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Memorex PF (Agente) - Rodada 01

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Nesse material focamos também nos temas mais simples e com mais DECOREBA, pois,
muitas vezes, os deixamos de lado e isso pode, infelizmente, custar inúmeras posições no
resultado final.

Lembre-se: uma boa revisão é o segredo da APROVAÇÃO.

Portanto, utilize o nosso material com todo o seu esforço, estudando e aprofundando cada
uma das dicas.

Se houver qualquer dúvida, você pode entrar em contato conosco enviando suas dúvidas
para: atendimento@pensarconcursos.com

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ÍNDICE

LÍNGUA PORTUGUESA ..................................................................................................... 4


CONTABILIDADE GERAL ............................................................................................... 13
ESTATÍSTICA ....................................................................................................................... 17
LEGISLAÇÃO ESPECIAL ................................................................................................. 20
NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO ........................................................... 30
NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL............................................................ 39
NOÇÕES DE DIREITO PENAL ...................................................................................... 47
NOÇÕES DE DIREITO PROCESSUAL PENAL ....................................................... 56
RACIOCÍNIO LÓGICO ..................................................................................................... 62
INFORMÁTICA .................................................................................................................... 64

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LÍNGUA PORTUGUESA

DICA 01
PARA FACILITAR...
⇨ Coerência: Relação de ideias, lógica textual, ausência de contradição.

⇨ Sentido do texto/Semântica: Significado das palavras.

⇨ Morfologia: Estrutura, Forma e classificação das palavras. Classificadas como


substantivos, artigos, adjetivos, verbos, pronomes, advérbios, preposição, numeral,
conjunção, interjeição.

⇨ Sintaxe: Função das palavras, o que a palavra faz dentro de cada frase, oração, período.
Sujeito, Predicado, adjunto adverbial, complemento do verbo, complemento nominal.
DICA 02

DICIONÁRIO DAS PALAVRAS-CHAVE NO ENUNCIADO (COMANDO) DAS QUESTÕES


DE LÍNGUA PORTUGUESA

ASSOCIAR (relacionar)  Estabelecer uma correspondência


(ligação entre os elementos). UNIR IDEIAS QUE APRESENTEM
TRAÇOS COMUNS.
CARACTERIZAR  Distinguir aspectos, assinalar traços, pôr em
evidência os elementos de destaque.
COMENTAR (discutir)  Expressar opiniões, posicionar-se com
argumentação, desenvolver um assunto com desenvoltura.
CONTRAPOR (confrontar)  Expressar as diferenças, mostrar
traços diferenciados , pontos adversos.
DETERMINAR  Afirmar com clareza, distinguir com exatidão os
elementos.
ESTABELECER PARALELO  Organizar elementos (ideias) com
base em diferenças ou semelhanças, conforme a natureza do
assunto abordado.
EXEMPLIFICAR  Citar, mencionar com exemplos, interpretar
com palavras de quem escreve, basear-se no texto.
EXPLICAR  Expor com clareza as intenções, motivos, razões
(porquês), objetivos e até causas acerca de um assunto.

DICA 03

ERROS COMUNS NAS ASSERTIVAS – COMO ELIMINÁ-LAS?


- Extrapolam o texto, ACRÉSCIMO de informações alheias ao texto.
-Limitam o texto, CARÊNCIA de informações essenciais.
- NÃO ABORDAM o texto!
- CONTRADIZEM o texto.
- Emitem JUÍZO DE VALOR DIVERSO do autor → parcialidade!

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DICA 04

*São CONSIDERADAS AFIRMAÇÕES FALSAS quando:


1. Generaliza;
2. Extrapola;
3. Tom desprezível junto ao raciocínio do autor do texto em tela.
*São CONSIDERADAS AFIRMAÇÕES VERDADEIRAS quando:
1. Especifica o pensamento, usando pronomes demonstrativos;
2. Literalidade, usando sinônimos;
3. Geralmente a afirmação condiz com a conclusão do texto, ou seja, o último parágrafo.
DICA 05
INTERPRETAÇÃO DE TEXTO:


* Comece sempre pelo COMANDO DA QUESTÃO.
* NUNCA LEIA O TEXTO SEM ANTES VER O QUE A QUESTÃO PEDE.
* Na leitura atente-se no que foi pedido e tente extrair o máximo da parte do texto que
foi pedido na questão.
DICA 06
INTERPRETAÇÃO DE TEXTO:


* Volte ao texto sempre que necessário, NUNCA DEDUZA SEM TER A INFORMAÇÃO NO
TEXTO, evite opiniões pessoais, se atente apenas nas informações que o texto passa.
Porém sempre com uma leitura dirigida.
* Tente ver nas RESPOSTAS DE OUTRAS QUESTÕES que dizem a mesma coisa (com
palavras diferentes). Veja SE BATE COM O QUE VOCÊ ACHA COMO CORRETO.
DICA 07
INTERPRETAÇÃO DE TEXTO
IDENTIFICAR CONFORME A LEITURA: uma relação de esclarecimento, se existe uma
IDEIA DE RESUMO, EXPLICAÇÃO, EXEMPLIFICAÇÃO, DESCRIÇÃO, ENUMERAÇÃO,
OPOSIÇÃO OU CONCLUSÃO.
Se a questão pedir o TEMA OU IDEIA CENTRAL (principal): deve-se EXAMINAR COM
ATENÇÃO A INTRODUÇÃO E/OU CONCLUSÃO, pois nesses que contará a informação.
DICA 08
DIFERENCIAÇÃO ENTRE:
COMPREENSÃO: Significado de Algo. Modo concreto. Está no texto de modo explícito.
INTERPRETAÇÃO: Algo subentendido de modo lógico. De forma implícita.

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DICA 09

HOMONÍMIA
→ consiste em palavras que possuem o mesmo som e/ou mesma grafia.
→ divide-se em:
- Homófonas: palavras que possuem a mesma pronúncia.
- Homógrafas: palavras que possuem a mesma grafia.
*Homógrafas heterofônicas: mesma grafia e pronúncia diferente:

Ex.: DESTE (PRONOME) X DESTE (VERBO)

*Homófonas heterográficas: Na língua oral, necessitam estar contextualizadas:

Ex.: HÁ (VERBO) x a (preposição/artigo)

*Homônimos perfeitos: palavras IDÊNTICAS na grafia e no som, PORÉM COM


SIGNIFICADOS DIFERENTES.

Ex.: MANGA!

Eu amo manga (fruta)

A manga da blusa está molhada (parte da roupa)

Ex.2: caminho → substantivo / caminho → verbo

Ex.3: cedo → verbo / cedo → advérbio

 QUESTÃO CESPE PARA ILUSTRAR!

... Gramaticalmente, são consideradas homógrafas palavras que têm a mesma grafia, mas
sentidos diferentes. São exemplos disso as palavras “sessão” (ℓ.2) e cessão.
E AÍ? ESTÁ... ERRADO! SÃO HOMÓFONAS = PALAVRAS COM A MESMA PRONÚNCIA!
Muita atenção em sua prova!
DICA 10

PARONÍMIA
→ consiste em palavras PARECIDAS no som e na grafia, entretanto com SIGNIFICADOS
DIFERENTES!

Ex.: Eminente (importante) ≠ Iminente (próximo)

Questão: “O temporal estava eminente, não demoraria mais...” ERRADO! O correto


seria IMINENTE!
DICA 11

Homônimos e Parônimos

*Alguns exemplos:

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Expectador (aquele que tem Espectador (aquele que assiste)


esperança, que espera, que tem
expectativa)
Tachar (censurar, notar defeito em) Taxar (estabelecer o preço ou o
imposto)
Concerto (sessão musical) Conserto (reparo)
Incipiente (principiante) Insipiente (ignorante)
Cerrar (fechar) Serrar (cortar)
Cheque (ordem de pagamento) Xeque (incidente no jogo de xadrez,
contratempo)
Espiar (espreitar) Expiar (sofrer pena ou castigo)

DICA 12

SOBRE O USO DOS DOIS PONTOS:


Os dois-pontos marcam uma supressão de voz em frase ainda não concluída.
* Introduzir uma citação;
* Introduzir um aposto explicativo, enumerativo, distributivo ou uma oração
subordinada substantiva apositiva;
* Introduzir uma explicação ou enumeração após as expressões por exemplo, isto é, ou
seja, a saber, como etc.
* Marcar uma pausa entre orações coordenadas;
* Marcar a invocação em correspondências.
DICA 13

A VÍRGULA é utilizada para:

* marcar inversões

* separar termos coordenados (em enumeração)

* Marcar elipse do verbo. Ex.: Eu prefiro arroz; ele, feijão.


ATENÇÃO! QUESTÃO DE PROVA: QUEM MARCA A ELIPSE DO VERBO É A VÍRGULA E
NÃO O PONTO E VÍRGULA, OK? NÃO CAIAM NESSA PEGADINHA!

* Isolar vocativo

* Isolar aposto (termo de natureza explicativa) e pode ser isolado também por
travessões, parênteses ou por dois pontos.
* Isolar expressões de natureza explicativa (ou seja, isto é, ou melhor, vale dizer, quer
dizer etc.) Ex.: O Brasil é um país rico, ou seja, dispõe de muitos recursos naturais.

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DICA 14

O "E" DEPOIS DE VÍRGULA pode ocorrer pelos seguintes casos:

* Determinando sujeitos diferentes.

Ex.: os ricos estão cada vez mais ricos, e os pobres, cada vez mais pobres.

* Ter função diferente de adição.

Ex.: Estudou muito, e ainda assim não passou no concurso.

* Usar para dar ênfase na repetição.

Ex.: e chora, e ri, e grita.


DICA 15

SINAIS DE PONTUAÇÃO

→ RETICÊNCIAS ...
São usadas para indicar: supressão de um trecho, interrupção na fala, ou dar ideia de
continuidade ao segmento.
→ PARÊNTESES ( )
São usados quando se quer explicar melhor algo que foi dito ou para fazer simples
indicações. Isolar informações acessórias as quais não se encaixam na sequência lógica
do enunciado.  ISOLAR REFLEXÃO, COMENTÁRIO, EXPLICAÇÃO PARALELA.
Ex.: Em dezembro (nos EUA talvez seja o mês mais frio do ano), acendem-se lareiras nas
casas dos americanos.
→ TRAVESSÃO

* Indica a fala de um personagem no discurso direto.

Ex.: Mariana disse:

– Amigo, preciso pedir-lhe algo.

* Isola um comentário no texto (sentença interferente).

Ex.: Aquela pessoa – eu já havia falado isso – acabou de mostrar que tem péssimo caráter.

* Isola um aposto na sentença.

Minha prima – a dona da loja – ligou para você.

* Reforçar a parte final de um enunciado:

Ex.: Para passar no concurso você deve estudar muito – muito mesmo!

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DICA 16

CASOS PROIBIDOS DO USO DA VÍRGULA

1- Não se usa vírgula entre sujeito e predicado. Termo pode vir intercalado entre
vírgulas, entre o sujeito e predicado.

Ex.: Quem ama não trai.


sujeito predicado

Ex.: As pessoas, que vivem em função do trabalho, não são felizes. → altera o
sentido.

CUIDADO!!! *com vírgula → todas as pessoas → generaliza


*sem vírgula → restritiva é uma parte

2- Não se usa vírgula entre o verbo e seu complemento.

Ex.: Informaram aos funcionários o ocorrido naquela ocasião.


VTDI OI OD Adj. adv.

3- Não se separa por vírgula o nome de seu complemento, nem o nome de seu
adjunto.

Ex.: Um belo dia de calor escaldante (adj. Adn.) é frequente em países de clima
tropical.

Ex.2: A crítica do diretor aos funcionários foi vista como produtiva.


Substantivo adj. Adn. CN
Abstrato
DICA 17

PONTO E VÍRGULA
Notavelmente, o ponto e vírgula sugere uma pausa mais longa – encontra-se entre
a vírgula (pequena pausa) e o ponto final (pausa final).
É usado, dentre suas principais funções:
* Para separar itens em uma enumeração. Muito comum nas legislações estudadas, não
é?! Também receitas, livros didáticos, manuais de instrução, dentre outros.
Ex.: “Art. 1º da CR/88. A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel
dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de
Direito e tem como fundamentos:
I - a soberania;
II - a cidadania;
III - a dignidade da pessoa humana;
IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;
V - o pluralismo político.”

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* Na OMISSÃO DE VERBOS. EXPLICANDO... Nesse caso específico a omissão do verbo


é marcada por uma vírgula, havendo pausa, anterior ao sujeito, esta será exatamente
marcada pelo ponto e vírgula. VISUALIZANDO... Ex.: Eu prefiro museu; ele (sujeito
anterior à pausa), (vírgula que substitui o verbo) teatro.  Eu prefiro museu; ele,
teatro.
* Em casos de USO EXCESSIVO DA VÍRGULA EM PERÍODO LONGO. Nesta situação o
ponto e vírgula será utilizado para separar as orações no período e a vírgula as outras
pausas que aparecerem no meio das orações.

DICA 18

ADJUNTOS ADVERBIAS DESLOCADOS:

*CURTA EXTENSÃO → Vírgula facultativa. (Até 2 palavras) Ex.: Minutos depois,


chega o funcionário do banco com outra chave digital.

*LONGA EXTENSÃO → Vírgula obrigatória. (3 ou mais palavras) Ex.: Na reunião


de ontem, os deputados federais aprovaram a lei.

DICA 19
DITONGO (esclarecimento necessário ao tópico de acentuação gráfica. Ideia: otimizar o
tempo do candidato)

→ Conceito: Encontro de uma vogal


e uma semivogal (ou vice-versa)
numa mesma sílaba. Encontro de
duas vogais “juntas” na mesma
sílaba.
DITONGO
→ Ditongo crescente: hipótese na
qual a semivogal (“i” e “u”) vem
antes da vogal.

Ex.: His-tó-ria, sé-rie, qua-se.

→ Ditongo decrescente: Quando a


vogal vem antes da semivogal.
Ex.: cai-xa, pai, per-deu.

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DICA 20
* São ACENTUADOS:
→ monossílabos tônicos terminados em: a, e, o (seguidos ou não de “s”) +
terminados nos ditongos abertos: éi (s), éu (s), ói (s)

Ex.: já, pés, nós, céu, méis, dói.

→ oxítonas (palavras que apresentam a sílaba tônica na ÚLTIMA sílaba) terminados em:
a, e, o (seguidos ou não de “s”) + terminados nos ditongos abertos: éi (s), éu (s),
ói (s) + terminadas em: em e ens.

ATENÇÃO! Alguns verbos, ao se combinarem com pronomes oblíquos, criam formas


oxítonas ou monossilábicas que, portanto, devem ser acentuadas, pois acabam por assumir
terminações contidas nas aludidas regras acima.

Habitar + a = habitá-la
Jogar + o = jogá-lo
Escrever + la = escrevê-la

 QUESTÃO CESPE PARA ILUSTRAR!

(Ano: 2018 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: BNB Prova: CESPE - 2018 - BNB - Analista
Bancário)
... “Os vocábulos “trás”, “é” e “nós” recebem acento gráfico em obediência à mesma regra
de acentuação.”
... CERTO OU ERRADO? CERTOOOO! O QUE FOI DITO ACIMA? Os monossílabos tônicos
terminados em: a, e, o (seguidos ou não de “s”) SÃO ACENTUADOS!
DICA 21
* São ACENTUADAS:
→ paroxítonas (palavras cuja sílaba tônica é a PENÚLTIMA) terminadas em: L, I, R, N,
UM, US, X, Ã (s), ÃO (s), PS, ON (s), ditongo (Crescente, decrescente)

Ex.: amável, pólen, cadáver, tríceps, órfão, ímã, vírus, táxi, próton, bônus,
fórum, Itália (ditongo), etc.

* TODAS as paroxítonas são acentuadas, EXCETO as terminadas em – a, -e, -o,


(s), éu, éi, ói, em, ens:

Logo, não são acentuadas: polens, item, voo, creem, ideia, assembleia, etc.

ATENÇÃO! NÃO SÃO MAIS ACENTUADAS PAROXÍTONAS QUE CONTENHAM


DITONGO ABERTO! Ex.: ideia, estreia, assembleia, heroico, paranoico. (NOVO ACORDO
ORTOGRÁFICO)

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ATENÇÃO2! NÃO SE EMPREGA MAIS O ACENTO NAS PAROXÍTONAS


TERMINANADAS EM “OO”. Ex.: voo, abençoo, enjoo.
DICA 22
TODAS as PROPAROXÍTONAS (Palavras cuja sílaba tônica é a ANTEPENÚLTIMA) são
ACENTUADAS!

Ex.: médico, ínterim, ímprobo, física, matemática, lúdico, ártico, etc.

DICA 23
* No caso de HIATO (encontro de vogais em sílabas diferentes, portanto pronunciados
separadamente), acentuam-se o “I” e “U”, quando representam a sua segunda vogal
tônica, DESDE DE QUE ESTEJAM SOZINHOS OU ACOMPANHADOS DE “S”, além de
DESACOMPANHADOS DE “R”, “M”, “NH” e “Z”.

Ex.: sa-í-da, ba-la-ús-tre, sa-ú-de, etc.

