal, quais sejam, adquirir,
receber, transportar, conduzir ou ocultar (...) sabendo ser produto de crime.
DICA 198
ROUBO
A violência ou grave ameaça pode ser também a violência imprópria, como o boa noite
cinderela;
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Subtração de explosivos
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PROCESSO PENAL
DICA 199
INTERROGATÓRIO
O interrogatório judicial é o ato por meio do qual o juiz ouve o acusado sobre sua
pessoa e sobre a imputação que lhe é feita.
Condução coercitiva:
O art. 260 do CPP prevê a possibilidade de condução coercitiva do acusado que, intimado,
não comparecer ao interrogatório. Todavia, o STF, na ADPF 444, decidiu pela não
recepção desse artigo pela Constituição Federal, proibindo expressamente a condução
coercitiva de investigados para o interrogatório. Isso porque existe o direito de não
produzir prova contra si mesmo. A partir do momento em que o interrogatório é uma
manifestação do direito de autodefesa, o réu pode não comparecer ao interrogatório, ou
ainda comparecer e permanecer calado.
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INTIMAÇÃO DAS PARTES: As partes devem ser intimadas acerca da decisão que
determinar o interrogatório por videoconferência, com no mínimo 10 dias de
antecedência.
DICA 201
CONFISSÃO
A confissão é a admissão feita pelo acusado acerca da materialidade e autoria do crime.
Classificação:
Confissão qualificada: o réu confessa a prática do crime, mas alega que o praticou
sob a proteção de alguma excludente da ilicitude ou culpabilidade.
DICA 202
CARACTERÍSTICAS DA CONFISSÃO
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DICA 203
VALOR PROBATÓRIO DA CONFISSÃO
A confissão NÃO é mais tida como a rainha das provas. Pelo contrário, a confissão tem o
mesmo valor probatório dos outros meios de prova, devendo ser interpretada com as
demais provas obtidas no processo.
É por isso que se diz que a confissão tem valor relativo, devendo ser confrontada com
as demais provas do processo.
Nesse sentido, o art. 197 do CPP: “o valor da confissão se aferirá pelos critérios adotados
para os outros elementos de prova, e para a sua apreciação, o juiz deverá confrontá-la
com as demais provas do processo, verificando se entre ela e estas, existe
compatibilidade ou concordância”.
DICA 204
DA CONFISSÃO
CIRCUNSTÂNCIA ATENUANTE:
De acordo com o art. 65, inciso III, alínea “d” do Código Penal, a confissão funciona
como circunstância atenuante, que atenua (diminui) a pena, incidindo na segunda fase
da dosimetria.
De acordo com o STJ, mesmo na confissão qualificada (em que o réu confessa, mas
alega uma excludente de ilicitude) aplica-se a atenuante quando utilizada pelo juiz
como elemento de convicção.
DICA 205
DECLARAÇÕES DO OFENDIDO (VÍTIMA)
Quem pode ser testemunha (art. 202): qualquer pessoa pode ser testemunha,
desde que dotada de capacidade física para depor.
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DICA 207
PROVA TESTEMUNHAL
TOMADA ANTECIPADA DO DEPOIMENTO (art. 225, CPP): caso haja algum risco
de alguma testemunha se ausentar, ou, por enfermidade ou velhice, houver receio de que
no momento da instrução criminal ela já não mais exista, poderá o juiz determinar, de
ofício ou a requerimento das partes, a tomada antecipada do depoimento.
A testemunha deve ser ouvida perante o juiz do lugar de sua residência (art. 222).
Assim, caso a testemunha resida em comarca distinta daquela em que está ocorrendo a
instrução criminal, deve ser expedida CARTA PRECATÓRIA para a sua oitiva. Nesse
caso, o juiz depreca a outro juízo, de outra comarca, a oitiva da testemunha. O juízo toma
o depoimento da testemunha e, após, devolve a carta precatória.
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Apesar dessa obrigatoriedade, há certas pessoas que podem se recusar a depor (art.
206), e outras que são inclusive impedidas de depor (art. 207).
EXCEÇÕES À OBRIGATORIEDADE DO DEPOIMENTO
A lei não proíbe de
CADI depor, mas apenas
São (Cônjuge, prevê que elas
DESOBRIGADOS, podem se recusar.
