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Memorex TJMG – Oficial de Justiça - Rodada 03

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Memorex TJMG – Oficial de Justiça - Rodada 03

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Lembre-se: uma boa revisão é o segredo da APROVAÇÃO.

Portanto, utilize o nosso material com todo o seu esforço, estudando e aprofundando cada
uma das dicas.

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para: atendimento@pensarconcursos.com

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ÍNDICE

LÍNGUA PORTUGUESA .................................................................... 4


INFORMÁTICA ............................................................................... 16
RLM .............................................................................................. 19
DIREITO CONSTITUCIONAL ........................................................... 21
DIREITO CIVIL .............................................................................. 29
PROCESSO CIVIL ........................................................................... 39
DIREITO PENAL............................................................................. 49
PROCESSO PENAL.......................................................................... 53
NOÇÕES BÁSICAS DE CUSTAS E TAXAS JUDICIÁRIAS ..................... 60
LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA .............................................................. 62

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LÍNGUA PORTUGUESA

DICA 01
PONTUAÇÃO - RETICÊNCIAS
Reticências:

É utilizada em SUPRESSÃO de um trecho:

Ex.: “... saber-se amado é uma coisa, sentir-se amado é outra.” (Marta Medeiros)

É utilizada para deixar algo SUBENTENDIDO:

Ex.: Fabrícia sabe o segredo...


É utilizada para INTERRUÇÃO da frase:

Ex.: O meu noivado... Não sei... Talvez não seja tão bacana.

QUESTÃO.
Texto:
- 52 e-mails???
- Podemos resolver isso de maneira mais rápida com uma só reunião.
- 2 horas de reunião???
- Isso poderia ter sido tratado em um único e-mail para não tomar o tempo
de todos.
Os pontos de interrogação empregados no texto têm a função de mostrar:
a) o regime de trabalho exigido diante da capacidade da equipe.
b) a reação das pessoas diante das soluções apresentadas.
c) a rotina de produção frente às demandas empresariais.
d) o compromisso da gerência diante da necessidade coletiva.
Gabarito: Alternativa B, pois há uma reação que expressa a indignação com a
solução apresentada quanto aos e-mails e às reuniões.

DICA 02
ASPAS, PARÊNTESES E TRAVESSÃO

Aspas:
Pode ser utilizada para citar obras, gírias, estrangeirismo (utilizar palavra
estrangeira – “feedback”) e citações diretas.

Parênteses:
É utilizado para ISOLAR explicações ou ADICIONAR informação acessória.

Ex.: A nora da Paula (a mais esperta que já vi) estuda Odontologia.

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Travessão:

Poderá substituir parênteses, vírgulas, dois-pontos.


Poderá introduzir diálogos.

QUESTÃO.
Último parágrafo: “A última coisa que morre é esperança. Nós estamos na
expectativa que melhore, que este ano chova bastante para dar uma melhorada,
porque o trem tá feio”, afirmou o comerciante João Filho de Freitas.
(Questão adaptada) No último parágrafo, as aspas foram utilizadas para:
a) destacar expressões pouco usuais.
b) enfatizar uso de jargões.
c) abrir e fechar uma citação. CERTO. Citou a fala de João.
Gabarito: Alternativa C.

DICA 03
DOIS PONTOS

Dois pontos:

Pode ser utilizado antes de uma CITAÇÃO:

Ex.: Clarice Lispector disse: “Até cortar os próprios defeitos pode ser perigoso.”
Pode ser utilizado antes de APOSTO DISCRIMINATIVO:

Ex.: A sala de aula possuía diversos objetos: mapas, quadros, cadeiras.


Pode ser utilizado para indicar ENUMERAÇÃO:

Ex.: Fui ao mercado e comprei: frutas, verduras, massa, azeite.


Pode ser utilizado antes de uma EXPLICAÇÃO sobre algo:

Ex.: Tenho somente um sonho: viajar pelo mundo!

QUESTÃO.
(Questão adaptada) Observe a frase “Bem, primeiramente temos de lembrar que hoje
há dois tipos de escola: aquelas que ainda preservam a tradição de a criança levar seu
alimento de casa e aquelas que já oferecem o lanche para os seus alunos”. Os dois
pontos introduzem:
a) uma avaliação da conduta das famílias.
b) um julgamento dos procedimentos escolares.
c) uma explicação sobre os tipos de escola.
Gabarito: Alternativa C, pois há as escolas que preservam a tradição de a criança
levar seu alimento de casa e existem as escolas que oferecem lanches.

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DICA 04
MORFOLOGIA - FLEXÃO NOMINAL

Os substantivos são classificados em “masculinos” quando há o uso do artigo


“o”.
ATENÇÃO! Não são do gênero masculino todos os substantivos que terminam com a
letra “o”.
Ex.: O menino
O sol
O Érico
O teatro
O poema

→ Nem sempre quando a palavra termina em “a” será feminina, como em “o poema”.

Os substantivos são classificados em “femininos” quando há o uso do artigo


“a”.
Ex.: A Melina
A diretora
A orca
A foto

→ Veja que em “a foto” a palavra “foto” termina em “o”, mas por conta do uso do
artigo “a”, ela é uma palavra feminina e não masculina.

DICA 05
FLEXÃO NOMINAL
Os substantivos são divididos em biformes e uniformes:

BIFORMES: há 1 forma para o masculino e 1 forma para o feminino.

→ Veja os seguintes exemplos:


“O pai” e “a mãe” → São palavras totalmente diferentes.

“A vaca” e “o boi” → As formas são muito diferentes. Não é apenas

acrescentar a letra “a” ao final para se transformar em uma palavra feminina.

UNIFORMES: há só 1 palavra para o masculino e feminino. O radical é o mesmo.

→ Veja os seguintes exemplos:

“O leitor” e “a leitora” → o radical é o mesmo, só se acrescente a letra “a” ao final


para indicar o feminino da palavra.
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DICA 06
FLEXÃO NOMINAL
Os substantivos UNIFORMES se dividem em:

Substantivos epicenos: Há APENAS uma palavra para os dois gêneros (masculino


e feminino). Os animais são diferenciados pelas palavras “macho” ou “fêmea”.

→ Veja os exemplos abaixo:


- A onça macho X a onça fêmea
- A cobra macho X a cobra fêmea
- A mosca macho X a mosca fêmea

Substantivos sobrecomuns: Há APENAS um termo para os dois gêneros


(masculino e feminino).

- “A vítima” → pode ser tanto um homem quanto uma mulher.


- “A pessoa” → pode ser tanto um homem quanto uma mulher.
- “O cônjuge” → pode estar se referindo à mulher (feminino) ou ao homem
(masculino).

Substantivos comuns de dois gêneros: O substantivo é feminino ou masculino a


depender do artigo utilizado antes da palavra.
Ex.: “o chefe” e “a chefe”
- “o cliente” e “a cliente”
- “o colega” e “a colega”

DICA 07
FLEXÃO NOMINAL

ATENÇÃO!

CONSIDERAÇÕES IMPORTANTES: Algumas palavras podem ter uma alteração no


sentido.

→ Veja os exemplos abaixo:


- o moral (ânimo) – a moral (honestidade)
- o capital (dinheiro, bens) – a capital (cidade principal)
- o rádio (aparelho) – a rádio (estação)

CUIDADO! Isso pode cair em prova! A palavra “DÓ” (no sentido de “pena”) é
masculina, não é feminina!

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Ex.: Tenho muito dó daquela menina!

A alface está fresca! Uma delícia! (Não é “o alface”)

DICA 08
FLEXÃO NOMINAL
O plural dos substantivos compostos é um tema muito importante e cai em prova!

Quando há um SUBTANTIVO + SUBSTANTIVO, as duas palavras ficam no


PLURAL:
Ex.: Há ótimos cirurgiões-dentistas no hospital do centro da cidade.
As meias-calças que tenho são verdes.

Quando há um SUBTANTIVO + ADJETIVO, as duas palavras ficam no PLURAL:

Ex.: Os cachorros-quentes do restaurante estão uma delícia!

DICA 09
FLEXÃO NOMINAL

Quando há um ADJETIVO + SUBSTANTIVO, as duas palavras ficam no PLURAL:


Ex.: Os gentis-homens são meus irmãos.

- Os altos-relevos das obras estão em destaque!

Quando há um NUMERAL + SUBSTANTIVO, as duas palavras ficam no PLURAL:


Ex.: Todas as quintas-feiras Bruno vai ao shopping com os amigos.

- Os meios-fios das calçadas da cidade são perigosos!


DICA 10
FLEXÃO NOMINAL

Quando as palavras estão conectadas por PREPOSIÇÃO, a primeira palavra ficará no


PLURAL:

Ex.: Há vários joões-de-barro naquele parque!

Se a segunda palavra é um substantivo determinante específico, só a primeira


palavra ficará no PLURAL:

Ex.: Não posso comer aquelas mangas-espada. Tenho alergia!


DICA 11
FLEXÃO NOMINAL

Quando o substantivo composto possui VERBO + SUBSTANTIVO, apenas a segunda


palavra ficará no PLURAL:
Ex.: Meu guarda-chuvas quebrou com o vento forte.

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Quando as palavras forem repetidas, apenas a segunda palavra ficará no PLURAL:
Ex.: Os reco-recos são compostos de bambu.

Quando o substantivo composto possui ADVÉRBIO + ADJETIVO, apenas a segunda


palavra ficará no PLURAL:
Ex.: De quem são aqueles alto-falantes?
DICA 12
FLEXÃO VERBAL
A Flexão verbal é a variação do verbo em modo, tempo, número, pessoa e voz do
discurso. É necessário saber o sentido dos verbos no respectivo discurso.

VERBOS REGULARES:

Verbos da 1° conjugação terminam em AR:

→ Estudar, jogar, dançar, amar, gostar, casar, brincar, adorar...

Verbos da 2° conjugação terminam em ER:

→ Vender, esquecer, comer, lamber, descer, correr, fazer...

Verbos da 3° conjugação terminam em IR:

→ Rir, abrir, sorrir, dormir, partir, dividir...

DICA 13
FLEXÃO VERBAL

CONJUGAÇÃO DOS VERBOS REGULARES (isso DESPENCA em prova!):

→ 1ª CONJUGAÇÃO: verbo “ADORAR” no MODO INDICATIVO:

PRESENTE PRETÉRITO IMPERFEITO

eu adoro eu adorava
tu adoras tu adoravas
ele adora ele adorava
nós adoramos nós adorávamos
vós adorais vós adoráveis
eles adoram eles adoravam

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PRETÉRITO PERFEITO PRETÉRITO MAIS-QUE-PERFEITO

eu adorei eu adorara
tu adoraste tu adoraras
ele adorou ele adorara
nós adoramos nós adoráramos
vós adorastes vós adoráreis
eles adoraram eles adoraram

FUTURO DO PRESENTE FUTURO DO PRETÉRITO

eu adorarei eu adoraria
tu adorarás tu adorarias
ele adorará ele adoraria
nós adoraremos nós adoraríamos
vós adorareis vós adoraríeis
eles adorarão eles adorariam

VEJA COMO JÁ FOI COBRADO PELA BANCA:

QUESTÃO IBFC, 2015.


Assinale a alternativa que apresenta o comentário CORRETO sobre o trecho abaixo:
“Assim ficara sabendo que não era ninguém..." (4°§)
a) “Ninguém" é um advérbio de negação.
b) O verbo “ficara" está flexionado no pretérito-mais-que-perfeito do indicativo.
c) Seria possível substituir “ninguém" por “alguém" sem mudança de sentido.
Os dois verbos destacados estão flexionados na primeira pessoa do singular.
Gabarito: Alternativa B.

DICA 14
FLEXÃO VERBAL

2ª CONJUGAÇÃO: verbo “CORRER” no MODO INDICATIVO:

PRESENTE PRETÉRITO IMPERFEITO

eu corro eu corria
tu corres tu corrias
ele corre ele corria
nós corremos nós corríamos

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vós correis vós corríeis
eles correm eles corriam

PRETÉRITO PERFEITO PRETÉRITO MAIS-QUE-PERFEITO

eu corri eu correra
tu correste tu correras
ele correu ele correra
nós corremos nós corrêramos
vós correstes vós corrêreis
eles correram eles correram

FUTURO DO PRESENTE FUTURO DO PRETÉRITO

eu correrei eu correria
tu correrás tu correrias
ele correrá ele correria
nós correremos nós correríamos
vós correreis vós correríeis
eles correrão eles correriam

DICA 15
FLEXÃO VERBAL

3ª CONJUGAÇÃO: verbo “DIVIDIR” no MODO INDICATIVO:

PRESENTE PRETÉRITO IMPERFEITO

eu divido eu dividia
tu divides tu dividias
ele divide ele dividia
nós dividimos nós dividíamos
vós dividis vós dividíeis
eles dividem eles dividiam

PRETÉRITO PERFEITO PRETÉRITO MAIS-QUE-PERFEITO

eu dividi eu dividira
tu dividiste tu dividiras
ele dividiu ele dividira
nós dividimos nós dividíramos

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vós dividistes vós dividíreis
eles dividiram elesdividiram

FUTURO DO PRESENTE FUTURO DO PRETÉRITO

eu dividirei eu dividiria
tu dividirás tu dividirias
ele dividirá ele dividiria
nós dividiremos nós dividiríamos
vós dividireis vós dividiríeis
eles dividirão eles dividiriam

DICA 16
FLEXÃO VERBAL
VERBOS IRREGULARES: Possuem conjugações diferentes da forma padrão da maior
parte dos verbos. Assim sendo, o radical do verbo muda conforme a conjugação. Os
verbos irregulares não são conjugados como os verbos regulares.
O verbo “ANSIAR” é um verbo irregular. Vejamos a sua conjugação no modo
indicativo, pois pode cair em prova!

PRESENTE PRETÉRITO IMPERFEITO

eu anseio eu ansiava
tu anseias tu ansiavas
ele anseia ele ansiava
nós ansiamos nós ansiávamos
vós ansiais vós ansiáveis
eles anseiam eles ansiavam

PRETÉRITO PERFEITO PRETÉRITO MAIS-QUE-PERFEITO

eu ansiei eu ansiara
tu ansiaste tu ansiaras
ele ansiou ele ansiara
nós ansiamos nós ansiáramos
vós ansiastes vós ansiáreis
eles ansiaram eles ansiaram

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FUTURO DO PRESENTE FUTURO DO PRETÉRITO

eu ansiarei eu ansiaria
tu ansiarás tu ansiarias
ele ansiará ele ansiaria
nós ansiaremos nós ansiaríamos
vós ansiareis vós ansiaríeis
eles ansiarão eles ansiariam

DICA 17

FLEXÃO VERBAL
O verbo “MEDIR” é um verbo irregular. Vejamos a sua conjugação no modo
indicativo, pois pode cair em prova!

PRESENTE PRETÉRITO IMPERFEITO

eu meço eu media
tu medes tu medias
ele mede ele media
nós medimos nós medíamos
vós medis vós medíeis
eles medem eles mediam

PRETÉRITO PERFEITO PRETÉRITO MAIS-QUE-PERFEITO

eu medi eu medira
tu mediste tu mediras
ele mediu ele medira
nós medimos nós medíramos
vós medistes vós medíreis
eles mediram eles mediram

FUTURO DO PRESENTE FUTURO DO PRETÉRITO

eu medirei eu mediria
tu medirás tu medirias
ele medirá ele mediria
nós mediremos nós mediríamos
vós medireis vós mediríeis
eles medirão eles mediriam

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DICA 18
FLEXÃO VERBAL
O verbo “COMPETIR” é um verbo irregular. Vejamos a sua conjugação no modo
indicativo, pois pode cair em prova!

PRESENTE PRETÉRITO IMPERFEITO

eu compito eu competia
tu competes tu competias
ele compete ele competia
nós competimos nós competíamos
vós competis vós competíeis
eles competem eles competiam

PRETÉRITO PERFEITO PRETÉRITO MAIS-QUE-PERFEITO

eu competi eu competira
tu competiste tu competiras
ele competiu ele competira
nós competimos nós competíramos
vós competistes vós competíreis
eles competiram eles competiram

FUTURO DO PRESENTE FUTURO DO PRETÉRITO

eu competirei eu competiria
tu competirás tu competirias
ele competirá ele competiria
nós competiremos nós competiríamos
vós competireis vós competiríeis
eles competirão eles competiriam

DICA 19

FLEXÃO VERBAL
CUIDADO com os seguintes verbos irregulares (que são os mais importantes e podem ser
“pegadinha” de prova): mediar, ansiar, remediar, incendiar, odiar.

MACETE → “MARIO” → mediar, ansiar, remediar, incendiar, odiar.