→ JU – IZ (seguido de Z, não se acentua!) x JU – Í - ZES


DICA 24
ACENTOS DIFERENCIAIS
*pôr (verbo)
*pôde (passado)
*têm (plural)
*vêm (plural)
*fôrma (facultativo)

DICA 25

PALAVRAS QUE NÃO SÃO MAIS ASSINALADAS COM O ACENTO GRÁFICO:

PARA (VERBO) PARA (PREPOSIÇÃO)

PELA (VERBO E SUSTANTIVO) PELA (a união da preposição com o


artigo)

PELO (VERBO) PELO (SUBSTANTIVO)

POLO (EXTREMIDADE) POLO (FILHOTE DE GAVIÃO ou a


união antiga e popular de “por” e
“lo”)

PERA (SUBSTANTIVO) PERA (PREPOSIÇÃO ARCAICA que


significa “para”)

ENFIM, PARA FACILITAR: SÓ LEMBRAR QUE NÃO SÃO MAIS ACENTUADAS


CONFORME O NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO!

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CONTABILIDADE GERAL

DICA 26

Teoria da Contabilidade

A Contabilidade é uma ciência social aplicada concebida para captar, registrar, acumular,
resumir e interpretar os fenômenos que afetam as situações patrimoniais, financeiras e
econômicas de qualquer entidade.
A Contabilidade prática diz respeito a escrituração e registros das operações de uma
entidade em livros mantidos para essa finalidade.
Já a Contabilidade teórica estabelece princípios e regras de conduta a serem seguidos
pelos profissionais para aprimorar e uniformizar os procedimentos contábeis.
DICA 27

Contabilidade: Objeto, Objetivo, Finalidade e Campo de Aplicação

A Contabilidade é uma ciência social e possui alguns aspectos fundamentais que não
podem ser confundidos:
→ Objeto: Patrimônio das entidades.
→ Objetivo: Controlar o patrimônio.
→ Finalidade: Fornecer informações contábeis aos usuários.
→ Campo de Aplicação: Aziendas (entidades econômico-administrativas), com ou sem
fins lucrativos.
OBS: A CESPE algumas vezes considera objetivo e finalidade como sinônimos.
DICA 28

Ciclo Contábil

O ciclo contábil são os procedimentos usados para identificar, classificar, mensurar e


registrar as informações contábeis de uma empresa. O ciclo contábil possui cinco fases:
captação, reconhecimento, processo de acumulação, sumarização e evidenciação.
→ Captação: Colher dados que afetam o patrimônio da entidade (análise de documentos).
→ Reconhecimento: Questionar os atos e fatos contábeis e decidir se devem ser
reconhecidos ou não.
→ Processo de acumulação: Organizar e estruturar os dados reconhecidos.
→ Sumarização: Transformar os dados em informações úteis.
→ Evidenciação: Divulgar as informações contábeis aos usuários.
DICA 29

Atos e Fatos Administrativos

Atos administrativos: São atos de gestão, que não provocam alterações no patrimônio
da entidade. Ex: planejamento operacional, elaboração de parecer, etc.

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Fatos Administrativos (ou Contábeis): São fatos que provocam alterações em elementos
do patrimônio ou do resultado. Ex: compra de veículo, pagamento de impostos. Os fatos
administrativos podem ser: permutativos, modificativos ou mistos.

DICA 30

Fatos Permutativos para o CESPE

A banca CESPE trata fatos administrativos que aumentam ou diminuem o PL, mas não
envolvem contas de Resultado como fatos permutativos. É um entendimento diferente
de outras bancas, portanto, muita atenção.

Veja alguns exemplos:

Integralização de Capital

D- Caixa (Ativo Circulante)

C- Capital Social a Integralizar (PL)

Distribuição de Lucros

D- Lucros Acumulados (PL)

C- Dividendos a Pagar (Passivo Circulante)

DICA 31

LIVRO CAIXA

O livro caixa é responsável por escriturar operações que envolvem pagamento e


recebimento de dinheiro. Neste, é informado o histórico completo das operações e deve
ser escriturado quase simultaneamente com as operações, diferente da conta “Caixa” no
Razão, que não apresenta maiores informações sobre o histórico da transação como o livro
caixa.
DICA 32

REGIME DE COMPETÊNCIA E REGIME DE CAIXA


De acordo com o regime de competência de exercícios, as receitas e as despesas são
consideradas em função do seu fato gerador e não em função do recebimento da receita ou
pagamento da despesa, em dinheiro.
As receitas de um exercício são aquelas ganhas nesse período, não importando se tenham
sido recebidas efetivamente ou não. Da mesma forma, as despesas de um exercício são
aquelas incorridas nesse período, não importando se tenham sido pagas ou não.
Já no regime de caixa são consideradas as receitas e despesas do exercício que foram
efetivamente recebidas e pagas dentro deste período.
DICA 33

Fórmulas de Lançamento
A fórmula de lançamento é definida pelo número de contas debitadas ou creditadas.

Lançamento de 1ª Fórmula
1 conta debitada e 1 conta creditada.

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Exemplo: Pagamento de duplicata na data de vencimento.


D- Bancos (Ativo Circulante)
C- Duplicatas a pagar (Passivo Circulante)

Lançamento de 2ª Fórmula
1 conta debitada e 2 ou mais contas creditadas.
Exemplo: Compra de veículo de R$50.000,00 sendo 50% à vista, e 50% em 60 dias.
D- Veículos (Ativo Imobilizado): 50.000,00
C- Bancos (Ativo Circulante): 25.000,00
C- Contas a pagar (Passivo Circulante): 25.000,00

Lançamento de 3ª Fórmula
2 ou mais contas debitadas e 1 conta creditada.
Exemplo: Pagamento de fornecedores em atraso (com juros).
D- Fornecedores (Passivo Circulante)
D- Juros passivos (Resultado)
C- Bancos (Ativo Circulante)

Lançamento de 4ª Fórmula
2 ou mais contas debitadas e 2 ou mais contas creditadas.
Exemplo: Compra de máquinas e móveis com pagamento em dinheiro e cheque.
D- Máquinas (Ativo Imobilizado)
D- Móveis (Ativo Imobilizado)
C- Caixa (Ativo Circulante)
C- Bancos (Ativo Circulante)
DICA 34

Formalidades Exigidas na Escrituração do LIVRO DIÁRIO


A escrituração do Livro Diário exige que se cumpram formalidades extrínsecas (relativas
à forma) e intrínsecas (relativas ao conteúdo):
Formalidades Extrínsecas:
→ Ser encadernado com páginas numeradas;
→ ser registrado na Junta Comercial do Estado ou Cartório de Registro de Títulos e
Documentos;
→ ser rubricado em todas as páginas por funcionário da Junta ou Cartório;

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→ possuir Termo de Abertura e Encerramento, assinados por Contabilista responsável.


Formalidades Intrínsecas:
→ Registros em ordem cronológica;
→ não podem possuir borrões, rasuras ou emendas;
→ não são permitidos espaços em branco, ocupação de margens ou entrelinhas;
→ devem seguir método uniforme de escrituração do início ao fim.
DICA 35

Afirmações gerais sobre regime de competência, regime de caixa e livros


contábeis
No regime de competência, as receitas são reconhecidas quando são ganhas, mesmo
que não recebidas. Em outras palavras, as receitas são reconhecidas no momento em que
são geradas (ganhas) e as despesas são reconhecidas no momento em que são incorridas,
independentemente de ocorrer ou não a movimentação de recursos financeiros.
De acordo com o regime de caixa as receitas e as despesas são consideradas em função
dos recebimentos ou dos pagamentos.
No lançamento em livro diário deve-se descrever o valor do débito e do crédito e não
o saldo da conta.
No livro razão, o confronto dos créditos e dos débitos denomina-se saldo. É um livro de
registro da conta, ou seja, é a representação gráfica da conta (cada conta é uma página do
livro).

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ESTATÍSTICA

DICA 36

Amostragem Probabilística x Não Probabilística

→ Na amostragem probabilística, não há interferência do responsável na seleção da


amostra (imparcialidade). Há como calcular a probabilidade de cada elemento da população
pertencer a amostra.

→ Na amostragem não probabilística, há parcialidade do responsável, também é


chamada de amostra determinística.

→ O ideal é que, pelas características do tipo de amostra, você consiga determinar se ela é
probabilística ou não. De qualquer forma os exemplos são:

✓ Probabilística: amostragem aleatória simples, por estratos, por conglomerados e


sistemática.

✓ Não Probabilística: amostragem por conveniência, julgamento e cotas.

→ Há situações em que o ideal é uma amostragem Probabilística, e outras em que se encaixa


melhor uma amostra Não Probabilística.

DICA 37

Teoria da Estimação

→ A estimação é uma técnica utilizada para determinar estimativas de parâmetros


populacionais. Neste método, utiliza-se dados amostrais para prever valores de
parâmetros populacionais que ainda não são conhecidos.

✓ ESTIMAÇÃO PONTUAL

• Nesta estimação o parâmetro populacional é obtido através de um único número. Este


número tende a ser bem próximo do verdadeiro valor do parâmetro.
• Existem dois tipos de estimação de um parâmetro populacional: estimação por ponto e
a estimação por intervalo.
• Como é uma estimativa baseada em um único ponto, não é possível julgar a magnitude
do erro que podemos estar cometendo.

✓ ESTIMAÇÃO POR INTERVALO

• Essa estimativa busca determinar um intervalo que possua o valor do parâmetro


populacional, obtendo através desta uma margem de segurança razoável, onde é
possível julgar se estamos ou não cometendo um erro de amostragem.

✓ INTERVALO DE CONFIANÇA

• Na estimativa por intervalo de confiança é possível determinar dois limites para a


amostragem populacional, ou seja, temos aqui uma margem de erro conhecida.
• Quando a margem de erro é baixa, temos que o nível de confiança daquela pesquisa ou
amostra é alto. Caso a margem de erro seja alta, a confiança tende a ser menor.
• Geralmente esses intervalos de confiança são expressos assim: (1 – a), onde a é o grau
de desconfiança.

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• Encontramos em nosso dia a dia, desta forma α = grau de desconfiança, nível de


incerteza ou nível de significância. 1-α = coeficiente de confiança ou nível de
confiabilidade;

DICA 38

Teste de Hipóteses

→ O teste de Hipótese é utilizado no dia a dia para a tomada de decisões. Quando estamos
diante de um teste de hipóteses, devemos examinar as duas possibilidades possíveis
que fará com que se aceite ou rejeite uma alegação sobre determinada população de acordo
com as evidências obtidas por uma amostra de dados.

→ Dentro do teste de hipóteses temos as hipóteses estatísticas, o qual podemos definir


como uma suposição de um parâmetro populacional, ou seja, iremos pegar uma amostra e
buscar os parâmetros daquela amostra. Iremos calcular através da amostra se esta hipótese
deve ser aceita ou rejeitada.

→ Para testarmos um parâmetro populacional, teremos uma hipótese que seja falsa e outra
que seja verdadeira. Essas duas hipóteses são chamadas de hipótese nula e hipótese
alternativa.

DICA 39

RAMOS DA ESTATÍSTICA

A Estatística se divide em dois ramos principais:

a) Estatística Descritiva (ou Dedutiva): tem por objetivo descrever um conjunto de


dados, resumindo as suas informações principais.

Fazem parte deste ramo tanto as técnicas para coletar os dados (técnicas de
amostragem) quanto as técnicas para o cálculo dos principais parâmetros
(características) daquele grupo de dados coletados.

Também fazem parte deste ramo da Estatística as técnicas para a apresentação de dados
em tabelas e gráficos, bem como o cálculo de medidas utilizadas para resumir estes dados
(média, moda, mediana, desvio padrão, etc.).

b) Estatística Inferencial (ou Indutiva): tem por objetivo inferir/induzir, a partir das
informações de um conjunto de dados (amostra), informações sobre um conjunto mais
amplo (população).

A teoria da Probabilidade faz parte deste ramo, pois nela o nosso objetivo é, a partir do
conhecimento de um fenômeno (ex.: lançamento de um dado), inferir possíveis resultados
para a ocorrência de um determinado evento. Também fazem parte da estatística inferencial
os testes de hipóteses, que visam obter conclusões sobre uma população a partir da análise
de um subconjunto desta (amostra).

DICA 40

CONCEITOS INTRODUTÓRIOS DE ESTATÍSTICA

- População: é o conjunto de todas as entidades sob estudo.

- Censo: quando efetuamos o censo de uma população, analisamos todos os indivíduos que
compõem aquela população.

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- Amostra: em muitos casos é inviável, custoso ou desnecessário, observar um por um dos


membros de uma determinada população.

- Variável: é um atributo ou característica (ex: sexo, altura, salário etc.) dos elementos de
uma população que pretendemos avaliar.

- Observação: trata-se do valor que a variável assume para um determinado membro da


população.

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LEGISLAÇÃO ESPECIAL

DICA 41

LEI Nº. 11.343/06 (DROGAS) – inclusões trazidas pelo pacote anticrime

Art. 28. Quem ADQUIRIR, GUARDAR, TIVER EM DEPÓSITO, TRANSPORTAR OU


TROUXER CONSIGO, para consumo pessoal, drogas sem autorização ou em desacordo
com determinação legal ou regulamentar será submetido às seguintes penas:

I - ADVERTÊNCIA sobre os efeitos das drogas;

II – PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS À COMUNIDADE; (prazo máximo aplicação


da pena: 5 meses, ou 10 meses (reincidência).

III - MEDIDA EDUCATIVA de comparecimento a programa ou curso educativo.


(prazo máximo aplicação da pena: 5 meses, ou 10 meses (reincidência).

***PRESCRIÇÃO: 2 ANOS (imposição e execução das penas), aplicando-se as


causas de interrupção previstas no CP.

***AGENTE QUE SE RECUSA INJUSTIFICADAMENTE A CUMPRIR AS


MEDIDAS DO ART. 28: o juiz PODE submetê-lo, sucessivamente, a admoestação
verbal e multa.

§ 1º Às mesmas medidas submete-se quem, para seu consumo pessoal,


SEMEIA, CULTIVA OU COLHE PLANTAS destinadas à preparação de pequena
quantidade de substância ou produto capaz de causar dependência física ou psíquica.

§ 2º Para determinar se a droga destinava-se a consumo pessoal, o juiz


atenderá à natureza e à quantidade da substância apreendida, ao local e às condições
em que se desenvolveu a ação, às circunstâncias sociais e pessoais, bem como à
conduta e aos antecedentes do agente.

DICA 42

ATENÇÃO! O STF possui o entendimento que o art. 28 da Lei de Drogas DESPENALIZOU


a posse de drogas para uso pessoal. Contudo, as condutas previstas no dispositivo não
deixaram de ser criminosas. (Recurso Extraordinário 430.105-9-RJ)

DICA 43

TRÁFICO DE DROGAS PRIVILEGIADO

→ É privilegiado o tráfico quando o agente é primário, tem bons antecedentes, não se


dedica às atividades criminosas e não integra organização criminosa. Nessa hipótese,
descrita no art. 33, § 4º, da Lei de Drogas, a pena do réu será reduzida de 1/6 a 2/3.

OBS.1: “Atividades criminosas” mencionadas no artigo acima indicado não precisam estar
relacionadas com o tráfico de drogas.

OBS.2: O STF, em sede de controle difuso, declarou inconstitucional a vedação da


conversão da pena do tráfico privilegiado em penas restritivas de direitos (Habeas

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Corpus nº 97.256/RS). E, com isso, o Senado editou a Resolução nº 5/2012: “Art. 1º É


suspensa a execução da expressão "vedada a conversão em penas restritivas de direitos" do
§ 4º do art. 33 da Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006, declarada inconstitucional por
decisão definitiva do Supremo Tribunal Federal nos autos do Habeas Corpus nº 97.256/RS”.

DICA 44

- TRÁFICO INTERESTADUAL

Súmula 587, STJ: Para a incidência da majorante prevista no artigo 40, V, da Lei
11.343/06, é desnecessária a efetiva transposição de fronteiras entre estados da
federação, SENDO SUFICIENTE A DEMONSTRAÇÃO INEQUÍVOCA DA INTENÇÃO DE
REALIZAR O TRÁFICO INTERESTADUAL.

- TRÁFICO TRANSNACIONAL

Súmula 607, STJ: A majorante do tráfico transnacional de drogas (art. 40, I, da Lei
11.343/06) se configura com a prova da destinação internacional das drogas, ainda que
não consumada a transposição de fronteiras.

DICA 45

INTERNAÇÃO (LEI DE DROGAS) – NOVIDADE TRAZIDA PELO PACOTE ANTICRIME

VOLUNTÁRIA - aquela que se dá com o consentimento do


dependente de drogas;

- deverá ser precedida de declaração escrita


da pessoa solicitante de que optou por este
regime de tratamento;

- seu término dar-se-á por determinação do


médico responsável ou por solicitação
escrita da pessoa que deseja interromper o
tratamento.

INVOLUNTÁRIA - aquela que se dá, sem o consentimento do


dependente, a pedido de familiar ou do
responsável legal OU, NA ABSOLUTA FALTA
DESTE, de servidor público da área de
saúde, da assistência social ou dos órgãos
públicos integrantes do Sisnad, com
exceção de servidores da área de
segurança pública, que constate a existência
de motivos que justifiquem a medida;

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- deve ser realizada após a formalização


da decisão por médico responsável;

II - será indicada depois da avaliação


sobre o tipo de droga utilizada, o padrão de uso
e na hipótese comprovada da
impossibilidade de utilização de outras
alternativas terapêuticas previstas na rede
de atenção à saúde;

III - perdurará apenas pelo tempo


necessário à desintoxicação, no prazo
máximo de 90 (noventa) dias, tendo seu
término determinado pelo médico responsável;

IV - a família ou o representante legal


poderá, a qualquer tempo, requerer ao
médico a interrupção do tratamento.