Ascendente,
ou seja, podem se
Descendente,
RECUSAR a depor:
Irmão) SALVO, quando não
for possível, por outro
modo, obter a prova
do fato. Nesse caso,
EXCEÇÕES à NÃO prestam o
obrigatoriedade compromisso.
do depoimento
DICA 210
COMPROMISSO DE DIZER A VERDADE
IMPORTANTE! Ao contrário do interrogatório do réu e das declarações da vítima, na
oitiva das testemunhas há o compromisso de dizer a verdade. Isso significa que a
testemunha deve dizer o que sabe, não pode se omitir ou calar o que sabe.
Antes do início do depoimento da testemunha, o juiz faz a tomada do seu compromisso de
dizer a verdade. Caso a testemunha minta ou cale a verdade, cometerá o crime de falso
testemunho, previsto no art. 204 do Código Penal.
Todavia, não é toda testemunha que presta o compromisso de dizer a verdade. O art. 208
elenca as pessoas que não prestam o compromisso, sendo essas exceções
importantíssimas para a prova de vocês.
os deficientes mentais; e
os menores de 14 anos.
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Veja que essas pessoas podem dar o seu depoimento, mas serão consideradas como
declarantes ou informantes, pois não prestam o compromisso de dizer a verdade. É
por isso que as suas informações podem ser levadas em consideração pelo magistrado na
sentença, mas com certa cautela e parcimônia.
CUIDADO COM A PEGADINHA:
Prestem bem atenção. Os menores de 14 anos são desobrigados de prestar o
compromisso. CUIDADO, pois a FGV pode trocar isso, falando que são “menores de 16
anos” ou “menores de 18 anos” os desobrigados a dar depoimento.
DICA 211
PESSOAS QUE NÃO PRESTAM COMPROMISSO DE DIZER A VERDADE
Os menores de 14 ANOS
DICA 212
NÚMERO DE TESTEMUNHAS
IMPORTANTE! As testemunhas devem ser apresentadas pela acusação no
momento do oferecimento da peça acusatória (denúncia ou queixa-crime). Já a
defesa deve apresentar o rol de testemunhas na resposta à acusação.
Ordinário 8 testemunhas
Sumário 5 testemunhas
Sumaríssimo 3 testemunhas
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1ª fase: 8 testemunhas
Tribunal do Júri
2ª fase: 5 testemunhas
DICA 213
ACAREAÇÃO
Acarear significa colocar em presença uma da outra, cara a cara, pessoas cujas
declarações são diferentes.
Por força do art. 229 do CPP, a acareação é admitida entre acusados, entre acusado e
testemunha, entre testemunhas, entre acusado ou testemunha e a pessoa ofendida, e
entre pessoas ofendidas, sempre que suas declarações divergirem. Os acareados são
reperguntados para que expliquem pontos de divergência.
Veja que há previsão inclusive da possibilidade de acarear o acusado x vítima, pessoas
que não estão obrigadas a prestar compromisso de dizer a verdade.
O art. 230 do CPP traz uma previsão um tanto quanto curiosa: a acareação por
carta precatória. A intenção do legislador é possibilitar a acareação de uma testemunha
que resida em outra comarca.
DICA 214
PROVA DOCUMENTAL
As partes podem apresentar documentos em qualquer fase do processo, salvo, as
limitações da própria lei. São considerados documentos quaisquer escritos, papéis,
instrumentos, sejam eles públicos ou particulares.
No Júri, não será permitida a leitura de documento durante o julgamento que não
tiver sido juntado aos autos com a antecedência mínima de 3 dias úteis.
CARTAS - as cartas são invioláveis, nos termos do art. 5º, inciso XII. É por isso que
o art. 233 do CPP prevê que as cartas particulares, interceptadas ou obtidas por meios
criminosos, não são admitidas em juízo. Isso, porém, não impede a juntada de cartas por
parte de um dos destinatários, nos termos do art. 233, p. único.
DICA 215
BUSCA E APREENSÃO
INICIATIVA E DECRETAÇÃO: O art. 242 do CPP prevê que “a busca pode ser
determinada de ofício ou a requerimento de qualquer das partes”. Todavia, acerca
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da iniciativa, é necessário distinguir a busca pessoal da busca domiciliar, pois o
tratamento é distinto.
DICA 216
DA BUSCA PESSOAL
A busca pessoal pode ser determinada pela autoridade policial ou pela autoridade
judiciária. Nas hipóteses do art. 244 do CPP, a busca pessoal INDEPENDERÁ de
mandado judicial.
Já a busca domiciliar somente pode ser realizada através de mandado expedido pela
autoridade judiciária (art. 241).
FIQUE ATENTO!
A busca em mulher será feita por outra mulher, se isso não importar retardamento
ou prejuízo da diligência (art. 249).