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PRESENTE DO INDICATIVO

MEDIAR ANSIAR REMEDIAR INCENDIAR ODIAR

Eu medeio Eu anseio Eu remedeio Eu incendeio Eu odeio


Tu medeias Tu anseias Tu remedeias Tu incendeias Tu odeias
Ele medeia Ele anseia Ele remedeia Ele incendeia Ele odeia
Nós mediamos Nós ansiamos Nós remediamos Nós incendiamos Nós odiamos
Vós mediais Vós ansiais Vós remediais Vós incendiais Vós odiais
Eles medeiam Eles anseiam Eles remedeiam Eles incendeiam Eles odeiam

DICA 20
MORFOLOGIA - CLASSES DE PALAVRAS - SUBSTANTIVO, ARTIGO E PRONOME

SUBSTANTIVO

Dá nome aos objetos, aos seres, aos lugares, às ações, entre outros.

O substantivo pode ser flexionado em número (singular ou plural), em


gênero (feminino ou masculino) e em grau (diminutivo ou aumentativo).
Ex.: caderno, fadas, cidade.

ARTIGO

Particulariza o sentido do substantivo.

Os artigos são: O, A, OS, AS, UM, UNS, UMA, UMAS.

PRONOME

O pronome possui a função de substituir ou de retomar alguma coisa.


Ex.: lhe, cujo.

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INFORMÁTICA

DICA 21
WINDOWS EXPLORER - TIPOS DE VISUALIZAÇÃO
No Windows Explorer é possível escolher a forma como os arquivos são mostrados, as

opções são: ícones extra grandes , ícones grandes , ícones médios , ícones

pequenos , lista , detalhes , blocos , conteúdo


A opções Detalhes é a mais completa e mostra várias informações sobre os arquivos
como Nome, Data de modificação, Tipo, tamanho etc. A opção conteúdo mostra a data
de modificação, tipo, tamanho. A opção Blocos mostra apenas o tipo do arquivo ou
alguma outra informação relevante. As demais opções não mostram nenhuma informação
sobre o arquivo.

É possível habilitar no Windows Explorer também o painel de visualização que

mostra uma prévia do arquivo, quando possível e o painel de detalhes do arquivo.


Ambos ficam localizados a direita no Windows Explorer.

O painel de Navegação tem as seguintes opções: Expandir até a pasta aberta,


Mostrar Todas as pastas, Mostrar Bibliotecas, Mostrar Favoritos.
DICA 22
ÍCONES DO WINDOWS EXPLORER
Nas tabelas abaixo, seguem representações de alguns ícones:

ÍCONES DA ABA INÍCIO

Inverter Seleção
Selecionar Tudo Limpar Seleção

Novo Item Fácil Acesso copiar caminho

ICONES DA ABA EXIBIR

Adicionar colunas
Agrupar por
Classificar por

Dimensionar todas as
---------------------
colunas para caber Opções

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ÍCONE DO PAINEL DE NAVEGAÇÃO

Acesso rápido

DICA 23
WINDOWS HELLO
O Windows Hello é uma forma de obter acesso rápido aos dispositivos Windows
utilizando um PIN, reconhecimento facial ou impressão digital. Será necessário configurar
um PIN nos casos de utilizar reconhecimento fácil ou impressão digital, porém pode-se
usar apenas o PIN. Para configurar o Windows Hello basta acessar Configurações, Conta,
Opções de Entrada.
DICA 24

RENOMEAR ARQUIVOS
Para renomear arquivos podemos selecionar o arquivo e utilizar a tecla de atalho F2.
Outra opção é selecionar o arquivo, clicar com botão direito e clicar em renomear. Mais

uma forma é selecionar o arquivo e clicar no ícone renomear na aba Início.


Quando renomeamos dois arquivos com o mesmo nome na mesma pasta, o Windows
automaticamente irá alterar o nome do arquivo acrescentando um (2) ao final do arquivo
para identificá-lo.

ATENÇÃO!

Caso os arquivos sejam de tipos diferentes, isto é, um arquivo seja .txt e o outro
seja um Documento do Word (.docx), o Windows não irá acrescentar nada ao final
do arquivo e ambos ficarão com o mesmo nome.

DICA 25
TAMANHOS DE ARQUIVO
Os arquivos armazenados no computador têm seu espaço medido em Bytes. Para facilitar
a divisão do tamanho, utilizamos nomenclaturas quando alcança certa quantidade de
Bytes. Por exemplo, 1 milhão de bytes é 1 Mega Byte. Assim para identificar um arquivo
grande precisamos entender a ordem.

1 Giga Byte (1 GB ) = 1000 Mega Bytes (1000 MB);


1 Mega Byte = 1000 KiloBytes (KB);

1 KiloByte = 1024 Bytes.


DICA 26
HISTÓRICO DE ARQUIVOS
O Windows conta no painel de controle com a opção Histórico de Arquivos, que auxilia a
realizar backups de arquivos. Para utilizar o Histórico de Arquivos é necessário escolher

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onde os arquivos serão salvos, por exemplo se será utilizado uma unidade externa ou um
disco em rede por exemplo.
O histórico de arquivos só faz backup de cópias de arquivos que estão nas pastas
documentos, música, imagens, vídeos e área de trabalho e os arquivos do OneDrive
disponíveis offline em seu computador.
DICA 27
BLOCO DE NOTAS
O bloco de notas é um editor de texto simples que vem de forma padrão no Windows.
Nele é possível apenas digitar texto sem utilizar das formatações como cor, inclusão de
imagens, criar tabelas e não tem corretor ortográfico. O formato padrão de um arquivo do
bloco de notas é o .txt .
DICA 28
ÁREA DE TRABALHO
O Windows permite a criação de novas áreas de trabalho, onde os aplicativos são
agrupados. Para acessar a opção e visualizar as múltiplas áreas de trabalho utilize a tecla
de atalho WIN + TAB. Para criar uma nova área de trabalho basta clicar em Nova área de
trabalho ou utilizar a tecla de atalho CTRL + WIN + D. Para alternar entre as áreas de
trabalho, utilize as teclas CTRL + WIN + Setas direta ou esquerda.
No painel das áreas de trabalho também é possível visualizar uma linha do tempo de quais
arquivos foram abertos.
DICA 29
PROCEDIMENTOS DE BACKUP
Backups são fundamentais para uma organização.
É o que garante que seus dados permaneçam disponíveis em caso de algum sinistro.
Backups podem ser feitos na nuvem, como Drives do Google, OneDrive, Dropbox,
podem ser feitos de maneira local em mídia de armazenamento móvel como HD externo
ou podem ser feitos em rede local, em um computador utilizado para backup.
DICA 30
BACKUP COMPLETO

Também conhecido como backup total, normal, full ou ainda, backup referencial.

Copia todos os arquivos do computador.

Ocupa muito espaço de armazenamento por possuir arquivos de backup enormes.

Indicado para ser feito com menor frequência.

Apaga (desmarca) o flag após copiar o arquivo.

FLAG ARCHIVE, ou FLAG é um atributo dado a arquivos criados ou alterados. Este


atributo indica para o programa os arquivos que foram criados/alterados recentemente
para serem becapiados.

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RLM

DICA 31
ESTRUTURAS LÓGICAS DAS RELAÇÕES ARBITRÁRIAS

Tabela Verdade com disjunção exclusiva (ou..., ou...):

p q PVq

V V F

V F V

F V V

F F F

Na disjunção exclusiva, ela ficará feliz se ela andar em um veículo ou no outro, e não
em ambos (em apenas um veículo, exclusão).
Na 1ª linha (p e q são verdadeiras), ela vai ficar infeliz, e o resultado será falso (F).
Na 2ª linha (p é verdadeira e q é falsa), como é disjunção exclusiva, p=Ela anda de
moto, ou ~q=Ela não anda de bicicleta. Ela ficou feliz então é verdadeira (V).
Na 3ª linha (p é falsa e q é verdadeira), como é disjunção exclusiva, ~p=Ela não anda de
moto, e q=Ela anda de bicicleta. Ela ficou feliz então é verdadeira (V).
Na 4ª linha (p é falsa e q é falsa), como é disjunção exclusiva, ~p=Ela não anda de
moto, e ~q=Ela não anda de bicicleta. Ela ficou infeliz então é falso (F).
DICA 32
ESTRUTURA LÓGICA
Tabela Verdade com condicional (→) “se.…, então”:

p q P→q

V V V

V F F

F V V

F F V

p→q: “Se Pedro vai ao parque, então Maria vai ao cinema. ”;


Esse tipo de proposição composta também e conhecido por implicação;

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Na condicional todas são verdadeiras, exceto a “Vera Fischer”, ou seja, apenas será
Falsa quando o p=V e o q=F.
DICA 33
ESTRUTURA LÓGICA

Tabela Verdade com bicondicional (↔) “se e somente se”;

p↔ q: "Pedro vai ao parque se e somente se Maria vai ao cinema.";

p q P↔q

V V V

V F F

F V F

F F V

Na bicondicional, se p e q tiverem o mesmo sentido, o resultado será verdadeiro (V);


Na bicondicional, se p e q tiverem o sentido diferentes, o resultado será falso (F);
Na 1ª linha p é (V) e q é (V) são iguais, então o resultado é (V);
Na 2ª e 3ª linha p e q são diferentes, então o resultado é (F);
Na 4ª linha p é (F) e q é (F) são iguais, então o resultado é (V).
DICA 34
ESTRUTURA LÓGICA - NEGAÇÃO DE PROPOSIÇÃO
Negação de uma proposição simples gera uma nova proposição simples;
Ex.: 1) João é médico;(p). Negação: (~p) João não é médico;
2) Maria é estudante. Negação: Maria não é estudante;

Dupla negação gera a proposição original → ~ (~p) =p;

Número par de negações gera proposição equivalente a original e número ímpar de


negações gera nova proposição que é a negação da proposição original.
DICA 35

ESTRUTURA LÓGICA
Negação de uma proposição conjunção composta (e);
Ex.: Seja p e q: João é médico e mora na Bahia;
Negação: ~ (p ^ q) João não é médico ou não mora na Bahia;
Nega-se o 1º termo, o 2º termo e troque o e por ou;
~ (p ^ q) = ~p v ~q.

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DIREITO CONSTITUCIONAL

DICA 36
PROVAS ILÍCITAS
Segundo o inciso LVI, do artigo 5º, são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas
por meios ilícitos.

Prova ilícita é aquela obtida em desacordo com o direito material.

A vedação à utilização da prova ilícita alcança tanto o processo judicial, quanto o


administrativo.

A presença da prova ilícita não contamina, tampouco enseja a nulidade do processo.


Devendo ser expurgada do bojo dos autos.

DICA 37
PRINCÍPIO DA PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA
Ápice do garantismo penal, o princípio da presunção de inocência, segundo o inciso LVII,
do artigo 5º, preconiza que ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado
da sentença penal condenatória.

Tem como objetivo evitar que o sujeito seja condenado precipitadamente.

Como consequência desse princípio, o acusado não tem obrigação de provar sua
inocência, mas sim o acusador tem o ônus de provar, inequivocamente, a culpabilidade do
individuo.

As prisões cautelares (flagrante, provisória e temporária) NÃO violam a presunção de


inocência.

ATENÇÃO!

A execução provisória da sentença penal condenatória revela-se frontalmente


incompatível com o direito fundamental do réu de ser presumido inocente até que
sobrevenha o trânsito em julgado de sua condenação criminal.

Viola o princípio da presunção de inocência a exclusão de certame público de candidato


que responda a inquérito policial ou ação penal sem trânsito em julgado da sentença
condenatória.

DICA 38
IDENTIFICAÇÃO CRIMINAL
Segundo o inciso LVIII, do artigo 5º, o civilmente identificado não será submetido à
identificação criminal, salvo nas hipóteses previstas em lei.
Mesmo identificado civilmente, o individuo será submetido à identificação criminal nas
seguintes hipóteses:
Documento apresentar rasura ou tiver indício de falsificação;
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Documento apresentado for insuficiente para identificar cabalmente o indiciado;

Indiciado portar documentos de identidade distintos, com informações conflitantes


entre si;

Identificação criminal for essencial às investigações policiais, segundo despacho da


autoridade judiciária competente, que decidirá de ofício ou mediante representação da
autoridade policial, do Ministério Público ou da defesa;
Constar de registros policiais o uso de outros nomes ou diferentes qualificações;

Estado de conservação ou a distância temporal ou da localidade da expedição do


documento apresentado impossibilite a completa identificação dos caracteres essenciais.

DICA 39
REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS: HABEAS CORPUS
ATENÇÃO!

HABEAS CORPUS:
sua principal finalidade é a proteção à liberdade de locomoção
contra abuso de poder e ilegalidades; ao passo que sua principal característica é a
informalidade.

Preventivo: não é necessária a efetiva lesão, mas apenas a ameaça à lesão ao


direito de locomoção do indivíduo.

Repressivo: já houve a lesão ao direito do indivíduo, logo a medida é utilizada para


reprimir a ofensa e cessá-la.

Suspensivo: o pedido será um contramando da prisão, pois será cabível quando a


ordem de prisão tenha sido expedida, mas ainda não cumprida.

Não é cabível em caso de punições militares disciplinares, salvo para discutir a


legalidade da medida ou a competência da autoridade responsável pela expedição da
ordem.

DICA 40
REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS: MANDADO DE SEGURANÇA
MANDADO DE SEGURANÇA:
tem por objetivo resguardar direito líquido e certo
contra abuso de poder ou ilegalidade praticado por autoridade pública ou agente de
pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público;

Caráter subsidiário, uma vez que será utilizado quando não couber impetração de
habeas corpus ou habeas data.

Direito líquido e certo é aquele que possui prova documental pré-constituída.

MS Coletivo: poderá ser impetrado por partido político com representação no


Congresso; entidade de classe, organização sindical ou associação constituída a mais
de 1 ano e com pertinência temática.
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DICA 41
REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS: HABEAS DATA

HABEAS DATA:
será concedido habeas data com o objetivo de assegurar o
conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante, constantes de
registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter público; ou
ainda para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo ou processo sigiloso,
judicial ou administrativo.

NÃO pode ser impetrada em favor de terceiro, apenas em prol do próprio


impetrante.

Só pode ser impetrado após o esgotamento da via administrativa: a inicial


deverá ser proposta acompanhada da recusa ao acesso às informações ou do decurso
de mais de 10 dias sem decisão.

DICA 42
REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS: MANDADO DE INJUNÇÃO E AÇÃO POPULAR

MANDADO DE INJUNÇÃO
cabível em caso de omissão total ou parcial de norma
regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das
prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania, ex. art. 37, VII,
CF/88.

AÇÃO POPULAR:
qualquer cidadão é parte legítima para propor ação
popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o
Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio
histórico e cultural.

Objetivo: tutela do patrimônio público ou entidade de que o Estado participe;


moralidade administrativa; o meio ambiente e o patrimônio histórico e cultural.
Isenção de custas judiciais e sucumbenciais, salvo em caso de litigância de má-
fé, e é necessária assistência de advogado.
Não é necessário a ocorrência de efetivo dano patrimonial para que a ação seja
proposta; isto é; a lesão à moralidade não pressupõe a lesão material.

QUESTÃO IBFC, 2019.


No que se refere aos “remédios constitucionais”, assinale a alternativa incorreta:
Alternativas
a) conceder-se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de
sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de
poder;
b) qualquer pessoa é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato
lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade

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administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural;
c) o mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por organização sindical,
entidade de classe ou associação legalmente constituída e em funcionamento há pelo
menos um ano, em defesa dos interesses de seus membros ou associados;
d) conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de norma regulamentadora
torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas
inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania.
Gabarito: Letra b.
Comentário: A questão pede ao candidato para marcar a alternativa INCORRETA,
fique atento ao enunciado da questão. Nesta questão, portanto, a alternativa é a letra
“b”, pelo simples fato que citar que “qualquer pessoa é parte legítima para propor
ação popular”, sendo que só é parte legítima no caso, o cidadão.

DICA 43
REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS

REMÉDIO FINALIDADE GRATUIDADE ADVOGADO

Habeas Corpus Liberdade de locomoção SIM NÃO

Habeas Data Direito de informação pessoal SIM SIM


e retificação.

REMÉDIO FINALIDADE GRATUIDADE ADVOGADO

Mandado de Proteger direito líquido e NÃO SIM


Segurança certo, não amparado por HC
ou HD.

Mandado de Sanar omissões legislativas NÃO SIM


Injunção

Ação Popular ANULAR ATO LESIVO SIM SIM

DICA 44
DIREITOS SOCIAIS
Os direitos sociais são consagrados na CF como princípios, os quais devem ser efetivados
pelos poderes públicos.
Esses direitos, conforme as dimensões dos direitos fundamentais, são os de 2ª
dimensão, ou seja, são direitos que o Estado deve garantir, com a finalidade de
promover a igualdade material.
Tendo em vista a finalidade de promover a igualdade material, a efetivação dos direitos
sociais é onerosa para os cofres públicos. Dessa forma, surge o que a doutrina denomina
de reserva do possível.

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A reserva do possível consiste na relação entre a efetivação dos direitos sociais e
as limitações orçamentárias que o Estado possui.
Em face dessa limitação orçamentária, muitos casos envolvendo a efetivação de direitos
sociais são judicializados. O STF entende que não havendo comprovação objetiva da
incapacidade econômico-financeira da pessoa estatal, inexistirá empecilho jurídico
para que o Judiciário determine a inclusão de determinada política pública nos planos
orçamentários do ente político.
DICA 45
DIREITOS SOCIAIS – DIREITOS DOS TRABALHADORES
Quanto aos direitos dos trabalhadores, não há questões doutrinárias sobre o assunto que
apresentem relevância para concursos públicos. A incidência de tal assunto baseia-se na
literalidade do art. 7º, da CF.