DICA 46

DA INVESTIGAÇÃO NO CRIME DE DROGAS – PRISÃO EM FLAGRANTE

• Ocorrendo prisão em flagrante, a autoridade de polícia judiciária fará,


imediatamente, comunicação ao juiz competente, remetendo-lhe cópia do auto
lavrado, do qual será dada vista ao órgão do Ministério Público, em 24 (vinte e
quatro) horas.

• Para efeito da lavratura do auto de prisão em flagrante e estabelecimento da


materialidade do delito, é suficiente o laudo de constatação da natureza e
quantidade da droga, firmado por perito oficial ou, na falta deste, por pessoa
idônea.

• O perito que subscrever o laudo não ficará impedido de participar da elaboração


do laudo definitivo.

• Recebida cópia do auto de prisão em flagrante, o juiz, no prazo de 10 (dez) dias,


certificará a regularidade formal do laudo de constatação e determinará a destruição
das drogas apreendidas, guardando-se amostra necessária à realização do laudo
definitivo.

• A destruição das drogas será executada pelo delegado de polícia competente


no prazo de 15 (quinze) dias na presença do Ministério Público e da autoridade
sanitária.
DICA 47

CONCLUSÃO DO INQUÉRITO POLICIAL (drogas)


INDICIADO PRESO Prazo de 30 (trinta) dias
INDICIADO SOLTO Prazo de 90 (trinta) dias

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DICA 48

É ISENTO DE PENA o agente que, em razão da dependência, ou sob o efeito,


proveniente de caso fortuito ou força maior, de droga, era, ao tempo da ação ou
da omissão, qualquer que tenha sido a infração penal praticada, INTEIRAMENTE
INCAPAZ DE ENTENDER O CARÁTER ILÍCITO DO FATO OU DE DETERMINAR-SE DE
ACORDO COM ESSE ENTENDIMENTO. (art. 45)

DICA 49

LEIS PENAIS NO TEMPO – LEI DE DROGAS

Em relação a sucessão de leis penais no tempo (art. 5º,XL, CF), foi consolidado pelo STJ na
súmula 501 o entendimento de que não se admite a combinação da antiga Lei nº
6.368/76 com o privilégio contido no §4º do art. 33 da Lei nº 11.343/2006, que
prevê sobre o crime de tráfico.

Art. 33 (...) § 4º Nos delitos definidos no caput e no § 1º deste artigo, as penas poderão
ser reduzidas de um sexto a dois terços, desde que o agente seja primário, de bons
antecedentes, não se dedique às atividades criminosas nem integre organização criminosa.

Súmula 501 STJ: É cabível a aplicação retroativa da Lei n. 11.343/2006, desde que o
resultado da incidência das suas disposições, na íntegra, seja mais favorável ao réu do que
o advindo da aplicação da Lei n. 6.368/1976, sendo vedada a combinação de leis.

Neste caso, o magistrado deve analisar casualmente para definir qual das leis é mais
vantajosa ao acusado.

DICA 50

AGENTE POLICIAL DISFARÇADO – PACOTE ANTICRIME

Segundo o art. 33, §1º, IV:

Art. 33 (...) § 1º Nas mesmas penas incorre quem:

IV - vende ou entrega drogas ou matéria-prima, insumo ou produto químico destinado à


preparação de drogas, sem autorização ou em desacordo com a determinação legal
ou regulamentar, a agente policial disfarçado, quando presentes elementos
probatórios razoáveis de conduta criminal preexistente. (Incluído pela Lei nº
13.964, de 2019)

A conduta do policial disfarçado deve ser analisada com cuidado e precedida de elementos
prévios de investigação. Em muitos casos o agente policial induz o agente a praticar o crime,
logo não haverá crime pelo fato de um flagrante ter sido provocado, aplicando-se aí a
súmula 145 do STF:

“Não há crime, quando a preparação do flagrante pela polícia torna impossível a sua
consumação”.

Portanto, para a descaracterização do crime do agente policial disfarçado devem estar


presentes os seguintes requisitos:

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➢ O policial tem que ser o agente provocador; e


➢ Elementos prévios de informação.

DICA 51

INDUZIR, INSTIGAR OU AUXILIAR ALGUÉM AO USO INDEVIDO DE DROGA

 O art. 33, §2º da Lei de Drogas traz o tipo penal de induzir, instigar ou auxiliar alguém
ao uso indevido de droga.

Induzir significa criar uma ideia que até então era inexistente, instigar significa fomentar
uma ideia já existente, já auxiliar significa promover a ajuda, criar os meios.

***O STF ao analisar a ADPF 187/DF entendeu que a manifestação da marcha da


maconha não configura o tipo penal mencionado, mas constitui o direito de livre exercício
de direito de reunião e exposição do pensamento. Nada obstante, para que estes
movimentos sejam realizados deve haver:

➢ Reunião pacífica e sem armas, previamente notificada a autoridade, sem


incitação à violência;
➢ Não pode haver incitação, incentivo ou estímulo ao consumo de entorpecentes;
➢ Não pode haver consumo de entorpecente, apenas manifestação do
pensamento; e
➢ Não podem participar crianças e adolescente.

DICA 52

CONDUÇÃO DE EMBARCAÇÃO OU AERONAVE APÓS O CONSUMO DE DROGAS

Segundo o art. 39 da Lei de Drogas é crime “conduzir embarcação ou aeronave após o


consumo de drogas, expondo a dano potencial a incolumidade de outrem:

Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 3 (três) anos, além da apreensão do veículo,


cassação da habilitação respectiva ou proibição de obtê-la, pelo mesmo prazo da pena
privativa de liberdade aplicada, e pagamento de 200 (duzentos) a 400 (quatrocentos)
dias-multa”.

Neste sentido, configura-se crime quando o agente expõe um terceiro ao perigo. A


autocolocação em risco, após o consumo de drogas, não é passível de punição.

As penas previstas são de privação de liberdade, apreensão do veículo, cassação da


habilitação ou proibição de obtê-la e multa.

DICA 53

ART. 44 - LEI DE DROGAS

O art. 44 da Lei de drogas prevê que “os crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1º, e 34
a 37 desta Lei são inafiançáveis e insuscetíveis de sursis, graça, indulto, anistia e liberdade
provisória, vedada a conversão de suas penas em restritivas de direitos.

Parágrafo único. Nos crimes previstos no caput deste artigo, dar-se-á o livramento
condicional após o cumprimento de dois terços da pena, vedada sua concessão ao
reincidente específico”.

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MUITA ATENÇÃO! O STF declarou inconstitucional o trecho do artigo “vedada a conversão


de suas penas em restritivas de direitos”. Em atenção ao princípio da individuação da pena
entendeu-se que pode haver SIM conversão da pena em restritivas de direito, bem
como o regime inicial fechado NÃO é obrigatório.

DICA 54

LEI Nº 13.445/2017 – LEI DE MIGRAÇÃO

VAMOS COMEÇAR COM ALGUNS CONCEITOS ESCLARECEDORES!

➢ Migrante: Deslocamento dentro de um espaço geográfico;


➢ Imigrante: Estrangeiro ou Apátrida que está no Brasil por tempo definitivo
➢ Emigrante: Brasileiro que vai para o exterior
➢ Apátrida: Não tem nacionalidade reconhecida por ninguém
➢ Residente fronteiriço: Mora no exterior, mas em região de fronteira
➢ Visitante: Passeando

DICA 55

DOS PRINCÍPIOS E GARANTIAS

Art. 3º, da Lei nº. 13.445/17. A política migratória brasileira rege-se pelos seguintes
princípios e diretrizes:

I - universalidade, indivisibilidade e interdependência dos direitos humanos;

II - repúdio e prevenção à xenofobia, ao racismo e a quaisquer formas de


discriminação;

III - não criminalização da migração;

IV - não discriminação em razão dos critérios ou dos procedimentos pelos quais a


pessoa foi admitida em território nacional;

V - promoção de entrada regular e de regularização documental;

VI - acolhida humanitária;

VII - desenvolvimento econômico, turístico, social, cultural, esportivo, científico e


tecnológico do Brasil;

VIII - garantia do direito à reunião familiar;

IX - igualdade de tratamento e de oportunidade ao migrante e a seus familiares;

X - inclusão social, laboral e produtiva do migrante por meio de políticas públicas;

XI - acesso igualitário e livre do migrante a serviços, programas e benefícios sociais, bens


públicos, educação, assistência jurídica integral pública, trabalho, moradia, serviço bancário
e seguridade social;

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XII - promoção e difusão de direitos, liberdades, garantias e obrigações do


migrante;

XIII - diálogo social na formulação, na execução e na avaliação de políticas migratórias e


promoção da participação cidadã do migrante;

XIV - fortalecimento da integração econômica, política, social e cultural dos povos da


América Latina, mediante constituição de espaços de cidadania e de livre circulação de
pessoas;

XV - cooperação internacional com Estados de origem, de trânsito e de destino de


movimentos migratórios, a fim de garantir efetiva proteção aos direitos humanos do
migrante;

XVI - integração e desenvolvimento das regiões de fronteira e articulação de políticas


públicas regionais capazes de garantir efetividade aos direitos do residente fronteiriço;

XVII - proteção integral e atenção ao superior interesse da criança e do adolescente


migrante;

XVIII - observância ao disposto em tratado;

XIX - proteção ao brasileiro no exterior;

XX - migração e desenvolvimento humano no local de origem, como direitos inalienáveis de


todas as pessoas;

XXI - promoção do reconhecimento acadêmico e do exercício profissional no Brasil, nos


termos da lei; e

XXII - repúdio a práticas de expulsão ou de deportação coletivas.

DICA 56

Art. 4º, da Lei nº. 13.445/17. Ao migrante é garantida no território nacional, em


condição de igualdade com os nacionais, a inviolabilidade do direito à vida, à
liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, bem como são assegurados:

I - direitos e liberdades civis, sociais, culturais e econômicos;

II - direito à liberdade de circulação em território nacional;

III - direito à reunião familiar do migrante com seu cônjuge ou companheiro e seus filhos,
familiares e dependentes;

IV - medidas de proteção a vítimas e testemunhas de crimes e de violações de direitos;

V - direito de transferir recursos decorrentes de sua renda e economias pessoais a outro


país, observada a legislação aplicável;

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VI - direito de reunião para fins pacíficos;

VII - direito de associação, inclusive sindical, para fins lícitos;

VIII - acesso a serviços públicos de saúde e de assistência social e à previdência social, nos
termos da lei, sem discriminação em razão da nacionalidade e da condição migratória;

IX - amplo acesso à justiça e à assistência jurídica integral gratuita aos que comprovarem
insuficiência de recursos;

X - direito à educação pública, vedada a discriminação em razão da nacionalidade e da


condição migratória;

XI - garantia de cumprimento de obrigações legais e contratuais trabalhistas e de aplicação


das normas de proteção ao trabalhador, sem discriminação em razão da nacionalidade e da
condição migratória;

XII - isenção das taxas de que trata esta Lei, mediante declaração de hipossuficiência
econômica, na forma de regulamento;

XIII - direito de acesso à informação e garantia de confidencialidade quanto aos dados


pessoais do migrante, nos termos da Lei nº 12.527, de 18 de novembro de 2011 ;

XIV - direito a abertura de conta bancária;

XV - direito de sair, de permanecer e de reingressar em território nacional, mesmo enquanto


pendente pedido de autorização de residência, de prorrogação de estada ou de
transformação de visto em autorização de residência; e

XVI - direito do imigrante de ser informado sobre as garantias que lhe são asseguradas para
fins de regularização migratória.

§ 1º Os direitos e as garantias previstos nesta Lei serão exercidos em observância ao


disposto na Constituição Federal, independentemente da situação migratória, observado o
disposto no § 4º deste artigo, e não excluem outros decorrentes de tratado de que o Brasil
seja parte.

DICA 57

DA ENTRADA E DA SAÍDA NO TERRITÓRIO NACIONAL

Art. 39, da Lei nº. 13.445/17. O viajante deverá permanecer em área de fiscalização até
que seu documento de viagem tenha sido verificado, salvo os casos previstos em lei.

Art. 40, da Lei nº. 13.445/17. Poderá ser autorizada a ADMISSÃO EXCEPCIONAL NO
PAÍS de pessoa que se encontre em uma das seguintes condições, desde que esteja de
posse de documento de viagem válido:

I - não possua visto;

II - seja titular de visto emitido com erro ou omissão;

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III - tenha perdido a condição de residente por ter permanecido ausente do País na
forma especificada em regulamento e detenha as condições objetivas para a concessão de
nova autorização de residência;

IV - (VETADO); ou

V - seja criança ou adolescente desacompanhado de responsável legal e sem


autorização expressa para viajar desacompanhado, independentemente do
documento de viagem que portar, hipótese em que haverá imediato encaminhamento ao
Conselho Tutelar ou, em caso de necessidade, a instituição indicada pela autoridade
competente.

Parágrafo único. Regulamento poderá dispor sobre outras hipóteses excepcionais de


admissão, observados os princípios e as diretrizes desta Lei.

Art. 41. A entrada condicional, em território nacional, de pessoa que não preencha os
requisitos de admissão poderá ser autorizada mediante a assinatura, pelo
transportador ou por seu agente, de termo de compromisso de custear as
despesas com a permanência e com as providências para a repatriação do viajante.

DICA 58

DESEMBARQUE PERMITIDO POR MOTIVO DE FORÇA MAIOR

Art. 42, da Lei nº. 13.445/17. O tripulante ou o passageiro que, por motivo de força
maior, for obrigado a interromper a viagem em território nacional poderá ter seu
desembarque permitido mediante termo de responsabilidade pelas despesas
decorrentes do transbordo.

ATENÇÃO! Mesmo não preenchendo os requisitos de admissão, o passageiro ou tripulante


poderá ter entrada autorizada. É o caso por exemplo, de uma pessoa que está sobrevoando
o território nacional e sofre um ataque cardíaco.

DICA 59

MEDIDAS SANITÁRIAS

Art. 43, da Lei nº. 13.445/17. A autoridade responsável pela fiscalização contribuirá para a
aplicação de medidas sanitárias em consonância com o Regulamento Sanitário
Internacional e com outras disposições pertinentes.


FIQUEM ATENTOS a este dispositivo, tendo haja vista a pandemia do coronavírus.

DICA 60

IMPEDIMENTOS DE INGRESSO

Art. 45, da Lei nº. 13.445/17. PODERÁ ser impedida de ingressar no País, após entrevista
individual e mediante ato fundamentado, a pessoa:

I - anteriormente expulsa do País, enquanto os efeitos da expulsão vigorarem;

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II - condenada ou respondendo a processo por ato de terrorismo ou por crime de


genocídio, crime contra a humanidade, crime de guerra ou crime de agressão, nos
termos definidos pelo Estatuto de Roma do Tribunal Penal Internacional, de 1998,
promulgado pelo Decreto nº 4.388, de 25 de setembro de 2002;

III - condenada ou respondendo a processo em outro país por crime doloso passível
de extradição segundo a lei brasileira;

IV - que tenha o nome incluído em lista de restrições por ordem judicial ou por
compromisso assumido pelo Brasil perante organismo internacional;

V - que apresente documento de viagem que:

a) não seja válido para o Brasil;

b) esteja com o prazo de validade vencido; ou

c) esteja com rasura ou indício de falsificação;

VI - que não apresente documento de viagem ou documento de identidade, quando


admitido;

VII - cuja razão da viagem não seja condizente com o visto ou com o motivo
alegado para a isenção de visto;

VIII - que tenha, comprovadamente, fraudado documentação ou prestado informação


falsa por ocasião da solicitação de visto; ou

IX - que tenha praticado ato contrário aos princípios e objetivos dispostos na


Constituição Federal.

MUITA ATENÇÃO AO PARÁGRAFO ÚNICO DO ARTIGO ESTUDADO!!!

Parágrafo único. Ninguém será impedido de ingressar no País por motivo de raça,
religião, nacionalidade, pertinência a grupo social ou opinião política.

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NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO

DICA 61

Teoria da culpa civil – teoria da responsabilidade subjetiva

Após a superação da distinção entre os atos de império e de gestão para fins de


responsabilização do Estado, emergiu a teoria da culpa civil, ou da responsabilidade
subjetiva.

Por essa teoria, a responsabilidade do Estado dependia da comprovação de dolo ou,


pelo menos, a culpa na conduta do agente estatal. Assim, a responsabilização do
Estado, isto é, o dever de indenizar danos causados a terceiros, dependia da comprovação
de dolo ou culpa (negligência, imprudência ou imperícia), cabendo ao particular
prejudicado o ônus de comprovar a existências desses elementos subjetivos.

DICA 62

Teoria da culpa administrativa

A teoria da culpa administrativa, também conhecida como culpa do serviço ou culpa


anônima (faute du servisse) é a primeira teoria publicista, representando a transição
entre a doutrina subjetiva da culpa civil e a responsabilidade objetiva adotada atualmente
na maioria dos países ocidentais.

Por essa teoria, a culpa é do serviço e não do agente, por isso que a responsabilidade do
Estado independe da culpa subjetiva do agente. A culpa administrativa se aplica em
três situações:

a) o serviço não existiu ou não funcionou, quando deveria funcionar;


b) o serviço funcionou mal; ou
c) o serviço atrasou.