DICA 217
BUSCA DOMICILIAR
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DICA 218
BUSCA DOMICILIAR
No caso de busca domiciliar, que só pode ser realizada por determinação judicial,
mediante mandado, a autoridade só poderá ingressar durante o DIA.
Sobre o conceito do que seria “dia”, a nova Lei de Abuso de Autoridade prevê que é
crime de abuso de autoridade o agente cumprir mandado de busca domiciliar após às
21h ou antes das 5h (Lei 13.869/2019, art. 22, §11 inciso III).
ATENÇÃO!!
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(a) Pleitear a invalidade da busca e apreensão residencial de Adolfo e a da busca e
apreensão pessoal em Arnaldo.
(b) Pleitear a invalidade da busca e apreensão residencial de Adolfo, mas não a da
busca e apreensão pessoal de Arnaldo.
(c) Não poderá pleitear a invalidade das buscas e apreensões.
(d) Pleitear a invalidade da busca e apreensão pessoal de Arnaldo, mas não a da busca
e apreensão residencial de Adolfo.
GABARITO: Letra B.
COMENTÁRIO: A busca e apreensão domiciliar de Adolfo é considerada ilegal, uma vez
que ocorreu em horário diverso do que é permitido, isto é, durante à noite. Nesse
sentido, segue a íntegra do art. 5º, inciso XI, da CF/88.
CF, Art. 5º, XI. A casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar
sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para
prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial;
O que é considerado DIA para os efeitos do referido dispositivo?
Tradicionalmente, a doutrina entendia como dia o intervalo que vai das 6h da manhã às
18h.
Todavia, a nova lei de abuso de autoridade (art. 22, §1º, inciso III) alterou este
parâmetro, considerando dia para a busca e apreensão o período das 5h às 21h.
Superado essa parte, passa-se a análise da busca pessoal de Arnaldo. Com relação a
esta busca, tem-se que foi realizada de acordo com os parâmetros da lei (art. 240,
CPP).
Portanto, você como advogado deveria pleitear a invalidade da busca e apreensão
residencial de Adolfo, mas não a da busca e apreensão pessoal de Arnaldo.
DICA 219
PRISÃO
1) a prisão penal;
2) a prisão processual, ou prisão cautelar, ou provisória.
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3) prisão temporária.
As prisões processuais, não possuem a finalidade punir o réu. A finalidade de cada
uma varia de acordo com sua espécie.
DICA 220
PRISÃO EM FLAGRANTE
A prisão em flagrante é muito conhecida.
Ex.: Você está dormindo, percebe uma movimentação estranha em sua casa. Acorda e
decide ligar no 190. A polícia chega e realmente pega o bandido em flagrante, no interior
de sua casa, armado, prestes a roubá-la.
Qualquer pessoa do povo PODE decretar a prisão em flagrante (art. 301, CPP),
sendo que a autoridade policial DEVE decretá-la.
A prisão em flagrante é aquela imposta quando o crime está queimando, quando a
infração está prestes a acontecer. É por isso mesmo que ela independe de mandado
judicial. A autoridade policial pode decretá-la independente de mandado.
DICA BÔNUS
ESPÉCIES DE FLAGRANTE
As hipóteses que autorizam o flagrante estão previstas no art. 302 do CPP.
Flagrante
PRÓPRIO O agente está cometendo o crime (art.
302, inciso I), ou acabou de cometer
(art. 302, I (art. 302, inciso II).
e II)
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DIREITO DO TRABALHO
DICA 221
ACIDENTE DE TRABALHO
O acidente de trabalho é uma situação que em muitos casos se apresenta diante de todos
nós no Direito do Trabalho. Sendo assim, o "acidente de trabalho é o que ocorre pelo
exercício do trabalho a serviço da empresa ou pelo exercício do trabalho dos segurados
referidos no inciso VII do art. 11 desta lei, provocando lesão corporal ou perturbação
funcional que cause a morte ou a perda ou redução, permanente ou temporária, da
capacidade para o trabalho", como diz o artigo 19 da Lei 8.213 /91.
DICA 222
DOENÇAS OCUPACIONAIS
As doenças ocupacionais se dividem em duas categorias:
Doenças Profissionais
DOENÇAS
OCUPACIONAIS
Doenças do Trabalho
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Ex.: Bronquite asmática, que vem de um fator genético, mas se a pessoa trabalha com
algum fator de risco, a probabilidade desta pessoa desenvolver a doença é bem maior.