Destaco os direitos com mais incidências em provas (mas se recomenda a leitura do


artigo inteiro):

Relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa causa, nos
termos de lei complementar, que preverá indenização compensatória, dentre outros
direitos;

Seguro-desemprego, em caso de desemprego involuntário;

Fundo de garantia do tempo de serviço (FGTS);

Irredutibilidade do salário, salvo o disposto em convenção ou acordo coletivo;

Décimo terceiro salário com base na remuneração integral ou no valor da


aposentadoria;

Remuneração do trabalho noturno superior à do diurno;

Participação nos lucros, ou resultados, desvinculada da remuneração, e,


excepcionalmente, participação na gestão da empresa, conforme definido em Lei;

Duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro
semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo
ou convenção coletiva de trabalho;

Jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de


revezamento, salvo negociação coletiva;

Remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em 50 % por à do


normal;

Gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, 1/3 a mais do que o salário
normal;

Aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no mínimo de trinta dias, nos
termos da lei;

Adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas, na


forma da lei;

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Assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento até 5 anos de
idade em creches e pré-escolas;

Proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critério de


admissão por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil;

Proibição de qualquer discriminação no tocante a salário e critérios de admissão do


trabalhador portador de deficiência;

Proibição de distinção entre trabalho manual, técnico e intelectual ou entre os


profissionais respectivos;

Proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de 18 anos e


de qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a
partir de quatorze anos;

ATENÇÃO!

Adolescente menor de 14 anos – nenhum trabalho é permitido;


Adolescente entre 14 e 16 anos – apenas na condição de aprendiz
Adolescentes entre 16 e 18 anos – pode trabalhar, exceto trabalho noturno,
perigoso e insalubre.

DICA 46
DIREITOS SOCIAIS: EMPREGADO DOMÉSTICO

Direitos sociais NÃO previstos para os empregados domésticos

Piso salarial proporcional à extensão e à complexidade do trabalho

Participação nos lucros, ou resultados, desvinculada da remuneração, e,


excepcionalmente, participação na gestão da empresa, conforme definido em lei;

Jornada de 6 horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de


revezamento, salvo negociação coletiva;

Adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas,


na forma da lei;

Proteção em face da automação, a forma da lei

Proibição de distinção entre trabalho manual, técnico e intelectual ou entre os


profissionais respectivos;

Igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo empregatício permanente


e o trabalhador avulso

Ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo
prescricional de cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois
anos após a extinção do contrato de trabalho;

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Proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos específicos, nos


termos da lei;
DICA 47
DIREITOS SOCIAIS – SINDICALIZAÇÃO
A CF garante a liberdade quanto à associação profissional ou sindical.
A lei não poderá exigir autorização do Estado para a fundação de sindicato, mas o
sindicato deverá ser registrado em órgão competente.
É vedada a interferência e a intervenção do Estado na organização sindical.
É vedada a criação de mais de uma organização sindical, em qualquer grau,
representativa de categoria profissional ou econômica, na mesma base territorial, que
será definida pelos trabalhadores ou empregadores interessados, não podendo ser inferior
à área de um Município.
DICA 48
DIREITOS SOCIAIS – SINDICALIZAÇÃO
Ninguém será obrigado a filiar-se ou a manter-se filiado a sindicato.
O aposentado filiado tem direito a votar e ser votado nas organizações sindicais.
É vedada a dispensa do empregado sindicalizado a partir do registro da
candidatura a cargo de direção ou representação sindical e, se eleito, ainda que
suplente, até um ano após o final do mandato, salvo se cometer falta grave nos
termos da lei.
É vedada a sindicalização do MILITAR (art. 142, IV, da CF).
DICA 49
DIREITOS SOCIAIS – CONTRIBUIÇÕES CONFEDERATIVA E SINDICAL
O art. 8º, IV, da CF, prevê as contribuições confederativa e sindical.
“IV - a assembleia geral fixará a contribuição que, em se tratando de categoria
profissional, será descontada em folha, para custeio do sistema confederativo da
representação sindical respectiva, independentemente da contribuição prevista em lei”.
A contribuição confederativa ou de assembleia não é considerada tributo e o seu
pagamento é voluntário, pois somente é paga por aqueles que resolverem se filiar ao
sindicato.
A contribuição sindical, por sua vez, é considerada tributo e o seu pagamento era
obrigatório, sendo paga por todos que pertenciam a determinada categoria.
Com a reforma trabalhista foi extinta a obrigatoriedade da contribuição sindical e
condicionaram o seu pagamento à prévia e expressa autorização dos filiados (Informativo
908/2018 – STF).
DICA 50
DIREITOS SOCIAIS – GREVE
O direito de greve está previsto no art. 9º, da CF, quanto aos trabalhadores vinculados à
iniciativa privada.
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É assegurado o direito de greve, competindo aos trabalhadores decidir sobre a
oportunidade de exercê-lo e sobre os interesses que devam por meio dele defender.

A lei definirá os serviços ou atividades essenciais e disporá sobre o atendimento das


necessidades inadiáveis da comunidade.

Os abusos cometidos sujeitam os responsáveis às penas da lei.

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DIREITO CIVIL

DICA 51
DO DOMICÍLIO CIVIL

Moradia Residência Domicílio


A moradia é o local do repouso da pessoa (física), já quando se tem uma moradia
estável, teremos uma residência, ou seja, a residência é tipo de moradia. Já o
domicilio é o local em que a pessoa pode ser sujeito de direitos e deveres na ordem
privada, ou seja, o domicilio não deve ser, necessariamente, a residência do sujeito.
Qual o domicílio das pessoas sem moradia fixa (como por exemplo os artistas
circenses)? Fala o art. 73 do CC/02 “Ter-se-á por domicílio da pessoa natural, que não
tenha residência habitual, o lugar onde for encontrada”. Este domicílio se chama
domicílio eventual.
Lembrando que o ordenamento jurídico brasileiro NÃO admite a inexistência de
domicílio, sendo assim, todas as pessoas (físicas ou jurídicas) devem ter domicílio.

Domicílio contratual: Ele também é chamado de domicílio de eleição ou de


convenção, está previsto no art. 78 do CC/02:

Nos contratos escritos, poderão os contratantes especificar domicílio onde se exercitem e


cumpram os direitos e obrigações deles resultantes. Logo, a ideia do art. 327 do CC/02
(que define que o pagamento de uma obrigação deve ser feito no domicílio do devedor) é
afastada aqui neste caso. O domicílio contratual é um tipo de domicílio voluntário.

Domicílio necessário ou legal: É o mais comum de cair em provas, o domicílio


necessário é normatizado pelo Código Civil.

PESSOAS QUE DEVEM TER DOMICÍLIO NECESSÁRIO

Servidor público;

Incapaz

Marítimo;

Preso;

Militar.

Para não esquecer: SIM PM


Importante: No caso do militar, quando o militar do Exército (ou seja, que atua em
solo) é onde ele servir. Ex.: Um soldado do Exército que serve na Amazônia tem
como domicilio a Amazônia.
Já no caso dos militares insulares (Aeronáutica e Marinha) o domicílio é na sede do
Comando, pois estes militares muitas vezes estão em missão fora do solo.

Cuidado: O marítimo não é, necessariamente, só que trabalha no mar, mas pode ser
também uma pessoa que trabalha embarcada em uma embarcação fluvial (de rio).
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Exemplo: Um condutor de balsa no Rio Amazonas. Neste caso, domicílio do marítimo será
o local da matrícula da embarcação. Ou seja, o condutor de uma balsa no Rio Amazonas,
cuja balsa tenha matrícula no Pará terá como domicilio o Pará.
Importante: No caso do preso, o domicílio será o local em que ele cumpre a
pena (não se aplica ao preso temporário, em flagrante, preso por alimentos ou preso por
prisão preventiva). E no caso do preso que cumpre prisão domiciliar, a residência dele
terá dois domicílios: O necessário e o voluntário.
Existe um tipo de domicílio chamado diplomático (art. 77 CC/02), que é o tipo de
domicílio que apenas agentes diplomáticos podem ter, e isso ocorre quando o agente
diplomático é citado fora do brasil e alega que lá não é seu domicílio
(extraterritorialidade), podendo ser citado no DF ou no último domicílio que ele teve no
Brasil.

QUESTÃO IBFC, 2020.


O Código Civil de 2002 estabelece algumas hipóteses em que haverá domicílio
necessário. Assinale a alternativa que apresenta uma hipótese em que não haverá
domicílio necessário.
a) Preso;
b) Pessoa com deficiência física nos membros inferiores;
c) Servidor Público;
d) Marítimo.
Gabarito: Letra b.

DICA 52
MORADA, RESIDÊNCIA E DOMICÍLIO

Morada: lugar TEMPORÁRIO;

Residência: lugar HABITUAL. A pessoa pode ter várias residências.

Domicílio: lugar com ÂNIMO DEFINITIVO. Domicílio é a junção da residência


(habitualidade) + ânimo definitivo de se estabelecer naquele local.

ATENÇÃO!

Se a pessoa natural tiver diversas residências, onde, alternadamente, viva, considerar-


se-á seu domicílio qualquer daquelas residências.
Art. 70, CC: O domicílio da pessoa natural é o lugar onde ela estabelece a sua
residência com ânimo definitivo.
Art. 71, CC: Se, porém, a pessoa natural tiver diversas residências, onde,
alternadamente, viva, considerar-se-á domicílio seu qualquer delas.

DICA 53
DOMICÍLIO DAS PESSOAS NATURAIS

DOMICÍLIO: local em que a pessoa exerce seus direitos e também é onde o indivíduo
pode ser exigido de seus deveres. A pessoa natural e a pessoa jurídica apresentam
domicílios.
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O domicílio é extremamente importante, pois por meio dele é que se presume onde as
pessoas serão encontradas, onde elas praticam os atos da vida civil. Ademais, a palavra
“domicílio” vem da palavra “domus”, que significa casa.
O domicílio caracteriza-se por ser o local onde o indivíduo pode ser encontrado para
responder as suas obrigações, pois abrange as relações jurídicas e sociais da pessoa.
DICA 54
DOS BENS
O que são os denominados Bens corpóreos? São os que têm existência física, material
e podem ser tangidos pelo homem, como uma casa, um automóvel...
E, o que são os Bens Incorpóreos? são os que têm existência abstrata ou ideal, mas
valor econômico, como o direito autoral.

Bens móveis → Se transmite a propriedade com a tradição.

Bens imóveis → Se transmite a propriedade com escritura pública e registro no


Cartório de Registro de Imóveis (CC/02, arts. 108, 1.226 e 1.227).
Os direitos reais sobre imóveis são considerados como bens imóveis.
Bens públicos não são passiveis de usucapião.
DICA 55
BENS
CONCEITO DE BENS: são coisas imateriais ou materiais que possuem valor
econômico e podem ser objeto de uma relação jurídica.
CLASSIFICAÇÃO DOS BENS (os principais): infungíveis, fungíveis, móveis e
imóveis.
Infungíveis: não podem ser substituídos por outros da mesma espécie, qualidade e
quantidade.
Fungíveis: podem ser substituídos por outros da mesma espécie, qualidade e
quantidade.
Imóveis: REGRA – solo e aquilo que nele se incorporar, natural ou artificialmente.

Móveis: REGRA – suscetíveis de movimento próprio ou de remoção por força alheia,


sem alteração da substância ou da destinação econômico-social.

TOME NOTA!
Consideram-se móveis para os efeitos legais, as energias que tenham valor
econômico.

QUESTÃO.

A concessionária WYZ instalou algumas torres em imóvel concedido pelo Estado, as


quais têm utilidade de transmitir energia para as residências de determinado bairro.

A energia transmitida, segundo o que dispõe o Código Civil, é considerada

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a) bem móvel.
b) bem dominical.
c) bem acessório às torres.
d) bem público de uso comum.
e) bem imóvel.
Gabarito: Alternativa a

DICA 56
BENS

BENFEITORIAS: são obras realizadas pelo homem em um bem que existe, para fins
de conservação, melhoria ou embelezamento. Exemplo: colocar uma piscina no pátio
de casa é uma benfeitoria (voluptuária).

ESPÉCIES DE BENFEITORIAS:

Voluptuárias: são voluptuárias as de mero deleite ou recreio, que não aumentam o


uso habitual do bem, ainda que o tornem mais agradável ou sejam de elevado valor (art.
96, §1, CC).
Úteis: são úteis as que aumentam ou facilitam o uso do bem (art. 96, §2, CC).
Necessárias: são necessárias as que têm por fim conservar o bem ou evitar que se
deteriore (art. 93, §3, CC).

ATENÇÃO!

Não se consideram benfeitorias os melhoramentos ou acréscimos sobrevindos ao


bem sem a intervenção do proprietário, possuidor ou detentor (art. 97, CC).

DICA 57
BEM DE FAMÍLIA
O bem de família surgiu com o intuito de proteger a habitação da família, que é
considerada pelo nosso ordenamento, como base da sociedade.

Súmula 486 do STJ

É impenhorável o único imóvel residencial do devedor que esteja locado a


terceiros, desde que a renda obtida com a locação seja revertida para a
subsistência ou a moradia da sua família.

A dissolução da sociedade conjugal não extingue o bem de família.


DICA 58
BEM DE FAMÍLIA

De acordo com a Lei nº 8.009/90, o imóvel residencial do próprio casal ou da


entidade familiar é considerado um bem de família, não respondendo por qualquer
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tipo de dívida contraída pelos cônjuges, pais ou filhos, que sejam proprietários e nele
residam. Há algumas exceções previstas em lei, como os créditos trabalhistas de
trabalhadores da própria residência.
TOME NOTA:

O bem de família pode ser classificado em duas espécies:

Bem de família voluntário – instituído por ato de vontade da entidade familiar, por
meio da formalização do registro de imóveis, gerando dois efeitos: impenhorabilidade
limitada e inalienabilidade relativa (arts. 1711 a 1717 do CC).
Bem de família legal – refere-se à impenhorabilidade legal do bem de família
independentemente de inscrição voluntária em cartório (Lei nº 8.009/90).
DICA 59
BENS PÚBLICOS
A definição de BENS PÚBLICOS está expressamente prevista no artigo 98 do Código
Civil, nos seguintes termos:
são públicos os bens do domínio nacional pertencentes às pessoas jurídicas de
direito público interno; todos os outros são particulares, seja qual for a pessoa a
que pertencerem.

A supracitada definição corresponde aos bens de qualquer natureza, tais como:


imóveis,

móveis,

semoventes,
corpóreos,
incorpóreos,
créditos,

direitos, e
ações.
IMPORTANTE ressaltar que este conceito é ampliando pelo professor Celso Antônio
Bandeira de Mello, pois, ele ainda inclui como bens públicos os que estejam afetados
à prestação de um serviço público, ainda que seu proprietário possua personalidade
jurídica de direito privado.
A verdade é que há uma discordância sobre a conceituação de bens públicos, para
boa parte dos estudiosos do Direito Civil trata-se de um conceito legal (artigo 98 do
Código Civil), iniciado e findado no próprio texto de lei, já para os doutrinadores do
Direito Administrativo, como visto acima, há uma tentativa de aproximação do regime
jurídico dos bens públicos aos dos bens privados utilizados na prestação de serviços
públicos. Seriam os bens públicos por equiparação.
Visto isso, no momento de realização da prova do certame público, independente dessa
divergência aconselha-se que o candidato opte sempre pelo conceito legal (artigo
98 do Código Civil), caso a assertiva seja puramente sobre a conceituação do tema.

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DICA 60
BENS PÚBLICOS

São BENS PÚBLICOS (conforme o artigo 99 do Código Civil):


os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças;

os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou


estabelecimento da administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os
de suas autarquias;

os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público,


como objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades.
Titularidade dos bens: os bens públicos pertencem às pessoas jurídicas, e NÃO a
órgãos públicos.
Domínio público: é expressão que comporta vários sentidos. Pode se confundir com
propriedade pública, pode alcançar os bens inapropriáveis e pode tratar de todo o poder
do Estado sobre qualquer patrimônio. Nesse último sentido, o domínio público abrange
não só os bens das pessoas jurídicas de Direito Público Interno, mas, também, os demais
que, por sua utilidade coletiva, merecem a proteção do Direito Público, tais como as
águas, as jazidas e as florestas.