Em qualquer uma dessas situações, ocorrerá a culpa do serviço (culpa administrativa,


culpa anônima), implicando a responsabilização do Estado independentemente de
qualquer culpa do agente.

DICA 63

Teoria do risco administrativo

Pela teoria do risco, basta a relação entre o comportamento estatal e o dano sofrido
pelo administrado para que surja a responsabilidade civil do Estado, desde que o
particular não tenha concorrido para o dano. Ela representa o fundamento da
responsabilidade objetiva ou sem culpa do Estado.

Essa teoria surge de dois aspectos:

a) a atividade estatal gera um potencial risco para os administrados;

b) é necessário repartir tanto os benefícios da atuação estatal quanto os encargos


suportados por alguns, pelos danos decorrentes dessa atuação (solidariedade social).

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Dessa forma, se um particular for prejudicado pela atuação estatal, os danos decorrentes
deverão ser compartilhados por toda a sociedade, justificando o direito à indenização
custeada pelo Estado.

Nesse caso, não é preciso cogitar se o serviço funcionou, se funcionou mal, se demorou ou
se não existiu, uma vez que se presume culpa da Administração. Além disso, não se
questiona se houve culpa ou dolo do agente, se o comportamento foi lícito ou ilícito, se o
serviço funcionou bem ou mal. Basta que seja evidenciado o nexo de causalidade entre o
comportamento estatal e o dano sofrido pelo terceiro para se configurar a responsabilidade
civil do Estado.

Pode-se dizer ainda que se exige a presença de três requisitos para gerar a
responsabilidade do Estado:

a) dano;
b) conduta administrativa – fato do serviço; e
c) nexo causal.

DICA 64

Critérios definidores da competência

A norma define a competência dos agentes públicos segundo alguns critérios de distribuição
e organização, quais sejam:

→ Matéria: a competência é definida segundo a especificidade da função a ser exercida.

Exemplo: na esfera federal, cada Ministério possui competência para tratar de determinada
matéria (saúde, educação, cultura, economia etc.).

→ Hierarquia: as competências são escalonadas de acordo com seu nível de complexidade


e responsabilidade. Assim, por esse critério, as competências mais complexas e de maior
responsabilidade são atribuídas aos agentes de plano hierárquico mais elevado.

→ Lugar: a competência é distribuída entre órgãos localizados em pontos territoriais


distintos. Inspira-se na necessidade de descentralização ou desconcentração territorial das
atividades administrativas.

Exemplo: determinadas competências da Receita Federal são desempenhadas por


Superintendências espalhadas nos Estados-membros.

→ Tempo: a competência é conferida por determinado período.

Exemplo: a competência do servidor público tem início a partir da investidura legal e


término com o fim do exercício da função pública.

→ Fracionamento: a competência é distribuída por diversos órgãos ou agentes, cuja


manifestação é imprescindível para a completa formação do ato. Trata-se dos chamados
atos complexos.

Exemplo: a redução de alíquotas de IPI para alguns refrigerantes depende da aprovação


do Ministério da Agricultura e do Ministério da Fazenda.

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DICA 65

A doutrina ensina que o elemento competência apresenta as seguintes características:

→ É de exercício obrigatório: trata-se de um poder-dever do agente público, não sendo


exercido por sua livre conveniência, mas sim para a satisfação do interesse público.

→ É irrenunciável: em respeito ao princípio da indisponibilidade do interesse público,


o administrador atua em nome e interesse da coletividade, não podendo renunciar àquilo
que não lhe pertence. Todavia, a irrenunciabilidade não impede que a Administração Pública
transfira a execução de uma tarefa, isto é, delegue o exercício da competência para fazer
algo. A delegação, de toda sorte, implica transferir apenas o exercício, eis que a titularidade
da competência continua a pertencer a seu ‘proprietário’ (autoridade delegante).

→ É intransferível ou inderrogável: não se admite transação de competência, ou seja, a


competência não pode ser transmitida por mero acordo entre as partes. Uma vez fixada
em norma expressa, a competência deve ser rigidamente observada por todos. Mesmo
quando se permite a delegação, é preciso um ato formal que registre a prática. Essa
característica também decorre do princípio da indisponibilidade do interesse público.

→ É imodificável por mera vontade do agente: só quem pode modificar competência


primária é a lei ou a Constituição.

→ É imprescritível: mesmo quando não utilizada, não importa por quanto tempo, o agente
continuará sendo competente, ou seja, ele não perderá sua competência simplesmente pelo
fato de não utilizá-la.

→ É improrrogável: o fato de um órgão ou agente incompetente praticar um ato não faz


com que ele passe a ser considerado competente. Em outras palavras, o mero decurso do
tempo não muda a incompetência em competência. Para a alteração da competência,
registre-se, é necessária a edição de norma que especifique quem agora passa a dispor da
competência.

→ Pode ser delegada ou avocada, desde que não haja impedimento legal.

DICA 66

Vícios de objeto

Como visto, o objeto é o efeito jurídico imediato produzido pelo ato. Ocorrerá vício
do objeto quando este for:

→ Proibido pela lei; por exemplo, um Município que desaproprie bem imóvel da União.

→ Com conteúdo diverso do previsto na lei para aquela situação; por exemplo, a
autoridade aplica a pena de suspensão, quando cabível a advertência; a autoridade
suspende servidor por 120 dias, quando a lei prevê que a suspensão será por, no máximo,
90 dias.

→ Impossível, porque os efeitos pretendidos são irrealizáveis, de fato ou de direito; por


exemplo, a nomeação para um cargo inexistente; a instalação de antena de concessionária
em terreno pantanoso; a desapropriação de terras produtivas pela União para fins de
Reforma Agrária.

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→ Imoral; por exemplo, a emissão de parecer sob encomenda, contrário ao entendimento


de quem o elabora.

→ Incerto em relação aos destinatários, às coisas, ao tempo, ao lugar; por exemplo,


desapropriação de bem não definido com precisão.

O vício de objeto é insanável, ou seja, invariavelmente acarreta a nulidade do ato.

DICA 67

Para atingir seus objetivos, o poder de polícia é exercido por meio de três técnicas
diferentes, chamadas também de técnicas de ordenação:

1. Técnica de informação
2. Técnica de condicionamento
3. Técnica sancionatória

Pela técnica de informação, o Poder Público atua exigindo que o cidadão e as empresas
prestem informação sobre si próprios.

Na técnica de condicionamento, o Estado coloca uma série de exigências para que a


pessoa possa exercer sua atividade.

Já na técnica sancionatória, o Poder Público atua punindo, aplicando sanções àqueles que
tenham descumprido alguma exigência, seja ela de prestar informação (técnica de
informação) ou de atender alguma condição (técnica de condicionamento).

DICA 68

O exercício do poder de polícia pode se dar de três formas distintas:

→ Preventiva: disposições genéricas que regulamentam comportamentos (ex.: portarias


ou regulamentos que regulam horários de estabelecimentos em determinada localidade);

→ Repressiva: prática de atos que visam desfazer a situação de desobediência à lei (ex.:
apreensão de revistas pornográficas em exposição em local impróprio); e

→ Fiscalizadora: previne eventuais lesões a normas ou direitos (ex.: vistoria de veículos).

DICA 69

→ Jurisprudência do STF
Segundo o STF, os Municípios têm competência para exigir dos bancos a instalação de
detectores de metal e vidros a prova de balas. Os mesmos entes são competentes para
regular o horário de funcionamento dos estabelecimentos comerciais (Ag Reg 793.441).

→ Jurisprudência do STJ
Segundo o STJ, a competência para fixação do horário bancário de atendimento ao
público é de competência da União (Súmula 19).

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DICA 70

Ciclo de Polícia

Segundo a doutrina, a função de polícia é exercida em quatro fases: ordem de polícia,


consentimento de polícia, fiscalização de polícia e sanção de polícia.

1. Ordem de Polícia: É o estabelecimento de normas que obrigam as pessoas a fazer ou


deixar de fazer algo em função do interesse público.

2. Consentimento de polícia: É o ato administrativo que permite ao Poder Público usar


da propriedade privada ou ao particular exercer alguma atividade. Obviamente, nem sempre
o particular precisa de consentimento para realizar uma atividade, o que faz com que essa
fase nem sempre ocorra.

3. Fiscalização de polícia: É o ato de verificar se as ordens de polícia estão sendo


obedecidas e se as atividades para as quais o particular recebeu consentimento estão
regulares.

4. Sanção de polícia: É a efetiva punição, em caso de descumprimento das ordens de


polícia. Obviamente, tal fase só ocorrerá se o particular descumprir a ordem de polícia.

DICA 71

ATRIBUTOS DO PODER DE POLÍCIA

→DISCRICIONARIEDADE
→AUTOEXECUTORIEDADE
→COERCIBILIDADE

OBS.1: O Poder de polícia NÃO é sempre discricionário; algumas vezes a atuação de


polícia é vinculada, na hipótese em que a lei já houver estabelecido a única solução possível
para o caso concreto.

OBS.2: O atributo da AUTOEXECUTORIEDADE pode se dividir em dois:

1) EXIGIBILIDADE: prerrogativa de a administração pública utilizar MEIOS INDIRETOS


de coação. Ex.: Aplicação de multa.
2) EXECUTORIEDADE: possibilidade de a administração realizar diretamente a execução
forçada da medida que ela impôs ao administrado – ou seja, MEIOS DIRETOS de coação.
Ex.: Dissolução de reunião, apreensão de mercadorias, interdição de uma fábrica.

DICA 72

PRESCRIÇÃO no PODER DE POLÍCIA

PRESCREVE em CINCO ANOS a ação punitiva da Administração Pública Federal, direta e


indireta, no exercício do poder de polícia, objetivando apurar infração à legislação em vigor,
contados da data da prática do ato ou, no caso de infração permanente ou
continuada, do dia em que tiver cessado.

*Incide a prescrição no procedimento administrativo paralisado por mais de TRÊS


ANOS, pendente de julgamento ou despacho, cujos autos serão arquivados de ofício ou
mediante requerimento da parte interessada, sem prejuízo da apuração da
responsabilidade funcional decorrente da paralisação, se for o caso.

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*Quando o fato objeto de a ação punitiva da Administração também constituir crime, a


prescrição reger-se-á pelo prazo previsto na lei penal.

DICA 73

Atributos do Ato Administrativo

A presunção de legitimidade e veracidade acompanha todos os atos estatais, quer


imponham obrigações, quer reconheçam ou confiram direitos aos administrados, e decorre
da própria ideia de “Poder” que permite ao Estado assumir posição de supremacia perante
os particulares.

Um dos efeitos da presunção de legitimidade e veracidade é o de permitir que o ato


administrativo opere efeitos imediatamente, vinculando os administrados por ele
atingidos desde a sua edição. Isso permite que a Administração exerça suas atribuições com
agilidade, afinal, é o interesse público que está em jogo.

Essa agilidade não existiria caso a Administração dependesse de manifestação prévia do


Poder Judiciário toda vez que editasse seus atos.

DICA 74

Atributos do Ato Administrativo

Imperatividade é o atributo pelo qual os atos administrativos se impõem a terceiros,


independentemente da sua concordância, criando obrigações ou impondo
restrições.

A imperatividade decorre do chamado “poder extroverso”, que é prerrogativa dada ao


Poder Público de impor, de modo unilateral, obrigações a terceiros, inclusive a sujeitos
que estão fora do âmbito interno administrativo, criando obrigações que extravasam
a esfera jurídica do Estado. O atributo da imperatividade decorre diretamente do princípio
da supremacia do interesse público sobre o particular.

Conforme ensina Maria Sylvia Di Pietro, a imperatividade não existe em todos os atos
administrativos, mas apenas naqueles que impõem obrigações ou restrições.

DICA 75

Atributos do Ato Administrativo

A doutrina desdobra a autoexecutoriedade em dois outros atributos: a exigibilidade e a


executoriedade.

A exigibilidade seria caracterizada pela obrigação que o administrado tem de cumprir o


comando imperativo do ato. Graças à exigibilidade, a Administração pode usar meios
indiretos de coação para que suas decisões sejam cumpridas, como, por exemplo, a
aplicação de multas ou de outras penalidades administrativas impostas em caso de
descumprimento do ato. Veja que, nesse caso, a coação é indireta: o sujeito cumpre a
imposição do Poder Público porque tem receio de ser multado.

Já a executoriedade seria a possibilidade de a Administração, ela própria, praticar o ato,


ou de compelir, direta e materialmente, o administrado a praticá-lo (coação material). Na

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executoriedade, a Administração emprega meios diretos de coerção, compelindo


materialmente o administrado a fazer alguma coisa, utilizando-se inclusive da força.

DICA 76

O poder Regulamentar é o poder que detém o chefe do executivo para editar atos
administrativos normativos. Tais atos precisam ter caráter geral e abstrato.
Caso esses regulamentos sejam publicados por outras autoridades, que não os chefes do
executivo, estaríamos diante do poder normativo.

O poder normativo acaba sendo um conceito mais amplo, que engloba a emissão de todos
os atos normativos, menos os originados do chefe do executivo. Quando o ato é de
origem do chefe do executivo estamos diante do poder regulamentar.

DICA 77

Regulamentos Executivos

Também chamados de decretos regulamentares, correspondem aos regulamentos de


caráter geral e abstrato que possibilitem o fiel cumprimento da lei, de acordo com o art.
84, IV da CF/88, abaixo reproduzido:

“Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República(...) IV - sancionar, promulgar


e fazer publicar as leis, bem como expedir decretos e regulamentos para sua fiel
execução;(...)”

DICA 78

Regulamentos Autorizados

Também chamados de regulamentos delegados, são atos normativos expedidos pelos


órgãos e entidades da Administração cuja competência foi delegada pelo Poder Legislativo.

A delegação de competência ocorre por meio do fenômeno de deslegalização, no qual o


Legislador delega, por meio de leis, a atribuição de normatizar certas matérias aos órgãos
e entidades da Administração Pública.

DICA 79

A motivação do ato administrativo pode não ser obrigatória, entretanto, se a administração


pública o motivar, este ficará vinculado aos motivos expostos.

DICA 80

Finalidade

→ Resultado pretendido pela Administração com a prática do ato administrativo.

→ Finalidade genérica (satisfação do interesse público) e específica (própria de cada ato


= objeto)

→ Decorre do princípio da impessoalidade.

→ Vicio de finalidade: desvio de finalidade (insanável, ato deve ser anulado).

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DICA 81

ELEMENTOS (Com Fi For M Ob) ATRIBUTOS (PATI) do ato


administrativo
ELEMENTOS: partes do ato ATRIBUTOS: características do ato
COMpetência: poder atribuído Presunção de legitimidade:
conformidade do ato com a ordem jurídica
e veracidade dos fatos (sempre existe).
FInalidade: interesse público Autoexecutoriedade: permite que a
(resultado mediato) Administração atue independente de
autorização judicial
FORma: como o ato vem ao mundo Tipicidade: vem sempre definido em lei.
Motivo: pressupostos de fato e de Imperatividade: faz com que o
direito destinatário deva obediência ao ato,
independente de concordância.
OBjeto: conteúdo (resultado imediato)

DICA 82

Diferença entre objeto natural e objeto acidental

O objeto do ato administrativo pode ser natural ou acidental.

Objeto natural é o efeito jurídico que o ato produz, sem necessidade de expressa menção;
ele decorre da própria natureza do ato, tal como definido na lei.

Objeto acidental é o efeito jurídico que o ato produz em decorrência de cláusulas


acessórias que ampliam ou restringem o alcance do objeto natural; compreende o encargo
ou modo, o termo e a condição, também chamados, como visto anteriormente, de
elementos acidentais do ato administrativo.

DICA 83

Responsabilidade civil por ato legislativo

Em regra, o Estado não responde civilmente pela atividade legislativa, uma vez que
esta se insere no legítimo poder de império. Assim, se a atividade legislativa ocorrer dentro
dos parâmetros normais, ainda que traga obrigações ou restrinja direitos, não há que se
falar em dever de indenizar.

No entanto, existem três hipóteses que o Estado poderá ser responsabilizado civilmente
pelo exercício da atividade legislativa, são elas:

a) edição de lei inconstitucional;


b) edição de leis de efeitos concretos;
c) omissão legislativa.

DICA 84

Segundo o entendimento do STF, a responsabilidade civil do Estado pela morte de detento


sob sua custódia é objetiva, com base na teoria do risco administrativo, em caso de
inobservância do seu dever constitucional específico de proteção, tanto para as condutas
estatais comissivas quanto para as omissivas.

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DICA 85

Agente de fato é um gênero que designa formas de investidura na função pública com
alguma irregularidade ou excepcionalidade. Ela se subdivide em:

→ agente putativo: aquele que teve uma irregularidade na investidura no cargo, emprego
ou função, mas a sua situação tem aparência de legalidade. Ocorre quando, por exemplo,
um servidor não prestou concurso para um cargo em que isso era necessário, ou não
preenche os requisitos, mas mesmo assim está exercendo o cargo, ou quando exerce as
funções mesmo estando suspenso ou tendo vencido o prazo de sua contratação ou já passou
a idade limite da aposentadoria compulsória;

→ agente necessário: é aquele que é investido em situação de extrema emergência, como


um médico que é “convocado” pelo comandante dos Bombeiros ao passar na frente de um
prédio que acabou de desabar.