DICA 223
AUXÍLIO-DOENÇA
Reconhecido pela sigla B-31, o auxílio-doença (também chamado de benefício por
incapacidade temporária) visa dar ao empregado, que não tem condições de saúde de
estar em suas funções, uma ajuda de custo. Vale a pena ressaltar que este benefício da
Previdência Social não tem natureza remuneratória, todavia sim uma natureza
indenizatória.
Tem carência? O auxílio doença previdenciário tem um período de carência de 12
contribuições mensais, exceto quando ocorrer acidente ou doenças graves
especificadas em lei.
tuberculose ativa;
hanseníase;
alienação mental;
esclerose múltipla;
hepatopatia grave;
neoplasia maligna;
cegueira;
cardiopatia grave;
doença de Parkinson;
espondiloartrose anquilosante;
nefropatia grave;
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IMPORTANTE: O regime de teletrabalho não exclui a responsabilidade do
empregador por patologias e acidentes decorrentes do trabalho exercido pelo
empregado.
DICA 224
AUXÍLIO-DOENÇA ACIDENTÁRIO
Identificado pela Previdência pela sigla B91, o auxílio doença acidentário é o benefício
concedido ao segurado que ficou mais de 15 dias incapacitado para o trabalho devido a
um acidente de trabalho ou doença que decorre do trabalho.
Em outras palavras: Este auxilio, bem como o anterior, visa dar esta ajuda ao
empregado, porém difere-se porque no caso do auxílio doença acidentário (também
chamado de auxílio acidente), o acidente ou doença deve vir da atividade laboral. Já
no caso auxílio doença comum, o empregado pode ficar incapacitado por qualquer doença
comum, como por exemplo, uma pneumonia), sem que esta doença tenha a ver com suas
condições de trabalho.
ATENÇÃO!
readmissão: o empregador está de boa-fé, pois não sabia as causas que tornavam a
demissão incorreta.
Todos os direitos reservados. proibida cópia, plágio ou comercialização.
Pensar Concursos.
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reintegração: o empregador está de má-fé. Por isto, este caso gera uma garantia do
emprego.
DICA 225
ATIVIDADES DO SINDICATO
função de representação; (o art. 513 da CLT e do art. 8º, III, da Constituição Federal)
função negocial;
função parafiscal.
DICA 226
DOENÇAS EXCLUÍDAS
A Lei n. 8.213/91, em seu art. 20, § 1º, traz as doenças que não são consideradas
como doenças ocupacionais:
doença degenerativa.
doença endêmica, ou seja, aquela que existe em determinado lugar ou região de forma
constante. Cuidado com este último caso: A doença endêmica pode sim ser
considerada ocupacional se ela vier da forma de trabalho exercida pelo empregado.
Ex.: A doença de Chagas é uma patologia endêmica em certos lugares, como a Região
Norte. Não é considerada doença ocupacional. Mas, se a pessoa que a tiver for um
pesquisador que teve de ir à uma região endêmica pesquisar sobre pessoas com esta
mesma doença, para ele é considerada uma doença ocupacional.
DICA 227
ASSÉDIO ORGANIZACIONAL
O assunto assédio organizacional ainda é um pouco comentado e as vezes, confundido
com o assédio moral. Cuidado para não se confundir com isto. O assédio organizacional
tem por intuito todo o grupo de trabalhadores sem distinção, por meio da chamada
“gestão de pressão”, fazendo uma exigência muito forte dos colaboradores daquele
ambiente, dando aos que o sofrem um sofrimento psíquico forte.
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DICA 228
CTPS - RECLAMAÇÕES POR FALTA OU RECUSA DE ANOTAÇÃO
A CTPS é documento extremamente importante. Caso a empresa venha a se recusar
assinar a CTPS, o empregado pode, até mesmo antes de ajuizar a Reclamação
Trabalhista, comparecer até a Delegacia Regional ou órgão autorizado, para
apresentar reclamação:
Art. 36 da CLT:” recusando-se a empresa fazer às anotações a que se refere o art. 29 ou
a devolver a Carteira de Trabalho e Previdência Social recebida, poderá o empregado
comparecer, pessoalmente ou intermédio de seu sindicato perante a Delegacia Regional
ou órgão autorizado, para apresentar reclamação.”
LEMBRANDO: As anotações apostas pelo empregador na CTPS do empregado não
gozam de presunção absoluta, mas apenas presunção relativa. Nesse sentido, o
entendimento do TST:
Súmula 12, TST: “As anotações apostas pelo empregador na carteira profissional
do empregado não geram presunção juris et de jure, mas apenas juris tantum”.