Domínio público eminente: é o poder político pelo qual o Estado submete à sua
vontade todas as coisas de seu território. É manifestação da soberania sobre quaisquer
bens, privados ou públicos. É um poder de dominação ou de regulamentação que o Estado
exerce sobre todos os bens ou coisas inapropriáveis de seu território.
DICA 61
ATO JURÍDICO
É toda manifestação de vontade que está de acordo com o ordenamento jurídico. É
composto pelo elemento volitivo (manifestação de vontade humana) e pela licitude.
O ato jurídico é subdividido em:
Atos ilícitos – são aqueles atos contrários ao ordenamento jurídico, ocasionando o
fenômeno da responsabilidade civil;
Atos lícitos – são aqueles praticados em conformidade com o ordenamento jurídico
civilista. Estes atos podem ser: (a) ato jurídico em sentido estrito: é aquele que a
vontade humana está direcionada para o ato em si, e suas consequências já
estão previstas na lei.
Ex.: o reconhecimento de paternidade; (b) negócio jurídico: é aquele que a vontade
humana está direcionada para as consequências de determinado ato, dentre as
permitidas pela lei.
Ex.: os contratos e o testamento.

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DICA 62
DA PRESCRIÇÃO E DA DECADÊNCIA - CARACTERÍSTICAS GERAIS

PRESCRIÇÃO

inércia do titular de um direito, que gera, como consequência, a perda da


pretensão, mas não do direito;
eventual pagamento pelo devedor será válido;
cabível suspensão e interrupção do prazo;
prazos são legais e não podem ser alterados pelas partes.

DECADÊNCIA

na decadência há a perda do próprio direito;


eventual pagamento não será válido (será indevido);
não se sujeita a impedimento, suspensão e interrupção, salvo disposição legal em
contrário.
prazos podem ser convencionais ou legais.

VEJA COMO JÁ FOI COBRADO PELA BANCA:

QUESTÃO IBFC, 2017.


Sobre o instituto da decadência em direito civil, assinale a alternativa incorreta.
a) É nula a renúncia à decadência fixada por lei;
b) Se aplica à decadência as normas referentes à suspensão e interrupção da
prescrição, independente da vontade das partes;
c) Os relativamente incapazes podem ingressar contra aqueles que derem causa à
decadência;
d) Quando a decadência for estabelecida por lei, o juiz pode conhecê-la de ofício;
e) A norma que impede a prescrição não se aplica à decadência, salvo disposição em
contrário.
Gabarito: Letra b.
Comentário: A Questão é baseada no artigo 207, do Código Civil: Salvo disposição
legal em contrário, não se aplicam à decadência as normas que impedem, suspendem
ou interrompem a prescrição.

QUESTÃO.
Em um contrato de prestação de serviços, Jorge (pintor) e Renata (contratante)
dispuseram que o pagamento do serviço somente poderia ser judicialmente exigido em
até um ano após o vencimento da dívida.
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Essa disposição contratual é considerada:
a) válida, visto que se trata de um prazo decadencial, que pode ser alterado pelos
contratantes;
b) nula, pois um prazo prescricional não pode ser alterado pelos contratantes;
c) válida, desde que o prazo prescricional dessa espécie de obrigação seja inferior ao
acordado;
d) nula, porque o prazo decadencial não pode ser alterado pelos contratantes;
válida, pois o prazo prescricional pode ser alterado pelos contratantes.
Gabarito: Alternativa b.

DICA 63
PRESCRIÇÃO

Prazos especiais de prescrição: artigo 206 do CC e na legislação esparsa. Quando


não houver de previsão específica → prazo geral de 10 anos. ISSO DESPENCA EM
PROVA!

Art. 206, CC: A prescrição ocorre em dez anos, quando a lei não lhe haja fixado prazo
menor.

REGRA: A contagem do prazo inicia na data da violação do direito e surgimento da


pretensão.
A renúncia da prescrição pode ser expressa ou tácita, e só valerá, sendo feita, sem
prejuízo de terceiro, depois que a prescrição se consumar; tácita é a renúncia quando se
presume de fatos do interessado, incompatíveis com a prescrição (art. 191, CC).
Os relativamente incapazes e as pessoas jurídicas têm ação contra os seus
assistentes ou representantes legais, que derem causa à prescrição, ou não a alegarem
oportunamente (art. 195, CC).
DICA 64
PRESCRIÇÃO
Há diferentes prazos de prescrição e a IBFC gosta muito de cobrar isso em prova!

Abaixo, os principais prazos:

1 ANO

Hospedagem;
Pretensão do segurado contra o segurador (ou a deste contra aquele);
Custas judiciais no geral;
Tabeliães, auxiliares da justiça, serventuários judiciais, árbitros e peritos;
Pretensão dos credores não pagos contra os sócios ou acionistas.

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2 ANOS

prestações alimentares, a partir da data em que se vencerem.

3 ANOS

Pretensão de reparação civil por ato ilícito;


Pretensão para haver o pagamento de título de crédito, a contar do vencimento;
Pretensão relativa a aluguéis de prédios urbanos ou rústicos.

4 ANOS

a pretensão relativa à tutela, a contar da data da aprovação das contas.

5 ANOS

a pretensão de cobrança de dívidas líquidas constantes de instrumento público


ou particular;
a pretensão dos profissionais liberais em geral, procuradores judiciais,
curadores e professores pelos seus honorários, contado o prazo da conclusão dos
serviços, da cessação dos respectivos contratos ou mandato;
a pretensão do vencedor para haver do vencido o que despendeu em juízo.

Quando não houver a previsão específica → prazo geral de 10 anos.


DICA 65
PRESCRIÇÃO

NÃO CORRE A PRESCRIÇÃO:

→ entre os cônjuges, na constância da sociedade conjugal;


→ entre ascendentes e descendentes, durante o poder familiar;
→ entre tutelados ou curatelados e seus tutores ou curadores, durante a tutela ou
curatela.

→ contra os incapazes de que trata o art. 3 do Código Civil;


→ contra os ausentes do País em serviço público da União, dos Estados ou dos
Municípios;

→ contra os que se acharem servindo nas Forças Armadas, em tempo de guerra.


→ pendendo condição suspensiva;
→ não estando vencido o prazo;
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→ pendendo ação de evicção.
A INTERRUPÇÃO da prescrição, que somente poderá ocorrer 1 vez, dar-se-á:

→ por despacho do juiz, mesmo incompetente, que ordenar a citação, se o interessado


a promover no prazo e na forma da lei processual;

→ por protesto, nas condições do inciso antecedente;


→ por protesto cambial;
→ pela apresentação do título de crédito em juízo de inventário ou em concurso de
credores;

→ por qualquer ato judicial que constitua em mora o devedor;


→ por qualquer ato inequívoco, ainda que extrajudicial, que importe reconhecimento
do direito pelo devedor.

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PROCESSO CIVIL

DICA 66
DOS PRONUNCIAMENTOS DO JUIZ

Os PRONUNCIAMENTOS DO JUIZ consistirão em:

Sentenças: é o pronunciamento por meio do qual o juiz, com fundamento nos arts.
485 e 487 do CPC/15, põe fim à fase cognitiva do procedimento comum, bem como
extingue a execução (EXCETO: disposições expressas dos procedimentos especiais);

Decisões interlocutórias: é todo pronunciamento judicial de natureza decisória que


não se enquadre no conceito de sentença;

Despachos: todos os demais pronunciamentos do juiz praticados no processo, de ofício


ou a requerimento da parte.
DICA 67
ATOS MERAMENTE ORDINTÓRIOS

Atos meramente ordinários: como a juntada e a vista obrigatória, independem de


despacho, devendo ser praticados de ofício (sem necessidade de autorização do juiz) pelo
servidor e revistos pelo juiz quando necessário.

ATENÇÃO!

O ato meramente ordinário NÃO é uma espécie de pronunciamento do juiz, embora


esteja expresso dentro do art. 203 do CPC/15, pois, como demonstrado, o magistrado
apenas revisa esse tipo de ato, caso seja indispensável.

DICA 68
ATOS DOS JUIZ E PRAZOS
Além dos atos do juiz já conhecidos por você, há também o acórdão, vejamos:
Acórdão é o julgamento colegiado proferido pelos tribunais. No tribunal, as decisões
são colegiadas e não é correto, tecnicamente, falar em sentença dada pelo tribunal. Desse
modo, esclarece o art. 204, do CPC, que sempre que o órgão colegiado do Tribunal
proferir uma decisão será denominado de acórdão.
E, há algum prazo para o Magistrado proferir os seus atos? Sim, o próprio Código de
Processo Civil estabelece que:
O juiz proferirá:
Os despachos no prazo de 5 (cinco) dias;
As decisões interlocutórias no prazo de 10 (dez) dias;

As sentenças no prazo de 30 (trinta) dias.


DICA 69
SUJEITOS DO PROCESSO - JUIZ
O juiz está no mesmo nível das partes na condução da causa, tendo ele mesmo de
observar o contraditório como regra de conduta, alocando-se em uma posição acima das
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partes apenas quando impõe a sua decisão. O juiz do processo civil contemporâneo é
paritário do diálogo assimétrico na decisão da causa, ele tem sua atuação pautada pela
regra da cooperação;

Garantias dos Juízes: Vitaliciedade (impossibilidade de perda do cargo a não ser por
sentença judicial), Inamovibilidade (impossibilidade de remoção compulsória, exceto por
motivo de interesse público a ser reconhecido pela maioria absoluta do tribunal respectivo
ou do CNJ) e Irredutibilidade de subsídio.
DICA 70
JUIZ - VEDAÇÕES

Aos Juízes é vedado:

exercer outro cargo ou função, salvo uma de magistério;

receber custas ou participação em processo;

dedicar-se à atividade político-partidária;

receber auxílios ou contribuições de pessoas físicas, entidades públicas ou privadas;

exercer a advocacia no juízo ou no tribunal do qual se afastou, antes de decorridos três


anos do afastamento do cargo por aposentadoria ou exoneração.
DICA 71
DEVERES DOS JUÍZES

São Deveres dos Juízes:


I - Assegurar às partes igualdade de tratamento;
II - Velar pela duração razoável do processo;
III - prevenir ou reprimir qualquer ato contrário à dignidade da justiça e indeferir
postulações meramente protelatórias;
IV - Determinar todas as medidas indutivas, coercitivas, mandamentais ou sub-
rogatórias necessárias para assegurar o cumprimento de ordem judicial, inclusive nas
ações que tenham por objeto prestação pecuniária;

Medida Indutiva→ Procura induzir o executado a cumprir com a obrigação→


Suspensão da CNH até entrega do veículo;

Medida Coercitiva→ Procura constranger o devedor a cumprir com o devido→ Multa


pelo descumprimento da obrigação;

Medida Mandamental→ Impõe uma ordem ao devedor→ Protesto judicial de


devedor de quantia certa;

Medida Subrogatória→ Forma de cumprimento que independe de ação do


executado→ Determinação judicial de escrituração do imóvel quando, condenado a fazê-
lo, o réu não cumpre com a obrigação no prazo fixado.

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DICA 72
DEVERES DOS JUÍZES

Devem promover, a qualquer tempo, a autocomposição, preferencialmente com


auxílio de conciliadores e mediadores judiciais, ou seja, compete ao juiz tentar, a qualquer
tempo, conciliar as partes, podendo constar de eventual transação, ponto não suscitado
pela petição inicial;

dilatar os prazos processuais e alterar a ordem de produção dos meios de prova,


adequando-os às necessidades do conflito de modo a conferir maior efetividade à tutela
do direito, ou seja, não poderá ser reduzido determinado prazo processual, o dispositivo
fala apenas em ampliação; e somente é possível a ampliação do prazo antes de escoado;

exercer o poder de polícia, requisitando, quando necessário, força policial, além da


segurança interna dos fóruns e tribunais;

determinar, a qualquer tempo, o comparecimento pessoal das partes, para inquiri-


las sobre os fatos da causa, hipótese em que não incidirá a pena de confesso, ou seja, o
mais relevante desse dispositivo não é a possibilidade de o magistrado ouvir as partes ao
longo do processo, mas a conclusão de que a oitiva da parte fora do depoimento não gera
a confissão;

Interrogatório Livre: Visa esclarecer os fatos;

Depoimento da Parte: Tem por objetivo esclarecer os fatos, mas especialmente


obter a confissão;

determinar o suprimento de pressupostos processuais e o saneamento de outros vícios


processuais;
DICA 73
JUÍZES
Em seu artigo 140, do CPC, cita que:
O juiz não se exime de decidir sob a alegação de lacuna ou obscuridade do
ordenamento jurídico; Parágrafo único. O juiz só decidirá por equidade nos casos previstos
em lei;
Assim, ao juiz não é dada a possibilidade de evitar o julgamento pela simples alegação de
que o ordenamento jurídico não apresenta uma norma que se adeque perfeitamente ao
caso concreto;
Ex.: Se o magistrado chegar ao final do processo sem provas que subsidiem o
julgamento, deverá aplicar a regra do ônus da prova, que consta do art. 373, do CPC,
condenando aquele a quem competia o ônus de provar seu direito;
Ex.: Se o magistrado chegar ao final do processo e não houver lei para subsumir ao
caso concreto, deve aplicar a regra constante do art. 4º, da Lei de Introdução às Normas
do Direito Brasileiro (LINDB), que estabelece as normas de integração do direito. Assim,
na falta de norma legal específica, o juiz se valerá da analogia, dos costumes e dos
princípios gerais do direito;

Art. 143. O juiz responderá, civil e regressivamente, por perdas e danos quando:
No exercício de suas funções, proceder com dolo ou fraude;

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Recusar, omitir ou retardar, sem justo motivo, providência que deva ordenar de ofício
ou a requerimento da parte;
Parágrafo único. As hipóteses previstas no inciso II somente serão verificadas depois
que a parte requerer ao juiz que determine a providência e o requerimento não for
apreciado no prazo de 10 dias;

Responsabilidade Civil do Magistrado: Agir com dolo ou fraude no desempenho


de suas funções, Recusar, omitir ou retardar providência que deveria ordenar de ofício
quando o pedido não for apreciado no prazo de 10 dias;
O CPC deixa claro que a responsabilidade civil do Juiz é regressiva, então, é preciso
propor ação de responsabilidade civil contra o Poder Judiciário e este poderá propor ação
regressiva contra o magistrado.
DICA 74
DA TUTELA PROVISÓRIA - DA TUTELA PROVISÓRIA E DA TUTELA DE URGÊNCIA
A tutela provisória pode fundamentar-se em urgência ou evidência.
A tutela provisória de urgência, cautelar ou antecipada, pode ser concedida em caráter
antecedente ou incidental.
A tutela provisória requerida em caráter incidental INDEPENDE do pagamento de
custas.
A tutela provisória conserva sua eficácia na pendência do processo, mas pode, a
qualquer tempo, ser revogada ou modificada.
SALVO decisão judicial em contrário, a tutela provisória conservará a eficácia durante o
período de suspensão do processo.
O juiz poderá determinar as medidas que considerar adequadas para efetivação da
tutela provisória.
A efetivação da tutela provisória observará as normas referentes ao cumprimento
provisório da sentença, no que couber.
Na decisão que conceder, negar, modificar ou revogar a tutela provisória, o juiz
motivará seu convencimento de modo claro e preciso.
A tutela provisória será requerida ao juízo da causa e, quando antecedente, ao juízo
competente para conhecer do pedido principal.
RESSALVADA disposição especial, na ação de competência originária de tribunal e
nos recursos a tutela provisória será requerida ao órgão jurisdicional competente para
apreciar o mérito.
DICA 75
DA TUTELA DE EVIDÊNCIA
A tutela de evidência tem como objetivo NÃO propriamente afastar o risco de um dano
econômico ou jurídico, mas sim o de enfrentar a injustiça suportada pela parte que,
mesmo tendo a evidência de seu direito material, se vê sujeita a privar-se da respectiva
usufruição, diante da resistência abusiva do adversário.
No pedido incidental embora seja realizado em petição simples nos autos e não se exija
o pagamento de custas, deve-se comprovar a existência dos requisitos legais: fumus
boni iuris e periculum in mora.

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DICA 76

TUTELA DE URGÊNCIA
TUTELA CAUTELAR
SATISFATIVA

Busca-se proteger o direito de perecer, O juiz efetivamente permite o autor fruir


mas SEM dá-lo ao autor. do direito imediatamente.

TUTELA PROVISÓRIA TUTELA PROVISÓRIA


ANTECIPADA CAUTELAR

NÃO satisfaz, no todo ou em parte, a


É que ela, antecipadamente, satisfaz, no
pretensão do autor. O juiz NÃO concede,
todo ou em parte, a pretensão formulada
já, o que só seria deferido ao final, mas
pelo autor, concedendo-lhe os efeitos
determina providências de
ou consequências jurídicas que ele
resguardo, proteção e preservação
visou obter com o ajuizamento da ação.
dos direitos em litígio.

*Direito processual civil / Pedro Lenza; Marcus Vinicius Rios Gonçalves. – Esquematizado® – 11. ed. – São Paulo :
Saraiva Educação, 2020, pag. 562/563

DICA 77
DA TUTELA PROVISÓRIA

TUTELA DE URGÊNCIA

QUANTO À SATISFATIVIDADE

ANTECIPADA (satisfativa): CAUTELAR:

O órgão julgador antecipa aquele direito ou O órgão julgador confere uma medida
bem da vida que o autor espera conseguir para assegurar aquele direito ou bem da
ao final do processo. Ex: em uma ação de vida que o requerente espera obter ao
cobrança, o juiz, entendendo que o autor fim do processo. Ex: em uma ação de
precisa dos valores para sobreviver, cobrança, o juiz, entendendo que há
determina que o réu entregue a quantia receio de que o réu se desfaça de seu
pleiteada enquanto se aguarda o desfecho patrimônio, determina o arresto dos
do processo. bens do requerido.