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NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL

DICA 86
Súmula Vinculante nº 11 do STF: Só é lícito o uso de algemas em casos de resistência
e de fundado receio de fuga ou de perigo à integridade física própria ou alheia, por
parte do preso ou de terceiros, justificada a excepcionalidade por escrito, sob pena de
responsabilidade disciplinar, civil e penal do agente ou da autoridade e de nulidade da prisão
ou do ato processual a que se refere, sem prejuízo da responsabilidade civil do Estado.

Mnemônico:

Perigo à integridade física própria ou alheia;


Resistência;
Fundado receio de fuga.

DICA 87

HABEAS CORPUS
Caráter preventivo ou Sim
repressivo
Finalidade Proteger a liberdade de locomoção
Legitimados ativos Qualquer pessoa física ou jurídica, nacional ou
estrangeira. Só pode ser impetrado a favor de pessoa
natural, jamais de pessoa jurídica.
Legitimados passivos Autoridade pública e pessoa privada
Natureza Penal
Isenção de custas Sim
Medida liminar Possível, com pressupostos “fumus boni juris” e
“periculum in mora”
Observações Penas de multa, de suspensão de direitos políticos, bem
como disciplinares não resultam em cerceamento da
liberdade de locomoção. Por isso, não cabe “habeas
corpus” para impugná-las

DICA 88

MANDADO DE SEGURANÇA INDIVIDUAL


Caráter preventivo ou Sim
repressivo
Finalidade Proteger direito líquido e certo, não amparado por “habeas
corpus” ou “habeas data”
Legitimados ativos Todas as pessoas físicas ou jurídicas, as universalidades
reconhecidas por lei como detentoras de capacidade
processual, alguns órgãos públicos e o Ministério Público
Legitimados passivos Poder público e particulares no exercício da função pública
Natureza Civil
Isento de custas Não
Medida liminar Possível, com pressupostos “fumus boni juris” e “periculum
in mora”, mas há exceções

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DICA 89
O mandado de injunção visa solucionar um caso concreto. São, portanto, três
pressupostos para o seu cabimento:

a) Falta de norma que regulamente uma norma constitucional programática propriamente


dita ou que defina princípios institutivos ou organizativos de natureza impositiva;

b) Nexo de causalidade entre a omissão do legislador e a impossibilidade de exercício de


um direito ou liberdade constitucional ou prerrogativa inerente à nacionalidade, à soberania
e à cidadania;

c) O decurso de prazo razoável para elaboração da norma regulamentadora


(retardamento abusivo na regulamentação legislativa).

E quando é que descabe mandado de injunção? Segundo a jurisprudência do STF, nas


seguintes situações:

a) Não cabe mandado de injunção se já houver norma regulamentadora do direito


constitucional, mesmo que esta seja defeituosa. Ora, se já existe norma regulamentadora,
não faz sentido falar-se em mandado de injunção, que tem como pressuposto a ausência
de regulamentação de norma constitucional.

b) Não cabe mandado de injunção se faltar norma regulamentadora de direito


infraconstitucional. O mandado de injunção somente repara falta de regulamentação de
direito previsto na Constituição Federal. A ausência de regulamentação de uma lei não dá
ensejo à utilização do mandado de injunção.

c) Não cabe mandado de injunção diante da falta de regulamentação de medida


provisória ainda não convertida em lei pelo Congresso Nacional. O mandado de injunção
tem como um de seus pressupostos a ausência de regulamentação de direito constitucional.

d) Não cabe mandado de injunção se não houver obrigatoriedade de regulamentação


do direito constitucional, mas mera faculdade.

Grave assim:
Não cabe mandado de injunção:

a) Se já houver norma regulamentadora


b) Se faltar norma regulamentadora de direito infraconstitucional
c) Se faltar regulamentação de medida provisória ainda não convertida em lei pelo
Congresso Nacionalidade
d) Se não houver obrigatoriedade de regulamentação

DICA 90
Exceções, nas quais a jurisdição é condicionada, ou seja, somente é possível acionar o
Poder Judiciário depois de prévio requerimento administrativo:

a) habeas data: um requisito para que seja ajuizado o habeas data é a negativa ou omissão
da Administração Pública em relação a pedido administrativo de acesso a informações
pessoais ou de retificação de dados.

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b) controvérsias desportivas: o art. 217, § 1º, da CF/88, determina que "o Poder
Judiciário só admitirá ações relativas à disciplina e às competições desportivas após
esgotarem-se as instâncias da justiça desportiva, regulada em lei.

c) reclamação contra o descumprimento de Súmula Vinculante pela Administração


Pública: o art. 7º, § 1º, da Lei nº 11.417/2006, dispõe que "contra omissão ou ato da
administração pública, o uso da reclamação só será admitido após esgotamento das vias
administrativas".

A reclamação é ação utilizada para levar ao STF caso de descumprimento de enunciado de


Súmula Vinculante (art. 103-A, §3º). Segundo o STF, a reclamação está situada no âmbito
do direito de petição (e não no direito de ação); portanto, entende-se que sua natureza
jurídica não é a de um recurso, de uma ação e nem de um incidente processual.

d) requerimento judicial de benefício previdenciário: antes de recorrer ao Poder


Judiciário para que lhe conceda um benefício previdenciário, faz-se necessário o prévio
requerimento administrativo ao INSS. Sem o prévio requerimento administrativo, não
haverá interesse de agir do segurado.

DICA 91

Os direitos políticos podem ser POSITIVOS ou NEGATIVOS.

POSITIVOS se subdividem em ativos ou passivos. Eles habilitam a participação do


cidadão no processo eleitoral, votando ou sendo votado.

Por direitos políticos ativos (ou capacidade eleitoral ativa) se entende a possibilidade de o
cidadão de participar diretamente do processo eleitoral, por meio do voto, seja em eleições,
seja em plebiscitos ou em referendos (direito de votar).

Já os direitos políticos passivos (capacidade eleitoral passiva) guardariam ligação com a


elegibilidade da pessoa, o direito de ser votado.

Por outro lado, os direitos políticos NEGATIVOS contemplam as hipóteses de


inelegibilidade (absoluta e relativa), e os casos de perda ou suspensão de direitos
políticos. De antemão, já adianto a você que não é permitida cassação de direitos
políticos.

DICA 92

Súmula Vinculante 18

A dissolução da sociedade ou do vínculo conjugal, no curso do mandato, não afasta a


inelegibilidade prevista no § 7º do artigo 14 da Constituição Federal.

Art. 14. § 7º São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o cônjuge e os parentes


consangüíneos ou afins, até o segundo grau ou por adoção, do Presidente da República, de
Governador de Estado ou Território, do Distrito Federal, de Prefeito ou de quem os haja
substituído dentro dos seis meses anteriores ao pleito, salvo se já titular de mandato
eletivo e candidato à reeleição.

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DICA 93

DIFERENÇA DE TRATAMENTO ENTRE CHEFES DO PODER EXECUTIVO E


PARLAMENTARES

Presidente da República, Deputado, Senador e


Governador e prefeito (além dos vereador
respectivos vices)

Possibilidade de Somente uma vez para o Não há limitações. Podem


reeleição período subsequente. ser reeleitos quantas vezes
quiserem/conseguirem
Para concorrer a Deverá renunciar ao mandato até Não há necessidade de se
CARGO DIVERSO seis meses antes do pleito. É a afastar do cargo.
chamada desincompatibilização.

Para concorrer ao Não há a necessidade de se afastar. Não há necessidade de se


MESMO CARGO afastar do cargo.

Restrições à Cônjuge, companheiro e os parentes Não há proibição de


candidatura consanguíneos ou afins, até o 2º parentes concorrerem.
de parentes na grau, inclusive por adoção, são
mesma base inelegíveis, salvo se já titulares de
territorial mandato eletivo e candidatos à
reeleição. É a chamada
inelegibilidade reflexa.

DICA 94
- Direitos políticos: conjunto de normas legais permanentes que regulamenta o direito
democrático de participação do povo no Governo, diretamente ou por seus representantes.
Os direitos políticos consistem, portanto, na disciplina dos meios necessários ao exercício
da soberania popular.

- Sufrágio: é o direito público subjetivo de eleger um representante político (capacidade


eleitoral ativa) e/ou de ser eleito como representante político (capacidade eleitoral passiva),
o que em palavras simples representa o direito de votar e/ou ser votado.

- O Brasil adota o sufrágio universal, pois confere o exercício do sufrágio a todos os cidadãos,
independentemente do sexo, de condições financeiras ou de nascimento, de escolaridade
ou de qualquer outra capacidade especial.

- Soberania popular: é a soma da vontade de todos os cidadãos que confere legitimidade


aos representantes eleitos a quem são delegadas as funções de governo.

- Voto: é a materialização da vontade do cidadão eleitor manifestada através da escolha


de seus representantes políticos.

DICA 95
O recall é um meio de participação popular direta em que os cidadãos dizem se estão
ou não satisfeitos com o mandato de certo representante eleito. No caso de a desaprovação

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ser comprovada nas urnas, o mandatário é destituído de seu cargo. Não existe no
ordenamento pátrio.

DICA 96
De acordo com a doutrina, o sufrágio pode ser de dois tipos:

a) Universal: quando o direito de votar é concedido a todos os nacionais,


independentemente de condições econômicas, culturais, sociais ou outras condições
especiais. Os critérios para se determinar a capacidade de votar e de ser votado são não-
discriminatórios. A Constituição Federal de 1988 consagra o sufrágio universal,
assegurando o direito de votar e de ser votado a todos os nacionais que cumpram
requisitos de alistabilidade e de elegibilidade.

b) Restrito (qualificativo): quando o direito de votar depende do preenchimento de


algumas condições especiais, sendo atribuído a apenas uma parcela dos nacionais. O
sufrágio restrito pode ser censitário, quando depender do preenchimento de condições
econômicas (renda, bens, etc.) ou capacitário, quando exigir que o indivíduo apresente
alguma característica especial (ser alfabetizado, por exemplo).

DICA 97
Para que o partido político receba os recursos do fundo partidário e acesso gratuito ao
rádio e televisão, ele precisará ter um número mínimo de votos nas eleições para a
Câmara dos Deputados OU um número mínimo de Deputados Federais eleitos.

São critérios alternativos, ou seja, basta que o partido político cumpra um deles e
receberá os recursos do fundo partidário e acesso gratuito ao rádio e televisão.

Quais são esses critérios?

a) Número mínimo de votos válidos: Nas eleições para a Câmara dos Deputados, o
partido político deverá ter, no mínimo, 3% dos votos válidos, distribuídos em pelo menos
1/3 (um terço) das unidades da federação, com um mínimo de 2% (dois por cento) dos
votos válidos em cada uma delas.

b) Número mínimo de Deputados Federais eleitos: irão cumprir cláusula de barreira


aqueles partidos que tiverem elegido pelo menos 15 (quinze) Deputados Federais
distribuídos em pelo menos 1/3 (um terço) das unidades da federação.

DICA 98
A titularidade dos direitos dos direitos políticos pertence exclusivamente aos cidadãos. Eles
são adquiridos através do alistamento eleitoral.

Ao alistar-se, o indivíduo passa a gozar de capacidade eleitoral ativa que viabiliza o exercício
do direito subjetivo público de eleger seus representantes, participando (via representação)
do processo político e das ações governamentais.

Alistamento eleitoral, portanto, é o ato por meio do qual o indivíduo habilita-se ao


pleno exercício da cidadania, inscrevendo-se como eleitor perante Justiça Eleitoral.

É o que o torna apto a exercer a capacidade eleitoral ativa.

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No Brasil, tanto o alistamento eleitoral quanto o voto são obrigatórios para os


brasileiros alfabetizados maiores de dezoito e menores de setenta anos (art. 14, § 1º,
I, CF/88). Por outro lado, o alistamento e o voto são facultativos para os analfabetos,
os maiores de setenta anos e os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos
de idade.

DICA 99

Art. 12. São brasileiros:


I - natos:

a) os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde que
estes não estejam a serviço de seu país;

O critério territorial determina que será brasileiro nato o indivíduo que nascer no
território nacional, independentemente da nacionalidade dos seus pais. Deste
modo, como regra, qualquer pessoa nascida em nosso território, pouco importando se os
pais são nacionais ou estrangeiros, será considerada brasileira nata.

Este critério não traz uma regra absoluta! Ou seja, nem todos os nascidos em nosso
território serão brasileiros natos! Por que não? Ora, porque o critério territorial comporta
uma exceção, não sendo aplicado no seguinte caso: se o indivíduo nascer em nosso
território, mas for filho de (ambos) pais estrangeiros e qualquer deles (ou ambos) estiver
no Brasil a serviço do país de origem, ele não receberá a nossa nacionalidade originária.

ATENÇÃO: a não incidência do critério territorial depende da presença de dois requisitos


que são cumulativos (os dois devem estar presentes):

1- os dois pais devem ser estrangeiros; E

2- qualquer um deles, ou ambos, deve estar na República Federativa do Brasil a serviço do


país de origem (e não a serviço de uma empresa privada, ou por interesses pessoais).

DICA 100

Art. 12. São brasileiros:


I - natos:

b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que qualquer


deles esteja a serviço da República Federativa do Brasil;

Veja que a alínea “b” da nossa Constituição estabelece que serão brasileiros natos os
nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que qualquer um deles
esteja no exterior a serviço da República Federativa do Brasil.

O texto constitucional abraçou, nesta alínea, o critério sanguíneo associado ao critério


funcional: um dos pais (ou ambos) será brasileiro, e qualquer um deles (ou ambos) deverá
estar no estrangeiro a serviço da República Federativa do Brasil – o que significa
desempenhar uma função ou prestar um serviço público de natureza diplomática,
administrativa ou consular, a quaisquer dos órgãos da administração centralizada ou
descentralizada da União, dos Estados-membros, dos Municípios ou do Distrito Federal.

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DICA 101

Art. 12. São brasileiros:


I - natos:

c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que sejam


registrados em repartição brasileira competente ou venham a residir na República
Federativa do Brasil e optem, em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela
nacionalidade brasileira;

Nesta 1ª parte da alínea “c”, determinou nosso texto constitucional que será brasileira nata
a criança que nasce no estrangeiro, filha de pai ou/e mãe brasileiros, desde que seja
registrada em repartição consular brasileira competente (associação do critério
sanguíneo + registro).

Neste caso, um dos pais (ou ambos) tem a nacionalidade brasileira, mas não está no exterior
a serviço da República Federativa do Brasil: deve então registrar a criança em repartição
consular competente para que ela adquira nossa nacionalidade nata.

Muito cuidado com questões que digam que a criança nascida no exterior, filha de pai
brasileiro/mão brasileira (ou ambos brasileiros), registrada em repartição consular
competente é brasileira naturalizada. Não, não é. É nata! Pois preenche os requisitos
para adquirir nossa nacionalidade primária.

DICA 102

Naturalização extraordinária (ou quinzenária)

Art. 12. São brasileiros:

II - naturalizados:

b) os estrangeiros de qualquer nacionalidade, residentes na República Federativa do Brasil


há mais de quinze anos ininterruptos e sem condenação penal, desde que requeiram
a nacionalidade brasileira.

Da leitura do artigo, você deve ter observado que a naturalização extraordinária só será
obtida pelo indivíduo que, possuindo capacidade civil, observar 3 condições:

1) residência ininterrupta no território nacional por mais de quinze anos;


2) ausência de condenação penal e
3) apresentação do requerimento de naturalização.

Perceba que os 3 requisitos são cumulativos (não alternativos), ou seja, todos devem
ser cumpridos para que o indivíduo possa se naturalizar: não adianta cumprir só um deles!

DICA 103

O art. 222 da CF/88 estabelece algumas restrições referentes ao direito de propriedade


de empresas jornalísticas e de radiodifusão sonora de sons e imagens.

Seguindo a lógica de que “quem tem informação tem poder”, nossa Constituição prevê que
só poderão ser proprietários desse tipo de empresa os brasileiros natos ou então os que
estejam naturalizados há mais de 10 anos.

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E tem mais: se essa empresa for uma sociedade, no mínimo 70% do capital total e
votante deverá pertencer aos brasileiros natos ou naturalizados há mais de 10 anos.

DICA 104

Naturalização ordinária: pela via ordinária poderão se naturalizar brasileiros:

1) os estrangeiros (ou apátridas) que cumprirem os requisitos da Lei nova de Migração (Lei
nº 13.445/2017);

2) os indivíduos originários de países de língua portuguesa desde que, possuidores de


capacidade civil, tenham residência ininterrupta por um ano e idoneidade moral;

Vale destacar que não se pode falar em direito público subjetivo à obtenção da naturalização
ordinária.

Naturalização extraordinária: pela via extraordinária o indivíduo poderá se naturalizar


se respeitar os seguintes requisitos:

1) possuir residência ininterrupta no território nacional por mais de quinze anos;


2) não tiver sido condenado penalmente e
3) apresentar o requerimento de naturalização.

Há direito público subjetivo à obtenção da naturalização extraordinária, o que significa


que se os requisitos forem corretamente preenchidos a naturalização será concedida.

DICA 105

PERDA DO DIREITO DE NACIONALIDADE

A perda da nacionalidade brasileira só poderá ocorrer nas duas hipóteses previstas na


Constituição da República:

Perda-punição - Será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que tiver


cancelada sua naturalização, por sentença judicial, em virtude de atividade nociva ao
interesse nacional.