PRESUNÇÃO JURIS TANTUM = PRESUNÇÃO RELATIVA
E qual é o prazo para que o empregador faça todas as anotações na CTPS? O prazo
máximo será de 48 horas para fazer todas as anotações necessárias na CTPS.
DICA 229
LIVRO DE REGISTRO DE EMPREGADOS
E mais: Recentemente, foi autorizado que o chamado eSocial (um sistema eletrônico
de registro de dados) pudesse fazer a substituição do livro de registro de empregados, ou
seja, de forma gradual, esses dados deixarão de ser preenchidos no Cadastro Geral de
Empregados e Desempregados (Caged) e na Relação Anual de Informações Sociais (Rais).
DICA 230
ENTREGA DA CTPS
É importante que você saiba que só o próprio empregado pode retirar a CTPS nos
órgãos autorizados para sua emissão ou em algum dos postos autorizados. Neste ato, ele
firmará um recibo para comprovar a entrega da Carteira, conforme traz o art. 25 da
CLT. Ainda é de suma importância que você tenha conhecimento
E se o empregado esquece ou não pega sua CTPS, deixando-a na sede da
empresa? Bom, neste caso, cabe o ajuizamento da ação de consignação em
pagamento, visando entregar a CTPS este empregado.
TOME NOTA: A CTPS é obrigatória para o exercício de qualquer emprego,
inclusive de natureza rural, ainda que em caráter temporário, e para o exercício por
conta própria de atividade profissional remunerada.
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DICA 231
TRABALHO EM CONDIÇÕES INSALUBRES
O art. 189 da CLT normatiza o seguinte: “Serão consideradas atividades ou operações
insalubres aquelas que, por sua natureza, condições ou métodos de trabalho, exponham
os empregados a agentes nocivos à saúde, acima dos limites de tolerância fixados em
razão da natureza e da intensidade do agente e do tempo de exposição aos seus efeitos”.
DICA 232
DIFERENÇA ENTRE HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS E HONORÁRIOS DE
SUCUMBÊNCIA
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DICA 234
TRABALHO EM CONDIÇÕES PERIGOSAS
O art. 193 da CLT é muito específico quanto ao que é considerado como trabalho em
condições perigosas: “São consideradas atividades ou operações perigosas, na forma da
regulamentação aprovada pelo Ministério do Trabalho e Emprego, aquelas que, por sua
natureza ou métodos de trabalho, impliquem risco acentuado em virtude de exposição
permanente do trabalhador a:
DICA 235
PROFISSIONAL DE EMPILHADEIRA E PERICULOSIDADE
O profissional de empilhadeira (também chamado de operador) tem direito ao adicional de
periculosidade? Segundo recente decisão do TST, sim. No caso em questão, este
profissional tinha direito ao adicional por realizar troca de botijão de gás. Lembrando que
estamos falando de periculosidade, logo, de um risco de morte imediata.
QUESTÃO SIMULADA.
Laurêncio é operador de empilhadeira na empresa XYZK LTDA., realizando troca de
botijões de gás, estando em contato direto com gases inflamáveis, que podem causar
explosões. Diante do entendimento consolidado pelo TST, podemos dizer que Laurêncio:
a) Tem direito ao adicional de periculosidade.
b) Não tem direito a nenhum adicional.
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c) Tem direito ao adicional de insalubridade.
d) Tem direito tanto ao adicional de insalubridade quanto ao de periculosidade, podendo
receber ambos ao mesmo tempo.
RESPOSTA: Letra a.
DICA 236
A GESTANTE EM LOCAIS INSALUBRES
A gestante e a lactante podem laborar em locais insalubres? Bom, de forma
bem simplificada tanto a grávida quanto a lactante não podem laborar em locais
insalubres. Ou seja, cabe ao empregador trocar essa mulher gestante ou lactante de uma
função insalubre para uma não insalubre (porém mantendo o pagamento do adicional de
insalubridade mesmo assim) ou caso na empresa não haja nenhuma atividade que não
seja insalubre, cabe ao empregador afasta-la pelo ISS.
DICA 237
LESÕES POR ESFORÇOS REPETITIVOS
Antes de tudo: O que vem a ser a LER? Essa sigla quer dizer lesões por esforços
repetitivos. As LER’s passaram a ser reconhecidas como de fato doença do trabalho a
partir do ano de 1987, por intermédio da Portaria n. 4.062, de 6 de agosto de 1987, do
Ministério da Previdência Social.