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TUTELA DE URGÊNCIA

QUANTO AO MOMENTO DE SUA CONCESSÃO

INCIDENTAL: ANTECEDENTE:

É aquela que é referida no curso do É aquela “formulada antes que o pedido


processo. A tutela incidental pode ser principal tenha sido apresentado ou, ao
cautelar ou antecipada menos, antes que ele tenha sido
apresentado com a argumentação
completa.” (ob. cit., p. 727). A tutela
antecedente também pode ser cautelar
ou antecipada.

CAVALCANTE, Márcio André Lopes.

ATENÇÃO!

Conforme artigo 309, do Código de Processo Civil, a eficácia da tutela concedida em


caráter antecedente irá cessar nos seguintes casos:
Se o autor não deduzir o pedido principal no prazo legal;
Se não for efetivada dentro de 30 (trinta) dias;

Se o juiz julgar improcedente o pedido principal formulado pelo autor ou


extinguir o processo sem resolução de mérito.
Ainda, se por qualquer motivo cessar a eficácia da tutela cautelar, é vedado à parte
renovar o pedido, salvo sob novo fundamento.

QUESTÃO IBFC, 2019.


De acordo com o Código de Processo Civil de 2015, a tutela provisória pode
fundamentar-se em urgência ou evidência. Sobre as disposições acerca da tutela
provisória, assinale a alternativa correta.
Alternativas
a) Caso haja indeferimento da tutela cautelar, haverá óbice para que a parte formule o
pedido principal, mesmo que não se reconheça a prescrição ou decadência;
b) Se for demonstrado o perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo, a
tutela de evidência será concedida;
c) Cessa a eficácia da tutela cautelar concedida, em caráter antecedente, se o autor não
deduzir o pedido principal no prazo legal;
d) A tutela de urgência de natureza cautelar pode ser efetivada somente mediante
arresto, sequestro, arrolamento de bens e registro de protesto contra alienação de bem.
Gabarito: Letra c.

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DICA 78
DA TUTELA PROVISÓRIA

As tutelas de urgência e da evidência, conforme o CPC/15, são qualificadas pela


provisoriedade, ou seja, NÃO se revestem de caráter definitivo.
Tais tutelas se propõem a durar por um período certo e determinado. São remédios
interinais, seguindo a técnica de cognição sumária em rito de incidente do
processamento completo e definitivo da causa. NÃO compõem objeto de processo
autônomo e exauriente.
A produção antecipada de provas, por si só, NÃO PREVINE a competência para a
ação principal.
DICA 79
DA TUTELA DE URGÊNCIA

São 04 (quatro) situações em que, independentemente da reparação por dano


processual, a parte responde pelo prejuízo que a efetivação da tutela de urgência
causar à parte adversa, se:

A sentença lhe for desfavorável;

Obtida liminarmente a tutela em caráter antecedente, NÃO fornecer os meios


necessários para a citação do requerido no prazo de 5 (cinco) dias;

Ocorrer a cessação da eficácia da medida em qualquer hipótese legal;

O juiz acolher a alegação de decadência ou prescrição da pretensão do autor.

ATENÇÃO!

A indenização será liquidada nos autos em que a medida tiver sido concedida, sempre
que possível.

Portanto, a tutela de urgência é deferida por conta e risco do requerente. Se sucumbe no


processo principal, terá de responder pelos danos que a providência preventiva acarretou
ao requerido.
(Responsabilidade objetiva do requerente da medida cautelar) A responsabilidade,
no caso de medida cautelar, funda-se no fato da execução da medida. INDEPENDE da
prova de má-fé do requerente.
DICA 80
DA TUTELA DE URGÊNCIA

Nos casos em que a urgência for contemporânea à propositura da ação, a petição


inicial pode limitar-se ao requerimento da tutela antecipada e à indicação do pedido de
tutela final, com a exposição da lide, do direito que se busca realizar e do perigo de
dano ou do risco ao resultado útil do processo.

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Concedida a tutela antecipada a que se refere a frase acima:

O autor deverá aditar a petição inicial, com a complementação de sua


argumentação, a juntada de novos documentos e a confirmação do pedido de tutela final,
em 15 (quinze) dias ou em outro prazo maior que o juiz fixar.

O réu será citado e intimado para a audiência de conciliação ou de mediação na


forma do art. 334:

Se a petição inicial preencher os requisitos essenciais e não for o caso de


improcedência liminar do pedido, o juiz designará audiência de conciliação ou de
mediação com antecedência mínima de 30 (trinta) dias, devendo ser citado o réu com
pelo menos 20 (vinte) dias de antecedência

Não havendo autocomposição, o prazo para contestação será contado na forma do


art. 335:

O réu poderá oferecer contestação, por petição, no prazo de 15 (quinze) dias (...).

Portanto, haja vista que as particularidades do caso podem embaraçar o imediato


aforamento do pedido principal, o Código prevê além disso a possibilidade de ser o pedido
de tutela de urgência formulado em caráter antecedente.
DICA 81
DA TUTELA DE URGÊNCIA

A TUTELA DE URGÊNCIA será concedida quando houver elementos que evidenciem:

A probabilidade do direito e

O perigo de dano ou

O risco ao resultado útil do processo.


Para a concessão da tutela de urgência, o juiz pode, conforme o caso, exigir caução real
ou fidejussória idônea para ressarcir os danos que a outra parte possa vir a sofrer,
podendo a caução ser dispensada se a parte economicamente hipossuficiente NÃO puder
oferecê-la.
A tutela de urgência pode ser concedida liminarmente ou após justificação prévia.
A tutela de urgência de natureza antecipada NÃO SERÁ concedida quando houver
perigo de irreversibilidade dos efeitos da decisão.

DICA 82
DA TUTELA DE URGÊNCIA
A tutela de urgência de natureza cautelar pode ser efetivada mediante:
Arresto,
Sequestro,
Arrolamento de bens,
Registro de protesto contra alienação de bem e
Qualquer outra medida idônea para asseguração do direito.
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DICA 83
TUTELA PROVISÓRIA NA AÇÃO CIVIL PÚBLICA
A Lei n° 7.347 /1985, em seus arts. 4.º e 12, deu a possibilidade da parte propor uma
ação cautelar anteriormente à ação civil pública. Vejamos a seguir o que estes artigos
dizem:
Art. 4°: Poderá ser ajuizada ação cautelar para os fins desta Lei, objetivando, inclusive,
evitar o dano ao meio ambiente, ao consumidor, à ordem urbanística ou aos bens e
direitos de valor artísticos, estético, histórico, turístico e paisagístico.
( ... ) Art.12: Poderá o Juiz conceder mandado liminar, com ou sem justificação prévia,
em decisão sujeita a agravo".
DICA 84
DA FORMAÇÃO, DA SUSPENSÃO E DA EXTINÇÃO DO PROCESSO - SUSPENSÃO DO
PROCESSO
As causas de SUSPENSÃO DO PROCESSO são:
Pela morte ou pela perda da capacidade processual de qualquer das partes, de seu
representante legal ou de seu procurador;
Pela convenção das partes;
Pela arguição de impedimento ou de suspeição;
Pela admissão de incidente de resolução de demandas repetitivas;
Quando a sentença de mérito:
Depender do julgamento de outra causa ou da declaração de existência ou de
inexistência de relação jurídica que constitua o objeto principal de outro processo
pendente;
Tiver de ser proferida somente após a verificação de determinado fato ou a produção
de certa prova, requisitada a outro juízo;
Por motivo de força maior;
Quando se discutir em juízo questão decorrente de acidentes e fatos da navegação
de competência do Tribunal Marítimo;
Nos demais casos previstos no CPC/15.
Pelo parto ou pela concessão de adoção, quando a advogada responsável pelo
processo constituir a única patrona da causa;
Quando o advogado responsável pelo processo constituir o único patrono da causa e
tornar-se pai.

ATENÇÃO!

As causas de suspensão do processo previstas nos itens 9 e 10 são posteriores à


entrada em vigor do CPC/15, sendo incluídas pela Lei 13.363, de 2016. Deve-se atentar
que o texto legal NÃO ESPECIFICA o tipo de paternidade relativa ao advogado
(homem), apenas utiliza o termo “tornar-se pai”.

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DICA 85
EXTINÇÃO DO PROCESSO

A extinção do processo dar-se-á por sentença.


Antes de proferir decisão sem resolução de mérito, o juiz deverá conceder à parte
oportunidade para, se possível, corrigir o vício.
A ansiedade do processo atual com a composição definitiva do litígio entrega ao
magistrado a prerrogativa de determinar o suprimento de pressupostos processuais e
o saneamento de outros vícios.
A meta da jurisdição se concentra nos julgamentos de mérito, de tal maneira que, antes
de julgar extinto o processo por força de um embaraço formal, deve o magistrado
tentar garantir o prosseguimento do feito, ensejando oportunidade às partes de
suprir.
DICA 86
NATUREZA DA TUTELA DA EVIDÊNCIA

A evidência é um dos fundamentos da tutela provisória. Havendo a situação da evidência,


o juiz poderá deferir a tutela provisória, que, nesse caso, será sempre satisfativa. Isso
porque a situação da evidência não pressupõe a existência de perigo de dano ou risco ao
resultado útil do processo, razão pela qual não faz sentido que a medida possa ter
natureza meramente acautelatória, de proteção. A tutela provisória, quando deferida com
fundamento na evidência, só poderá ter caráter de tutela antecipada, de natureza
satisfativa, nunca de natureza cautelar.

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DIREITO PENAL

DICA 87
CORRUPÇÃO PASSIVA
SOLICITAR, RECEBER OU ACEITAR PROMESSA + EM RAZÃO DA FUNÇÃO (antes
ou fora) + VANTAGEM INDEVIDA

O crime se consuma simplesmente com o ato de solicitar, receber ou aceitar a


promessa, mas se em razão disso o funcionário público não praticar o ato legal
ou demorar para praticá-lo, haverá causa de aumento;

Na corrupção passiva o agente não pode EXIGIR, mas simplesmente SOLICITAR,


RECEBER ou ACEITAR;
DICA 88

CORRUPÇÃO PASSIVA PRIVILEGIADA


PRATICA, DEIXA DE PRATICAR OU RETARDA + PEDIDO OU INFLUÊNCIA
DE OUTREM.

Difere da concussão pois aqui não há exigência, há pedido, solicitação de vantagem


indevida.

Solicitar, receber ou aceitar promessa.

O vereador que solicita dinheiro para ser aprovada emenda parlamentar pratica o
crime.

É crime unilateral, pois a existência de corrupção passiva não exige a de corrupção


ativa.

Se o funcionário realmente deixar de praticar o ato ou o retardar incidirá causa


de aumento de pena.
DICA 89

PREVARICAÇÃO
RETARDAR, DEIXAR DE PRATICAR OU PRATICAR CONTRA A LEI + SATISFAZER
INTERESSE OU SENTIMENTO PESSOAL.

Na prevaricação, o agente deixa de praticar o ato ou o retarda não porque quer uma
vantagem, mas porque tem um interesse pessoal ou sentimento pessoal, como
amizade, por exemplo.
Há também modalidade de prevaricação especial, que ocorre quando o diretor de
penitenciária ou o agente público permite que entre no estabelecimento prisional
aparelho telefônico, rádio ou similar.

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DICA 90
CONDESCENDÊNCIA CRIMINOSA
Consiste em:

Deixar de responsabilizar o subordinado ou de comunicar ao chefe responsável,


quando não o for;
Prática de infração por outro funcionário, seja administrativa ou penal, mas que tenha
sido cometida em razão da função;
Movido por sentimento de indulgência: clemência, tolerância, vontade de perdoar;

CUIDADO para não confundir a prevaricação com a corrupção passiva privilegiada e


a condescendência criminosa:

CORRUPÇÃO PASSIVA PRIVILEGIADA PEDIDO OU INFLUÊNCIA

PREVARICAÇÃO INTERESSE OU SENTIMENTO PESSOAL

CONDESCENDÊNCIA CRIMINOSA INDULGÊNCIA

DICA 91
FUNCIONÁRIO PÚBLICO
Funcionário público para fins penais é todo aquele que exerce:

Cargo, emprego ou função;


Caráter permanente ou transitório;
Com ou sem remuneração;
Cargo, emprego ou função de entidade paraestatal;
Empresa prestadora de serviço público.

Além disso, é importante saber que todos os crimes contra a administração


pública praticados por funcionário público terão a pena aumentada em 1/3 se:

Ocupantes de cargo em comissão;


Função de direção ou assessoramento;
Administração direta ou indireta.

DICA 92
ADVOCACIA ADMINISTRATIVA
A conduta típica é patrocinar o agente, direta ou indiretamente, ainda que não no
exercício do cargo, emprego ou função, mas valendo-se da sua qualidade de funcionário,
interesse privado perante a Administração Pública;
Advogar é defender, pleitear, advogar junto a companheiros ou superiores hierárquicos
o interesse particular de terceiro;

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Para que ocorra o crime não basta que o agente seja funcionário público, pois é
necessário e indispensável que pratique a ação aproveitando-se das facilidades
que a qualidade de funcionário proporciona.

CUIDADO: não existe a infração quando o funcionário pleiteia interesse próprio.


Embora o crime se chame ADVOCACIA administrativa, o agente NÃO precisa ser
advogado ou estar inscrito na OAB;

IMPORTANTE: haverá o crime se o interesse for legítimo ou ilegítimo, ou seja,


ainda que o interesse do terceiro defendido pelo funcionário público seja devido, pode o
crime ocorrer;
A diferença é que se o interesse for ILEGÍTIMO, a pena será maior;
Nos dois casos, a pena será de detenção, mas no primeiro, de 1 a 3 meses, e no
segundo, de 3 meses a um ano.
DICA 93
CONDESCENDÊNCIA CRIMINOSA

ATENÇÃO!

No crime de condescendência criminosa, o superior hierárquico deve comunicar


atos atinentes ao exercício do cargo e dos atos do qual tenha
conhecimento;
Por isso, é importante notar se a questão traz esses dois requisitos de forma
concomitante.

Se o ato não estiver relacionado com as funções, é provável que seja uma pegadinha da
banca.
DICA 94
VIOLAÇÃO DE SIGILO FUNCIONAL
Para o crime se configurar não precisa haver prejuízo ou dano à Administração;
Mas, se houver, a pena será MAIOR (figura qualificada);
São condutas típicas:
Revelar fato que deveria permanecer em segredo;
Permitir o acesso de pessoas NÃO autorizadas a sistemas de informações;
Utilizar o acesso restrito quem não tenha autorização.

CUIDADO: não confundir com os crimes dos artigos 313-A e 313-B, pois no crime de
violação de sigilo funcional se pune fornecer acesso a pessoa estranha,
independentemente da inserção ou modificação de dados.

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DICA 95
DOS CRIMES PRATICADOS POR PARTICULAR CONTRA A ADMINISTRAÇÃO EM
GERAL: USURPAÇÃO DE FUNÇÃO PÚBLICA

O crime se consuma quando o agente que não é funcionário público exerce pelo menos
um ato como se fosse;

Não se exige reiteração de atos;

IMPORTANTE: o crime se consuma independente de vantagem, mas se houver, a


pena será maior (figura qualificada) -> tema de preferido das Bancas.

DICA 96
RESISTÊNCIA

O crime de resistência exige:

Violência ou grave ameaça ao Funcionário Público;

Se a violência for contra COISA, como chutar uma viatura, poderá haver o crime de
dano;

A oposição deve ser à ato legal:

Se houver violência, poderá haver concurso material entre resistência e lesão


corporal, por exemplo;

O crime é chamado de desobediência belicosa;

DICA BÔNUS
DESOBEDIÊNCIA

O crime de desobediência se diferencia do crime de resistência, pois aqui há uma


forma passiva, pois não há violência ou grave ameaça;

Só admite a forma DOLOSA!

RESISTÊNCIA DESOBEDIÊNCIA

OPOR-SE À EXECUÇÃO DE ATO LEGAL DESOBEDECER À ORDEM

VIOLÊNCIA OU AMEAÇA PACIFICAMENTE

FIGURA QUALIFICADA: SE O ATO NÃO E REALIZAR

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PROCESSO PENAL

DICA 97
DA PRISÃO, DAS MEDIDAS CAUTELARES E DA LIBERDADE PROVISÓRIA
Quando o acusado estiver no território nacional, fora da jurisdição do juiz processante,
será deprecada a sua prisão, devendo constar da precatória o inteiro teor do mandado.

Tome nota!

Havendo urgência, o juiz poderá requisitar a prisão por qualquer meio de comunicação,
do qual deverá constar o motivo da prisão, bem como o valor da fiança se arbitrada.

A autoridade a quem se fizer a requisição tomará as precauções necessárias para


averiguar a autenticidade da comunicação.