Perda-mudança - Pode-se dizer que ocorrerá quando o indivíduo, voluntariamente,


adquirir outra nacionalidade. Entretanto, existem exceções à ideia central de que a
aquisição de nova nacionalidade ocasionará a perda da nacionalidade brasileira, pois um
brasileiro pode adquirir outra nacionalidade sem perdê-la, bastando, para tanto, que
referida aquisição importe:

1) em recebimento de nacionalidade primária por Estado estrangeiro, ou


2) seja fruto de imposição do Estado estrangeiro no qual o brasileiro reside, como condição
para que ele possa permanecer no território ou para exercer direitos civis.

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NOÇÕES DE DIREITO PENAL

DICA 106

PRINCÍPIOS DO DIREITO PENAL


- Legalidade (art. 5º, XXXIX, CF e art. 1 CP): não há crime sem lei anterior que o defina,
não há pena sem prévia cominação.
- Reserva legal: somente a lei, EM SENTINDO ESTRITO, pode tipificar condutas e
cominar penas. É proibida a cominação de crime com base nos costumes ou por analogia,
quando em desfavor do réu. ATENÇÃO! Prevalece entendimento no STF (RE 254818-
PR) que medida provisória pode ser usada para tratar de matéria penal, desde que seja
favorável ao réu. EX.: Descriminalização de conduta).
- Anterioridade: a norma penal que piora a situação do réu deve ser anterior ao fato
praticado, ou seja, a norma penal que seja mais gravosa somente pode ser aplicada aos
crimes praticados a partir da data de sua vigência.
- Taxatividade: trata-se de um dos corolários do princípio da legalidade, preconizando que
a lei penal deve ser clara, precisa e determinada, NÃO CABENDO INCRIMINAÇÕES
VAGAS OU GENÉRICAS. ATENÇÃO! São admitidos os tipos penais abertos, consiste em
espécie de lei que depende de um completo valorativo feito na maioria das vezes pelo
magistrado, intérprete da lei, em função de permissão legal. Ex.: Tipos penais culposos -
em que o legislador não prevê todas as possibilidades de comportamentos negligentes -
cabendo ao juiz a análise do caso concreto.
DICA 107

- Individualização da Pena: determina que o juiz analise as especificidades do fato e do


autor do fato durante o processo dosimétrico.
- Pessoalidade, Personalidade ou da Intranscendência: assevera que a pena não
passará da pessoa do condenado
- Alteridade (lesividade): assevera que, para haver crime, a conduta humana deve
colocar em risco ou lesar bens de terceiros, e é proibida a incriminação de atitudes que
não excedam o âmbito do próprio autor. Ou seja, o sujeito não pode ser punido por
causar mal a si próprio.
- Insignificância (bagatela): afasta a tipicidade material de fatos criminosos, ao definir
que não haverá crime sem ofensa significativa ao bem tutelado.
OBS.: BAGATELA PRÓPRIA (implica na atipicidade material de condutas causadoras de
danos ou de perigos ínfimos) X BAGATELA IMPRÓPRIA (desnecessidade da pena)
ATENÇÃO! A jurisprudência, reiteradamente, não reconhece a bagatela imprópria,
afirmando que, se o fato é formal e materialmente típico, há crime. (TJ/RS, Oitava Câmara
Criminal, Apelação Crime Nº 70076016484, Rel. Naele Ochoa Piazzeta, julgado em
31/01/2018) e (AgRg no REsp 1602827/MS, Rel. Ministro RIBEIRO DANTAS, QUINTA
TURMA, julgado em 20/10/2016, DJe 09/11/2016)
DICA 108

- Adequação social: serve de parâmetro ao legislador, que deve buscar afastar a


tipificação criminal de condutas consideradas socialmente adequadas. Ex.: mãe que
fura a orelha da filha recém-nascida, o que não deixa de ser "lesão corporal", todavia aceita
por se tratar de ato cultural da nossa sociedade.

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- Ofensividade: não é suficiente que o fato seja formalmente típico para a configuração do
delito, necessário também que ele seja capaz de ofender (lesão ou ameaça de lesão), de
modo GRAVE, o bem jurídico tutelado.
- Fragmentariedade: o direito penal somente tutele uma pequena fração dos bens
jurídicos protegidos, operando nas hipóteses em que se verificar lesão ou ameaça de lesão
mais intensa aos bens de MAIOR RELEVÂNCIA. Quer dizer que somente bens jurídicos de
GRANDE RELEVÂNCIA SOCIAL devem ser tutelados.

- Subsidiariedade: como o nome o D. Penal é uma ferramenta subsidiária, tão somente


deve ser usado quando os demais ramos do Direito não conseguirem tutelar com
satisfação o bem jurídico que se almeja proteger.
DICA 109

- Principio da Retroatividade da lei penal benéfica: a lei penal QUE BENEFICIAR o


réu retroagirá para regular as condutas anteriores a sua vigência. (art. 2º, p. único
+ art 5º , XL ,CF).
Art. 2º, Parágrafo único - A lei posterior, que de qualquer modo favorecer
o agente, aplica-se aos fatos anteriores, ainda que decididos por sentença
condenatória transitada em julgado.

Art. 5º, XL - a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu.

OBS.: A retroatividade da lei penal benéfica NÃO respeita a coisa julgada (relativização
da coisa julgada). Se sobrevier norma beneficiando o réu, o próprio Juiz da Vara de
Execução poderá aplicá-la.
OBS.2: Súmula 611, STF: “Transitada em julgado a sentença condenatória, compete ao
juízo das execuções a aplicação de lei mais benigna.”
DICA 110

APLICAÇÃO DA LEI PENAL NO TEMPO -ALGUNS CONCEITOS QUE


MERECEM ATENÇÃO:

NOVATIO LEGIS INCRIMINADORA: Em suma, trata-se de uma nova lei


que passa a criminalizar conduta até aquele momento atípica, ou
seja, não existia a previsão da conduta como crime. Há retroativa? Não.
Irá produzir efeitos tão somente aos fatos futuros com fundamento no
princípio da anterioridade da lei penal.

NOVATIO LEGIS IN PEJUS: Trata-se de uma inovação legislativa


MAIS GRAVE do que a até então em vigor. Em suma, a nova lei é mais
grave do que a atual. Há retroativa? Não. Irá produzir efeitos tão
somente aos fatos futuros com fundamento no princípio da anterioridade da
lei penal.

NOVATIO LEGIS IN MELLIUS: Trata-se de uma inovação legislativa


MAIS BENÉFICA do do que a até então em vigor. Em suma, a nova lei

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é mais benéfica do que a atual. Há retroativa? Sim!!! A nova legislação


será aplicada aos fatos praticados antes de sua entrada em vigor.

ABOLITIO CRIMINIS: Há DESCRIMINALIZAÇÃO da conduta pela


nova lei. SENDO BENÉFICA, HÁ RETROATIVIDADE (eficácia
retroativa) !!! Será aplicada aos fatos praticados ANTES de sua
entrada em vigor, que não poderão mais ser punidos, além de gerar a
extinção da punibilidade do agente. Ex.: antigo crime de adultério.

OBS.1: A ABOLITIO CRIMINIS apesar de cessar a pena e os efeitos penais da condenação,


não impede os efeitos extrapenais da condenação. Ex.: A foi condenado pelo crime
de adultério. Todavia, lei nova surge e descriminaliza a conduta. A será solto, cessando a
pena imposta e a condenação pelo crime de adultério não poderá ser considerada para fins
de reincidência (exemplo de efeitos da condenação). Conduto, se foi condenado à reparação
do dano causado à vítima (efeito extrapenal da condenação), DEVERÁ REPARÁ-LO!
DICA 111
LEI EXCEPCIONAL OU TEMPORÁRIA
“Art. 3º, CP - A lei excepcional ou temporária, embora decorrido o período de sua duração
ou cessadas as circunstâncias que a determinaram, aplica-se ao fato praticado durante sua
vigência.”
É importante o candidato se atentar em sua prova que as leis excepcionais e
temporária são criadas para vigorar apenas em determinado período, devido a
razões excepcionais e, por isso, ainda que saia do mundo jurídico - revogação
natural - não gerará abolitio criminis. Nesse sentido, aqueles que tiverem praticado o
crime durante sua vigência deverão responder pela conduta praticada.
Ex. de prova: “Em virtude da seca que assola o país, considere a hipótese em que seja
promulgada uma lei federal ordinária que estabeleça como crime o desperdício doloso ou
culposo de água tratada, no período compreendido entre 01 de novembro de 2014 e
01 de março de 2015. Em virtude do encerramento da estiagem e volta à normalidade,
não houve necessidade de edição de nova lei ou alteração no prazo estabelecido na citada
legislação. Nessa hipótese, o indivíduo a que em 02 de março de 2015 estiver sendo
acusado em um processo criminal por ter praticado o referido crime de
“desperdício de água tratada”, durante o período de vigência da lei, R: poderá ser
condenado pelo crime de “desperdício de água tratada” ainda que o período indicado na lei
que previu essa conduta esteja encerrado.
DICA 112

REGRA NO D. PENAL: TEORIA DA ATIVIDADE: é aplicada a lei penal que ocorre no


momento da ação.
EXCEÇÃO: EXTRA-ATIVIDADE da Lei Penal, que se divide em:
*Retroatividade: Fatos ocorridos antes da sua entrada em vigor. Ex.: Agente cometeu
crime e a lei MAIS BENÉFICA não existia, a retroatividade retroage e alcança o fato
ocorrido.
*Ultra-atividade: Fatos ocorridos depois da revogação da lei. Quer dizer que a lei,
mesmo que revogada, deve ser aplicada ao caso concreto se FOR MAIS BENÉFICA
e o agente cometeu o fato sob seu império.

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ATENÇÃO! Em todos os casos, a lei só retroage para beneficiar o réu.


DICA 113

● Súmula 711, STF: A lei penal MAIS GRAVE aplica-se ao crime continuado ou
ao crime permanente, se a sua vigência é anterior à cessação da continuidade ou
da permanência.
● Crime permanente: a consumação se prolonga no tempo + o agente controla
sua permanência, tendo o domínio sobre a consumação do delito. Ex.: crime de usurpação
de função pública.
● Crime continuado: configura-se crime continuado quando o agente, mediante
mais de uma ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes da mesma espécie, e
pelas condições de tempo, lugar, maneira de execução e outras semelhantes,
devem os subsequentes ser havidos como continuação do primeiro (artigo 71 do
CP).
● Ex.: Agente da PF passa a receber um pagamento de um advogado por várias
ocasiões, caracterizando corrupção passiva. Nesta hipótese, será aplicado o crime de
corrupção passiva como se ele tivesse cometido um único crime. Mas e se surgisse uma lei
que aumentasse a pena durante o cometimento de um dos atos pelo analista? Será aplicada
a última lei segundo entendimento sumulado, ainda que mais prejudicial.

 E JÁ CAIU NA BANCA CESPE!!!

(Ano: 2018 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: CGE – CE)


... “A lei penal mais benéfica aplica-se ao crime continuado ou ao crime permanente, ainda
que ocorra superveniência de lei penal mais gravosa ao longo da atividade delitiva.” VOCÊS
AGORA JÁ SABEM RESPONDER... ERRADOOOO!
DICA 114

TEMPO DO CRIME TEORIA DA ATIVIDADE (ART. 4º, CP): “Considera-se praticado


o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do resultado”.

LUGAR DO CRIME TEORIA DA UBIQUIDADE (ART. 6º, CP): “Considera-se praticado


o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem como
onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado. ”

OBS.: Quando estivermos diante de uma situação em que envolve o Brasil e um outro país,
tanto o lugar onde se pratica a conduta quanto o lugar do resultado são considerados
como local do crime.

OBS.2: LUGAR DO CRIME = UBIGUIDADE


TEMPO DO CRIME = ATIVIDADE (= TEORIA DA AÇÃO)
LUTA!

 QUESTÃO CESPE PARA ILUSTRAR!

(Ano: 2020 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TJ-PA Prova: CESPE - 2020 - TJ-PA - Oficial
de Justiça – Avaliador)

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... Com relação ao tempo e ao lugar do crime, o Código Penal brasileiro adotou,
respectivamente, as teorias do(a): AGORA FICOU FÁCIL! RESPOSTA  atividade e da
ubiquidade.
DICA 115
NÃO CONFUNDA EM SUA PROVA!

Art. 6º, CP Art. 70, caput, CPP

Adotou a Teoria da UBIQUIDADE Adotou a Teoria do RESULTADO

*Considera-se praticado o crime no *A competência será, de regra,


lugar:
- determinada pelo lugar em que
- em que ocorreu a ação ou se consumar a infração,
omissão, no todo ou em parte,
- ou, no caso de tentativa, pelo
- bem como onde se produziu ou lugar em que for praticado o
deveria produzir-se o resultado. último ato de execução.

Regra destinada a solucionar a Regra destinada a solucionar a


competência na hipótese de delitos competência na hipótese de crimes
que envolvam o território de dois envolvendo o território o
ou mais países (conflito território de duas ou mais
internacional de jurisdição) comarcas (ou seções judiciárias)
DENTRO DO BRASIL (conflito
interno de competência
territorial)

Definirá se o Brasil terá a Definirá qual o juízo competente no


competência para julgar o caso na caso de crimes plurilocais.
hipótese de crimes à distância.

DICA 116
ATENÇÃO! EXCEÇÃO AO ART. 70, CPP! Posição do STJ e STF:
Nos crimes contra a vida, a competência será determinada pela TEORIA DA ATIVIDADE.
Dessa forma, no caso de crimes contra a vida (DOLOSOS OU CULPOSOS), se os atos de
execução ocorreram em um lugar e a consumação se deu em outro  a competência para
o julgamento do fato será do local onde foi praticada a conduta (local da
execução).

JUSTIFICATIVA: “(...) é justamente no local da ação que se encontram as


melhores provas (testemunhas, perícia etc.), pouco interessando onde se dá a
morte da vítima. Para efeito de condução de uma mais apurada fase probatória,
não teria cabimento desprezar-se o foro do lugar onde a ação desenvolveu-se
somente para acolher a teoria do resultado. Exemplo de ilogicidade seria o autor
ter dado vários tiros ou produzido toda a série de atos executórios para ceifar a

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vida de alguém em determinada cidade, mas, unicamente pelo fato da vítima ter-
se tratado em hospital de Comarca diversa, onde faleceu, deslocar-se o foro
competente para esta última. As provas teriam que ser coletadas por precatória,
o que empobreceria a formação do convencimento do juiz.” (Nucci, Guilherme de
Souza, Código de Processo Penal Comentado. 8ª ed., São Paulo: RT, 2008, p. 210).
DICA 117
ATENÇÃO! Nos CRIMES CONEXOS, NÃO SE APLICA A TEORIA DA UBIQUIDADE,
devendo cada crime ser julgado pela legislação penal do país em que for cometido.
DICA 118
A TEORIA DA UBIQUIDADE, além dos crimes conexos, também, não se aplica nos
seguintes casos:

*CRIMES PLURILOCAIS: consistem naqueles que envolvem duas ou mais


comarcas/seções judiciárias dentro do país. Regra: aplicação art. 70, CPP. Exceção:
Homicídio Culposo ou Doloso (STJ e STF) – Teoria da Atividade.

*INFRAÇÕES PENAIS DE MENOR POTENCIAL OFENSIVO: art. 63 da Lei 9.099/1995 -


adotou a teoria da atividade: “A competência do Juizado será determinada pelo lugar em
que foi praticada a infração penal. ”

*CRIMES FALIMENTARES: Compete ao juiz criminal da jurisdição onde tenha sido


decretada a falência, concedida a recuperação judicial ou homologado o plano de
recuperação extrajudicial, conhecer da ação penal pelos crimes falimentares (art. 183, Lei
11.101/2005).

*ATOS INFRACIONAIS: “Nos casos de ato infracional, será competente a autoridade do


lugar da ação ou omissão, observadas as regras de conexão, continência e prevenção. ”
(art. 147, § 1.º, ECA).
DICA 119
ATENÇÃO! Essa expressão pode cair em sua prova!

CRIME À DISTÂNCIA (OU DE ESPAÇO MÁXIMO): é o crime que envolve o território de


dois países. A ação ou omissão ocorre em um país e o resultado, em outro. Ou seja, são
aqueles em que conduta e resultado ocorrem em países diversos. Ex.: tráfico de drogas
provenientes de Assunção (Paraguai) com destino a Manaus (Brasil).
DICA 120

PRINCÍPIO DA TERRITORIALIDADE MITIGADA OU TEMPERADA

*Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de direito


internacional, ao crime cometido no território nacional. Como são admitidas algumas
exceções, aplica-se a teoria da territorialidade mitigada ou temperada.

*TERRITÓRIO BRASILEIRO: mar territorial, espaço aéreo e subsolo.


*TERRITÓRIO BRASILEIRO POR EXTENSÃO: navios e aeronaves públicas brasileiras,
onde quer que se encontrem e navios e aeronaves particulares, que se encontrem no espaço
aéreo ou em alto-mar.

INDO MAIS FUNDO... Artigo 17 da Convenção das Nações Unidas sobre o Direito
do Mar (assinada pelo Brasil): Direito de passagem inofensiva - Salvo disposição em

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contrário da presente Convenção, os navios de qualquer Estado, costeiro ou sem litoral,


gozarão do direito de passagem inofensiva pelo mar territorial. A Doutrina sustenta que se
um crime for praticado a bordo de uma embarcação amparada pela “passagem inocente”,
não será aplicável a lei brasileira a este crime, desde que o crime em questão não afete em
nada interesse jurídico nacional e o brasil não seja o país de destino.
DICA 121

EXTRATERRITORIALIDADE - crimes que mesmo cometidos fora do Brasil, sujeitam-


se às leis brasileiras.