Daí pode surgir a dúvidas: LER é apenas um tipo de doença? Não, a LER é
qualquer doença de trabalho, proveniente de esforços repetitivos de uma mesma
função.
São exemplos de LER: A lombalgia, a tendinite, a bursite, o cisto sinovial entre outros.
No filme “Tempos Modernos”, o personagem do ator Charles Chaplin fica tanto tempo
realizando seu trabalho com movimentos e esforços repetitivos, que ao largar da fábrica,
prossegue fazendo os mesmos esforços, embora já esteja fora do ambiente laboral.
Sabendo de todas as informações, é importante que se tenha em mente o fato que,
segundo alguns especialistas, as LER’s aumentaram consideravelmente durante o
período da pandemia, pois o home office faz com que a pessoa passe o seu período
em casa, porém trabalhando. Um exemplo clássico é a pessoa que trabalha
digitando, e fica horas e mais horas nesta mesma posição. Por ser um assunto
atual, consideramos importante você saber deste assunto.
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Memorex OAB – Exame XXXIV – Rodada 04
DICA 238
PERDA AUDITIVA INDUZIDA POR RUÍDO – PAIR
Também chamada de Perdas Auditivas Induzidas por Níveis Elevados de Pressão Sonora e
se trata de alterações de cunho neurossensorial na audição do indivíduo. E mais: Há
atualmente uma limitação de decibéis para que não haja prejuízo à saúde. Este
limite é de 85 decibéis, para jornadas de 8 horas de trabalho. Lembrando que essa perda
de audição é uma perda auditiva mecânica. A PAIR também causa zumbidos, alterações
do sono entre outros problemas.
É um problema irreversível.
DICA 239
GESTANTES E ATIVIDADES PRESENCIAIS
A lei 14.151/21 afastou gestantes do trabalho presencial enquanto houver estado de
emergência de saúde pública causada pelo coronavírus.
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PROCESSO DO TRABALHO
DICA 241
RECURSO ORDINÁRIO
Possui duas hipóteses de cabimento, estabelecidas no art. 895 da CLT: Das decisões
definitivas ou terminativas das Varas e Juízos, no prazo de 8 (oito) dias; e das decisões
definitivas ou terminativas dos Tribunais Regionais, em processos de sua competência
originária, no prazo de 8 (oito) dias, quer nos dissídios individuais, quer nos dissídios
coletivos. Para fixar melhor:
DECISÕES
AONDE HÁ
CABIMENTO Proferidas pelo TRT em ações de competência
DO R.O. originária nos dissídios individuais e coletivos
(ex.: ação rescisória, dissídio coletivo, mandado
de segurança), com julgamento pelo TST
DICA 242
TEMPESTIVIDADE
A tempestividade nada mais é do que a interposição do recurso no prazo previsto
por lei, no caso do recurso ordinário o prazo de interposição para este tipo recurso é de
oito dias. Sendo interposto fora deste prazo, o recurso será intempestivo.
Como não esquecer deste prazo?
Ordinário
Oito dias
DICA 243
MÉRITO DO RECURSO
O mérito do recurso realiza e faz parte da apreciação pelo tribunal de tudo aquilo que o
magistrado analisou em sentença, no caso do recurso ordinário, temos de nos atentar 487
do CPC, que afirma:
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Memorex OAB – Exame XXXIV – Rodada 04
III - homologar:
a) o reconhecimento da procedência do pedido formulado na ação ou na reconvenção;
b) a transação;
c) a renúncia à pretensão formulada na ação ou na reconvenção.
Parágrafo único. Ressalvada a hipótese do§ 1 o do art. 332, a prescrição e a
decadência não serão reconhecidas sem que antes seja dada às partes oportunidade de
manifestar-se.
TOME NOTA: Neste caso, é importantíssimo que você saiba que temos decisões
terminativas (extingue o processo sem resolução do mérito), com resolução parcial do
mérito e as decisões definitivas (que julgam o mérito definitivamente). Cabe recurso
ordinário para todos estes casos.
Se sua peça na segunda fase for um RO, você deve pedir o provimento do recurso
para reformar a sentença.
Para fixar bem na sua mente:
RO
Cabível em:
Decisões definitivas
(com resolução do
mérito)
Decisões terminativas
(sem resolução do
mérito)
DICA 244
CUSTAS PROCESSUAIS
Lembrando sempre que a responsabilidade pelo pagamento das custas é da parte vencida
no processo, conforme o art. 789, § 1º, da CLT normatiza. E mais: Se reclamante ganhar
pelo menos um pedido: RECLAMADA É VENCIDA.