O juiz processante deverá providenciar a remoção do preso no prazo máximo de 30


(trinta) dias, contados da efetivação da medida.

DICA 98
PRISÃO

Há duas espécies de pena que interessam ao direito processual penal:


1) a prisão penal;
2) a prisão processual, ou prisão cautelar, ou provisória.

Na PRISÃO PENAL, o criminoso já foi processado, condenado, havendo trânsito em


julgado da pena. Ele está lá cumprindo a sua pena devidamente imposta pelo juiz.

Já na PRISÃO PROCESSUAL, também chamada de prisão cautelar ou prisão


provisória, isso não acontece. não há trânsito em julgado e muitas vezes sequer há
processo instaurado. Os motivos da prisão aqui são outros, que não a decisão
condenatória do juiz.
DICA 99
PRISÃO

Nesse sentido, há 3 espécies de prisões cautelares:


1) prisão em flagrante;
2) prisão preventiva;
3) prisão temporária.
As prisões processuais, não possuem a finalidade punir o réu. A finalidade de cada uma
varia de acordo com sua espécie.

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DICA 100
PRISÃO EM FLAGRANTE
A prisão em flagrante é muito conhecida.

Ex.: Você está dormindo, percebe uma movimentação estranha em sua casa. Acorda e
decide ligar no 190. A polícia chega e realmente pega o bandido em flagrante, no interior
de sua casa, armado, prestes a roubá-la.
Qualquer pessoa do povo PODE decretar a prisão em flagrante (art. 301, CPP), sendo
que a autoridade policial DEVE decretá-la.
A prisão em flagrante é aquela imposta quando o crime está queimando, quando a
infração está prestes a acontecer. É por isso mesmo que ela independe de mandado
judicial. A autoridade policial pode decretá-la independente de mandado.
DICA 101
ESPÉCIES DE FLAGRANTE
As hipóteses que autorizam o flagrante estão previstas no art. 302 do CPP.

Flagrante
PRÓPRIO O agente está cometendo o crime (art.
302, inciso I), ou acabou de cometer
(art. 302, I (art. 302, inciso II).
e II)

Flagrante O agente é PERSEGUIDO, logo


IMPRÓPRIO após, em situação que é possível
(quase- presumir ser ele o autor do
Espécies de flagrante) crime.
flagrante
Art. 302, III
(Art. 302)

O agente é preso LOGO DEPOIS de


Flagrante cometer o crime, com
PRESUMIDO instrumentos, armas, objetos,
que façam PRESUMIR ser ele o
Art. 302, IV
autor do crime.

É possível prender em flagrante mesmo depois da prática da infração, seja no caso de


perseguição (flagrante impróprio ou quase-flagrante), ou ainda quando, logo depois do
crime, o agente é encontrado na posse de objetos que levam à presunção de que é ele o
autor do crime.
DICA 102
FLAGRANTE PREPARADO X FLAGRANTE ESPERADO
O flagrante preparado é ilegal. Ao passo que o flagrante esperado é possível.

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Flagrante preparado: ocorre quando alguma pessoa instiga, ou seja, estimula,
incentiva uma pessoa à prática do crime, com o objeto de depois prendê-lo em
flagrante.
A doutrina se refere ao flagrante preparado como uma cena de teatro, o que torna ilegal a
prisão e, mais do que isso: sequer haveria crime nessa conduta!

Súmula 145 do STF: NÃO há crime, quando a preparação do flagrante pela


polícia torna impossível a sua consumação.

Flagrante esperado: no flagrante esperado, a situação é distinta. NÃO há qualquer


induzimento ou provocação por parte de uma terceira pessoa. Aqui, a autoridade
policial, tendo informações, apenas espera o momento do cometimento do delito para
realizar a prisão em flagrante.

Ex.: a polícia tem informações de que uma determinada quadrilha vai estourar um
determinado caixa eletrônico, num determinado dia e hora. A polícia, ao invés de
prontamente desmantelar a quadrilha, espera, monta uma campana, e aguarda o dia e
hora ajustados para prendê-los em flagrante.

É por isso que o flagrante esperado é possível e válido. já o flagrante preparado não!!!
DICA 103
AÇÃO CONTROLADA (OU FLAGRANTE PRORROGADO)
A ação controlada é um instituto importante, disciplinada pela Lei das Organizações
Criminosas (Lei 12.850/2013) e pela Lei de Drogas (Lei 11.343/06).

A ação controlada (também chamada de flagrante prorrogado) se aproxima


bastante do flagrante esperado, mas com ele não se confunde.

A autoridade policial tem o dever de realizar o flagrante (art. 301). Nesse sentido, a
ação controlada é uma verdadeira autorização para que a prisão em flagrante seja
adiada para outro momento, mais oportuno para as investigações.

A polícia adia/retarda a intervenção policial visando a formação de um maior acervo


de provas e obtenção de informações. A polícia sabe que o crime está ocorrendo, mas
não faz o flagrante para pegar maiores informações sobre aquela organização criminosa.
Isso porque, muitas vezes, no combate à criminalidade organizada (Organizações
Criminosas), o mais importante não é combater os pequenos criminosos, na linha de
frente da organização criminosa. É muito difícil alcançar a “cabeça”, o alto escalão dessas
organizações. Daí porque a lei autoriza não fazer o flagrante para obter maiores provas
sobre a organização e funcionamento daquela criminalidade organizada.

Esse adiamento deve ser previamente comunicado ao juiz (art. 8º, §1º, Lei
12.850/2013).
DICA 104
AUDIÊNCIA DE CUSTÓDIA

Na audiência de custódia, portanto, o juiz vai analisar a regularidade do auto de prisão


em flagrante, na presença do acusado, de seu defensor, e do membro do Ministério
Público. Nessa audiência de custódia, o juiz pode:
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1) Relaxar a prisão ilegal

AUDIÊNCIA DE
CUSTÓDIA 2) Converter a prisão em
flagrante em prisão preventiva
(Art. 310, CPP)

3) Conceder liberdade
provisória, com ou sem
fiança.

→ Se a prisão for ILEGAL, o juiz deve relaxar a prisão.


→ Se verificar que a prisão é legal e válida, mas desnecessária neste momento,
concederá ao réu a liberdade provisória, podendo ou não fixar fiança.

→ Mesmo quando o réu permanece preso, não há que se falar mais em prisão
provisória, mas sim em prisão preventiva!
Por fim, de acordo com o art. 310, §4º, se decorrer 24 horas, após o prazo para
audiência de custódia (que também é de 24 horas!), sem que a audiência tenha sido
realizada, estará configurada a ilegalidade da prisão, que deverá ser RELAXADA pelo
juiz.
DICA 105
PRISÃO PREVENTIVA

A prisão preventiva é uma espécie de prisão cautelar decretada pelo juiz, em


qualquer fase da persecução penal (na investigação ou no processo), sempre que ocorrer
os motivos que a lei autoriza e desde que preenchidos os requisitos legais.
Nos termos do art. 313, §2, não será admitida a decretação da prisão preventiva
como antecipação de cumprimento de pena, ou como decorrência direta/automática
da investigação/denúncia.

A prisão preventiva é sempre a última saída. Ou seja, ela só pode ser decretada pelo
juiz quando as outras medidas cautelares forem insuficientes, nos termos do art. 312 do
CPP. Exemplo: ao invés de decretar a prisão, o juiz deve priorizar decretar outras
medidas, como a proibição de sair da comarca, a tornozeleira eletrônica etc.
Ademais, uma das modificações mais importantes do Pacote Anticrime diz respeito à
impossibilidade de o juiz decretar a prisão preventiva ou outra medida cautelar de
ofício, seja na fase de investigação policial, seja na fase processual penal.
Portanto, para decretar a prisão preventiva é necessário requerimento do MP (ação
penal pública), assistente ou querelante (ação penal privada).
Art. 311 – em qualquer fase da investigação policial ou do processo penal, caberá a
prisão preventiva decretada pelo juiz, a requerimento do Ministério Público, do querelante
ou do assistente, ou por representação da autoridade policial.
ATENTE-SE!! Isso é novidade do pacote anticrime que certamente estará na
sua prova!!
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Juiz não pode decretar prisão preventiva de ofício. NÃO pode decretar preventiva
de ofício na fase de investigação. NÃO pode decretar preventiva de ofício durante o
processo/instrução criminal.

ATENÇÃO!

O art. 316 do CPP prevê que o juiz pode, de ofício ou a requerimento, REVOGAR a
prisão preventiva. Veja: o juiz não pode decretá-la de ofício, mas REVOGAR pode!!!!

DICA 106

PRISÃO PREVENTIVA – PRESSUPOSTOS


Pressupostos da prisão preventiva se trata do que é preciso para que o juiz possa
decretá-la. Essa resposta nós encontramos no art. 312 do CPP.
Art. 312. A prisão preventiva poderá ser decretada como (1) garantia da ordem pública,
da ordem econômica, por conveniência da instrução criminal ou para assegurar a
aplicação da lei penal, quando houver (2) prova da existência do crime e indício
suficiente de autoria e de perigo gerado pelo estado de liberdade do imputado.

PROVA da existência do crime

INDÍCIO suficiente de autoria

Pressupostos Da Garantia da ordem pública


Prisão Preventiva

Garantia da ordem econômica

Conveniência da instrução criminal

Garantia da aplicação da lei penal

Esses pressupostos servem como norte ao juiz. Só poderá decretar a prisão preventiva
caso esteja presente a prova da existência do crime e indício suficiente de autoria. E,
mesmo presentes esses 2 requisitos, ainda assim só poderá decretá-la para a finalidade
de garantia da ordem pública/econômica, para a conveniência da instrução criminal ou
para a garantia da aplicação da lei penal.

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DICA 107
PRISÃO PREVENTIVA – PRESSUPOSTOS
Mnemônico:

“PRECISA de 3GIN”

PRECISA → PRova da Existência do Crime + Indício Suficiente de Autoria.


3G → Garantia da ordem pública + Garantia da ordem econômica + Garantia da
aplicação da lei penal.

IN → Conveniência da Instrução criminal


DICA 108
PRISÃO PREVENTIVA: HIPÓTESES DE ADMISSIBILIDADE
Destaca-se que esse tipo de prisão não é para todo e qualquer crime. Imaginem só uma
prisão preventiva decretada num crime que se um crime sequer seja punido com pena
privativa de liberdade. A prisão preventiva (de natureza processual) seria mais grave do
que a própria pena máxima daquele crime.

É por isso que o art. 313 prevê as hipóteses de admissibilidade da prisão preventiva,
sendo admissível nos seguintes casos:

nos crimes dolosos punidos com pena privativa de liberdade máxima superior a 4
anos;

se tiver sido condenado por outro crime doloso (o acusado deve ser reincidente em
crime doloso);

Quando o crime envolver violência doméstica e familiar contra a mulher, criança,


adolescente, idoso, enfermo ou pessoa com deficiência, para garantir a execução das
medidas protetivas de urgência.

Além disso, o art. 313, §1º, do CPP admite a prisão preventiva quando se tiver dúvida
sobre a identidade civil da pessoa ou quando essa pessoa não fornecer dados para
esclarecer a sua identidade.
Por fim, o CPP também prevê a decretação da prisão preventiva em razão do
descumprimento de outras medidas cautelares diversas da prisão.

Ex.: réu que arrebenta a tornozeleira eletrônica na intenção de fraudá-la. Pode ser
decretada a prisão preventiva.
DICA 109
PRISÃO PREVENTIVA
NOVIDADE INTRODUZIDA PELO PACOTE ANTICRIME!

Previsão legal: art. 313, §2º, do Código de Processo Penal.

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Hipóteses que NÃO se admite a decretação da prisão preventiva:
Não será admitida a decretação da prisão preventiva com a finalidade de antecipação
de cumprimento de pena ou como decorrência imediata de investigação criminal
ou da apresentação ou recebimento de denúncia.
DICA 110
DA PRISÃO DOMICILIAR

Conceito: A prisão domiciliar consiste no recolhimento do indiciado ou acusado em sua


residência, só podendo dela ausentar-se com autorização judicial.

TOME NOTA!

Segundo o art. 318 do Código de Processo Penal, poderá o juiz substituir a prisão
preventiva pela domiciliar quando o agente for:

Maior de 80 anos;

Extremamente debilitado por motivo de doença grave;

Imprescindível aos cuidados especiais de pessoa menor de 6 anos de idade ou com


deficiência;

gestante;

mulher com filho de até 12 anos de idade incompletos;

homem, caso seja o único responsável pelos cuidados do filho de até 12 anos de
idade incompletos.
FIQUE ATENTO!
Para a substituição, o juiz exigirá prova idônea dos requisitos acima mencionados.

DICA 111
DA PRISÃO DOMICILIAR

A prisão preventiva imposta à mulher gestante ou que for mãe ou responsável por
crianças ou pessoas com deficiência será substituída por prisão domiciliar, desde
que:

Não tenha cometido crime com violência ou grave ameaça a pessoa;

Não tenha cometido o crime contra seu filho ou dependente.

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NOÇÕES BÁSICAS DE CUSTAS E TAXAS JUDICIÁRIAS

DICA 112
LEI ESTADUAL Nº 14.939/03: DO PRAZO PARA PAGAMENTO DAS CUSTAS

Quando ocorre o pagamento das custas?

O pagamento das custas devidas no Juízo de primeiro grau e nos processos de


competência originária do Tribunal efetua-se no ato da distribuição, inclusive nas
hipóteses de embargo à execução, ação monitória e ação penal privada.

Pagamento das custas Ato da distribuição

Fique atento!

Na reconvenção, as custas corresponderão à metade do valor das custas atribuídas à


ação, ressalvado o caso de serem diferentes os valores das causas, hipóteses em que a
base de cálculo será o valor atribuído à reconvenção.

DICA 113

LEI ESTADUAL Nº 14.939/03: DO PRAZO PARA PAGAMENTO DAS CUSTAS

→ Para admissão do assistente, do litisconsorte ativo voluntário e do oponente, haverá o


pagamento de importância igual à paga pela parte autora.

Tome nota!

As despesas judiciais serão reembolsadas ao final pelo vencido, ainda que este seja a
União, o Estado de Minas Gerais e seus Municípios e as respectivas autarquias e
fundações, nos termos da decisão que o condenar, ou pelas partes, na proporção de seus
quinhões, nos processos divisórios e demarcatórios.

DICA 114

LEI ESTADUAL Nº 14.939/03: ATOS URGENTES SEM O RECOLHIMENTO


ANTECIPADO DAS CUSTAS

Em dia sem expediente bancário ou após o seu encerramento, o Juiz ou relator


poderá autorizar a realização de atos urgentes sem o recolhimento antecipado das
custas, para evitar a prescrição da ação ou a decadência do direito.

Veja: Isso apenas poderá ocorrer em dia sem expediente bancário ou após o seu
encerramento.

Ademais, nesses casos, a parte interessada ficará obrigada de comprovar o


recolhimento das custas no primeiro dia útil em que houver expediente bancário, sob
pena de nulidade dos atos praticados.

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DICA 115

LEI ESTADUAL Nº 14.939/03: RECOLHIMENTO DAS CUSTAS FINAIS

Haverá recolhimento das custas finais nas hipóteses de:

abandono da causa;

desistência da ação;

transação que ponha fim ao processo;

indeferimento de assistência judiciária.

Tome nota!

→ Na transação em que o valor seja inferior ao valor dado à causa, não haverá
reembolso de custas previamente recolhidas.

→ Não haverá restituição de custas e verbas indenizatórias por ato ou diligência tornados
sem efeito por culpa do interessado.

DICA 116

LEI ESTADUAL Nº 14.939/03: DAS CUSTAS FINAIS

É obrigatório o pagamento das custas finais, apuradas na diferença entre o valor


dado à causa e a importância a final apurada ou resultante da condição definitiva.

Fique atento!

Decidida a impugnação do valor da causa, a parte será intimada a pagar a diferença no


prazo determinado pelo Juiz, que não excederá a 5 dias.

Caso haja extinção do feito por acordo entre as partes, não haverá reembolso
de custas, assim como quando houver acordo sobre valores e estes forem inferiores aos
das custas já recolhidas.