EXTRATERRITORIALIDADE INCONDICIONADA → Crimes cometidos:

*contra a vida ou a liberdade do Presidente da República;


*contra o patrimônio ou a fé pública da União, do Distrito Federal, de Estado, de
Território, de Município, de empresa pública, sociedade de economia mista, autarquia ou
fundação instituída pelo Poder Público;
*contra a administração pública, por quem está a seu serviço;
*de genocídio, quando o agente for brasileiro ou domiciliado no Brasil (p. da justiça
universal);
OBS.: O AGENTE É PUNIDO SEGUNDO A LEI BRASILEIRA, AINDA QUE ABSOLVIDO
OU CONDENADO NO ESTRANGEIRO.
DICA 122

EXTRATERRITORIALIDADE CONDICIONADA → Crimes:

*que, por tratado ou convenção, o Brasil se obrigou a reprimir;


*praticados por brasileiro;
*praticados em aeronaves ou embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade
privada, quando em território estrangeiro e aí não sejam julgados.

CONDIÇÕES CONCOMITANTES (REUNIDAS):

*entrar o agente no território nacional;


*ser o fato punível também no país em que foi praticado;
*estar o crime incluído entre aqueles pelos quais a lei brasileira autoriza a extradição;
*não ter sido o agente absolvido no estrangeiro ou não ter aí cumprido a pena;
*não ter sido o agente perdoado no estrangeiro ou, por outro motivo, não estar
extinta a punibilidade, segundo a lei mais favorável.
***** TAMBÉM SE APLICA A LEI BRASILEIRA AO CRIME cometido por estrangeiro
contra brasileiro fora do Brasil, se, reunidas as condições traçadas anteriormente e as
seguintes: (alguns doutrinadores a chamam de extraterritorialidade
hipercondicionada)
*não foi pedida ou foi negada a extradição;

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*houve requisição do Ministro da Justiça.


DICA 123

CONFLITO APARENTE DE NORMAS PENAIS


Ocorre quando duas normas aparentemente incriminadoras são aplicáveis a uma mesma
conduta e ao mesmo tempo. Ou seja, mesma conduta desafia dois tipos penais.
Ex.: art. 121 CP (crime de homicídio) x art. 123 CP (infanticídio) = ambos são crimes
de homicídio, conduto o artigo 123 é norma especial.
*PREVALECERÁ o princípio da PROIBIÇÃO DO NON BIS IN IDEM, já que um fato não
pode desafiar dois tipos penais diversos, sendo proibida dupla punição por um mesmo
fato.
DICA 124

PRINCÍPIOS UTILIZADOS NO CONFLITO APARENTE DE NORMAS PENAIS

Princípio da - Norma especial afasta aplicação de norma


Especialidade geral.

-Especial é a norma que possui elementos que a


individualiza, independentemente da gravidade
do crime.

- Ex.: art. 121 e 126 – o crime de infanticídio


prevalece sobre a mãe que, sob o estado puerperal,
mata o filho após o parto.

Princípio da - Norma primária afasta a aplicação da norma


Subsidiariedade subsidiária.

- Primária é a norma que prevê uma violação


mais ampla e grave aos bens jurídicos tutelados.
Pode ser aplicado de forma EXPRESSA e TÁCITA:

*EXPRESSA: quando o próprio tipo penal se declara


subsidiário. Ex.: art. 132 CP: crime de perigo a vida
ou a saúde, com detenção de 3 meses a 1 ano, SE O
FATO NÃO CONSTITUIR CRIME MAIS GRAVE.

*TÁCITA: um tipo penal serve como causa de


aumento, qualificadora, ou elemento constitutivo de
outro. Ex.: art. 163 (crime de dano) x art. 155, § 4º, I
(crime de furto qualificado por rompimento de
obstáculo). Pois bem, no crime de furto houve crime
de dano ao romper obstáculo (que é causa de
aumento de pena), mas o artigo 163 será aplicado

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somente de forma subsidiária, ou seja, se o ato


praticado não for mais gravoso.

DICA 125

PRINCÍPIOS UTILIZADOS NO CONFLITO APARENTE DE NORMAS PENAIS

Princípio da Em suma, a conduta que serve como meio de


Consunção (ou preparação, execução ou mero exaurimento de
absorção) outra, é por esta absorvida. Se aplica,
principalmente, quando uma conduta delituosa serve
como meio para praticar outra.

ANTEFATO IMPUNÍVEL = quando um crime serve


de preparação para outrem. Ex.: art. 155 CP (furto)
+ art. 150 (invasão de domicílio). O crime de invasão
de domicilio será o delito meio, e será absorvido pelo
crime de furto – SÚMULA 17 STJ (crime de
falsificação documento publico é absorvido pelo crime
de estelionato se for mero meio para o segundo
crime).

PÓS-FATO IMPUNÍVEL – agente pratica uma


segunda conduta violando o mesmo bem jurídico
para obter vantagem que queria com a primeira
conduta. Neste caso, o agente viola o bem jurídico
com a primeira conduta, e a segunda é mera
conseqüência. Ex.: art 289 CP (falsificar moeda) +
art. 289, § 1º, CP (uso de moeda falsa) = responderá
apenas pelo crime de falsificação.

Princípio da Nos tipos penais mistos alternativos (os que


Alternatividade possuem vários núcleos que descrevem a
conduta), a prática de vários núcleos no mesmo
contexto, gera crime ÚNICO.

Ex.: tráfico de drogas = possui diversos núcleos:


traficar, fabricar, repassar, transportar, possuir, etc
(...). Nessa lógica, aquele que fabrica e transporta
responde por um único crime.

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NOÇÕES DE DIREITO PROCESSUAL PENAL

DICA 126
SÚMULA VINCULANTE Nº 14: É direito do defensor, no interesse do representado, ter
acesso amplo aos elementos de prova que, JÁ DOCUMENTADOS em procedimento
investigatório realizado por órgão com competência de polícia judiciária, digam respeito ao
exercício do direito de defesa.

ATENÇÃO! Fiquem atentos e não caiam na pegadinha, o acesso do defensor será aos
elementos de prova JÁ DOCUMENTADOS, aqueles que ainda não foram, como exemplo:
uma hipótese de interceptação telefônica não juntada ao IP, não serão objeto de acesso,
sobretudo para não prejudicar a eficiência da medida.
DICA 127
ATENÇÃO!
PRINCÍPIO DA OPORTUNIDADE OU CONVENIÊNCIA
→ Nos crimes de AÇÃO PRIVADA, a autoridade policial somente poderá proceder a
inquérito a requerimento de quem tenha qualidade para intentá-la.
DICA 128
IMPORTANTE!
O DELEGADO DE POLÍCIA NÃO PODE DETERMINAR ARQUIVAMENTO DE INQUÉRITO
POLICIAL!
NÃO IMPORTA se existiam excludentes de ilicitude.
Essa regra NÃO TEM EXCEÇÃO!

 QUESTÃO CESPE PARA ILUSTRAR ENVOLVENDO O DELEGADO DE POLÍCIA...

(Ano: 2019 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: MPC-PA)


... Na condução do inquérito policial, o Delegado de Polícia, sempre pautando suas ações
pela legalidade, também se sujeita ao Princípio da Discricionariedade, que possui como
característica possibilitar ao Delegado de Polícia: a definição do rumo das investigações.


ATENÇÃO! Aprofundando... Há de se ressalvar, contudo, que, alguns tribunais, possuem
entendimento que algumas diligências devem ser “obrigatoriamente” realizadas, cite-se
como exemplo o exame de corpo de delito, nos crimes que deixam vestígio, bem como a
oitiva do investigado. Existem, inclusive, julgados do STJ nesse sentido, como exemplo: HC
69.405 do STJ. SE A QUESTÃO NÃO COBRAR, VAMOS PELA REGRA, OK? SEMPRE USE
ESSE RACIOCÍNIO EM SUA PROVA!
DICA 129

- Art. 6º, CPP. Logo que tiver conhecimento da prática da infração penal, a autoridade
policial deverá:

I - dirigir-se ao local, providenciando para que não se alterem o estado e


conservação das coisas, até a chegada dos peritos criminais;

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II - apreender os objetos que tiverem relação com o fato, após liberados


pelos peritos criminais;

III - colher todas as provas que servirem para o esclarecimento do fato e


suas circunstâncias;

IV - ouvir o ofendido;

V - ouvir o indiciado, com observância, no que for aplicável, do disposto no


Capítulo III do Título Vll, deste Livro, devendo o respectivo termo ser assinado por
duas testemunhas que lhe tenham ouvido a leitura;

VI - proceder a reconhecimento de pessoas e coisas e a acareações;

VII - determinar, se for caso, que se proceda a exame de corpo de delito e a


quaisquer outras perícias;

VIII - ordenar a identificação do indiciado pelo processo datiloscópico, se


possível, e fazer juntar aos autos sua folha de antecedentes;

IX - averiguar a vida pregressa do indiciado, sob o ponto de vista individual,


familiar e social, sua condição econômica, sua atitude e estado de ânimo antes e depois
do crime e durante ele, e quaisquer outros elementos que contribuírem para a
apreciação do seu temperamento e caráter.

X - colher informações sobre a existência de filhos, respectivas idades e se


possuem alguma deficiência e o nome e o contato de eventual responsável pelos
cuidados dos filhos, indicado pela pessoa presa.

 OLHEM COMO FOI COBRADO PELA BANCA CESPE:

(Ano: 2019 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TJ-BA Prova: CESPE - 2019 - TJ-BA –
Conciliador) Em regra, a apreensão de objetos na fase inquisitorial não depende de
autorização judicial. CORRETO!
DICA 130
O ARQUIVAMENTO DO INQUÉRITO POLICIAL embasado no princípio da
insignificância faz coisa julgada material, o que impede seu desarquivamento diante
do surgimento de novas provas.
ATENÇÃO! É certo dizer que o inquérito policial é DISPENSÁVEL para a promoção da ação
penal desde que a denúncia esteja minimamente consubstanciada nos elementos exigidos
em lei ≠ denúncia NÃO PODE VIR desacompanhada de um mínimo de prova do fato e da
autoria (JUSTA CAUSA).

DICA 131
PARA A INSTAURAÇÃO DE INQUÉRITO POLICIAL, bastam indícios suficientes da
existência do crime, sendo dispensável, nesse primeiro momento, prova da materialidade
do delito ou de sua autoria. ***INCLUSIVE ESSA DICA É QUESTÃO ATUAL DA BANCA
CESPE!

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DICA 132
A sentença de arquivamento de IP NÃO faz coisa julgada material em regra (art. 18,
CPP). Excepcionalmente, poderá fazer coisa julgada quando a sentença for fundada
em:

*Atipicidade: faz coisa julgada material.

*Excludente de culpabilidade: faz coisa julgada material.

*Extinção da punibilidade: faz coisa julgada material (exceção: certidão de óbito


falsa).

*Excludente de ilicitude: DIVERGÊNCIA= STF: faz coisa julgada formal / STJ: faz coisa
julgada material.

*COISA JULGADA FORMAL: O arquivamento do inquérito NÃO afasta a possibilidade de


reabertura do IP, desde que colhidas novas provas do delito.

*COISA JULGADA MATERIAL: AINDA QUE SURJAM NOVAS PROVAS, não há


possibilidade de reabertura do IP.

DICA 133
O entendimento da doutrina majoritária e dos tribunais superiores é no sentido de que a
DENÚNCIA ANÔNIMA sobre fato grave de necessária repressão imediata NÃO é
suficiente para embasar, por si só, a instauração de inquérito policial para rápida
formulação de pedido de quebra de sigilo e de interceptação telefônica. Todavia,
podem, a informação apócrifa não inibe e nem prejudica a prévia coleta de elementos
de informação dos fatos delituosos (STF, Inquérito 1.957-PR) com vistas a apurar
a veracidade dos dados nela contidos

“As notícias anônimas não autorizam, por si sós, a propositura de ação penal ou mesmo, na
fase de investigação preliminar, o emprego de métodos invasivos de investigação, como
interceptação telefônica ou busca e apreensão.” (STF, 1ª Turma, HC 106152/MS, Rel. Min.
Rosa Weber)

DICA 134
E – escrito

I- inquisitivo
D- dispensável
O- oficial
S- sigiloso
O- oficioso

OFICIALIDADE

Enquanto a OFICIOSIDADE está relacionada com o dever da autoridade de agir de ofício


(sem provocação), a OFICIALIDADE está relacionada com a RESPONSABILIDADE sobre
o inquérito policial.
Por força da OFICIALIDADE, dizemos que o inquérito policial é de responsabilidade de um
órgão oficial do Estado, especificamente a POLÍCIA JUDICIÁRIA!

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DICA 135
Lei nº. 13.964/2019 – NOVIDADE! (PACOTE ANTICRIME)

Nos casos em que servidores vinculados às instituições dispostas no art. 144, CF


(polícia federal; polícia rodoviária federal; polícia ferroviária federal; polícias civis; polícias
militares e corpos de bombeiros militares, polícias penais federal, estaduais e distrital)
figurarem como investigados em inquéritos policiais, inquéritos policiais militares
e demais procedimentos extrajudiciais, CUJO OBJETO FOR A INVESTIGAÇÃO DE
FATOS RELACIONADOS AO USO DA FORÇA LETAL PRATICADOS NO EXERCÍCIO
PROFISSIONAL, DE FORMA CONSUMADA OU TENTADA, incluindo as situações
dispostas no art. 23 do CP (estado de necessidade, legítima defesa, estrito cumprimento de
dever legal ou no exercício regular de direito), o indiciado poderá constituir defensor:

= Para referidos casos, o investigado deverá ser citado da instauração do


procedimento investigatório, podendo constituir defensor no prazo de até 48
(quarenta e oito) horas a contar do recebimento da citação.

= Esgotado o prazo de 48h com ausência de nomeação de defensor pelo


investigado, a autoridade responsável pela investigação deverá intimar a
instituição a que estava vinculado o investigado à época da ocorrência dos
fatos, para que essa, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, indique defensor
para a representação do investigado.

= Referidas disposições se aplicam aos servidores militares vinculados às FORÇAS


ARMADAS desde que os fatos investigados digam respeito a missões para a
Garantia da Lei e da Ordem

DICA 136
PRAZOS PARA CONCLUSÃO DO INQUÉRITO POLICIAL

REGRA GERAL: réu preso 10 dias, réu solto 30 dias.

Inquérito Policial Federal: réu preso 15 + 15 dias, réu solto 30 dias.

Inquérito Policial Militar: réu preso 20 dias, réu solto 40 + 20 dias.

Lei de drogas: réu preso 30 + 30 dias, réu solto 90 + 90 dias.

Crimes contra a Economia Popular: réu preso 10 dias, réu solto 10 dias.

ATENÇÃO! TRATANDO-SE de CRIMES HEDIONDOS, tendo sido decretada a prisão


temporária, o prazo para a conclusão do IP passa a ser de 60 dias. Justifica-se, pois, a
prisão temporária em caso de crime hediondo tem o prazo de 30 dias,
prorrogáveis por mais 30 dias. Como a prisão temporária cabe tão somente durante
a fase de investigação, isso faz com que, consequentemente, o prazo para a conclusão
do IP acompanhe o prazo da prisão temporária.

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DICA 137
PESSOAL, BASTANTE ATENÇÃO! *****

A REGRA GERAL PARA CONCLUSÃO DO INQUÉRITO POLICIAL COMO JÁ DITO NO


MATERIAL É: réu preso 10 dias, réu solto 30 dias.

OBSERVE-SE O ART. 10 DO CPP:

“Art. 10. O inquérito deverá terminar no prazo de 10 dias, se o indiciado tiver sido preso
em flagrante, ou estiver preso preventivamente, contado o prazo, nesta hipótese, a
partir do dia em que se executar a ordem de prisão, ou no prazo de 30 dias, quando
estiver solto, mediante fiança ou sem ela.”

OCORRE QUE COM O PACOTE ANTICRIME SURGIU O SEGUINTE ARTIGO 3-B, §2º, CPP –
QUE TRATA DO JUIZ DAS GARANTIAS E ENCONTRA-SE SUSPENSO CONFORME
LIMINAR PROFERIDA NA ADI Nº. 6298!

“§ 2º Se o investigado estiver preso, o juiz das garantias poderá, mediante representação


da autoridade policial e ouvido o Ministério Público, prorrogar, uma única vez, a duração
do inquérito por até 15 (quinze) dias, após o que, se ainda assim a investigação não
for concluída, a prisão será imediatamente relaxada.”
DICA 138
Como o IP (inquérito policial) é um procedimento que não possui contraditório pleno e ampla
defesa, o valor probante dos elementos de convicção colhidos nessa fase de
investigação é RELATIVO.

CONTUDO, o Juiz pode utilizar as provas colhidas no IP para fundamentar sua decisão,
PORÉM NÃO PODE BASEAR SUA DECISÃO APENAS NAS PROVAS OBTIDAS NO
DECORRER DO IP. Olha o que dispõe o art. 155, do Código de Processo Penal (CPP):

Art. 155, CPP. O juiz formará sua convicção pela livre apreciação da prova
produzida em contraditório judicial, não podendo fundamentar sua decisão
exclusivamente nos elementos informativos colhidos na investigação,
ressalvadas as provas cautelares, não repetíveis e antecipadas.