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Memorex OAB – Exame XXXIV – Rodada 04
sobre o valor da causa, se houver extinção do processo sem resolução de mérito ou se
a ação foi improcedente, bem como nas ações declaratórias ou constitutivas;
Lembrando que há certos entes que são isentos destas custas, que são:
E aonde ele pode ser adimplido? Pode ser feito o seu pagamento em dinheiro, em
conta judicial à disposição do juízo ou até mesmo ser substituído por uma fiança bancária
ou seguro-garantia judicial.
Falaremos de custas + depósito caso o recorrente seja uma empresa ou até mesmo uma
tomadora de serviços, quando houver condenação em pecúnia, conforme traz a Súmula
161 do TST.
Mas como funciona este pagamento? Ele deverá ser pago a cada novo recurso, ou
seja, fez o recurso, deve fazer um novo depósito, como afirma a súmula 128, I, do TST.
DICA 246
COMO SABER QUEM PAGA CUSTAS E DEPÓSITO RECURSAL
Que tal não esquecer nunca mais quem paga o que no processo do trabalho?
Veja a tabela abaixo:
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DEPÓSITO
RECURSAL NÃO NÃO NÃO SIM
DICA 247
CERCEAMENTO DE DEFESA
O mais comum é o chamado cerceamento de defesa, normatizado no art. 5º, LV, da CF/88
e no art. 794 da CLT. O que vem a ser este cerceamento de defesa? Pense no seguinte
exemplo: A empresa XYL é reclamada em uma reclamação trabalhista, aonde o
funcionário é reclamante e faz uma série de pedidos. No dia da audiência, a empresa leva
10 testemunhas, entretanto todas são dispensadas, ocasião em que o magistrado
indeferiu o requerimento de sua oitiva. Estamos diante de um cerceamento de defesa.
QUESTÃO SIMULADA
A empresa ABCDEF LTDA. Tem ajuizada em sua face uma reclamação trabalhista do ex-
empregado João, reclamação que tramita na 400ª Vara trabalhista de Manaus. A
empresa apresenta contestação. No dia da audiência, o juiz defere todos os pedidos e
dispensa todas as testemunhas trazidas pela empresa. Inconformada, a empresa decide
interpor um recurso ordinário. Neste caso, sobre a dispensa das testemunhas por parte
do juiz, podemos dizer que é:
a) Periculosidade
b) Cerceamento de defesa
c) Tempestividade
d) Exercício pleno do magistrado
RESPOSTA: Letra B.
DICA 248
CONTRARRAZÕES AO RECURSO ORDINÁRIO
É a defesa ao recurso ordinário e está no art. 900 da CLT. Um ponto que merece
demais sua atenção é que neste momento processual, a ideia é manter a sentença e
fazer com que os argumentos do recurso ordinário não venham a ser acolhidos, em outras
palavras: O não conhecimento do recurso ordinário interposto.
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Os pontos mais comuns a serem demonstrados em prova são:
Deserção (quando a parte não realiza o recolhimento das custas e/ou depósito recursal
ao recorrer).
Uma dúvida: Em casos de recursos de agravo, temos contrarrazões? NÃO,
neste caso teremos contraminuta de agravo.
DICA 249
COMO É UMA PEÇA DE CONTRARRAZÕES?
A banca já trouxe esta peça em uma segunda fase, em uma prova de reaplicação. Que tal
vermos sua estrutura, uma forma bem resumida? São duas peças ok?
DICA 250
PONTOS IMPORTANTE SOBRE INTEMPESTIVIDADE
Como já falado, um recurso é tempestivo quando este é interposto dentro do lapso
temporal que a lei prevê, como é o caso do recurso ordinário, aonde este prazo é de 8
dias. Caso seja interposto fora deste prazo, diz-se que é intempestivo. A intempestividade
recursal, por muitas vezes, é um dos argumentos utilizados para arguir defesa da
manutenção da sentença nas contrarrazões.
Pense que na sua prova pode cair uma questão aonde se fale que determinada pessoa
interpôs um recurso ordinário no prazo de 15 dias. Ora, este recurso é intempestivo, e
como a tempestividade é um dos pressupostos de admissibilidade do recurso ordinário,
este não poderá ser conhecido.