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LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA

DICA 117
PROVIMENTO N.º 355/2018, QUE INSTITUI O CÓDIGO DE NORMAS DA
CORREGEDORIA - GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MINAS GERAIS - DOS
REQUISITOS DO MANDADO

Segundo o art. 252 do Provimento 355/18, deverá constar do mandado, de forma


expressa ou equivalente, os seguintes requisitos específicos, quando for o caso:

os nomes do autor e do citando, seus respectivos domicílios ou residências e, na


falta desses elementos, as características físicas, a alcunha, os números e os
locais onde possam ser encontradas as partes;

a finalidade do ato, com todas as especificações constantes da petição inicial, bem


como a menção do prazo para contestar, sob pena de revelia, ou para embargar a
execução;

a aplicação de sanção para o caso de descumprimento da ordem, se houver;

a intimação do citando para comparecer, acompanhado de advogado ou de


defensor público, à audiência de conciliação ou de mediação, com a menção do dia, da
hora e do lugar do comparecimento;

o valor da execução ou do débito;

a menção ao representante legal, nas ações envolvendo pessoas jurídicas;

a cópia da petição inicial, do despacho ou da decisão que deferir tutela provisória;

a assinatura do gerente de secretaria e a declaração de que o subscreve por


ordem do juiz de direito, exceto para o mandado de prisão e para aqueles que,
em razão de sua natureza ou peculiaridade, a legislação expressamente
determine que sejam assinados pelo juiz de direito.
Aduz o § 1º que, o mandado de penhora conterá o valor atualizado da execução ou
do débito.
De acordo com o § 2º, o mandado de busca e apreensão, de notificação seguido de
despejo, de reintegração e imissão na posse, bem como o mandado de penhora e
depósito, além de outros em que houver necessidade, poderão conter os telefones de
contato da parte interessada no cumprimento da ordem judicial, inclusive do depositário.
Segundo o § 3º, o ato do juiz de direito que deferir tutela provisória poderá ser transcrito
no corpo do mandado.

DICA 118
DA CONTRAFÉ

Segundo o art. 253, a contrafé acompanhará o mandado, com cópia para todos
os destinatários, especialmente, dos seguintes documentos:

petição inicial, ao mandado de citação cível;

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denúncia, ao mandado de citação criminal;

Certidão de Dívida Ativa - CDA, no executivo fiscal;

carta precatória, com a documentação completa necessária para o


cumprimento do ato solicitado pela unidade judiciária deprecante;

autos de penhora ou arresto realizados, quando for o caso de substituição,


reforço, ampliação, avaliação ou modificação dos atos de constrição.
De acordo com o parágrafo único, o mandado judicial extraído de processo eletrônico
será acompanhado de documento contendo instruções para o acesso às peças que
constituem a contrafé eletrônica.
DICA 119
DAS CITAÇÕES E INTIMAÇÕES CONSIDERADAS URGENTES

O Art. 254 aduz que são consideradas urgentes, devendo ser emitido o mandado
para cumprimento no mesmo dia em que forem determinadas, as intimações ou as
citações para os atos:
tutela provisória de urgência, cautelar ou antecipada, concedida em caráter
antecedente ou incidental;
audiência, desde que a determinação judicial para expedição do mandado ocorra
dentro do prazo de 5 dias anteriores a sua data, cuja contagem ocorrerá em dias
corridos, de forma retroativa, a partir da realização do ato;
liminar em mandado de segurança;
habeas corpus;
medida protetiva de urgência, nos casos de violência doméstica e familiar
contra a mulher relacionadas ao agressor, dentre as quais:

→ decisão que deferir ou indeferir pedido de prisão cautelar ou de imposição de medida


protetiva de urgência, bem como do ingresso e saída do agressor da prisão, sem prejuízo
da intimação do advogado constituído ou do defensor público;
→ decisão de relaxamento da prisão em flagrante, de conversão de prisão em flagrante
em preventiva e de concessão de liberdade provisória, com ou sem imposição de medidas
cautelares.
O § 1º prevê que compete ao juiz de direito apreciar e decidir, fundamentadamente, as
circunstâncias e os casos especiais, não abrangidos por este artigo, devendo constar do
mandado o motivo de urgência do seu cumprimento.
Conforme o § 2º, na hipótese de falhas técnicas do sistema, que impeçam a emissão do
mandado urgente, poderá ser determinada pelo juiz de direito a utilização de outros meios
para expedição do mandado.
Define o § 3º que, ocorrendo a hipótese de falhas técnicas prevista no § 2º, sanado o
problema e cumprido o mandado por outros meios, a secretaria da unidade judiciária
expedirá o mandado pelo sistema e lançará as informações sobre o seu cumprimento,
enviando à Central de Mandados os documentos e as informações necessárias à sua baixa
no sistema.

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A distribuição manual de mandados urgentes entre os oficiais de justiça obedecerá ao
critério de proporcionalidade. (§ 4º)
DICA 120
DO PRAZO DE ENTREGA DE MANDADOS PELA SECRETARIA
A entrega de mandados pela secretaria da unidade judiciária à Central de
Mandados, conforme previsto no art. Art. 255 do Provimento nº 355 de 2018, deverá
ocorrer até às 16 horas do dia útil subsequente ao de sua emissão, salvo aqueles
que se destinarem ao cumprimento de medidas urgentes, cuja entrega deve ser
imediata.
DICA 121
DO RECOLHIMENTO DE MANDADO APÓS MUDANÇA PROCESSUAL QUE REFLITA
NO SEU CUMPRIMENTO
É previsão do art. Art. 256 do Provimento mº 355 de 2018 que, o gerente de
secretaria, ao receber despacho judicial que altere a situação processual,
refletindo no cumprimento de mandado já entregue à Central de Mandados,
comunicará o fato à Central, com urgência, solicitando o recolhimento imediato
do mandado.
Portanto, em caso de ocorrer mudanças na situação processual que reflitam no
cumprimento de mandado que já foi entregue a Central de Mandados, é dever do gerente
de secretaria, comunicar de forma urgente o fato à Central para que se recolha o
mandado antes que seja cumprido pelo oficial de justiça.
DICA 122
A FISCALIZAÇÃO DO CUMPRIMENTO DO MANDADO
Estipula o art. 257 do Provimento nº 355/18 que, o cumprimento do mandado ficará sob a
fiscalização do juiz de direito, auxiliado pelo gerente de secretaria, que informará
ao diretor do foro quaisquer irregularidades.
Não confunda. A fiscalização quanto ao cumprimento do mandado cabe ao juiz de
direito. E quem irá lhe auxiliar é o gerente de secretaria.
DICA 123
DAS ATRIBUIÇÕES DO OFICIAL DE JUSTIÇA

De acordo com o art. Art. 258, caberá ao oficial de justiça:


realizar pessoalmente as citações, as intimações, as notificações e as demais
diligências ordenadas pelos juízes de direito, vedadas substituições informais,
ainda que eventuais;
cumprir os mandados nos prazos determinados pela lei ou fixados pelo juiz de
direito;
estar presente às audiências, quando solicitado, e auxiliar o juiz de direito na
manutenção da ordem;
estar presente nos plantões judiciais, quando escalado;
envidar o máximo de empenho para efetuar a diligência e firmar a certidão
correspondente, da forma mais completa e esclarecedora;
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requisitar, quando necessário, o auxílio de força policial para cumprimento dos
mandados;
exigir a apresentação do documento de identidade dos envolvidos, anotando o
seu número nos autos e certidões lavrados;
exercer outras atribuições determinadas pelo diretor do foro.
De acordo com o previsto no parágrafo único, na impossibilidade do cumprimento da
exigência prevista no inciso VII (exigir apresentação do documento de identidade), após
alertar sob as medidas criminais cabíveis, competirá ao oficial de justiça certificar a não
apresentação do documento de identidade dos envolvidos, identificando-os pelos meios
possíveis, inclusive pelas características físicas.
Já no § 2º é previsto que, no processo judicial eletrônico, após o cumprimento da
diligência, o oficial de justiça providenciará a digitalização do mandando judicial
expedido em meio físico, juntando-o aos autos digitais, com posterior remessa do
documento à secretaria da unidade judiciária, para os fins do disposto nos §§ 1º a 3º do
art. 314 deste Provimento (trata sobre prazo de guarda de documentos)
Segundo o § 3º, as regras de transição e os procedimentos para cumprimento do
disposto no § 2º deste artigo serão estabelecidos por meio de portaria da CGJ.
DICA 124
DAS VEDAÇÕES AO OFICIAL DE JUSTIÇA

Segundo o art. 259, é vedado ao oficial de justiça:

incumbir terceiro de cumprir mandados ou praticar ato inerente ao seu cargo;


receber qualquer numerário diretamente da parte;
deslocar-se para o cumprimento de diligência em companhia da parte ou utilizando
meio por ela provido;
providenciar as condições materiais necessárias ao cumprimento do mandado, cujos
meios necessários incumbem às partes e seus advogados.
DICA 125
DA IDENTIFICAÇÃO DO OFICIAL DE JUSTIÇA E DO REGISTRO DE PONTO
De acordo com o Art. 260 do Provimento 355/18, a identificação do oficial de justiça,
no desempenho de suas funções, será feita pela apresentação da carteira funcional,
considerada obrigatória em todas as diligências.
O oficial de justiça, nos termos do art. Art. 261, cumprirá os mandados que lhe forem
entregues exclusivamente na região onde esteja lotado, salvo nos casos em que a
própria legislação excepciona o cumprimento.
O oficial de justiça deverá registrar o ponto pelo menos 2 vezes por semana, em dias
não subsequentes, sem prejuízo de suas demais atribuições legais, é o que determina o
art. 262. O horário de recebimento e a entrega de mandados será regulamentado pelo
diretor do foro.
Dispõe o art. 263 que, o cumprimento de mandado por mais de um oficial de justiça,
excetuando-se as disposições legais, ocorrerá por determinação do juiz de direito, em

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despacho fundamentado. Caberá à parte recolher a verba indenizatória de transporte
devida ao segundo oficial de justiça.
DICA 126

DA VERIFICAÇÃO DO MANDADO PELO OFICIAL DE JUSTIÇA

De acordo com o art. Art. 264, caberá ao oficial de justiça verificar, dentro de 24
horas do recebimento do mandado:
se está dentro dos limites de sua região de atuação;
se contém os documentos que devam acompanhá-lo;
se expedido em conformidade com o art. 250 do Provimento 355/18;
se contém os requisitos apresentados no art. 252 do Provimento 355/18;
se consta o prazo para a prática do ato.
Segundo o parágrafo único, na ocorrência de desconformidade, o oficial de justiça
devolverá o mandado à Central de Mandados, mencionando o ocorrido, dentro do
mesmo prazo de 24 horas, sob pena de ser responsabilizado disciplinarmente,
sem prejuízo da aplicação das sanções cabíveis ao servidor que expediu o
mandado.
DICA 127
DA IDENTIFICAÇÃO PELO OFICIAL DE JUSTIÇA DE ENDEREÇO ERRADO DO
DESTINATÁRIO DO MANDADO

De acordo com o art. 265 do Provimento 355/18, caso o oficial de justiça, ao receber o
mandado, identifique de plano que o endereço informado não é o endereço do
destinatário do mandado, deverá:
cumprir a diligência no endereço correto, caso o conheça e se ele for localizado
na mesma região do endereço consignado no mandado;
Neste caso, tratando-se de localidade rural, caso o deslocamento exceda a faixa de
quilometragem contemplada no valor da verba indenizatória inicialmente disponível para o
cumprimento do ato, providenciar-se-á a devida complementação, observando-se o total
da quilometragem percorrida pelo oficial de justiça.
lavrar certidão esclarecendo tal circunstância, se o endereço correto for de
outra região ou se desconhecer o endereço correto.
Neste caso, a Central de Mandados redistribuirá o mandado para um oficial de justiça que
atue na região do novo endereço informado, exceto se a verba empenhada for insuficiente
para o pagamento da indenização de transporte para o novo endereço, ocasião em que o
mandado será devolvido à secretaria da unidade judiciária sem cumprimento.
Já o § 1º prevê que, se, na ocasião do cumprimento da diligência, o oficial de justiça
obtiver a informação de que o endereço do destinatário do mandado é outro, deverá
dirigir-se ao outro endereço, se estiver na mesma região de sua atuação e, se não estiver,
certificará a circunstância e devolverá o mandado, informando o novo endereço. Nesta
hipótese, o endereço será retificado no sistema informatizado, de modo a evitar a
expedição de novo mandado para o endereço incorreto.

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DICA 128
DO PRAZO PARA CUMPRIMENTO DOS MANDADOS
De acordo com o art. 266 do Provimento 355/18, os mandados deverão ser cumpridos
e devolvidos à Central de Mandados, no prazo máximo de 20 dias contados do seu
recebimento pelo oficial de justiça.
Segundo o § 1º, os mandados de intimação de partes, de testemunhas e de auxiliares da
Justiça deverão ser cumpridos e devolvidos até 5 dias antes da audiência.
De acordo com o § 2º, em casos excepcionais, para evitar o cancelamento da
audiência, a intimação poderá ser entregue até a data de sua realização, hipótese
em que o oficial de justiça deverá comunicar essa circunstância à Central de Mandados, a
fim de que o processamento do mandado e a sua entrega à respectiva secretaria da
unidade judiciária ocorra em caráter de urgência.
Conforme o § 3º, o mandado extraído de processo com réu preso, ainda que o
destinatário seja pessoa em liberdade, deverá ser cumprido no prazo de 5 dias.
Note que aqui não se está falando de mandado para o réu preso em si, mas para qualquer
sujeito processual em processo que tenha réu preso.
O § 4º prevê que, os mandados referentes às medidas protetivas de urgência, nos casos
de violência doméstica e familiar contra a mulher, deverão ser cumpridos no prazo
máximo de 48 horas, contados da carga ao oficial de justiça, salvo nos casos de
imperiosa urgência, que o juiz poderá assinalar prazo inferior ou, ainda,
determinar o imediato cumprimento do mandado.
DICA 129
DO CUMPRIMENTO DOS MANDADOS DE CITAÇÃO E DE INTIMAÇÃO DE RÉUS
PRESOS
Segundo o art. 267, o cumprimento dos mandados de citação e de intimação de réus que
já se encontrem presos, nas comarcas contíguas, será realizado,
preferencialmente, pelo oficial de justiça. Estes mandados de citação e de intimação
deverão ser cumpridos e devolvidos no prazo máximo de 3 dias, contados do
recebimento.

No caso de réu preso em estabelecimento prisional, o cumprimento do mandado


será realizado por oficial de justiça previamente designado pela Central de Mandados.
DICA 130
DA DEVOLUÇÃO DE MANDADOS SEM CUMPRIMENTO.
De acordo com o art. Art. 268, ressalvado o disposto no parágrafo único do art. 264 (caso
de desconformidade) e os casos em que há expressa autorização judicial, é defeso, ou
seja, é proibido ao oficial de justiça devolver mandado sem cumprimento, desde
que tenha esgotado todos os meios necessários à efetivação da ordem, não se admitindo
como escusa o término do prazo.
Lembre-se que o oficial de justiça que, no cumprimento da diligência, extrapolar o prazo
definido, certificará os motivos da demora.

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DICA 131
DO EXTRAVIO DO MANDADO
Conforme previsão do art. Art. 269 do Provimento nº 355/18, no caso de extravio do
mandado, o oficial de justiça deverá, imediatamente, levar o fato ao
conhecimento da Central de Mandados, que requererá a emissão da segunda via
diretamente à respectiva secretaria da unidade judiciária com a justificativa do pleito.
A segunda via não será requerida pelo oficial de justiça, mas pela Central de Mandados
diretamente à respectiva secretaria.

DICA 132
DA LAVRATURA DAS CERTIDÕES PELO OFICIAL DE JUSTIÇA
Segundo o art. 270, o oficial de justiça deverá lavrar as certidões citatórias ou de
intimação de forma clara, completa e esclarecedora, observados os requisitos legais e
os atos administrativos pertinentes.

De acordo com § 1º, caberá ao oficial de justiça, quando da lavratura das certidões
positivas:
mencionar o endereço, o horário e a data da realização da diligência;
qualificar o citado ou o intimado, nominando-o, e, na hipótese de pessoa jurídica,
mencionar a sua firma ou denominação social e nominar a pessoa com poderes de
gerência, de administração ou o funcionário responsável pelo recebimento do mandado;
fazer constar das suas certidões os dados relativos à qualificação das pessoas que
figurem no polo passivo, mencionando número do registro do CPF, o número da
Carteira de Identidade ou de qualquer outro documento válido como prova de
identidade no território nacional;

fazer referência da leitura do mandado e da documentação que o integra;

comprovar a entrega da contrafé, com sua aceitação ou a recusa em recebê-la;


mencionar a obtenção da nota de ciência e, se o réu for analfabeto, demonstrar
que o ato foi assistido por uma ou mais testemunhas e que a assinatura no mandado
foi lançada a seu rogo, com resumo do ocorrido;
evitar entrelinhas, emendas, espaços em branco e rasuras, sem a devida
ressalva;
juntar, nos atos praticados por procurador, cópia da procuração ou menção dos
dados identificadores se passada por instrumento público, exceto no processo penal, onde
os atos são personalíssimos;

assinar a certidão, fazendo constar de forma legível o nome e a função do signatário.