Parágrafo único. Somente quanto ao estado das pessoas serão observadas


as restrições estabelecidas na lei civil.

DICA 139
INDICAMENTO:

Em suma: trata-se de ato técnico-jurídico (fundamentado) no qual a autoridade policial


indica/aponta alguma pessoa como “provável” infrator, ou seja, imputa a alguém, no
inquérito policial, a prática da infração penal investigada.

ATENÇÃO! É ATO PRIVATIVO DO DELEGADO DE POLÍCIA!

§ 6º O indiciamento, privativo do delegado de polícia, dar-se-á por ato fundamentado,


mediante análise técnico-jurídica do fato, que deverá indicar a autoria, materialidade e suas
circunstâncias. (Art. 2º, §6º da Lei 12.830/13)

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DICA 140

NOTITIA CRIMINIS – EM SUMA, TRATA-SE DA SITUAÇÃO EM QUE A


AUTORIDADE POLICIAL TOMA CONHECIMENTO DE UM FATO DELITUOSO.

Notitia criminis de cognição IMEDIATA: Hipótese em que a autoridade policial


toma ciência do fato delituoso em consequência de suas atividades
rotineiras.

Notitia criminis de cognição MEDIATA: Hipótese em que a autoridade policial


toma ciência do fato delituoso por meio de um expediente formal, como
exemplo a requisição do MP com o intuito de instauração do IP.

Notitia criminis de cognição COERCITIVA: Hipótese em que a autoridade policial


toma ciência do fato delituoso tendo em vista a prisão em flagrante do
suspeito.

DICA BÔNUS

DELATIO CRIMINIS (TAMBÉM FORMA DE NOTITIA CRIMINIS),


CLASSIFICA-SE COMO:

Delatio criminis SIMPLES: trata-se da comunicação feita à autoridade policial por


qualquer pessoa do povo (art. 5º, §3º do CPP).

Delatio criminis POSTULATÓRIA: trata-se da comunicação feita pelo próprio


ofendido nos casos de crimes de ação penal pública condicionada ou ação
penal privada, nas quais ele já pede a instauração do IP.

Delatio criminis INQUALIFICADA: trata-se da famosa “denúncia anônima”; a


comunicação do fato feita à autoridade policial por qualquer do povo, porém
ausente a identificação do comunicante. RELEMBRANDO QUE... Nessas
situações, os delegados de polícia não deverão proceder, imediatamente, à
instauração do IP. Mas, primeiramente, devem verificar a procedência da
denúncia e, caso haja realmente notícia do crime, instaurar o IP.

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RACIOCÍNIO LÓGICO

DICA 141

- Principais métodos de resolução de questões sobre argumentação

- questões que fornecem as premissas e solicitam as conclusões de um argumento: para


obter as conclusões é preciso assumir que todas as premissas são verdadeiras. Assim:

- se as premissas possuem proposições categóricas (todo/algum/nenhum) podemos


utilizar diagramas lógicos;

- se uma das premissas é uma proposição simples: começar analisando-a, e com ela partir
para deixar as demais verdadeiras também;

- se todas as premissas são compostas e as alternativas de resposta (conclusões) são


proposições simples: “chutar” o valor lógico de alguma proposição simples que compõe as
premissas, e com isso tentar forçar todas as premissas a ficarem verdadeiras, analisando
se não há falha lógica;

- se todas as premissas são compostas e as alternativas de resposta (conclusões) também:


efetuar o teste de validade, forçando cada possível conclusão a ser F, e com isso tentar
forçar todas as premissas a serem V. Se isso for possível, aquela alternativa NÃO é uma
conclusão. Também é possível tentar “emendar” todas as premissas, em especial se forem
condicionais, utilizando também as suas contrapositivas.

DICA 142

Proposições categóricas podem ser tratadas com diagramas lógicos

- Todo A é B: “todos os elementos do conjunto A são também do conjunto B”, isto é, A


está contido em B.

- Nenhum A é B: nenhum elemento de A é também de B, isto é, os dois conjuntos são


totalmente distintos (disjuntos)

- Algum A é B: algum elemento de A é também elemento de B

- Algum A não é B: existem elementos de A que não são de B

DICA 143

Questões de Associações Lógicas

IDENTIFICAR:

1 – listagem de diversos elementos distintos (neste caso, irmãs, cursos e locais);

2 – solicitação para que você associe os elementos entre si (neste caso, o enunciado quer
saber o curso e o local de férias de uma das irmãs);

3 – presença de informações adicionais para realizar as associações.

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RESOLVER:

1 – montar uma tabela que relacione todas as possibilidades de associações entre os


elementos;

2 – analisar as informações adicionais visando “cortar” associações que vão contra as


informações e “marcar” associações de acordo com o que foi determinado no enunciado

DICA 144

Questões de Verdades e Mentiras

IDENTIFICAR:

- são apresentadas frases que podem ser verdadeiras ou mentirosas,

- não sabemos QUAIS são verdadeiras e quais são mentirosas, apenas QUANTAS.

RESOLVER:

- encontrar um par de informações contraditórias;

- dentro do par, uma informação é V e a outra é F;

- analisar as informações FORA do par.

DICA 145

Questões de Calendários

- semana tem 7 dias. Ela começa em um dia (ex.: quarta) e termina no dia “anterior” (terça
seguinte).

- anos “normais” tem 365 dias, sendo que o mês de fevereiro tem 28 dias.

- nos anos bissextos, temos 29 dias em fevereiro, o que resulta em 366 dias no total.
Os anos bissextos ocorrem de 4 em 4 anos, sempre nos anos que são múltiplos de 4;

Anos “normais” (365 dias) → o primeiro dia é igual ao último (ex.: se 01/jan foi segunda,
31/dez será segunda)

Anos bissextos (366 dias) → o último dia o subsequente do primeiro (ex.: se 01/jan foi
segunda, 31/dez é terça)

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INFORMÁTICA

DICA 146

Uma rede de computadores pode ser definida como uma estrutura de computadores
e dispositivos conectados através de um sistema de comunicação com o objetivo de
compartilharem informações e recursos entre si. As redes permitem, portanto, a troca de
informações e recursos entre as pessoas conectadas através de um canal de comunicação.

Uma rede pode facilitar:

▪ O compartilhamento de impressoras e outros dispositivos de hardware.


▪ O compartilhamento de documentos, aplicativos e outros produtos digitais.
▪ A replicação de dados para backup.
▪ A comunicação e a vídeo conferência.

DICA 147

Os enlaces são os meios de transmissão por onde trafegam os dados sendo trocados na
rede. O meio de transmissão pode ser guiado (com fio) ou não guiado (sem fio ou
wireless). Os meios de transmissão guiados mais comuns são par trançado, cabo coaxial
e fibra óptica. Os meios de transmissão não guiados são atmosfera, água e espaço.

DICA 148

Técnicas de pesquisa comuns:

Pesquisar em redes sociais


Coloque @ antes de uma palavra para pesquisar em redes sociais. Por exemplo:
@Instagram.

Pesquisar um preço
Coloque $ antes de um número. Por exemplo: câmera $400.

Pesquisar hashtags
Coloque # antes de uma palavra. Por exemplo: #concurso

Excluir palavras da pesquisa


Coloque - antes de uma palavra que você queira deixar de fora. Por exemplo, velocidade do
jaguar -carro

Pesquisar uma correspondência exata


Coloque uma palavra ou frase entre aspas. Por exemplo, "maior animal já conhecido".

Pesquisar caracteres curinga ou palavras desconhecidas


Coloque um * na palavra ou frase onde você deseja deixar um marcador. Por exemplo,
"maior * do mundo".

Pesquisar dentro de um intervalo de números


Coloque .. entre dois números. Por exemplo, câmera $50..$100.

Combinar pesquisas
Coloque "OR" entre cada consulta de pesquisa. Por exemplo, maratona OR corrida.

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Pesquisar um site específico


Coloque "site:" antes de um site ou domínio. Por exemplo, site:youtube.com ou site:.gov.

Pesquisar sites relacionados


Coloque "related:" antes de um endereço da Web que você já conhece. Por exemplo,
related:time.com.

DICA 149

A Intranet é um tipo de rede local (LAN) cujo acesso é restrito a usuários


autorizados, normalmente integrantes da organização que gerencia a rede.

A intranet é uma rede de computadores que segue a arquitetura TCP/IP, assim como
a Internet. A sua peculiaridade é que somente pessoas autorizadas podem acessar os
serviços providos por esse tipo de rede. Seu acesso é privado e restrito. Essas pessoas
são normalmente membros da organização privada que gerencia a rede. Outras pessoas
podem obter o acesso se for de interesse da organização.

DICA 150

A extranet seria uma extensão da intranet. Funciona igualmente como a intranet, porém
sua principal característica é a possibilidade de acesso via internet, ou seja, de qualquer
lugar do mundo você pode acessar os dados de sua empresa. A ideia de uma extranet é
melhorar a comunicação entre os funcionários e parceiros além de acumular uma base de
conhecimento que possa ajudar os funcionários a criar novas soluções.

Via de regra, o acesso a extranet é realizado mediante o uso de credenciais (login e


senha) ou por meio da criação de um Rede Privada Virtual (VPN), pela qual o usuário
recebe um endereço IP dentro da Intranet da empresa, mesmo estando fora dela.

DICA 151

FTP (File Transfer Protocol): Servidores FTP são computadores na internet ou rede local,
aos quais os usuários podem estar autorizados a utilizar para armazenar arquivos.
Procedimentos tais como excluir, mover, copiar e renomear objetos são operacionalizados
por servidores FTP, que atua na camada de aplicação.

SMTP (Simple Mail Transfer Protocol): Protocolo utilizado por clientes de email para
enviar mensagens ao provedor.

NNTP (Network News Transfer Protocol): É o protocolo utilizado nos recursos de grupos
de discussão e através dele, seus conteúdos são acessados por seus usuários.

DICA 152

As redes metropolitanas (MANs) são aquelas instaladas em grandes cidades de regiões


metropolitanas, para a interconexão de um grupo grande de usuários.

As redes LAN (Local Area Network) interligam computadores presentes dentro de


um mesmo espaço físico.

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DICA 153

Sentido das transmissões nas redes

As informações que trafegam nas redes podem caminhar em somente um sentido ou em


diferentes sentidos. Com base no sentido das informações, podemos falar em redes simplex,
half-duplex ou full duplex:

▪ Simplex: as informações trafegam de modo unidirecional, isto é, os dados são


transmitidos em um sentido único do transmissor para o receptor. As transmissões de
TV e rádio utilizam transmissão Simplex.

▪ Half-Duplex: uma conexão half-duplex permite a transmissão de informações em dois


sentidos, porém em um sentido de cada vez. Os walkie-talkies são exemplos de
dispositivos que operam com half-duplex.

▪ Full-Duplex: é o modo de transmissão bidirecional simultâneo. Assim, cada


extremidade da linha pode emitir e receber ao mesmo tempo, o que significa que a banda
concorrida está dividida por dois para cada sentido de emissão dos dados. As redes de
telefonia e as redes de computadores são exemplos de redes que geralmente operam com
base em full-duplex.

DICA 154

Topologias de rede

A topologia de uma rede trata-se da forma como estão organizados os dispositivos na


rede, da maneira como estão interconectados uns aos outros.

Inicialmente vale mencionar que podemos falar em topologia física ou lógica:

▪ Topologia Física: mapeia a posição dos ativos de rede juntamente com o percurso
físico dos cabos (mesmo que desabilitados) que os interligam.

▪ Topologia Lógica: mapeia o efetivo percurso da informação através da rede. Canais


desabilitados não são considerados por esta topologia.

DICA 155

Principais topologias de rede

Ponto a ponto

•União direta entre os dispositivos.


•Cada nó funciona tanto como cliente quanto como servidor.

Barramento

•Nós conectados diretamente ao meio de transmissão linear, ou barramento.


•Todos os dispositivos "escutam" o barramento.
•Quanto maior o número de dispositivos, pior o desempenho.

Anel

•Nós conectados em uma estrutura completamente fechada.

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•Transmissão simplex.
•Os dispositivos recebeme e retransmistem os dados (placas de redes ativas).

Estrela

•Presença de um nó central, a qual todos os demais estão conectados.


•Permite o broadcast, que é o envio de mensagens para todos os receptores ao mesmo
tempo.

Árvore ou hierárquica

•Dividida em níveis, em que o nível mais alto, está ligado a vários módulos do nível inferior
da hierarquia.

Malha

•Nós conectados uns aos outros, ponto a ponto, podendo haver várias conexões entre eles
formando uma malha.
•As informações podem navegar na rede seguindo rotas diversas.

Híbrida

•Composição de outras topologias.

DICA 156

Uma rede WiFi é uma rede local sem fio, em que os usuários transmitem/recebem
pacotes para/de um ponto de acesso que, por sua vez, é conectado à Internet com fio.

Um usuário de uma rede sem fio geralmente deve estar no espaço de alguns metros
do ponto de acesso. A rede Wi-Fi é baseada no padrão IEEE 802.11, que fornece uma
taxa de transmissão compartilhada de até 54 Mbps.

DICA 157

O WiMAX ou padrão IEEE 802.16 funciona indepentemente de uma rede de telefonia


celular e promete velocidades de 5 a 10 Mbps a distâncias superiores a dez quilômetros.

DICA 158

O acesso à Internet a cabo utiliza-se da infraestrutura de televisão a cabo existente da


empresa de TV a cabo. Essas redes de acesso necessitam de modems especiais, que
dividem a rede em dois canais: um para transmissão (downstream) e um de recebimento
(upstream). O cabo coaxial é utilizado para o nó da fibra ótica até a residência.

DICA 159

O Modelo OSI (Open Systems Interconnection) é o modelo proposto pela ISO


(International Organization for Standardization) como padrão para a comunicação entre
diversos tipos de sistemas e equipamentos, garantindo a comunicação fim-a-fim.

Utilizando o Modelo OSI é possível realizar comunicação entre máquinas distintas e


definir diretivas genéricas para a elaboração de redes de computadores independente
da tecnologia utilizada, sejam essas redes de curta, média ou longa distância.

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O Modelo OSI é composto por sete camadas, sendo que cada uma delas realizam
determinadas funções. As camadas são: Aplicação (Application), Apresentação
(Presentation), Sessão (Session), Transporte (Transport), Rede (Network), Dados (Data
Link) e Física (Physical).

DICA 160

O HTTP (HyperText Transfer Protocol) é um protocolo de camada de aplicação da


Web que utiliza por padrão a porta 80. O HTTP é utilizado para sistemas de informação de
hipermídia, distribuídos e colaborativos, sendo a base para a comunicação de dados da
World Wide Web.

O HTTP é o protocolo para a troca ou transferência de hipertexto.


Hipertexto é o texto estruturado que utiliza ligações lógicas (hiperlinks) – entre nós
contendo texto.

DICA 161

O HTTPS (Hyper Text Transfer Protocol Secure) é uma implementação do protocolo


HTTP sobre uma camada adicional de segurança que utiliza o protocolo SSL/TLS.

Essa camada adicional permite que os dados sejam transmitidos por meio de uma conexão
criptografada e que se verifique a autenticidade do servidor e do cliente por meio de
certificados digitais. A porta TCP usada por norma para o protocolo HTTPS é a 443.

DICA 162

FIQUE ATENTO(A)!

O Windows possui um Firewall nativo. Sua finalidade é filtrar dados que entram e que
saem de um computador e impedir que o sistema seja acessado por pessoas não
autorizadas.

*O Firewall é sim um RECURSO DE SEGURANÇA muito importante, mas não é uma


ferramenta que resolva todos os problemas de segurança.

ATENÇÃO! O Firewall não detecta vírus e outros softwares maliciosos, essa seria a
função de um antivírus. O antivírus nativo do Windows 10 chama-se Windows Defender.

DICA 163

Por padrão, arquivos excluídos são enviados para a lixeira do Windows. Existem 4 casos
que são exceções, ou seja, nesses 4 casos os arquivos excluídos não são enviados para a
lixeira e SÃO EXCLUÍDOS DEFINITIVAMENTE DO COMPUTADOR.

Os 4 casos são:

1. Arquivos excluídos através da combinação SHIFT + Delete


2. Arquivos excluídos de mídias removíveis ou locais da rede
3. Programas desinstalados
4. Arquivos que possuem tamanho maior do que a capacidade de
armazenamento da lixeira.

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Memorex PF (Agente) - Rodada 01

DICA 164

Bitlocker to go é um recurso nativo do Windows 10 e que permite que um usuário


criptografe o conteúdo de suas mídias removíveis para evitar que esse conteúdo seja
acessado por pessoas não-autorizadas.

DICA 165

O LINUX é um sistema operacional com um considerável número de utilizadores. Mesmo


assim, o Windows ainda é utilizado na maioria esmagadora dos computadores.

Isso se deve ao fato de, além de ser um sistema mais antigo, o Windows possui uma
interface gráfica muito intuitiva, fácil de usar. Já o Linux, em seus primeiros anos de vida,
exigia que o usuário executasse tarefas por meio da digitação de comandos e isso fez
com que ele fosse alvo de um certo preconceito. Hoje em dia o Linux pode ser usado
em modo texto ou modo gráfico.

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