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DICA 251
AGRAVO DE INSTRUMENTO
De uma forma bastante simplificada, o agravo de instrumento serve em casos que
envolvam negação de seguimento, decisão que não admita outro recurso ou para
destrancar outro recurso. E mais: O prazo para interposição e contraminuta ao agravo
de instrumento é de 8 dias.
DICA 252
AÇÃO RESCISÓRIA
A ação rescisória é de competência originária dos tribunais trabalhistas*. Todavia, qual
sua aplicação no mundo processual? A ação rescisória tem por objetivo não anular a
sentença, mas sim rescindi-la, reparando a sentença com trânsito em julgado. Falou em
trânsito em julgado, falou da ação rescisória. (*Ou seja, não pode ser ajuizada na
Vara do Trabalho.)
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ATENÇÃO!
Contra a decisão do Tribunal Regional do Trabalho, que extingue a ação rescisória sem
resolução do mérito, é cabível a interposição de recurso ordinário, conforme dispõe a
súmula 158 do TST. Lembrando que tal recurso deve ser direcionado ao Tribunal
Superior do Trabalho. Este questionamento cai em uma questão recente de concurso, e
pode vir também na sua prova do Exame da OAB.
DICA 253
DEPÓSITO PRÉVIO
Para que se ajuíze esta ação, o autor deve apontar a existência de algumas das
hipóteses do art. 966 do CPC, que são:
falsidade da prova;
prova nova;
erro de fato.
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DICA 255
AGRAVO DE PETIÇÃO
O recurso de agravo de petição é usado nas execuções trabalhistas, objetivando fazer a
impugnação as decisões proferidas nessa espécie de processo. Ele também é cabível nos
casos de procedimento de liquidação de sentença. Em suma: O agravo de petição é um
recurso usado na fase de execução, previsto no art. 897, alínea A, da CLT.
DICA: Quando falamos de execução, teremos agravo de petição.
O agravo de petição é composto por duas peças: A Interposição, para o juízo A quo
(Vara do Trabalho) e a de Razões, para o juízo Ad quem (Tribunal Regional do
Trabalho).
Precisa de depósito? A questão é bem controversa, mas a doutrina majoritária tem
entendido não ser necessário fazer o depósito judicial, para se realizar interposição do
agravo de petição, bastando tão somente que o juízo esteja previamente garantido com a
penhora ou até mesmo nomeação de bens (Súmula 128 do TST).
DICA 256
RECLAMAÇÃO CORREICIONAL
A reclamação correicional não é recurso, mas sim uma medida judicial, que será cabível
para sanar equívocos, abusos e atos contrários à boa ordem processual e que importem
em atentado a fórmulas legais de processo, desde que não haja recurso ou outro meio
processual específico. E mais: Em regra, ela será direcionada ao corregedor do tribunal
em questão. Logo, a reclamação correicional, também chamada de correição parcial, é um
procedimento de cunho meramente administrativo, regulado pelos Regimentos
Internos dos Tribunais do Trabalho.
ATENÇÃO!
DICA 257
AÇÃO ANULATÓRIA DE CLÁUSULAS CONVENCIONAIS
A ação anulatória de cláusula de convenção ou acordo coletivo de trabalho será proposta,
via de regra, pelo Ministério Público do Trabalho (art. 83, IV, da LC 75/1993), tendo esta
legitimidade para propor esta ação, legitimidade dada por lei. E o sindicato, pode ajuizar
esta ação? Sim, o sindicato, também possui legitimidade para propor essa espécie de
ação, por força do disposto no inciso III do art. 8° da CF/88.
DICA 258
RECURSO ADESIVO
Alguns autores o chamam de recurso subordinado, e isto diz muito sobre a missão
dele no mundo jurídico. Apesar do nome, o recurso adesivo não é um recurso
propriamente dito, e o motivo disto é ele depende de um recurso principal. Em outras
palavras, ele não tem normatização na CLT, e por causa desta ausência de previsão na
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CLT, se aplica, subsidiariamente, o art. 997 do CLT, sendo ainda importante ver o disposto
na Súmula 283 do TST:
P ETIÇÃO
E MBARGOS
R EVISTA
O RDINÁRIO
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DICA 260
PRINCÍPIO DA NON REFORMATIO IN PEJUS
É um princípio importante para que o examinando saiba: Basicamente ele afirma que é
vedado ao tribunal, quando for julgar um recurso, profira uma decisão mais gravosa,
mais desfavorável ao recorrente, do que aquela recorrida.
Em outras palavras: A sentença poderá ser impugnada total ou parcialmente,
entretanto não pode vir a trazer maiores danos ao recorrente do que já existia
anteriormente.
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