Conforme o § 2º, caberá ao oficial de justiça, quando da lavratura das certidões
negativas, prestar esclarecimentos pormenorizados, fazendo constar, além da
observância dos incisos I, VII, e IX do § 1º:

não ter sido o réu localizado;

os meios empregados para a localização do réu;

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o número de diligências negativas realizadas, com suas datas e horários, bem como o
nome e a qualificação de pessoa que possa confirmar as circunstâncias do fato que
impossibilitou o cumprimento do mandado, inclusive o local onde o réu possa ser
encontrado, se for o caso.
DICA 133
DO CUMPRIMENTO DA DILIGÊNCIA PELO OFICIAL DE JUSTIÇA
Segundo o art. 271, o oficial de justiça, quando do cumprimento da diligência, entregará
cópia do mandado ao destinatário do ato e colherá a sua assinatura.
Já o art. 272 prevê que, o oficial de justiça, ao dar cumprimento aos mandados, não
encontrando a pessoa física ou jurídica, deverá buscar informações na vizinhança e
certificar o ocorrido, identificando a pessoa que tenha prestado as informações.
Verificando a Central de Mandados, ao receber o mandado do oficial de justiça, que isso
não foi cumprido, irá restitui-lo ao oficial de justiça para que complemente a diligência,
no prazo de 48 horas.
DICA 134
DA CITAÇÃO NOS PROCESSOS DE EXECUÇÃO
De acordo com o Art. 273, nos processos de execução, efetivada a citação, o
mandado deverá permanecer em poder do oficial de justiça durante o prazo
legal.
Uma vez transcorrido o prazo legal, o oficial verificará na secretaria da unidade
judiciária se houve o pagamento ou o oferecimento de bens à penhora, casos em
que o mandado será imediatamente devolvido. (§ 1º)
Na hipótese de não terem os devedores quitado a dívida ou oferecido bens à
penhora, o oficial de justiça prosseguirá no cumprimento do mandado, realizando a
penhora de bens, a respectiva intimação das partes, a avaliação e o registro,
quando for o caso. (§ 2º).
DICA 135
DOS MANDADOS ENVOLVENDO ATOS CONTÍNUOS E DAS NOTIFICAÇÕES DE
DESPEJO
Segundo o art. 274, nos mandados envolvendo atos contínuos de citação, de penhora
e de avaliação e nos de notificação e de despejo, cumprida a diligência de citação ou
de notificação, uma das vias do mandado será juntada aos autos, uma entregue
como contrafé e as demais permanecerão em poder do oficial de justiça, conforme
o caso.
Ainda de acordo com o § 1º, decorrido o prazo para o pagamento ou para a
desocupação do imóvel e verificado pelo oficial de justiça que não houve obediência à
ordem judicial, será retomada a diligência e, de posse das outras vias do mandado,
o oficial concluirá a ordem judicial.
Conforme o § 2º, nos casos de mandado de notificação e de despejo, a parte
interessada entrará em contato com o oficial de justiça e, uma vez verificado que o
imóvel foi desocupado voluntariamente, o oficial concluirá o mandado imitindo o
autor na posse ou entregando-lhe as chaves, conforme dispuser a ordem judicial.

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DICA 136
A VERBA RECOLHIDA PARA REEMBOLSO DAS DESPESAS DE LOCOMOÇÃO DO
OFICIAL DE JUSTIÇA
Segundo o art. 275 do Provimento 355/18, a verba recolhida para reembolso das
despesas de locomoção do oficial de justiça será creditada após a devolução do
mandado devidamente cumprido.
De acordo com o § 1º, o mandado será considerado cumprido quando a diligência
tenha sido terminativa, assim considerada aquela para qual o oficial de justiça já tenha
se deslocado, pelo menos, 3 vezes, em períodos distintos, desde que não obtido
informações ou elementos que lhe tenham permitido concluir o ato de forma diversa ou 1
vez, no caso de audiências aprazadas em até 3 dias.
Conforme o § 2º, devolvido o mandado com certidão na qual constem 3 deslocamentos
com resultado negativo e, havendo necessidade da realização de mais diligências
determinadas pelo juiz de direito, será expedido novo mandado, de forma a propiciar
o pagamento relativo à verba indenizatória decorrente dessas outras
locomoções. Porém, de acordo com o § 3º, não se aplica essa regra às citações com
hora certa bem como aos demais casos vedados ou previstos em lei.
Segundo o § 4º, nos casos de solicitação de novo prazo, de desentranhamento e de
outras medidas necessárias à continuidade do cumprimento do mandado, o documento
retornará ao mesmo oficial de justiça que tenha feito a solicitação, ou que tenha
originalmente cumprido a medida por ordem judicial expressa, sem a necessidade de novo
recolhimento de verba indenizatória.
O desentranhamento do mandado ocorrerá, nos termos do § 5º, quando houver
necessidade de ser realizada diligência com as mesmas informações do mandado expedido
anteriormente para o mesmo fim, sem qualquer retificação, aditamento ou acréscimo, em
virtude da diligência não ter sido cumprida na sua integralidade.
O § 6º prevê que, na hipótese de o mandado anterior não consignar todos os
elementos essenciais para o cumprimento da diligência, não será admitido o
desentranhamento, devendo ser expedido novo mandado.
DICA 137
DO ATRASO NO CUMPRIMENTO DO MANDADO
Dispõe o art. 276 do Provimento 355/18 que, havendo atraso no cumprimento de
mandado, a secretaria da unidade judiciária comunicará à Central de Mandados, para fins
de cobrança ao oficial de justiça.
Segundo o parágrafo único, em não havendo a devolução do mandado ou a
apresentação de justificativa pelo oficial de justiça em 48 horas, e em caso de
atrasos reiterados por parte de determinado oficial, deverá o juiz de direito que o
expediu, sem prejuízo das atribuições fiscalizatórias da Central de Mandados, comunicar
ao diretor do foro, para a adoção das providências cabíveis.
DICA 138
DA LEITURA PELO SERVIDOR RESPONSÁVEL DA CERTIDÃO E DOS ATOS
LAVRADOS
Segundo o art. 277 do Provimento 355/18, caberá ao servidor responsável pela juntada
do mandado ao processo ou que tiver ciência de sua juntada pelo oficial de justiça, a
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leitura da certidão e dos atos lavrados tanto pelo oficial de justiça, quanto pelo comissário
da infância e da juventude, a fim de evitar erros e prejuízos.
Na leitura referida acima, o servidor deverá observar se houve alterações na qualificação
da parte e, nos casos de autos de penhora ou arresto, atentar quanto à natureza do bem
constrito, para efeito do disposto no art. 852 do Código de Processo Civil, circunstância
em que dará ciência imediata ao juiz de direito, conforme o previsto no § 1º do art. 277
do Provimento 355/18.
O § 2º prevê que, em caso de necessidade de alteração ou de complementação na
qualificação da parte, a secretaria da unidade judiciária diligenciará para que os dados
pessoais colhidos sejam inseridos ou corrigidos nos sistemas informatizados.
DICA 139
DO MANDADO DE PRISÃO DE NATUREZA CIVIL
O art. 278 do Provimento 355/18 estipula que, o mandado de prisão de natureza civil
será cumprido por oficial de justiça.
Já o art. 279 afirma que, no caso de prisão civil, havendo alegação do devedor de que a
prestação alimentícia já foi paga, somente o juiz de direito poderá suspender o
cumprimento da ordem de prisão, nos termos do § 6º do art. 528 do CPC.
Nesta hipótese, deverá o oficial de justiça cumprir a ordem de prisão e certificar à
secretaria da unidade judiciária sobre o alegado, promovendo, ainda, a urgente devolução
do mandado.
DICA 140
DAS INFORMAÇÕES NO MANDADO DE PRISÃO

Segundo previsão do art. 280 do Provimento 355/18, o mandado de prisão fará


referência a uma única pessoa e conterá, no mínimo, as seguintes informações:
o número do mandado, composto pelo número do processo, acrescido de um
número sequencial de quatro dígitos;
o número do processo ou do procedimento;
o tipo e o número do procedimento ou do documento que originou o processo
judicial em que foi expedida a ordem;
o nome do juiz de direito que expediu a ordem de prisão;

a denominação da unidade judiciária em que foi expedida a ordem;


a qualificação da pessoa a que se refere a ordem;
os códigos da Tabela de Assuntos Processuais de natureza criminal a que se
refere a ordem, bem como os dispositivos legais dos delitos imputados à pessoa;
a espécie da prisão;
o prazo da prisão, quando se tratar de prisão temporária;
a pena imposta e o regime de cumprimento da pena, quando se tratar de
prisão decorrente de condenação criminal, recorrível ou definitiva;
a data limite presumida para o cumprimento do mandado de prisão, de acordo
com a prescrição em abstrato ou em concreto;
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o valor do montante da fiança arbitrada, quando for o caso;
a data e o local da expedição.
Conforme o parágrafo único, o juiz de direito indicará em sua ordem, o dispositivo da
decisão que decretou a prisão e a data limite presumida para o cumprimento do mandado
de prisão, de acordo com a prescrição em abstrato ou em concreto.
DICA 141
DO REGISTRO DO MANDADO DE PRISÃO
Segundo previsão do Art. 281 do Provimento 355/18, o mandado de prisão criminal e
civil será registrado, de imediato, no Banco Estadual de Mandados de Prisão - BEMP,
por meio do Repositório Unificado de Procedimentos Eletrônicos - RUPE, e será
enviado, automaticamente, sem intervenção manual, ao Banco Nacional de
Monitoramento de Prisões - BNMP 2.0.
De acordo com o parágrafo único, o registro manual no BNMP 2.0 deverá ser mantido,
em relação aos processos eletrônicos de natureza cível que tramitam no Sistema PJe, até
que seja viabilizada a integração da Central de Emissão de Mandados de Processos
Eletrônicos - CEMPE com o BEMP.
DICA 142
DA REVOGAÇÃO DA PRISÃO OU ABSOLVIÇÃO DO RÉU E A DEVOLUÇÃO DO
MANDADO
É previsto no art. 282 do Provimento 355/18 que, no caso de revogação de prisão
decretada anteriormente ou de absolvição do réu, o juiz de direito requisitará,
imediatamente, a devolução do mandado ao órgão encarregado de seu cumprimento.
Segundo o parágrafo único, o juiz de direito poderá determinar a expedição do
contramandado de prisão, o qual valerá como salvo-conduto para todos os efeitos
legais.
DICA 143
DO ALVARÁ DE SOLTURA
Segundo o art. 283 do Provimento 355/18, a unidade judiciária competente para
processar e julgar a pessoa segregada em primeiro grau de jurisdição será responsável
pela expedição e pelo cumprimento do respectivo alvará de soltura, no prazo
máximo de 24 horas.
Conforme o § 1º, a secretaria da unidade judiciária deverá expedir o alvará de soltura
imediatamente no caso de sentença absolutória ou se cumprida ou extinta a pena, se o
réu ainda não foi posto em liberdade.
De acordo com o § 2º, o beneficiário da ordem de soltura será colocado imediatamente
em liberdade, salvo se estiver preso por outro motivo ou houver mandado de
prisão expedido em seu desfavor.

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DICA 144
DAS INFORMAÇÕES CONSTANTES NO ALVARÁ DE SOLTURA

Nos termos do art. 284 do Provimento 355/18, o alvará de soltura fará referência a
uma única pessoa e conterá, no mínimo, as seguintes informações:
a qualificação completa do beneficiário;
a natureza da prisão, se flagrante, preventiva ou em virtude de sentença
condenatória;
a pena imposta, na hipótese de condenação;
a natureza da infração;
o motivo da soltura;

a cláusula “se por al não estiver preso” (por outros motivos não estiver preso);
o nome da vítima;
o horário de expedição do mandado.
DICA 145
DA CONSULTA AO BEMP E AO BNMP PARA VERIFICAÇÃO DE MANDADOS DE
PRISÃO EM ABERTO
Determina o art. 285 do Provimento 355/18 que, para a expedição do alvará de soltura, a
secretaria da unidade judiciária consultará o BEMP e o BNMP, para verificar a
existência de mandados de prisão porventura existentes e ainda pendentes de
cumprimento em relação ao beneficiário da ordem.
O § 1º prevê que, o cumprimento desta consulta, não exclui a necessidade de consulta,
por parte da Polícia Civil ou do estabelecimento prisional, aos arquivos de informações
policiais, sobre a existência, ou não, de eventuais impedimentos.
Segundo o § 2º, a secretaria da unidade judiciária diligenciará junto a qualquer unidade
da Polícia Civil, a fim de obter a documentação que comprove haver ou não motivo para a
manutenção da prisão, utilizando-se de e-mail institucional ou de qualquer outro meio
idôneo, sendo recomendável a confirmação do recebimento da correspondência eletrônica
por contato telefônico.
De acordo com o § 3º, extraídas as informações do BEMP e do BNMP sobre a
existência ou não de mandados de prisão em aberto, a secretaria da unidade judiciária
expedirá o alvará de soltura, constando os eventuais mandados encontrados e a
respectiva situação, bem como anexando a documentação oriunda da autoridade
administrativa responsável da Polícia Civil, que comprove haver ou não motivo para
a manutenção da prisão.
DICA 146
DAS CARTAS PARA CUMPRIMENTO DE SOLTURA DE OUTRO TRIBUNAL OU DAS
CÂMARAS CRIMINAIS DO TJMG
Prevê o art. 286 do Provimento 355/18 que, nas cartas recebidas para cumprimento de
soltura, de outro Tribunal ou das câmaras criminais do próprio TJMG, deverão ser
realizados os procedimentos de conferência e confirmação de sua autenticidade.

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Segundo o art. 287, fica dispensada a expedição de alvará de soltura para preso
recolhido por força de mandado de prisão civil por débito alimentar, quando
decorrido o prazo estipulado no respectivo mandado de prisão.
O alvará de soltura, nos termos do § 1º, também será dispensado na hipótese de
presos decorrentes de prisão temporária, ressalvada a decretação de sua prisão
preventiva, circunstância que impedirá sua libertação.
De acordo com o § 2º, a autoridade policial solicitará ao juiz de direito a revogação da
prisão temporária, antes do término do prazo fixado, quando entender ser desnecessária a
sua continuidade, informando detalhadamente as diligências realizadas e as razões de tal
convencimento.
DICA 147
DO HORÁRIO DE ENTREGA DO ALVARÁ DE SOLTURA.
Conforme o art. 288 do Provimento 355/18, o alvará de soltura será entregue na
Central de Mandados até às 17h30.
O alvará expedido após as 17h30 será encaminhado no dia imediato para o devido
cumprimento, ressalvando-se os casos urgentes, que deverão ser enviados ao
plantão judiciário, cabendo ao juiz de direito plantonista analisar a urgência para
cumprimento em qualquer horário, é o que prescreve o § único.
DICA 148
DO CUMPRIMENTO DO ALVARÁ DE SOLTURA.

Estipula o art. 289 que, o cumprimento do alvará de soltura é ato que envolve o juízo
prolator da decisão e a autoridade administrativa responsável pela custódia, ressalvados
os seguintes casos:
a delegação do TJMG à unidade judiciária de primeiro grau para o cumprimento
de decisão determinando a soltura;
o cumprimento de alvará de soltura de preso custodiado em outro Estado da
Federação.
DICA 149
DA CERTIFICAÇÃO DA ORDEM DE SOLTURA.
Elenca o art. Art. 290 que, o oficial de justiça, quando lhe couber cumprir a ordem de
soltura, deverá buscar o apoio da autoridade responsável pela custódia do preso
para viabilizar o cumprimento das diligências de forma ágil, em local apropriado e seguro,
devendo o réu estar devidamente escoltado.

O oficial de justiça certificará, de acordo com o § 1º:


a data, o local e o horário do cumprimento do alvará de soltura;
o nome do estabelecimento prisional e do respectivo diretor;
se o alvará resultou ou não na soltura do preso;
as razões que justificaram a manutenção da prisão;

Segundo o § 2º, ainda que haja motivos que justifiquem a manutenção da prisão
em face da existência de mandados de prisão em aberto, o alvará será expedido
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e apresentado pelo oficial de justiça diretamente à autoridade administrativa
responsável pela custódia, para baixa nos registros competentes em relação ao
processo ou ao inquérito a que se refere o alvará.
O advogado ou os familiares do preso poderão acompanhar o oficial de justiça no
cumprimento da ordem por força do § 3º. Porém, não se entregará alvará de
soltura a advogado e a familiares do preso.
DICA 150
DO EFETIVO CUMPRIMENTO DO ALVARÁ QUE CONCEDE LIBERDADE
PROVISÓRIA, FIANÇA E PRISÃO DOMICILAR
O alvará, nas hipóteses de concessão de liberdade provisória, de fiança e de prisão
domiciliar, será considerado efetivamente cumprido após a assinatura do
respectivo termo pelo preso, é o que preconiza o art. 291 do Provimento 355/18.
O cumprimento do alvará de soltura, em caso de liberdade provisória, será precedido do
recolhimento de fiança, se for o caso.

DICA 151
DA COBRANÇA DOS AUTOS.
Conforme o art. 338 do Provimento nº 355/18, o expediente de cobrança de autos
receberá autuação singela, sem necessidade de registro.
Devolvidos os autos, a secretaria da unidade judiciária, depois de seu minucioso
exame, juntará o expediente de cobrança de autos, certificando a data e o nome de
quem os retirou e devolveu, de acordo com o previsto no § 1º.
O juiz de direito, nos moldes do § 2º, determinará a expedição de mandado de busca e
apreensão dos autos em caso de não devolução.

Segundo o § 3º, na hipótese de extravio dos autos, o expediente de cobrança


instruirá o respectivo procedimento de restauração de autos.

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